quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

PARANÁ FORMA PRIMEIRA TURMA DE PROFESSORES CAINGANGUE E GUARANI

O Governo do Paraná vai formar a primeira turma de docentes indígenas bilíngue Guarani e a segunda turma caingangue. Os indígenas participaram dos cursos oferecidos pela Secretaria de Estado da Educação na região de Guarapuava. A entrega dos diplomas será feita pelo Secretário e vice-governador, Flávio Arns, hoje, quarta-feira (27).

A formatura terá a presença dos 66 formandos, que agora estão habilitados a lecionarem na educação infantil das escolas indígenas de suas etnias. Familiares, parentes e amigos também devem acompanhar a cerimônia.

O curso teve o objetivo de dar formação a esses professores que já atuavam nas escolas indígenas e que não possuíam habilitação. “É uma grande conquista para a educação do Paraná e também um sinal de respeito com essas comunidades, que terão assegurados a preservação de suas línguas e de suas culturas”, disse Flávio Arns.

O curso iniciou no Centro de Formação de Faxinal do Céu, em Pinhão, e foi concluído no Centro Estadual de Educação Profissional Newton Freire Maia, em Pinhais. A unidade certificadora é o Colégio Estadual Visconde de Guarapuava.

Para os alunos que eram egressos do Ensino Fundamental foi ofertado o Currículo Pleno com a duração de quatro anos. Já para os alunos egressos do Ensino Médio, houve aproveitamento de estudos com a duração de dois anos.

O curso conta com a parceria do Departamento de Educação e Trabalho e do Departamento da Diversidade.

Serviço

Formatura indígena caingangue e guarani

Data: 27 de fevereiro às 18h

Local: rua Evaristo da Veiga, 111 – Morro Alto, Guarapuava (Vittre Buffet)

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Casos de dengue no país aumentam 190% em 2013, diz governo

O Ministério da Saúde informou nesta segunda-feira (25) que aumentou em 190% os casos notificados de dengue em todo o país. Segundo os números divulgados, entre 1º de janeiro e 16 de fevereiro de 2013, foram registrados 204.650 casos. No mesmo período de 2012 foram 70.489 notificações.
Os casos de mortes caíram no mesmo período, de acordo com o governo. Foram 33 óbitos entre janeiro e fevereiro deste ano, contra 41 no mesmo período de 2012.
Para o Ministério da Saúde, a elevação na quantidade de casos de dengue se deve à circulação de um novo tipo da doença, o DENV-4, um dos quatro sorotipos existentes no país.
Dados indicam que essa cepa foi responsável por 52,6% das amostras verificadas nos casos confirmados.
“Um sorotipo em local onde nunca circulou encontra vários indivíduos suscetíveis. [...] Encontra um país todo suscetível. Atingiu municípios grandes, como Cuiabá, Campo Grande, Goiânia, Uberaba. Isso fez subir o número de casos”, afirmou Jarbas Barbosa, secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde.
Oito estados concentraram 84,6% do total de casos no começo deste ano: Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Goiás, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Mato Grosso e Espírito Santo.
A pior situação, segundo o governo, ocorre em Mato Grosso do Sul. Enquanto em todo o país a incidência de casos é de 105,5 para cada grupo de 100 mil habitantes, no estado a taxa sobe para 1.677,2 casos a cada 100 mil habitantes. “A mensagem principal é de alerta. Estamos no verão e está tendo transmissão em todos os estados. Temos que redobrar a atenção”, disse Jarbas Barbosa.
Epidemia – O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destacou que cinco estados do país vivem uma epidemia de dengue: Mato Grosso do Sul, Goiás, Acre, Mato Grosso e Tocantins. É considerado estado de epidemia quando há incidência maior do que 300 casos a cada 100 mil habitantes.
“Temos epidemia em estados e municípios do país. Oito estados concentram 83% dos casos nessas primeiras sete semanas do ano. E aqueles lugares que não estão classificados como epidemia não podem reduzir os cuidados”, disse o ministro.
Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa) mostrou que, em janeiro deste ano, 267 municípios estavam em situação de risco para dengue e 487 em situação de alerta. Foram analisados, ao todo, 983 municípios.
Considerando as capitais, há risco de epidemia em Palmas (TO) e Porto Velho (RO). Estão em situação de alerta Belém (PA), Manaus (AM), Rio Branco (AC), Aracaju (SE), Fortaleza (CE), Maceió (AL), Recife (PE), Salvador (BA), São Luís (MA), Belo Horizonte (MG), Rio de Janeiro (RJ), Brasília (DF), Campo Grande (MS) e Goiânia (GO).
O governo divulgou ainda que houve retração na quantidade de casos graves e óbitos em razão da doença;
Entre 1º de janeiro e 16 de fevereiro de 2013 foram 324 casos graves contra 577 no mesmo período de 2012, número 44% menor.
Foram contabilizados ainda 33 mortos pela doença até fevereiro deste ano – queda de 20% na comparação com o ano anterior, quando 41 pessoas morreram. “Os dados mostram o quanto a luta para reduzir casos de óbito e casos graves é permanente em todo o país”, afirmou o ministro Alexandre Padilha.
Segundo o governo, a redução nos casos graves e óbitos se deve às medidas adotadas pelo Ministério da Saúde em parceria com estados e municípios, como capacitação de profissionais e reforço na área de vigilância à saúde.
Os sintomas da dengue são os mesmos para os quatro tipos da doença que circulam pelo país: febre alta, dores no corpo e nas articulações, vômitos, manchas vermelhas no corpo, entre outros.
Para Jarbas Barbosa, as famílias devem atentar para a forma de armazenamento da água nas residências. “É possível armazenar água de forma segura. Com menos de 15 minutos, é possível fazer a verificação de seu ambiente. Isso reduz a oferta de criadouros para que o mosquito da dengue não se multiplique.”
Cuidados – Alexandre Padilha destacou, após a divulgação dos números, que a DENV-4 não é mais mortal que os demais tipos. No entanto, ele lembrou que quem já teve algum outro tipo da doença pode desenvolver um caso mais grave ao pegar um sorotipo diferente.
“Toda pessoa que já teve algum tipo de dengue, se pegar outro tem chance maior de desenvolver doença grave”, lembrou. Segundo Padilha, as pessoas que já tiveram dengue devem procurar o serviço de saúde o mais rápido possível no caso de sintomas da doença. 
Fonte: Ambiente Brasil

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Justiça manda castrar doze tigres de mantenedouro em Maringá/PR



A Justiça Federal decidiu que 12 tigres do mantenedouro Ary Marcos, que fica em Maringá, no norte do Paraná, sejam castrados. A decisão é com base na Instrução Normativa 13, de 6 de dezembro de 2010, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que determina que felinos sejam esterilizados. A sentença foi publicada na última sexta-feira (15) e ainda cabe recurso.
Na sentença, o Juiz de Direito José Jácomo Gimenes disse que os tigres e leões não pertencem naturalmente à fauna brasileira. Por isso, acredita que a esterilização não ocasionaria a redução da população da espécie, muitos menos a extinção.
“Essa instrução normativa determinou que se fizesse esterilização em todos os felinos de grande porte do país. O Ibama que seria o órgão responsável pela preservação da espécie está levantando uma bandeira do extermínio. A única coisa certa disso é que esse animal não vai conseguir reproduzir mais. Então, dizer e determinar que se faça vasectomia é levantar a bandeira do extermínio”, explicou ao G1 o advogado que cuida do caso Vanderlúcio dos Santos Baum.
De acordo com o advogado, no mundo existem 3.200 tigres. E os 12 tigres do mantenedouro que fica em Maringá representam 0,37% da população mundial. Ele garante que esta decisão é contrária à legislação internacional da Organização das Nações Unidas (ONU) e da Organização das Nações Unidas para a educação, a ciência e a cultura (Unesco), que prevê a proteção à fauna e à flora. “Eles estão descumprindo e violando o pacto. No cenário mundial, enquanto países se unem com o objetivo máximo de preservação, em especial das espécies ameaçadas de extinção, o Brasil, através de normas do Ibama, que sequer tem força de lei, contraria os diplomas internacionais e sustenta a esterilização da espécie”, completou.
Baum contou que o Ibama tomou esta medida pelo fato de terem nascido em cativeiro sete filhotes de tigres. O órgão considerou a situação gravíssima e pediu para vasectomizar os animais para que outros não descendam deles.
No começo de março, Baum fará uma viagem a Nova York, na qual irá protocolar na sede da ONU um memorando sobre a situação que está acontecendo no Brasil com o caso dos tigres.
Paixão pelos tigres – O proprietário do mantenedouro que abriga, além dos 12 tigres, mais duas leoas e cães, disse ao G1 que cuida dos animais com o objetivo de preservar a espécie e não vai deixar que eles sejam castrados. “Como vai ser daqui alguns anos. Os filhos, netos vão conhecer um tigre só pela internet, pelas revistas? Isso não pode acontecer”, assegurou. Ary Borges da Silva tem autorização do Ibama para cuidar de felinos em extinção, vítimas de maus tratos e abandono.
Os animais são criados em um cativeiro, na própria casa do Ary. No local, há três piscinas para os tigres tomarem banho, jaulas, alimentação balanceada, acompanhamento de um veterinário e assistência de estagiários de faculdades de Agronomia e Biologia.
Os felinos são conhecidos nacionalmente, pois participam de novelas, comerciais e são modelos em ensaios fotográficos. Segundo Silva, boa parte da verba para poder sustentar o mantenedouro é tirado do próprio trabalho dos animais. (Fonte: G1)

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Marina Silva lança embrião de um novo partido político pró-sustentabilidade



A ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva lançou no último sábado (16) o embrião de um novo partido voltado para a sustentabilidade total. Com o slogan "Rede Pró-Partido", Marina acredita que, em três meses, será possível coletar as 500 mil assinaturas necessárias para dar entrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o pedido de registro definitivo da nova sigla, cujo nome deverá ser Rede Sustentabilidade.
“Somos uma rede, estamos fazendo esforço para a criação de um novo partido político. Nós somos uma comunidade de pensamento. Estamos no esforço de que isso se viabilize. Depois é que vem o processo de registro”, disse Marina Silva. “Estamos aqui construindo essa possibilidade. A rede já mostrou seu esforço, reunindo aqui mais de mil pessoas”, acrescentou a ex-senadora, terceira colocada na última eleição para a Presidência da República, em 2010.
De acordo com Marina, a base do programa do futuro partido será a sustentabilidade em todas as áreas: ambiental, política, econômica etc. Ela disse que, para fazer parte da nova agremiação, as pessoas podem ter posições diferentes em alguns temas, mas devem estar conectadas na rede voltada para a sustentabilidade. Sobre possíveis alianças com outras legendas para disputar eleições, a ex-ministra disse que o partido estará aberto para alianças que tiverem coerência programática.
Segundo ela, as pessoas que vierem a integrar o futuro partido deverão faze a opção por identidade programática. “Não estamos fazendo recrutamento de parlamentares para integrar a futura legenda. Estamos sendo procurados para conversar por várias pessoas e conversando, na medida do possível.” Marina informou, em entrevista coletiva no lançamento da nova célula partidária, que a legenda vem para quebrar o monopólio que existe entre o PT e o PSDB. Para ela, uma “rede” expressa muito “e o movimento da sustentabilidade é muito maior do que um partido”.
A coleta de assinaturas para criação da nova legenda será feita na rede da internet, por coleta presencial em todo o Brasil. Ela disse que está se esforçando para que, até outubro o partido esteja registrado e em condições de disputar as eleições do ano que vem. Perguntada sobre a possibilidade de se candidatar novamente à Presidência da República, Marina Silva respondeu que ainda não sabe.
Compareceram ao ato de lançamento do novo partido deputados federais, ex-senadores, prefeitos e vereadores, entre outras autoridades, além de um grande número de jovens de todo o país.

sábado, 16 de fevereiro de 2013

Brasil reduz demanda de energia em 4,5% com “horário de verão”

A demanda de energia no Brasil teve uma redução de 4,5% a partir de outubro do ano passado, quando mais da metade do país antecipou os relógios em uma hora para adotar o “horário de verão”, que termina neste sábado, informaram fontes oficiais.
A mudança de horário afetou os estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Tocantins e o Distrito Federal, nos quais se concentra cerca de 70% da população.
O Operador Nacional do Sistema, estatal que controla o setor, informou que graças a essa alteração do horário, que termina à meia-noite deste sábado, o país economizou 2.477 megawatts, o que representa uma redução de 4,5% no consumo.
A medida, aplicada desde a década de 80, reduziu para duas horas a diferença da maior parte do país com o fuso horário do meridiano de Greenwich (GMT), que voltará a ser de três horas a partir do próximo domingo. (Fonte: G1)

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Controle de emissões pode baixar em até 65% impacto de aquecimento


Medidas rígidas para controlar as emissões de gases-estufa e manter o aumento de temperatura em 2º C até 2100 podem reduzir em até 65% os impactos do aquecimento global, como enchentes e perda de produtividade nas lavouras, indica um dos mais abrangentes estudos já feitos sobre o tema.
Levando em consideração uma quantidade sem precedentes de variáveis, um grupo de cientistas liderado pela Universidade de Reading, no Reino Unido, fez simulações em computador para ver o que esperar de cada um desses cenários.
Em um ambiente com medidas severas para reduzir as emissões, o impacto das consequências é reduzido entre 20% e 65%, dependendo da área considerada. Algumas delas, inclusive, podem ser evitadas por várias décadas.
Das áreas analisadas, a produtividade das lavouras, as enchentes e a energia são as que mais se beneficiariam com a redução das emissões e o aumento de temperatura estacionado em 2º C até 2100.
Segundo os pesquisadores, altas emissões de gases-estufas podem diminuir a produtividade das lavouras de trigo, um dos elementos básicos da cadeia de alimentos global, em cerca de 20% em 2050. Mas, com um controle rígido dos gases-estufa, isso poderia ser adiado para 2100.
"Nossa pesquisa mostra que reduzir as emissões de gases-estufa nos dará tempo para fazer coisas como prédios, sistemas de transportes e agricultura resilientes às mudanças climáticas", diz Nigel Arnell, líder do trabalho, publicado na revista "Nature Climate Change"
JMA -Giuliana Miranda -  Foha