sexta-feira, 31 de maio de 2013

Sumiço de tucano prejudica árvores da mata atlântica


O desaparecimento de pássaros grandes, como tucanos e arapongas, tem consequências muito mais graves do que se pensava.
Pesquisadores brasileiros viram que o sumiço desses animais em pontos da mata atlântica pode afetar a evolução das árvores na floresta.
Isso acontece por um motivo aparentemente banal: como essas aves têm o bico grande, conseguem comer --e, consequentemente, espalhar-- sementes maiores.
Quando só restam as de bico pequeno, como o sabiá-una, só as sementes menores são dispersadas.
Essa mudança exerce pressão sobre a evolução das plantas. Cada vez mais, apenas as que têm sementes pequenas se reproduzem, levando as gerações seguintes a também serem assim.
"As sementes menores são menos resistentes à seca. Em alguns casos, basta uma redução de 20% na quantidade de água para que elas não germinem", afirma Mauro Galetti, professor da Unesp (Universidade Estadual Paulista) e líder do trabalho publicado na "Science".
Com o aquecimento global, a tendência é que os períodos de seca se intensifiquem. Com a mudança das sementes, a floresta fica ainda mais vulnerável.
Há décadas estudioso da dinâmica de dispersão de sementes, Galetti aproveitou o extenso conhecimento e seu banco de dados sobre a palmeira chamada de palmito-juçara (Euterpe edulis) para desenvolver seu trabalho.
Ele e um grupo de cientistas analisaram diversos aspectos da planta em 22 áreas da mata atlântica no país.
O bioma é o mais afetado pelo desmatamento no Brasil, restando hoje só cerca de 12% da sua cobertura original. A maioria dessas áreas --quase 80%-- está fragmentada demais para que as grandes aves frugívoras sobrevivam. Já as pequenas conseguem resistir mesmo em áreas menores.
Além disso, as aves grandes também sofrem com a caça e a captura ilegal.
"Há muito já sabemos que essas aves têm um papel importante. A novidade é que as mudanças estão acontecendo em um ritmo muito acelerado. E é uma mudança evolutiva, não só ecológica", diz Galetti.
Segundo o pesquisador, o fato de o palmito-juçara ter um ciclo de vida mais rápido ajudou os cientistas a notar essa influência. No caso de árvores cujo desenvolvimento leva mais tempo, como as da floresta amazônica, demoraria mais para que o fenômeno fosse percebido.
Embora o trabalho tenha sido feito na mata atlântica, os pesquisadores não descartam que essas mudanças possam ocorrer também na Amazônia, uma vez que a queda no número de grandes aves é observada em vária regiões.
"Mesmo se as populações de grandes pássaros voltarem a crescer, já não há como alterar a questão das sementes, pois não haverá mais o genótipo da planta de semente grande para ser reproduzido. Pode ser, sim, um caminho sem volta."
Fonte: Folha de São Paulo por Giuliana Miranda

terça-feira, 28 de maio de 2013

Dia da Mata Atlântica é celebrado com alerta de risco para a extinção do bioma




 

Ontem, 27 de maio, Dia da Mata Atlântica, o Centro de Pesquisas Ambientais do Nordeste (Cepan) alertou para a necessidade ações urgentes voltadas para conservação deste bioma, que na região Nordeste, mais precisamente ao norte do Rio São Francisco, sofre a maior ameaça de extinção.
Nessa região, conhecida como Corredor da Biodiversidade do Nordeste, o cenário de degradação da Mata Atlântica é preocupante. De acordo com o um mapeamento feito pelo Cepan, nas áreas que compreendem os municípios de Tamandaré, Palmares, Água Preta e São José da Coroa Grande, na Zona da Mata de Pernambuco, as APPs do Rio Una perderam quase 97% da sua cobertura florestal. Os dados foram apresentados em dezembro de 2012 e são resultado da Fase I do Projeto Memorial Descritivo para as Ações de Restauração Florestal da Bacia Hidrográfica do Rio Una.
Além de alertar para os problemas, o Cepan realiza, no próximo dia 29, os Diálogos pela Mata Atlântica. O evento, que acontece no Auditório do CEAGRI, na Universidade Federal Rural de Pernambuco, no Bairro de Dois Irmãos, em Recife, tem como objetivo discutir o cenário atual da floresta atlântica do Corredor da Biodiversidade do Nordeste e as principais iniciativas de conservação deste bioma, que estão em curso na região. “Os diálogos tem trazem para Pernambuco temas estratégicos de conservação e criam uma agenda positiva de atividades entre os diferentes setores da sociedade,” pontua o diretor de projetos do Cepan, Severino Rodrigo Ribeiro.
Os Diálogos pela Mata Atlântica é um evento realizado elo Cepan, em parceria com a Agência Estadual do Meio Ambiente (CPRH). Na programação, além de palestras com representantes do Cepan e da CPRH, haverá um debate sobre o A nova Lei Florestal Brasileira e suas implicações para a conservação da Floresta Atlântica, com a advogada Liza Baggio. (Fonte: Cepan)

terça-feira, 21 de maio de 2013

Congresso dos EUA quer proibir criação particular de grandes felinos

Na última semana, congressistas americanos apresentaram um projeto de lei que pede a proibição da propriedade e criação particulares de felinos de grande porte, alegando que zoológicos não autorizados maltratam os animais e põem os humanos em risco.
A posse privada de animais selvagens ocupou as manchetes dos jornais americanos em 2011. Um suicida, que morava perto de Zanesville, no estado de Ohio (norte), abriu as portas de sua fazenda antes de se matar com um tiro. Dezenas de leões, tigres e outros animais ficaram fora de controle até que a polícia atirou nos animais.
Os congressistas Buck McKeon (republicano) e Loretta Sánchez (democrata), do estado da Califórnia (oeste), apresentaram um projeto de lei na Câmara de Representantes para proibir a posse privada e criação de grandes felinos, em substituição às leis estaduais, pouco consistentes nesse sentido.
“Não importa quantas vezes se tente, os grandes felinos, como leões, tigres e guepardos, são impossíveis de domesticar para propriedade privada”, disse McKeon, em uma nota.
 
 
 
Circos incluídos na proposta – A lei eximiria os zoológicos certificados, santuários de vida silvestre e alguns circos – esses últimos incluídos depois da mudança no texto da versão anterior da proposta que havia fracassado na última sessão do Congresso.
Segundo a nova proposta, circos itinerantes estarão autorizados a possuir e criar grandes felinos, se aceitarem que os visitantes não toquem nos animais, entre outras condições.
O Fundo Internacional para o Bem-Estar Animal (IFAW, na sigla em inglês), que promove esse projeto, informou que entre 10 mil e 20 mil grandes felinos vivem nos Estados Unidos como mascotes, ou são criados com fins comerciais.
O grupo de defesa dos animais disse ainda que mais de 200 pessoas foram mutiladas, e pelo menos 22 morreram em incidentes com esses animais selvagens desde 1997. (Fonte: G1)

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Animais têm dieta reforçada com pinhão para afastar o frio no RS

Para espantar o frio que chegou ao Rio Grande do Sul nesta quinta-feira, com temperatura e sensação térmica negativas, os animais do zoológico de Gramado, na Serra, ganharam um reforço na dieta: o pinhão. O fruto integra o cardádio de primatas, ouriços, papagaios, maitacas, gralhas e araras que vivem no local. Além do pinhão, os animais contam com sistemas de aquecimento e cobertores. Nesta quinta-feira (16) pela manhã, o município de Gramado registrou 6ºC, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
“Inserindo o pinhão na dieta, estamos recriando o habitat e proporcionando enriquecimento ambiental”, explica o veterinário Renan Stadler, responsável técnico do Gramadozoo. Ele espera recriar o habitat e proporcionar um enriquecimento ambiental, principalmente para aves oriundas das florestas de araucárias, como a gralha-azul e o papagaio-charão. “Com a dieta reforçada, nosso índice de internação hospitalar é zero”, diz.
A onda de frio segue nos próximos dias no Rio Grande do Sul a maior parte dos municípios deve começar o dia com temperaturas entre 0°C e 5°C. Nesta quinta-feira, 20 municípios bateram recorde de frio em 2013. (Fonte: G1)
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domingo, 12 de maio de 2013

FELIZ DIA DAS MÃES

Hoje é um dia muito especial. É dia de reverenciar todas as mães, símbolo de Amor, de Força, Ternura e Alegria de quem foi iluminada por Deus com o dom de conceber uma nova vida.


 

Á todas as Mães muitas felicidades são os votos do
Jornal Meio Ambiente

terça-feira, 7 de maio de 2013

Polícia tailandesa salva 1.300 cães do tráfico de carne



Mil e trezentos cães enjaulados em péssimas condições e possivelmente destinados ao contrabando de carne para pratos exóticos foram resgatados em menos de uma semana na fronteira nordeste da Tailândia.
Cerca de 300 cães foram achados na província de Bueng Kan, depois que na véspera outros 400 foram restados. Seiscentos animais foram libertados ao longo da semana passada.
“Alguns cães foram abandonados, alguns foram roubados ou vendidos por seus proprietários”, afirmou uma fonte policial.
Os animais resgatados foram levados para um centro de quarentena na província de Nakhon Phanom.
“Trata-se de uma rede transnacional que os leva para outros países. A maioria se destina ao contrabando de carne”, afirmou o chefe do centro de quarentena, Chusak Pongpanich.
Os cães são parte essencial da culinária tradicional da região, principalmente no Vietnã. (Fonte: G1)

sábado, 4 de maio de 2013

Lei da Bituca criada pelo deputado Rasca já têm primeiras parcerias



 









 

A Lei 17.230/12 de autoria do deputado estadual Rasca Rodrigues (PV), que estabelece normas de parceria entre o poder público e o setor privado para coleta, reciclagem e destinação adequada de bitucas de cigarro no Paraná, já começa a ter seus resultados práticos. Nesta primeira semana de maio, a Assembleia Legislativa do Paraná aderiu ao programa “Bituca Zero”, com a implantação de doze coletores para a destinação adequada dos resíduos gerados pelo consumo de cigarros.
 
A parceria vai permitir que o fumante passe a colocar a bituca em local próprio e adequado e uma vez por semana a empresa vai recolher o material para reciclagem.

“Desde a aprovação da Lei Antifumo, quando áreas fechadas passaram a ficar livres da fumaça de cigarro, houve uma maior ocupação de outros espaços, geralmente públicos e isso aumentou o volume de bituca nas ruas, calçadas, bueiros e outros locais. A lei ajuda a resolver parte do impacto gerado pelo lixo produzido pelos fumantes. E a iniciativa do presidente da Assembleia Valdir Rossoni (PSDB) mostra a viabilidade da nossa lei”, destacou Rasca.
 
Os coletores estão em pontos estratégicos e externos da sede do Legislativo, como nas portarias, na entrada do prédio da Administração, na parte exterior aos fundos do Plenário, nos estacionamentos e no pátio.
 
“Estamos respeitando a Lei, possibilitando a destinação final adequada destas bitucas. Além disso, é uma medida ecologicamente correta, porque estes resíduos agora terão local próprio de despejo e serão reciclados na continuidade. O importante é que não existe nenhum custo para colocarmos em funcionamento estas boas práticas ao meio ambiente, por uma iniciativa do próprio Poder Legislativo”, afirmou Rossoni.

Rasca disse que a parceria entre o poder público e a iniciativa privada viabiliza o programa de coleta e reciclagem de bitucas sem ônus financeiros para a administração, conforme prevê o artigo 9º da Lei: “As despesas decorrentes da execução desta Lei serão providas exclusivamente pelos parceiros/conveniados, não podendo gerar custos ao poder público”.
 
60 toneladas por dia

No Paraná, a estimativa é de que sejam produzidas 60 toneladas diárias de bitucas. Apenas em Curitiba, seriam oito milhões de bitucas de cigarro descartadas diariamente, sendo que aproximadamente 3,5 milhões acabam virando lixo em espaços públicos. Cada bituca leva em torno de cinco anos para se decompor no ambiente, pois em sua composição há mais de 4,7 mil substâncias como metais pesados, pesticidas, arsênico, entre outras.

Campanha educativa

O Governo do Paraná e a Souza Cruz - empresa que lidera o mercado tabagista no país – anunciaram, no dia 24 de abril, que vão promover em parceria uma campanha educativa que orientará o consumidor a não jogar as bitucas de cigarro nas ruas. A campanha terá o apoio dos 19,4 mil estabelecimentos comerciais que vendem cigarros fabricados pela empresa, presentes em 100% dos municípios paranaenses. A iniciativa atende ao edital da Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, que tem o objetivo de garantir a logística reversa dos produtos disponibilizados pelos fabricantes no mercado, conforme prevê a Lei Nacional de Resíduos Sólidos.

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Camisa que dura até 100 dias sem lavar poupa água e dinheiro

A camisa é um dos itens do vestuário masculino que mais costumam bater ponto na máquina de lavar. Ao contrário de outras peças, como calças e blazers, um único dia de uso pode ser suficiente para deixá-la em mau estado, sem possibilidade de ser usada novamente. Já calculou quanta água, energia, sabão e dinheiro são gastos nesse processo?
Pensando em resolver esses problemas, e otimizar a durabilidade da roupa, a startup americana Wool&Prince afirma ter desenvolvido uma camisa que pode ser usada por até 100 dias sem precisar lavar. Na prática, três lavagens por ano seriam mais do que suficientes.
Para provar que isso é possível, a empresa convidou 15 pessoas de várias partes do mundo para fazer a prova dos “100 dias”. Cada uma deveria usar a mesma camisa todos os dias e sem mudar a rotina. E o próprio criador da roupa resolveu fazer o teste.
Além das atividades comuns do dia-a-dia, como ir ao trabalho, ao supermercado ou sair para beber com os amigos, ele usou a camisa em situações que estimulam a produção de suor. Participava de maratonas, brincava de forma eufórica com animais de estimação em casa, chegando a rolar no chão, e ainda se acabava de dançar em baladas à noite – sempre com a mesma camisa.
O resultado? Segundo a empresa, nada de cheiro ruim, nada de amassados, nenhum sinal de que a camisa fora usada tantas vezes. A tecnologia por trás dessa proeza não é conhecida em detalhes. A empresa revela apenas que a camisa é feita de material mais resistente que algodão e que é composto por fios de lã superfinos, usados pela indústria da moda de luxo.
De acordo com a W&P, o tecido de fios de lã teria a capacidade de absorver o suor ( que depois evapora no ar) mais rápido que o algodão. Outra vantagem, segundo a empresa, é que a camisa feita com o material especial também se recuperaria mais rápido de amassados.
Viabilidade comercial – A supercamisa, que demorou seis meses para ser criada, ainda não está disponível no mercado. Para conseguir isso, a Wool&Prince busca fundos no Kickstarter, um site de financiamento coletivo que busca apoiar projetos inovadores. Em apenas oito dias, o projeto arrecadou 167 mil dólares de mais de 1000 pessoas, sendo que o objetivo era apenas de 30 mil dólares. A arrecadação vai atá dia 22 maio. (Fonte: Exame.com)