sábado, 30 de julho de 2011

90% dos brasileiros ingerem poucas frutas, legumes e verduras

A Análise de Consumo Alimentar Pessoal no Brasil, da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2008-2009, levantamento promovido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgado na ultima quinta-feira (28) trouxe um dado alarmante: nossa dieta está errada. O estudo apontou que 90% da população brasileira consomem uma quantidade de frutas, legumes e verduras inferior ao recomendado pelo Ministério da Saúde com base em recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS). A investigação apontou que a dieta nacional é composta majoritariamente por arroz e feijão, associados a alimentos calóricos e de baixo teor nutritivo.

Segundo o IBGE, a OMS e o Guia Alimentar Brasileiro sugerem o consumo de 400 g de frutas, legumes e verduras por dia. Nem 10% da população ingerem o indicado. As maiores médias de consumo diário per capita no país são de feijão (182,9 g/dia), arroz (160,3 g/dia), carne bovina (63,2 g/dia), sucos (145,0 g/dia), refrigerantes (94,7 g/dia) e café (215,1 g/dia).

De acordo com o levantamento, os brasileiros, principalmente os adolescentes, consomem em grande quantidade alimentos como biscoitos, linguiça, salsicha, mortadela, sanduíches e salgados. Entre as bebidas, destaque para os refrigerantes e sucos com adição de açúcar. O consumo de biscoitos recheados foi quatro vezes maior entre os adolescentes (12,3 g/dia) do que entre adultos (3,2 g/dia) e foi mínimo entre os idosos (0,6 g/dia). Para sanduíches, os adolescentes e os adultos apresentaram médias de consumo duas vezes maiores do que os idosos.

A análise apontou que a população rural brasileira apresenta maiores médias diárias de consumo per capita de frutas e peixes frescos do que a população urbana. Destacam-se nos domicílios rurais o consumo de arroz, feijão, peixes frescos e farinha de mandioca. Já na área urbana, segundo o IBGE, destaque para os refrigerantes, pão de sal, cerveja e sanduíches.

Quando considerada a alimentação de homens e mulheres, o estudo aponta que os homens têm menor consumo per capita de verduras, saladas, e grande parte das frutas e doces. Já o consumo per capita de cerveja e bebidas destiladas chega a ser cerca de cinco vezes maior entre os homens do que entre as mulheres - o consumo de cerveja é de 8,1 g/dia entre as mulheres, contra 55,7 g/dia entre os homens.

O estudo do IBGE também indica uma relação entre a renda familiar do brasileiro e a qualidade da alimentação. A população de baixa renda consome mais alimentos nutritivos de baixo custo e menos produtos altamente calóricos. Em contrapartida, o consumo de frutas e verduras aumenta conforme a renda, assim como o de leite desnatado e os derivados de leite, que têm custo mais elevado.

Gisele vira super-heróina ambiental em novo desenho.


O Cartoon Network brasileiro estréia, em 4 de setembro, Gisele e a Equipe Verde (Gisele & The Green Team), série animada de 26 episódios de 4 minutos. Segundo a assessoria do canal, “estrelada pela supermodelo brasileira de renome mundial Gisele Bündchen, a série traz um time de supergarotas que trabalham juntas para combater crimes ambientais”.
A apresentação do desenho já pode ser vista, em inglês, no site oficial.

Divisão do Pará ameaça Unidades de Conservação

Karina Ninni - O Estado de S. Paulo
Os 7,5 milhões de habitantes do Pará vão decidir em plebiscito, no dia 11 de dezembro, se querem ou não a divisão do território do Estado em três. Se for aprovado, o fracionamento dará origem a duas unidades da federação: Tapajós e Carajás. O impacto econômico da divisão para a União tem sido estudado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e pelo Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará (Idesp). Mas poucos se debruçaram sobre o efeito ambiental do fracionamento (veja mapa abaixo).


"Posso dizer que a divisão deverá ser muito impactante do ponto de vista ambiental", diz o diretor do Museu Paraense Emílio Goeldi, Nilson Gabas. Ele enxerga um grande problema: a quebra das unidades de conservação (UCs) estaduais.
"O que se desenha é o seguinte: um Estado recém-criado que precisa se desenvolver e imensas áreas preservadas por UCs em nível estadual – só que protegidas por um Estado que já não existe. E como vai se desenvolver o novo Estado? É provável que pela derrubada de mata e plantio de soja ou criação de gado", raciocina o diretor do museu. "Acredito que assistiremos a tentativas de revogação de UCs estaduais no Tapajós."
Segundo Gabas, na partilha o Pará deve concentrar o setor de serviços, a criação de gado e, talvez, o plantio de dendê para extração de óleo de palma. Já Carajás ficaria com a mineração e a criação de gado e Tapajós com o setor energético – o que inclui a Usina de Belo Monte e o complexo hidrelétrico Tapajós –, além da mineração, das florestas e do plantio de grãos.
Assembleias
Para o professor e consultor jurídico Cândido Paraguassú Éleres, o risco de alteração das unidades de conservação é real. "Basta que as Assembleias Legislativas mudem", afirma o jurista. "Em princípio elas não podem ser revogadas porque são atos definidos e isso poderia gerar muitas ações populares. Mas certamente os Estados poderão dar outra destinação às reservas. Até porque a mentalidade das pessoas que estão à frente dessa divisão é desenvolvimentista."
De fato, se o Pará for repartido, a maioria das suas unidades de conservação, tanto federais quanto estaduais, ficará localizada no Tapajós, que seria considerado o Estado mais verde da federação. Para ter uma ideia, 73,5% dos 732.568 quilômetros quadrados do Tapajós são áreas protegidas federais e estaduais. Dos cerca de 21 milhões de hectares de UCs estaduais do Pará, mais de 13 milhões estão na área do Tapajós.
O Pará remanescente ficaria com poucas matas. "Nós teremos fragmentos de florestas e o Centro de Endemismo Belém, região onde, de acordo com levantamento do programa Biota Pará, concentra-se o maior número de espécies ameaçadas do atual Estado", resume Gabas.
Desmatamento
Os novos Estados terão de criar políticas próprias contra o desmatamento, especialmente se houver mudanças nas UCs. O ritmo da derrubada de árvores em Tapajós dá uma boa amostra do imbróglio que se avizinha. Embora a área afetada na região até 2009 tenha sido menor que nos dois vizinhos, entre 2008 e 2009 Tapajós registrou o maior aumento da taxa de desmatamento entre os três. Ao todo foram cortados 53,9 quilômetros quadrados, segundo o Idesp.
"A taxa tem de ser relativizada por conta do tamanho da área. É preciso ver se esse impacto é maior ou menor do que aquele nos Estados já muito desmatados", explica a economista Lucia Cristina de Andrade, do Idesp.
As dúvidas provocadas pela proposta que será votada em plebiscito levaram o Goeldi a organizar um seminário no mês que vem sobre a divisão territorial. Para Gabas, além da questão das áreas de conservação, a partilha provocará falta de financiamento à pesquisa. Hoje, a Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado do Pará (Fapespa) recebe 1% da receita do governo.
Otimismo
O engenheiro florestal Jackson Fernando Rego Matos, professor da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), com sede em Santarém, Tapajós, discorda da avaliação pessimista feita por Gabas e Éleres. Ele coordena um grupo de estudo que avalia dados sobre a criação do Estado e nega que sua constituição represente uma ameaça às UCs.
"Isso (UCs) é nossa grande riqueza. Receberemos as áreas instituídas, falta implementá-las de fato", diz. "Como a maioria das unidades de conservação, elas não saíram do papel."
"A Floresta Nacional do Tapajós (Flona Tapajós) tem uma experiência de manejo copiada pelo Brasil inteiro. A conservação interessa muito ao novo Estado: conseguiremos manter o que já existe e até ampliar."
Tocantins
O último exemplo de divisão territorial no Brasil foi o surgimento do Tocantins, desmembrado de Goiás em 1988. "Quando a área era parte de Goiás, não existia ali nenhuma unidade de conservação estadual. Depois da criação do Tocantins foi feito um zoneamento ecológico-econômico e a identificação de áreas que poderiam se transformar em UCs", conta o biólogo e consultor ambiental Fábio Olmos. "Desse processo nasceram os Parques do Jalapão e do Cantão."
Olmos admite que, embora tenha sido exemplar do ponto de vista administrativo, a estratégia hoje sofre com problemas de execução. "A política é muito ditada pelos grandes produtores rurais e o processo de criação de novas UCs acabou ficando congelado", lamenta.

Usina paralisa as atividades por falta de cana-de-açúcar

Falta de matéria-prima faz indústria de etanol e açúcar fechar as portas em Minas Gerais

Por Globo Rural 
 Shutterstock
Matéria-prima começa falta em Minas Gerais e usina do grupo Infinity Bioenergy suspende as atividades
Uma das seis unidades industriais do grupo Infinity Bioenergy, a usina Paraíso, localizada em São Sebastião do Paraíso, interior de Minas Gerais, paralisou a produção de açúcar e etanol por falta de matéria-prima para moagem. Segundo informou a assessoria de imprensa do grupo, 200 funcionários que trabalhavam na unidade foram demitidos e serão contratados para trabalhar em outras usinas da região. Os demais continuam o trabalho de corte e transporte da cana-de-açúcar já plantada nos cerca de 400 mil hectares na região mineira. Segundo a empresa, esta cana será vendida para outras usinas mineiras.

Mesmo com a paralisação das atividades na unidade Paraíso, o grupo pretende processar ainda nesta safra 6,7 milhões de toneladas de cana-de-açúcar para produzir 310 milhões de toneladas de açúcar e 320 milhões de litros de etanol. O grupo Infinity Bioenergy enfrentava um processo de recuperação judicial havia dois anos e possui outras cinco usinas, localizadas nos estados de Espírito Santo, Mato Grosso do Sul e Bahia. Todas, de acordo com a assessoria, continuam suas atividades normalmente.

A escassez de matéria-prima para produção de açúcar e etanol atinge toda a região Centro-Sul, a maior produtora nacional. Nesta semana, a União das Indústrias da Cana-de-Açúcar (Unica) reviu as estimativas iniciais da safra e anunciou uma queda de 4% nesta safra, em relação à anterior. Agora, a projeção é de uma colheita de 533,5 milhões de toneladas de cana-de-açúcar.


Álcool de Minas

Em Minas Gerais, que possui cerca de 45 unidades industriais de açúcar e etanol, é um dos principais estados produtores. Nesta temporada, a Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais (Siamig) anunciou a queda de 17% na produção atual quando comparada ao ciclo passado. Até agora, Minas já colheu 20,6 milhões de toneladas de cana. A produção de etanol atingiu 798 milhões de litros, uma queda de 24% em relação a 2010/2011 e a de açúcar, 1,08 milhão de toneladas, redução de 17,5%.

A revisão da estimativa de safra em Minas Gerais indica que o estado moerá este ano 51,5 milhões de toneladas de cana, 3 milhões a menos que os 54,5 milhões de toneladas moídas na safra 2010/11. Segundo o gerente-executivo, Mário Campos, essa redução é consequência da forte crise financeira vivida pelas empresas nos últimos anos, o que reduziu os investimentos em
renovação e tratos culturais do canavial. “Fatores climáticos também colaboraram para a redução, como a forte seca que atingiu as áreas de cana em 2010 e o veranico ocorrido em maio deste ano”, afirmou.

De acordo com a nova estimativa, a produção de açúcar alcançará 3.08 milhões de toneladas, apresentando uma queda de 5,4% sobre a safra passada e de 12% sobre a estimativa inicial. A produção de etanol no estado também reduzirá totalizando 2,21 bilhões de litros, com queda de 13,4% sobre os 2,55 bilhões produzidos na safra passada. Serão produzidos 700 milhões de
litros de anidro e 1,51 bilhões de litros de hidratado. A produção de anidro será a única a apresentar crescimento sobre a safra passada, 17%, contra uma queda de mais 22% na produção de hidratado.

Carioca desenvolve patinete ecológico

O iPat é dobrável, anda em qualquer superfície e poderá ser utilizado como meio de transporte

Por Globo Rural
Divulgação/Sebrae
Para circular em qualquer terreno, o projeto prevê o uso de rodas de bicicleta, sendo que a traseira será recoberta de um material leve como fibra de vidro ou de carbono
Jarbas Braga Neto é administrador de empresas por profissão e inventor por curiosidade. Com o carro no conserto, ele resolveu criar um veículo que o ajudasse a enfrentar a temida ladeira íngreme onde está localizada a casa onde mora, em Petrópolis, na serra fluminense.

Ele começou a desenvolver uma ideia se valendo do conhecimento de mecânica, que aprendeu na prática montando motores na adolescência. Dessa maneira, nasceu o iPat. Uma espécie de patinete que anda em qualquer superfície e é capaz de vencer pequenos obstáculos, além de ser dobrável.

Na avaliação do inventor, "o produto reúne as melhores características desses modelos de transporte". Para circular em qualquer terreno, o projeto prevê o uso de rodas de bicicleta, sendo que a traseira será recoberta de um material leve como fibra de vidro ou de carbono.

O produto pretende garantir estabilidade, porque deve oferecer apoio para os joelhos e coxas do usuário, além de ter espaço que poderá ser usado como um porta-luvas. Segundo Neto, “puxando uma pequena alça o aparelho se dobra e pode ser transportado facilmente”. O peso está calculado entre 6 quilos e 8,5 quilos.

“Trabalhar de bicicleta, por exemplo, é quase impossível porque é difícil guardá-la. O que proponho é um meio de transporte prático e que pode ser guardado embaixo de uma mesa de escritório”, afirma. Neto diz ainda que “a combinação de todas estas peças em um mesmo produto é inédita” e que, inclusive, contratou um profissional especializado em patentes para checar o ineditismo da criação.

De acordo com informações da Agência Sebrae, o iPat tem um forte apelo ecológico já que o modelo utiliza um motor elétrico. O pedido de registro do produto já está em andamento e o primeiro protótipo deve ficar pronto até o final de 2011.

Ibama multa fazendeiro por exibir cabeça de onça no Pará

Animal ameaçado de extinção era apresentado como troféu na propriedade

Por Agência Estado
Divulgação/Ibama
O fazendeiro mantinha a cabeça do animal exposta como troféu na entrada de sua propriedade
O Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) multou em R$ 5 mil um fazendeiro de Jacareacanga, no sudoeste do Pará, por exibir uma cabeça de onça ameaçada de extinção como troféu.

O homem, que é dono de uma fazenda de gado no município, cortou a cabeça do animal e a manteve exposta como troféu na entrada de sua propriedade. "A cena era chocante. As pessoas conviviam normalmente com a decapitação do animal", disse o coordenador da operação Disparada, Raphael Fonseca, cuja equipe chegou à sede da fazenda para investigar a autoria de um desmatamento na região.

Depois de apreender e examinar a cabeça, o Ibama descobriu que o animal abatido pelo fazendeiro era uma onça preta, espécie ameaçada de extinção e protegida pela Convenção do Comércio Internacional das Espécies da Flora e Fauna Selvagens em Perigo de Extinção (Cites). Além da multa do Ibama, o responsável pelo crime ambiental poderá ser condenado de seis meses a um ano de prisão pela Justiça.

A operação Disparada atua nas imediações de Jacareacanga desde 19 de julho, combatendo principalmente desmatamentos ilegais. Até o momento, os fiscais já aplicaram R$ 6,7 milhões em multas e embargaram 1,4 mil hectares de áreas desmatadas ilegalmente em nove propriedades. As ações, que não têm prazo para terminar, ocorrem com o apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Brasil e China firmam acordo na área de energia renovável

Cooperação pode beneficiar também o segmento de produção de biodiesel
Globo Rural 
ThinkStock
Troca de tecnologias pode beneficiar o Brasil na área de energias limpas e desenvolvimento de biodiesel
A cooperação firmada entre o Brasil e a China, por meio do Centro China-Brasil de Mudança Climática e Tecnologias Inovadoras para Energia, poderá resultar em benefícios para o Brasil especialmente na área de energias renováveis, disse o diretor de Tecnologia e Inovação da Coordenação de Programas de Pós-Graduação de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe-UFRJ), Segen Estefen. Ele participou de seminário realizado nesta quarta-feira (27/07), na Cidade Universitária, no Rio de Janeiro.

O Centro China-Brasil é fruto de parceria entre a Coppe e a Universidade de Tsinghua, principal universidade chinesa na área de engenharia. O centro tem por objetivo formular estratégias e ações para subsidiar decisões dos dois governos nas áreas de energia e de meio ambiente.

Segen Estefen declarou que o Brasil e a China têm características comuns e discussões sobre as emissões de gases poluentes, o que abre um espaço de convergência na atuação dos dois países, "o que é positivo para o Brasil".

Ele destacou que em relação às tecnologias renováveis, sobretudo, em que a China vem exercendo preponderância nos últimos anos, em função do baixo custo de produção, são grandes as oportunidades de transferência de tecnologia para o Brasil, principalmente em torres dos aerogeradores, na parte de energia eólica, e também nos painéis solares, com destaque para o fotovoltaico.

"Nesse contexto, a Coppe busca uma parceria, na qual nós poderíamos contribuir no avanço dessas tecnologias, mas, ao mesmo tempo, trabalhar as tecnologias para a realidade brasileira, para que elas sejam mais eficientes para as condições do Brasil". A Coppe deve assinar nos próximos dias um acordo com uma grande empresa chinesa fabricante de aerogeradores, "dentro da possibilidade de o Brasil tropicalizar esses equipamentos", disse.

Outro projeto em andamento, que prevê a permanência de dois pesquisadores da Coppe na China pelo período de 60 dias, trata da produção de biocombustíveis, com ênfase no biodiesel. "Nós usaríamos palma para a fabricação de biodiesel, que é uma tecnologia que os chineses desenvolveram com a Dinamarca e nós queremos também adequar para a realidade brasileira".

De acordo com Segen Estefen, a ideia é trabalhar com os chineses naquilo em que eles estão desenvolvidos, mas sempre voltado para a aplicação no Brasil. Ele avaliou que o país deve aproveitar o crescimento econômico da China e "tirar benefícios, e não confrontar a capacidades de produção deles". Segundo o diretor da Coppe, dificilmente, o Brasil poderá concorrer com os chineses em
termos de produção. "Mas podemos contribuir para o aprimoramento da tecnologia e dividir com eles a propriedade de alguns desenvolvimentos tecnológicos".

A cooperação bilateral entre a Coppe e a Universidade de Tsinghua poderá resultar, na prática, em transferência de tecnologia brasileira para a China e chinesa para o Brasil. "Um dos objetivos é esse. Mas não só transferir. É nós acharmos alguns pontos de convergência onde a experiência nossa possa se agregar à experiência deles".

Apesar dos chineses estarem mais avançados em tecnologia para energia solar e eólica, o país asiático poderá se beneficiar da tecnologia da Coppe, que desenvolve um trabalho de geração de energia a partir de ondas e marés. Estefen disse que os chineses reconhecem também a supremacia brasileira na tecnologia para produção de petróleo em águas profundas. Estudantes chineses estão trabalhando com pesquisadores na Coppe nessa área.

"O que nós queremos é que esse centro em Tsinghua seja aglutinador de iniciativas que nós tenhamos com outras universidades da China". Estefen assegurou que o Brasil não pode ficar alheio ao que ocorre na China. "A China hoje é um vetor muito importante na ordem mundial. E quem não estiver de certa forma interagindo com a China, tende a ficar alienado desse movimento mundial".

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Funasa de MS intensifica ações em prol do meio ambiente


Foram entregues lixeiras porta-copos nos andares da Sede da Instituição em CG - Assessoria
Em continuidade ao trabalho da Comissão de Coleta Seletiva da Superintendência Estadual da Funasa de MS (Suest/MS), foi realizada no último 18 de julho a entrega de lixeiras porta-copos nos andares da Sede da Instituição em Campo Grande. A iniciativa tem o intuito de suprir a necessidade detectada a partir de visitas realizadas aos setores, no inicio deste mês.

Durante a ação, foi verificado que alguns funcionários ainda não separam os copinhos que utilizam, tanto de água quanto os de café, depositando-os na mesma lixeira. Com a entrega dos novos coletores, os colaboradores que ainda fazem uso dos descartáveis, poderão deixá-los em recipientes próprios para esse fim, pois serão doados a instituições que os utilizarão em produções artesanais.

A Comissão de Coleta Seletiva reforça o pedido aos servidores da Funasa/Suest-MS para manterem em seus locais de trabalho, atitudes bem sucedidas como o ato de separar os materiais recicláveis: papéis, cartuchos vazios, assim como o incentivo ao uso de canecas ou ‘squeezes’.

Outra novidade, é que estão disponíveis no saguão do prédio da Superintendência, recipientes específicos para o depósito de lâmpadas, pilhas e óleo de cozinha. De acordo com o Chefe do Serviço de Saúde Ambiental da Funasa de MS (Sesam), Antonio Carlos Vilharva, “essas embalagens foram cedidas pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano (Semadur) da prefeitura municipal de Campo Grande que está fazendo parceria com diversas instituições, entre elas a Funasa de MS, para que seja um ponto de entrega voluntária, especificamente para esses resíduos. As instituições farão o recolhimento e em seguida entregarão à Prefeitura que dará o destino adequado a esse tipo de rejeito”.

Para o Superintendente da Funasa de MS Flavio Britto, “estimular a mudança de hábitos com relação à utilização dos recursos, favorece a reflexão sobre a responsabilidade ética com o planeta, oferece um eficiente instrumento para a formação da consciência ambiental. A proposta de se trabalhar a coleta seletiva procura contribuir para que os colaboradores da Suest-MS reconheçam a necessidade e as oportunidades de atuar de modo propositivo, para garantir uma boa qualidade de vida”.

Essas atitudes ecologicamente corretas visam o cumprimento da lei nº. 5.940/06 que criou um projeto para a captação de lixo reciclável nos órgãos públicos federais.

Fraude no crédito ambiental: dezoito pessoas já foram presas em operação na Bahia

Redação CORREIO
Dezoito pessoas já foram presas na operação conjunta entre a Secretaria de Segurança Pública (SSP), Ministério Público Estadual, Secretaria Estadual do Meio Ambiente (SEMARH), Polícia Rodoviária Federal (PRF) e o IBAMA, que está ocorrendo desde a madrugada desta sexta-feira (22), em onze cidades baianas. No total, são 29 mandados de prisão.
As cidades são Juazeiro, Jequié, Bom Jesus da Lapa, Barreiras, Riacho de Santana, Guanambi, Carinhanha, Coribe, Cocos, Vitória da Conquista e Salvador. A Operação foi iniciada após a descoberta de irregularidades na emissão de crédito de reposição florestal, um repasse dado pelas indústrias, que são obrigadas a manter um índice de sustentabilidade exigido pelo governo. 
As prisões são para os envolvidos no esquema fraudulento nos diversos órgãos, produtores  e comerciantes de carvão. Além dos mandados de prisão, a expectativa é que também sejam executados 34 mandados de busca e a apreensão de 50 caminhões.
A operação conta com cerca de 150 policiais civis, 25 promotores públicos, seis fiscais do Instituto Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Bahia (Inema), além de homens da PRF e do IBAMA.

LICITAÇÕES SÃO GRANDE FONTE DE OPORTUNIDADES NO BRASIL

Captar recursos públicos e vender para o governo está ao alcance de toda empresa, mas contar com o apoio de uma consultoria especializada ajuda a encurtar o caminho

(Curitiba, 27 de Julho) – Toda empresa está sempre em uma constante busca de ampliação de seus mercados e, neste contexto, participar de processos competitivos de compra dos órgãos públicos é uma grande oportunidade, já que o governo está entre os maiores compradores do Brasil e realiza aquisições nas mais diversas áreas – desde serviços de segurança até os de engenharia, passando pela compra de remédios, computadores, veículos, entre outros.
Porém, vender para o governo é muito diferente de vender para a iniciativa privada e isso exige alguns cuidados e conhecimentos específicos. É com este propósito que surge a Winbid, empresa especializada em negócios governamentais, prestando consultoria e apoio técnico-operacional àquelas empresas que queiram aproveitar ao máximo este vasto mercado.
A Winbid oferece diversos serviços que incluem apoio operacional, consultoria jurídica, organização de documentos, monitoramento de concorrentes, mapeamento de oportunidades, entre outros. Os serviços propostos pela Winbid poderão se adequar tanto às empresas que já realizam alguns negócios com o governo, mas que desejam ampliar a sua atuação, incorporando estes negócios a sua estratégia comercial, quanto às empresas que nunca atuaram em compras governamentais e não estão, portanto, familiarizados com o processo.
Outro viés de atuação em negócios governamentais é usufruir dos mecanismos de fomento oferecidos pelo governo, na forma de subvenção, financiamentos subsidiados, incentivos fiscais, dentre outras modalidades. Esta captação de recursos pode ser utilizada em projetos de inovação, exportação de produtos e serviços ou produção a partir de regiões incentivadas, o que ajuda a empresa a melhorar sua competitividade ou melhorar seus resultados.
Prover conhecimento, processos e apoio operacional à empresas nesta modalidade de negócio é o propósito da Winbid, de modo a permitir a atuação em negócios governamentais com resultados consistentes e comportamento ético.


Sara Gazini Cardoso
Comunicação

terça-feira, 26 de julho de 2011

Estiagem causa seca devastadora em lago nos Estados Unidos

Falta de chuvas levou a morte centenas de peixes no Texas


Scott Olson/Getty Images/AFP
Uma temporada de intensa estiagem está castigando a cidade de San Angelo, no Texas, Estados Unidos. Nesta segunda-feira (25/7), imagens do lago Fisher completamente seco chocaram os moradores da região.
Scott Olson/Getty Images/AFP
A escassez de chuvas afetou o nível de água do lago, chegando ao ponto crítico de seca total e causando a morte de centenas de peixes. O lago Fisher, que também é um reservatório de água para a população local, tem cerca de 2,2 mil hectares, 17 metros de profundidade e, ainda, é utilizado para a pesca.

A seca deste ano é considerada pelas autoridades do Texas a pior desde 1895.

Consumo de frutas no Brasil tem aumento de 4,38 quilos por pessoa em seis anos

Segundo estudo do Cepea, laranja e banana ainda são os destaques nos lares do país

Por Globo Rural 
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O brasileiro está reduzindo o consumo de hortaliças como tomate, batata e cebola em casa. Na média geral, a queda foi de 1,93 quilo por pessoa entre os anos de 2002 e 2008, quando foram realizadas as edições mais recentes da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Com base nesses dados, analistas do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, avaliaram também a evolução do consumo de frutas nos lares brasileiros. Neste caso, o resultado é positivo. Houve aumento de 4,38 quilos por pessoa, com a laranja e a banana se mantendo como as mais consumidas. Os estudo foi realizado por Juliana Silveira, Helena Galeskas, Rafael Tapetti e Isabella Lourencini com a coordenação da doutora Margarete Boteon.

O consumo de hortaliças por pessoa ao ano em casa era de 29 quilos em 2002, mas em 2008 passou a ser de 27,08 quilos. No caso das frutas, em 2002, a média consumida em casa era de 24,49 quilos por pessoa e, em 2008, passou para 28,86 quilos. Todas as regiões brasileiras tiveram aumento significativo no consumo per capita de frutas, com grande destaque novamente para a região Centro-Oeste, que apresentou elevação de 8,61 quilos por pessoa ao ano em seis anos. O Nordeste ficou em segundo lugar em termos de crescimento. Na região Sul, que já era e continuou sendo a maior consumidora per capita de frutas, o aumento foi de 5,53 quilos por pessoa ao ano. O Sudeste é o segundo maior consumidor de frutas no Brasil, porém o avanço no consumo per capita foi menor que nas demais regiões brasileiras, de apenas 2,15 quilos por pessoa entre 2002 e 2008.

Analisando o consumo total por faixa de renda, pesquisadores do Cepea constataram que o principal mercado para frutas e hortaliças é a classe média. Em 2008, esse segmento da representava 49% do consumo de hortaliças no Brasil e 48% do consumo de frutas. “Se levarmos em conta que essa classe segue em ampliação, é provável que em 2011 já seja responsável por mais da metade do consumo de frutas e hortaliças”, avalia Margarete Boteon.


Relação com a renda

Há uma correlação positiva entre renda e consumo de fruta. As frutas são consideradas caras dentro do grupo dos alimentos, sendo menos consumidas pelas classes mais baixas. Muitas vezes, um quilo de fruta é comparado com outros produtos mais calóricos e que “sustentam mais”, como um quilo de frango, por exemplo.

Na classe baixa, além da menor ingestão de frutas nos lares, o consumo se concentra em apenas três: banana, laranja e maçã. Na classe média, destacam-se também esses três produtos, mas ganham representatividade ainda o mamão e a tangerina, cujo consumo é muito pequeno na classe baixa.

Na classe alta, frutas como melão, limão, uva e também mamão passam a ter consumo mais significativo. O consumo per capita do mamão na classe alta em 2008, por exemplo, era de 3 quilos por pessoa, superior ao da classe média e 4,5 quilos acima do observado para a classe baixa. “O acesso à informação, a preocupação com a saúde, o marketing da fruta segura e com qualidade de origem são fatores que vêm colaborando para o aumento do consumo de frutas nas classes de maior poder aquisitivo”, comenta Margarete.

EaD Senar oferece curso on-line sobre saúde rural

Duração é de 30 horas-aula e tutor especializado dá orientações aos alunos

Por Globo Rural 
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No Dia do Colono, comemorado nesta segunda-feira (25/7), a Educação à Distância do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (EaD Senar) presta uma merecida homenagem aos trabalhadores que atuam no campo, ao oferecer o curso Saúde Rural.

O objetivo é ensina cuidados básicos de manutenção da saúde, caso da higiene pessoal, e a prevenção de acidentes mais comuns, como a intoxicação por agrotóxicos.

Doenças como câncer, informações sobre a importância do uso correto de equipamentos de proteção individual, ginástica laboral e cuidados com a alimentação também são outros temas abordados no curso.

O Saúde Rural tem duração de 30 horas-aula e conta com o apoio de um tutor especializado no assunto, que estará em contato com os alunos.

O Serviço de Atendimento da EaD Senar agora tem novo número: 0800-642-7070. O horário de funcionamento é de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h. As inscrições continuam pela internet, no site da EaD Senar.

Cultivo protegido aumenta produtividade de uvas

Método desenvolvido pelo IAC poderá substituir as tradicionais espaldeiras a céu aberto

Por Globo Rural 
Arquivo IAC
Cobertas, as parreiras aumentam a produtividade e custo com defensivos agrícolas cai em média 70%
Aumento de 100% na produtividade e redução de 70% na aplicação de defensivos agrícolas. Esses são os resultados do uso do cultivo protegido em “Y” com cobertura impermeável para cultivo de videiras. A técnica, introduzida e adaptada pelo Instituto Agronômico (IAC), de Campinas, para as condições do estado de São Paulo, poderá substituir, mesmo que gradativamente, a condução em espaldeira a céu aberto para cultivo da uva niagara rosada, sistema muito utilizado pelos produtores paulistas.

A nova técnica melhora a qualidade dos frutos, gera cachos de uva maiores e protege a plantação contra chuvas de granizo e ataque de pássaros, que podem acabar com toda a produção ou prejudicar seriamente a qualidade das uvas atingidas. O estudo é inédito no estado de São Paulo.
A principal contribuição do cultivo protegido está na diminuição da ocorrência das principais doenças da viticultura. “O uso de cobertura de plástico ou de outro material impermeável protege as folhas e cachos da incidência direta da chuva e, consequentemente, reduz as condições que favorecem o desenvolvimento de doenças fúngicas”, diz José Luiz Hernandes, pesquisador do IAC, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.

Ainda segundo Hernandes, a cobertura impermeável funciona como um guarda-chuva sobre a videira e os fungos não têm como se instalar, já que não há água livre sobre as plantas. “Em ensaios que foram conduzidos sem nenhuma pulverização para controle de antracnose, míldio, mancha-das-folhas e podridão, que são as principais doenças da uva niagara rosada, constatou-se a redução de 60% a 70% da ocorrência de enfermidades”, afirma o pesquisador do IAC.

Neste mesmo percentual é a queda do uso de defensivos agrícolas. “Essa redução, além do retorno financeiro devido à baixa do uso de defensivos, economia de mão de obra, combustível e diminuição do desgaste de equipamentos, gera ainda um retorno que, em geral, não é capitalizado, como a proteção do meio ambiente e também um ganho humano, tanto para a saúde dos aplicadores como dos consumidores finais”, explica Hernandes.

Cultivo a céu aberto
Normalmente, os produtores utilizam o sistema de condução em espaldeira a céu aberto (parecido com uma cerca com três fios de arame) para o cultivo da uva niagara rosada. Neste método, as parreiras ficam um pouco mais baixas e são distribuídas pelas ruas de maneira uniforme. Os ramos anuais são conduzidos na vertical e precisam ser amarrados aos fios de arame para não serem derrubados ou quebrados pelos ventos ou pelo peso da uva. “No sistema em Y, os ramos ficam quase na horizontal e deitam-se naturalmente sobre os arames. Com isso, reduz-se a necessidade de amarrio para que eles não caiam e ainda os desestimula a brotar – por não ficarem mais na horizontal – reduzindo também a necessidade de desbrota das plantas, uma operação que demanda muitas horas de trabalho no vinhedo”, diz o pesquisador do IAC.

Na videira, no sistema usual os cachos ficam a uma altura entre 80 centímetros a um metro do solo, enquanto no “Y”, ficam entre 1,5 m e 1,8 m. De acordo com o pesquisador do IAC, a diferença na altura das parreiras também reflete na ocorrência de doenças. “Quanto mais próximo do chão, mais perto a planta fica da umidade e do calor refletido e, com isso, há maior incidência de doenças. Se a planta fica mais alta e mais ventilada, esse índice vai diminuir”, explica.

Os cachos das uvas também ficam mais afastados por conta da disposição dos ramos, separados com metade para cada lado do “Y”. Segundo o pesquisador do IAC, essa característica também influencia a aplicação de defensivos e a produtividade. “Na uva, se os cachos ficam muito próximos, quando você aplica o defensivo, um vai impedir que o outro receba o produto aplicado. Quanto à produtividade, se os ramos estão mais abertos, as gemas ficam mais expostas à luz solar. Isso altera a fisiologia da uva e estimula a produção”, explica Hernandes.

Com a diminuição no número de aplicação de defensivos, redução da desbrota e amarrio, o cultivo protegido em “Y” otimiza o tempo para o cuidado com a plantação, reduzindo significativamente a mão de obra utilizada e influenciando positivamente no custo de produção.

“A circulação dentro do vinhedo é facilitada possibilitando a mecanização de diversas operações, desde a aplicação de defensivos por turbina, adubações, até a circulação de pequenos veículos na colheita. Some-se ainda o maior conforto do agricultor ao realizar as tarefas com o corpo em posição mais ereta, na sombra e protegido da chuva”, acrescenta.

O sistema já está sendo implantado em alguns municípios paulistas, como Louveira, Jundiaí, Indaiatuba e Itupeva. “Há um aumento da procura de informações por parte dos produtores. Eles estão percebendo a vantagem do cultivo protegido em “Y” e querem implantar em seus vinhedos, por isso já estamos trabalhando na edição de um boletim técnico sobre o assunto”, comenta Hernandes.

Investimento
O custo inicial para implantação do sistema é elevado. Para plantar um hectare de espaldeira a céu aberto o produtor investe em média R$ 30 mil. No sistema protegido em “Y” com cobertura impermeável, o valor pode chegar a R$ 70 mil. “Pelo valor mais elevado do investimento, a recomendação é que o produtor faça a conversão aos poucos, ao longo dos anos”. Hernandes ressalta que o investimento é recuperado em pouco tempo por conta da maior produtividade e menores gastos com defensivos e mão de obra.

O material utilizado para colocar em cima da estrutura é o filme plástico impermeável, a ráfia plastificada ou o telado plástico. Este último não é impermeável e perde a principal vantagem que é a diminuição de doenças.

O pesquisador do Instituto Agronômico alerta para a necessidade do uso de quebra-ventos nos vinhedos que adotam a técnica. “Devido à altura de 1,5m do telado, é necessário utilizar quebra vento que pode ser tanto natural, como a plantação de renques de plantas altas, como artificial, com a colocação de tela.”

Qualidade das uvas
As uvas cultivadas em sistema protegido têm qualidade superior às plantadas a céu aberto. Com o aumento no tamanho das bagas, os cachos também ficam maiores, e com menos resíduos de defensivos, deixando o produto mais atraente para o consumidor.

O estado de São Paulo é o maior produtor e consumidor de uvas de mesa no Brasil. A nagara rosada, destinada ao consumo in natura, é a mais cultivada no estado – cerca de cinco mil hectares plantados.

UFRJ debate a Política Nacional de Resíduos Sólidos


Autoridades, estudiosos e especialistas discutem o marco regulatório
e seus impactos no setor da reciclagem

Estimular a troca de experiências entre os atores envolvidos na Política Nacional de Resíduos Sólidos – governo, recicladores, pesquisadores e sociedade civil – promovendo uma discussão ampla sobre a legislação, sua implantação e as implicações na cadeia da reciclagem. Este é o principal objetivo do terceiro seminário organizado pelo Instituto de Macromoléculas da UFRJ (IMA) e a Associação e Sindicato dos Recicladores do Estado do Rio de Janeiro (SINDIECO/ARERJ). O evento reunirá no dia 10 de agosto, no auditório do Centro de Tecnologia da Universidade, autoridades estaduais e municipais, o meio acadêmico, entidades e recicladores do Rio de Janeiro.

O evento, realizado anualmente, tem como foco promover a aproximação entre os setores empresarial, acadêmico e governamental, visando o debate de soluções sustentáveis para o setor da reciclagem.
Este ano, a abertura contará com a participação do Superintendente Estadual de Políticas de Saneamento, Victor Sveibil, do Secretário Municipal de Meio Ambiente, Carlos Muniz, do Secretario Municipal de Conservação e Serviços Públicos, Carlos Roberto Osório, além dos deputados estaduais Paulo Ramos e Aspásia Camargo.
Entre os palestrantes convidados estão Silvano Silvério, Diretor do Departamento de Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente e André Trigueiro, professor e editor-chefe do programa "Cidades e Soluções", da Globo News.
Na parte da manhã, as palestras são divididas em dois grandes temas: a situação atual da reciclagem e a reciclagem como mercado estratégico. No período da tarde, serão abordadas as propostas para o desenvolvimento do setor em relação às principais matérias-primas: papel, plástico e eletroeletrônico. Ao final das apresentações, os presentes estão convidados a participar de um debate com todos os palestrantes.

O 3º Congresso SINDIECO/ARERJ e IMA/UFRJ é gratuito. As vagas são limitadas e as inscrições podem ser feitas através do site www.sindieco.org.br/seminario.
    
3º Seminário SINDIECO/ARERJ e IMA/UFRJ
Local: Centro de Tecnologia da UFRJ (CT) - Bloco A - Auditório Horta Barbosa,
Ilha do Fundão (Av. Athos da Silveira Ramos, 149 - Térreo) - UFRJ
Data: 10 de agosto de 2011
Horário: das 08h às 17h30
Outras informações: (21)
2671-7639/www.sindieco.org.br/seminario

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Aquicultura pode ajudar a reduzir a fome no mundo

Segundo pesquisador, para que a atividade cresça e atenda a demanda é preciso encontrar novas fontes de nutrientes para os peixes

Por Globo Rural 
Ernesto de Souza
Segundo Daniel Eduardo de Lemos, a aquicultura já divide igualmente com a pesca o fornecimento de pescado mundial
Até o ano de 2050, o mundo passará dos atuais 6,7 bilhões para mais de 9 bilhões de habitantes agravando um problema já existente: a fome mundial. No cenário de 2050, delineado pela Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), as nações da Ásia e da África subsaariana abrigarão 60% da população do planeta.

Diante desse quadro, o professor Daniel Eduardo Lavanholi de Lemos, do Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (IO-USP), acredita que a aquicultura possui um importante papel a cumprir. “O pescado já é segunda maior fonte de proteína animal atrás apenas dos suínos”, assinalou o professor da USP, ressaltando que a aquicultura já divide igualmente com a pesca o fornecimento de pescado mundial.

A diferença é que a produção pesqueira não cresce desde o ano 2000 enquanto que a aquicultura aumenta a cada ano e ainda tem muito potencial para se expandir, segundo o especialista. “Assim como ocorreu com a caça, que não responde mais pelo suprimento de alimentos para o homem, era previsível que o mesmo ocorresse com a pesca”, assinala Lemos.

No entanto, para crescer de maneira sustentável, a criação de pescado deve enfrentar vários desafios. Um dos maiores será o de encontrar fontes alternativas de nutrientes para as rações de piscicultura.

De acordo com informações da Agência Fapesp, isso ocorre porque ainda se usam recursos marinhos na aquicultura. Boa parte da alimentação dos animais criados em tanques são rações compostas por farinha feita com peixes pescados e a redução dos estoques naturais tem tornado a matéria-prima mais rara e o produto a cada dia mais caro. “A escassez desse insumo levará a buscas mundiais cada vez maiores por fontes de nutrientes essenciais”, afirma.

Encontrar soluções sustentáveis para a nutrição na aquicultura é o desafio atual de Lemos que coordena o projeto Determinação in vitro da digestibilidade da proteína alimentar para peixes em aquicultura.


Subprodutos agrícolas
Boa parte da resposta para a questão da aquicultura sustentável estaria na agricultura. Com produção mundial crescente, muitos subprodutos agrícolas poderão entrar na composição de rações sem prejuízo para a produção de alimentos, acredita o professor.

“A tendência é usar fontes cada vez mais grosseiras para as rações e deixar as matérias-primas mais nobres para o consumo humano”, afirmou. Segundo ele, o arroz quebrado, por exemplo, é componente de rações no Ocidente, mas a China não se dá mais ao luxo de lançá-lo aos animais, pois prefere destiná-lo à população.

Com um setor agropecuário, o Brasil desponta como um potencial fornecedor de insumos para a aquicultura, na opinião de Lemos, além de possuir vastas extensões de espelhos d’água a serem exploradas.

E mesmo com os desafios relacionados à nutrição sustentável, a aquicultura ainda apresenta inúmeras vantagens em relação aos outros tipos de criação animal. O pesquisador lembra que mais de 50% da produção aquícola prescinde de ração como algas, ostras, vieiras e mexilhões ou de peixes que não consomem proteína animal.

Os animais aquáticos também são os que melhor convertem nutrientes em carne, pois não gastam energia para produzir calor como os animais homeotérmicos e sofrem menos a ação da força da gravidade, o que também demanda energia para a manutenção estrutural do corpo.

“Teremos que saber administrar cada vez melhor os nutrientes e saber usar os recursos nutritivos para a aquicultura de modo que ela se torne solução para a falta de alimentos, e não parte desse problema”, explica.

Ibama remove últimos animais para fechar zoo no RJ

Segundo o órgão, os animais eram mantidos em espaços pequenos, com condições de conservação e higiene mínimas

Por Agência Estado
Editora Globo
Os animais, como o chimpanzé Jimmy, estão sendo removidos do Zoonit, que é acusado de não cumprir normas mínimas exigidas para seu funcionamento
Os últimos animais que permaneciam na Fundação Jardim Zoológico de Niterói (ZooNit), na região metropolitana do Rio de Janeiro, estão sendo removidos nesta quinta-feira (21/7) pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). São 104 animais, como jabutis, araras, macacos-prego, corujas e o leão Dengo, que será levado para Brasília em um avião da Força Aérea Brasileira. Após a retirada dos bichos, o ZooNit será fechado.
Segundo o Ibama, ao longo de 22 anos, o ZooNit não cumpriu "as normas mínimas exigidas para funcionamento de um jardim zoológico, mantendo os animais em espaços inadequados em termos de tamanho, conservação e higiene". Ainda de acordo com o órgão, a fundação recebia, destinava e soltava animais silvestres sem a autorização do Ibama, além de não ter cumprido um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado em 2004.
O ZooNit aguarda o julgamento de recursos contra a decisão da 3ª Vara Federal de Justiça de Niterói que autorizou a retirada dos animais e fechamento do zoológico. Esta semana, o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) propôs à 4ª Vara Cível de Niterói uma Ação Civil Pública para obrigar a prefeitura a assumir a administração do local.
"Caso o município não assuma as providências efetivas para manutenção do zoológico, diversos estudantes ficarão privados da visitação do espaço, assim como os demais visitantes, havendo prejuízos irreparáveis para a educação ambiental e o direito ao lazer e a cultura", informou o promotor de Defesa do Meio Ambiente de Niterói, Luciano Mattos.

Campanha educativa contra a dengue com Ana Folha e a turma do lixão

                
                                         Por Luciana Ribeiro
                                         Ilustração: Juliana Ribeiro 
   
                                
O desafio enfrentado para educar o cidadão para evitar ou acabar com o mosquito da dengue (aedes aegypti) nas cidades do Brasil, tem sido busca constante para a mobilização de ações preventivas, por exemplo: evitar o acúmulo de água parada em potes, pneus, garrafas e outras realizadas por parte e órgãos competentes que zelam pela preservação do meio ambiente.
Para efetivar tais ações em quaisquer meio de convivência humana, recomenda-se também a separação e a reciclagem do lixo seco (garrafa, papel, lata, plástico) e orgânico (restos de comidas e outros) para viabilizar melhor o combate do mosquito. Dessa forma, facilitando a compreensão e participação de todos, por meio da educação socioambiental contextualizada, crítica, cidadã e sustentável, inclusive sendo propiciada na escola, na empresa, na igreja e nos espaços de convivência social.
Entretanto, o cidadão para apoiar os trabalhos de prevenção contra a dengue, necessita estar bem amparado por esclarecimentos baseado nos conhecimentos, que o alertem sobre os malefícios oriundos dos lixos despejados nas cidades sem o tratamento adequado, os quais provocam inúmeras doenças, por exemplo: diarréia, febre tifóide, cólera, tétano, leptospirose, leishmaniose e outras que prejudicam o bem-estar do meio ambiente.
Considera-se então, que o debate dos problemas inerentes ao mosquito precisa ser redimensionado e complementado de fato para o enfrentamento urgente da problemática dos lixos que degradam a qualidade de vida nas cidades.
Acesse para saber mais: