terça-feira, 11 de outubro de 2011

Algodão brasileiro é cultivado no Sudão

Produtor rural brasileiro cultiva variedades em país africano e está conseguindo diminuir fome dos moradores

Por Globo Rural
Gilson Pinesso/Arquivo Pessoal
Com o plantio de algodão no Sudão, produtor brasileiro Gilson Pinesso está mudando a realidade dos habitantes
O cultivo de algodão brasileiro no Sudão, país localizado no norte da África, está ajudando a transformar a realidade de seus habitantes. Quem iniciou o plantio na região foi o brasileiro Gilson Pinesso, da Pinesso Agropastoril e, além do algodão, ele planta soja, milho e feijão naquele país.

Neste ano, Pinesso plantou 20 mil hectares com algodão na cidade de Agadi, estado do Nilo Azul e vai colher quatro mil quilos por hectare, segundo seus cálculos. "No Sudão temos um solo muito fértil, de PH 7, rico em potássio e fósforo. Nessas condições, nossa expectativa é de, em breve, termos uma produtividade tal qual a brasileira”, diz Gilson Pinesso.

O Sudão é o maior país africano e faz fronteira com o Egito e a Etiópia. Pinesso chegou até lá por convite do governo local. "Fomos muito bem recebidos e esperamos crescer ainda mais com a produção no país", afirma o produtor. Segundo ele, as terras sudanesas são muito férteis e a única dificuldade é a compra de agroquímicos modernos. "O que eles usam é ultrapassado, mas com o auxílio do governo temos conseguido levar produtos mais modernos para a agricultura".

O baixo custo na produção também é um bom atrativo para a os empresários do ramo agrícola. “Gastamos aqui cerca de US$ 1000 por hectare”, afirma. Em Mato Grosso, maior estado produtor do Brasil, a média de custo é de US$ 2,589.

Apesar dos bons números na produção de algodão e soja, é o feijão quem mais tem dado alegrias a Pinesso. A produção deste ano, estimada em 240 toneladas dos 100 hectares plantados será toda doada à comunidade local. Além de alimento, a ideia é multiplicar as sementes em sistema de irrigação por pivô central e ampliar a plantação do grão para a subsistência dos sudaneses.

“É uma pequena ação que simboliza uma enorme ajuda para o país. A estimativa é de que cerca de quatro milhões de pessoas passem fome no Sudão e outras tanta morrem de fome na Etiópia. Podemos ajudar a população local a se manter com esse alimento”, diz Pinesso. Segundo ele, a plantação de feijão é barata, rápida e o alimento é nutritivo. “Em cerca de 75 dias temos o feijão pronto para colher. O custo é baixíssimo. Gastamos apenas com a semente, o óleo diesel e uma aplicação de herbicida”, revela.

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