segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Programa Formação Profissional da Vale oferece quase 2 mil vagas para Norte e Nordeste

Estão abertas até o dia 3 de dezembro as inscrições para o Programa Formação Profissional (PFP) da Vale, que está oferecendo 1.936 vagas para jovens do Norte e do Nordeste. Os selecionados passarão por treinamento teórico a partir de março de 2012 e em seguida desenvolverão atividades técnicas e operacionais nas áreas de Ferrovia e Porto.

As inscrições podem ser feitas pelo site www.vale.com/oportunidades. Com o programa, a Vale pretende formar jovens para suprir a demanda por profissionais qualificados nas áreas de atuação da empresa e, ao mesmo tempo, fomentar o desenvolvimento local nas regiões por meio do acesso à educação, emprego e renda.

Para concorrer a uma das vagas, os interessados devem ter no mínimo 18 anos, ensino médio completo e/ou ensino técnico nas áreas de edificação, elétrica, eletroeletrônica, eletrotécnica, eletrônica, eletromecânica, estradas, mecânica, mineração e portuário, entre outras. A lista completa de cursos e os documentários necessários para inscrição estão no site www.vale.com/oportunidades.

Durante as etapas de seleção, os candidatos passarão por análise curricular, prova online, dinâmica de grupo, entrevista técnica, avaliação psicológica e exames médicos.

Fases de formação

A formação é dividida em duas fases e dura aproximadamente 15 meses. A fase teórica terá duração de quatro a seis meses e será realizada em instituições de ensino parceiras da Vale localizadas em Marabá e Parauapebas, no Pará; São Luís, Santa Inês e Açailândia, no Maranhão; Campina Grande, na Paraíba; e Natal, no Rio Grande do Norte.

A fase prática, com duração de seis a 12 meses, será realizada nas áreas operacionais da empresa no Terminal Portuário Ponta da Madeira, em São Luís (MA), e nos municípios ao longo da Estrada de Ferro Carajás no Maranhão e no Pará. Nesta etapa, os selecionados têm a oportunidade de exercitar as atividades aprendidas com a orientação de profissionais experientes.

Na primeira fase, os selecionados receberão bolsa-auxílio mensal no valor de R$ 600 (para nível médio) e R$ 900 (para nível técnico), além de ajuda de custo para quem estudar em cidade diferente de onde mora. Na fase prática, além do salário, os participantes terão direito a vale-alimentação, vale-refeição ou refeição no local de trabalho e plano de saúde, entre outros benefícios.

Programa Formação Profissional

Criado em 2003, o programa já atendeu a mais de 8.200 pessoas em todo o Brasil. De 2008 a 2010 formaram-se 1.065 profissionais, dos quais 670 foram efetivados (63%). Até julho de 2011 já se formaram 571, dos quais 394 foram efetivados (69%).

Desmatamento é o menor para setembro desde 2004

A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, disse nesta segunda-feira (31) que o desmate de 253,8 km² na área da Amazônia Legal registrado no mês de setembro foi o menor para o mês desde 2004, quando o levantamento do sistema de detecção do desmatamento em tempo real começou a ser feito. A redução, na comparação com o mês de setembro do ano passado, foi de 43%. Segundo ela, a agropecuária ainda é a maior vilã do desmatamento.

“Há uma forte pressão da agropecuária, chama a atenção que esses dados estão associados muitas vezes à supressão autorizada de vegetação. Isso nós só poderemos verificar no final do ano.”

A ministra disse ainda que a fiscalização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama) não vai parar por causa do período de chuvas. “Agora, estamos entrando no período de chuvas, que usualmente tende a reduzir o desmatamento, mas vamos manter a força do Ibama em campo. O Ibama e os órgãos federais vão manter a fiscalização. Temos 25 frentes de homens trabalhando na Amazônia monitorando as áreas críticas”.

Ela comentou ainda sobre a votação do Código Florestal, que teve o relatório apresentado nas comissões de Agricultura e de Ciência e Tecnologia do Senado Federal. Segundo Izabella, o ministério está fazendo uma avaliação do relatório e identificou avanços, principalmente no que diz respeito às áreas de manguezais.

“Houve avanços como as áreas de manguezais, como áreas de preservação ambiental, o que foi um ganho, assim como explicitar que não há anistia para novos desmatamentos. Também foi muito positiva a divisão do texto entre disposições permanentes e transitórias, porque isso dá uma clareza maior e também uma maior segurança jurídica”, afirmou.

Nova marca do Jornal Meio Ambiente

 Visitem o nosso portal www.jornalmeioambiente.com

Bicicleta deve ser uma opção de transporte e não só de lazer

Hugo Harada/Gazeta do Povo
Hugo Harada/Gazeta do Povo / Tatiana Gadda estudou o ciclismo utilitário em Curitiba no início dos anos 2000: “O cidadão deve ter o direito de optar pelo modal que melhor lhe convier”  
Tatiana Gadda estudou o ciclismo utilitário em Curitiba no início dos anos 2000: “O cidadão deve ter o direito de optar pelo modal que melhor lhe convier”
 
Entrevista
Tatiana Gadda, urbanista PhD em Ciências Ambientais Humanas e da Terra 

Gazeta do Povo|Rafael Waltrick
A arquiteta e urbanista Tatiana Gadda, professora do Depar­­tamento de Construção Civil da Universidade Tecnoló­­gica Fede­­ral do Paraná (UTFPR), desenvolveu entre 2000 e 2002 na Royal School of Technology, na Suécia, a primeira dissertação sobre o tema do ciclismo utilitário em Curitiba. O estudo apresentou um plano físico de inserção da bicicleta na malha cicloviária de Curitiba, por meio da análise de acidentes de trânsito envolvendo ciclistas.
Após a pesquisa, ela permaneceu no exterior por cerca de dez anos. O retorno a Curitiba, porém, não foi tão empolgante quanto imaginava. “No meu retorno, infelizmente, não vi nenhum avanço significativo na infraestrutura cicloviária da cidade”, diz. Mesmo assim, avalia Tatiana, as perspectivas são positivas. Para a pesquisadora, houve avanços no cenário das políticas de mobilidade e a bicicleta, enfim, passou a ser tema de debate e propostas públicas.

Quais foram as principais recomendações e pontos do seu plano de inserção da bicicleta em Curitiba?
O que norteou as propostas foi o próprio planejamento da cidade. Em áreas pouco densas, onde há menor demanda por transporte público, os pontos de ônibus estão a distâncias maiores do que em áreas com maior demanda. A frequência dos ônibus é também muito mais espaçada. Esse quadro propicia o uso da bicicleta para deslocamentos curtos dentro da área e no entorno. Já em áreas com muita densidade, como é o caso dos eixos de transporte de massa, existe também a necessidade de inserção da bicicleta. O cidadão deve ter o direito de optar pelo modal que melhor lhe convier para acessar os pontos de interesse e atração, e a bicicleta deve estar entre as opções.

Qual foi a avaliação da infraestrutura cicloviária da cidade feita na época?
A estrutura cicloviária se apresentava bastante deficiente principalmente para os usuários do ciclismo utilitário, pois a cidade pensava a bicicleta como meio de lazer. A estrutura cicloviária era implantada onde era fácil fazê-la e apresentava poucos equipamentos para estacionamento. Além disso muitos trechos de ciclovias estavam em péssimas condições de conservação.

Você afirma que – praticamente uma década após essa constatação – pouco ou nada mudou...
Sim, de tangível pouco mudou nesse espaço de tempo na cidade, mas a consciência sobre a bicicleta ser um modal que acrescenta opção no sistema viário aumentou muito. Acredito que essa é a mudança fundamental. A solução física será uma consequência, pois a pressão popular, que há dez anos não existia, agora existe. O público que alterna as opções de modal e que quer mais espaço para o uso da bicicleta tem crescido e não é um movimento só em Curitiba.

A bicicleta terá como escapar da sombra de outros modais ou sempre ficará em segundo ou terceiro plano frente a opções como carros e ônibus?
Temos tradicionalmente considerado a bicicleta como veículo de brincadeira ou para as camadas com rendas mais baixas. Em uma sociedade onde o “ter” ganha espaço sobre o “ser” e o “fazer”, não é surpreendente que um maior status seja dado àqueles que estão motorizados. Mas existe um movimento que, justamente ao se deparar com isso, vai na contramão e manda a mensagem de que andar de bicicleta é “cool”, pois significa que você é consciente e age sobre a sua saúde, o meio ambiente, a desumanização do trânsito. A bicicleta será, sem dúvida, mais amplamente utilizada a partir do mo­­mento em que a infraestrutura cicloviária seja provida adequadamente.

A cidade está no caminho para adotar a bicicleta co­­mo meio de transporte?
Em Curitiba, somos muito felizes na nossa acessibilidade como motoristas de veículos motorizados e ainda felizes como usuários de transporte público de massa ou pedestres. Mas não temos a bicicleta inserida no sistema de transporte. Isso é uma im­­portante negligência. Porém, acredito que esse cenário está prestes a mudar pois não só a mídia vem respondendo ao forte interesse pela bicicleta, como também o poder municipal adota agora uma política clara de promoção do ciclismo utilitário. Órgãos municipais têm promovido debates e mantido um diálogo próximo às associações de ciclistas que, por sua vez, estão bastante maduras, organizadas e com capacidade de dar bons “feedbacks” às propostas da prefeitura.

Região Hidrográfica Amazônica

A maior do mundo em disponibilidade de água

A Amazônia é conhecida mundialmente por sua disponibilidade hídrica e pela quantidade de ecossistemas, como matas de terra firme, florestas inundadas, várzeas, igapós, campos abertos e cerrados. Abriga, ainda, uma infinidade de espécies vegetais e animais: 1,5 milhão de espécies vegetais catalogadas; três mil espécies de peixes; 950 tipos de pássaros; e ainda insetos, répteis, anfíbios e mamíferos.
A Região Hidrográfica Amazônica é constituída pela bacia hidrográfica do rio Amazonas situada no território nacional, pelas bacias hidrográficas dos rios existentes na Ilha de Marajó, além das bacias hidrográficas dos rios situados no Estado do Amapá que deságuam no Atlântico Norte (Resolução CNRH n° 32, de 15 de outubro de 2003), perfazendo um total de 3.870.000 km².
A população na Região Hidrográfica Amazônica, em 2000, era de 7.609.424 habitantes (4,5% da população do País) e a densidade demográfica de apenas 2,01 hab/km². As capitais Manaus, Rio Branco, Porto Velho, Boa Vista, Macapá, bem como os municípios de Santarém (PA) e Sinop (MT) são os centros urbanos que mais se destacam dentre os 304 municípios da Região Hidrográfica Amazônica.
A bacia hidrográfica do rio Amazonas é constituída pela mais extensa rede hidrográfica do globo terrestre, ocupando uma área total da ordem de 6.110.000 km², desde suas nascentes nos Andes Peruanos até sua foz no oceano Atlântico (na região norte do Brasil). Esta bacia continental se estende sobre vários países da América do Sul: Brasil (63%), Peru (17%), Bolívia (11%), Colômbia (5,8%), Equador (2,2%), Venezuela (0,7%) e Guiana (0,2%).
Em termos de recursos hídricos, a contribuição média da bacia hidrográfica do rio Amazonas, em território brasileiro, é da ordem de 133.000 m³/s (73% do total do País). Adicionalmente, a contribuição de territórios estrangeiros para as vazões da região hidrográfica é da ordem de 76.000 m³/s. As maiores demandas pelo uso da água na região ocorrem nas sub-bacias dos rios Madeira, Tapajós e Negro, e correspondem ao uso para irrigação (39% da demanda total). A demanda urbana representa 17% da demanda da região (11 m³/s). De um modo geral, os consumos estimados são pouco significativos quando comparados com a disponibilidade hídrica por sub-bacia.

Principais Ações da Ana na Região Hidrográfica Amazônica

- Projeto HiBAm – Hidrologia e Geoquímica da Bacia Amazônica;
- Experimento de Grande Escala da Biosfera-Atmosfera na Amazônia;
- Termo de Referência para o processo licitatório do Plano da Bacia Hidrográfica do Rio Xingu e da Atualização do inventário Hidroelétrico da Bacia.

Região Hidrográfica do Paraná

O maior desenvolvimento econômico do País

A Região Hidrográfica do Paraná, com 32% da população nacional, apresenta o maior desenvolvimento econômico do País. Com uma área de 879.860 Km², a região abrange os estados de São Paulo (25% da região), Paraná (21%), Mato Grosso do Sul (20%), Minas Gerais (18%), Goiás (14%), Santa Catarina (1,5%) e Distrito Federal (0,5%).
Cerca de 54,6 milhões de pessoas vivem na região (32% da população do País), sendo 90% em áreas urbanas. A região possui a cidade mais populosa da América do Sul, São Paulo, com 10,5 milhões de habitantes. Outros importantes centros populacionais são: Brasília, Curitiba, Goiânia, Campinas, Campo Grande e Uberlândia. A maior parte de população se concentra nas unidades hidrográficas dos rios Tietê e Grande, que, juntas, correspondem a 62% da população total.
O crescimento de grandes centros urbanos, como São Paulo, Curitiba e Campinas, em rios de cabeceira, tem gerado uma grande pressão sobre os recursos hídricos. Isso ocorre porque, ao mesmo tempo em que aumentam as demandas, diminui a disponibilidade de água devido à contaminação por efluentes domésticos, industriais e drenagem urbana.
Originalmente, a Região Hidrográfica do Paraná apresentava os biomas de Mata Atlântica e Cerrado e cinco tipos de cobertura vegetal: Cerrado, Mata Atlântica, Mata de Araucária, Floresta Estacional Decídua e Floresta Estacional Semidecídua. O uso do solo na região passou por grandes transformações ao longo dos ciclos econômicos do País, o que ocasionou um grande desmatamento.

Com relação aos indicadores de saneamento básico, os percentuais da população atendida com abastecimento de água variam de 78,6% (no Paranaíba) a 95% (Tietê). A maioria das unidades hidrográficas está com um percentual acima da média do Brasil que é de 81,5%. O percentual da população atendida com rede coletora de esgotos nas unidades hidrográficas variam entre 32,3% (Paraná) e 84,1% (Grande). Os percentuais de tratamento de esgotos variam de 9,9% (Iguaçu) e 35% (Paranapanema), enquanto a média nacional é de 17,8%.

PARANÁ

Comitê da Bacia dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí;
- Empreendimentos do PRODES contratados em 2002;
- Comitê da Bacia do Rio Paranaíba;
- Campanha de fiscalização na bacia do rio São Bartolomeu, sub-bacia do ribeirão Saia Velha
- Convênio de Integração das Bacias do Alto Iguaçu e do Alto Rio Ribeira;
- Termo de referência e preparação do processo licitatório do Plano da Bacia Hidrográfica do Alto Iguaçu- PR;
- Sistema de Alerta de Enchentes na bacia do Rio Sapucaí;
- Suinocultura intensiva e a qualidade das águas.

Moção dos Comitês contra redução da proteção vegetal dos rios irá para o Senado


Foto: Zig Koch / Banco de Imagens ANA
chamada
Tema foi incluído na deliberação do XIII Encontro Nacional de Comitês de Bacias Hidrográficas, que reuniu representantes de 180 comitês de várias regiões do País em São Luís (MA) de 25 a 28 de outubro
Representantes de Comitês de Bacias Hidrográficas de várias regiões do País prepararam uma proposição solicitando que os membros dos Sistemas Nacional e Estaduais de Recursos Hídricos sejam ouvidos sobre a reforma do Código Florestal. O documento, incluido na deliberação final do Encob, pede que a nova lei não facilite ou estimule novos desmatamentos ilegais, inclusive em torno dos rios. O texto será encaminhado na semana que em à Presidência do Senado Federal.
Em abril, a ANA divulgou uma Nota Técnica que explica as razões pelas quais a Agência defende a manutenção da cobertura florestal em torno dos rios na proporção atual estabelecida pelo Código Florestal, ou seja, no mínimo 30 metros. Pela proposta de reforma do Código Florestal, a proteção mínima das Áreas de Proteção Permanentes, conhecidas como APPs hídricas, seria reduzida para 15 metros. As matas ciliares são fundamentais para proteger os rios e garantir a qualidade das águas.
Atualmente, o Brasil possui cerca de 180 Comitês, sendo dez em rios federias, com representações de diferentes segmentos da sociedade, espalhados por várias regiões. Esses comitês funcionam como parlamentos da água, pois são formados por usuários locais dos recursos hídricos; organizações não governamentais; sociedade civil e representes do poder público nos três níveis (municipal, estadual e federal), que se reúnem em sessões plenárias.
A Agência Nacional de Águas (ANA) dá apoio técnico aos comitês federias e os órgãos gestores locais, aos estaduais, conforme determina a Lei 9.433 de 1997, conhecida como Lei das Águas, que estabeleceu a Política Nacional de Recursos Hídricos (PNRH) e criou o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos (Singreh). Todos os anos, representantes de comitês de bacia se reúnem para fazer um balanço da gestão dos recursos hídricos, da atuação desses arranjos locais e debater os desafios da implementação da PNRH.

Código Florestal: situação brasileira ainda é dramática, diz diretor-presidente da ANA

Vicente Andreu defende a proteção mínima de 30 metros das margens de rios para preservação da mata ciliar

Por Agência Brasil
Renato Araújo/Abr
“O desmatamento compromete a qualidade do ar, da vida e da água com a redução das áreas de preservação permanente", diz Andreu
O diretor-presidente da Agência Nacional de Águas (ANA), Vicente Andreu, defendeu nesta segunda-feira (31/10) a proteção mínima de 30 metros das margens de rios para a preservação tanto do potencial hídrico quanto da mata ciliar. O projeto de lei da reforma do Código Florestal, aprovado na Câmara e em tramitação no Senado, propõe reduzir esse limite para 15 metros.

“O desmatamento compromete a qualidade do ar, da vida e da água com a redução das áreas de preservação permanente [APPs]. Nos últimos anos, temos verificados alguns avanços, mas a situação do brasileiro ainda é dramática, ainda tem muito a se fazer”, disse Andreu.

O assunto foi um dos destaques do 13º Encontro Nacional de Comitês de Bacias Hidrográficas (Encob), em São Luís, no Maranhão, entre os dias 24 e 28 deste mês. Com o tema Os Desafios dos Comitês de Bacias na Construção de Pacotes pelas Águas, um dos principais objetivos das discussões foi identificar oportunidades e desafios para a promoção da gestão integrada das águas, de maneira sustentável. Cerca de 1,8 mil pessoas de mais de 170 comitês de todo o Brasil participaram dos debates.

Representantes de Comitês de Bacias Hidrográficas de todo o país elaboraram um documento contra a redução das APPs nas margens dos rios, em protesto contra o texto da reforma do Código Florestal, aprovado em maio.

Encontro Internacional da Governança da Água: Desafios Interdisciplinares




Entre os dias 7 e 9 de novembro de 2011, será realizado, em São Paulo, o 3º. Encontro Internacional da Governança da Água: Desafios Interdisciplinares. O evento, que será realizado pela Universidade de São Paulo, visa colocar em debate temas transversais e interdisciplinares na governança da água.

A ênfase é nas questões associadas com: segurança hídrica e vulnerabilidade; água e pagamento de serviços ecossistêmicos; inovação na governança da água; e mudança climática, desastres naturais e comunicação de risco. Todos estes temas serão abordados por pesquisadores nacionais e estrangeiros em quatro mesas-redondas com abordagens interdisciplinares.

A problemática em relação à governança dos recursos hídricos envolve uma multiplicidade de questões que precisam ser articuladas para se propor políticas públicas efetivas, pautadas por base conceitual, que garantam a participação dos diversos atores, tanto do poder público como da sociedade civil, no entendimento de uma visão integrada para ampliar a sua capacidade de informação e atuação.

É nesse sentido que este evento busca aprofundar e compartilhar os diversos conhecimentos das ciências, numa visão interdisciplinar, para desenvolver estudos e ferramentas conceituais.

SERVIÇO:


O quê: 3º. Encontro Internacional da Governança da Água: Desafios Interdisciplinares;
Quando: De 7 a 9 de novembro de 2011;
Local: Auditório Mário Covas, da Escola Politécnica da USP;
Endereço: Av. Prof. Luciano Gualberto, Travessa 3380, Cidade Universitária – São Paulo (SP) ;
Mais informações e inscrições: Pelos telefones             (11) 3091-3330       e             (11) 3091-3235     

Brasileiro consome 91 latinhas de bebida por ano

Por Folha de São Paulo
CAROLINA SARRES
DE BRASÍLIA

O Brasil lidera ranking mundial em reciclagem de latas de alumínio: em 2010, 97,6% das latas vendidas foram reutilizadas.
O índice brasileiro, segundo a Abal (Associação Brasileira do Alumínio), superou os do Japão, da Argentina, da média europeia e dos Estados Unidos; respectivamente.
"Desde 2001 estamos com índices superiores a 90%, o que mostra que não se trata de uma flutuação. É um índice consistente", afirmou Renault Costa, presidente da Abralatas (Associação Brasileira dos Fabricantes de Latas de Alta Reciclabilidade).

Eduardo Knapp/Folhapress
Em 2010, brasileiros reutilizaram 97,6% das latas vendidas; índice é maior do que muitos países desenvolvidos
Em 2010, brasileiros reutilizaram 97,6% das latas vendidas; índice é maior do que muitos países desenvolvidos
Entre 2009 e 2010, houve crescimento de 21% no volume das reciclagens, de cerca de 198,8 mil toneladas para 239,1 mil toneladas --o que equivale a 17,7 bilhões de latas.
Anualmente, consome-se no Brasil, em média, 91 latinhas por pessoa.
A indústria de reciclagem de embalagens de alumínio movimenta aproximadamente R$ 1,8 bilhão --R$ 555 milhões só em em coleta-- e gera cerca de 3.800 empregos.
Os representantes do setor informaram que, para que tal índice seja sustentado, é necessário que a PNRS (Política Nacional de Resíduos Sólidos), de 2010, alinhe as políticas estaduais e municipais sobre a reciclagem de embalagens de alumínio, estimule o mercado de resíduos por meio do fortalecimento e do aperfeiçoamento de cooperativas e fomente a reciclagem por meio de desoneração tributária.
O presidente da Abralatas, Renaut Costa, ainda afirmou que o poder público não deve interferir no setor. Ao contrário, deve reconhecer a eficiência dos sistemas de reciclagem existentes e estimulá-los.

No lixo, nada se cria, nada se perde. Tudo se transforma em energia.

Interior do depósito de lixo de usina incineradora que gera energia a partir do lixo na Dinamarca. Foto: Vestforbrænding
Antoine Laurent de Lavoisier foi um químico francês, nascido em 1743 e falecido em 1794 na cidade de Paris. Considerado o pai da química moderna, foi o primeiro cientista a enunciar o princípio da conservação da matéria, que diz: “Na natureza, nada se cria, nada se perde. Tudo se transforma.” Como qualquer outro enunciado científico de poucas palavras, o conceito de conservação da matéria e da energia esconde desdobramentos complexos e riquíssimos que talvez nem o próprio Lavoisier imaginasse onde poderiam desembocar. Como, por exemplo, na ideia da geração de energia a partir do lixo.
O lixo. Essa invenção humana que nos traz tantos prejuízos ambientais e sociais. Se observássemos um pouco melhor a natureza, veríamos que esse conceito não existe para ela. As substâncias produzidas pelos seres vivos e que são inúteis ou prejudiciais ao organismo, tais como fezes e urina dos animais, ou o oxigênio produzido pelas plantas verdes como subproduto da fotossíntese, assim como os restos de organismos mortos, são, em condições naturais, recicladas pelos decompositores. Porém, como ainda precisamos aprender um pouco mais com a observação da natureza, para a maioria das pessoas o lixo ainda é visto tão somente como um grande problema, que cresce, ocupa cada vez mais espaço, polui o solo e os lençóis freáticos e gera doenças. Para alguns poucos, no entanto, o lixo já é uma grande solução. A partir dele podemos extrair matéria-prima para uma porção de novos objetos, produtos, materiais e… energia. Não há exemplo melhor das ideias de Lavoisier do que essa. Matéria vira energia. E ponto.
Se você ainda não conhece usinas geradoras de energia a partir do lixo, ou se já ouviu falar, mas não sabe direito como funcionam, deve estar imaginando uma fábrica afastada da cidade, com emissões de fumaça e coisas do gênero. Um problema antigo travestido em um novo. Mas não é o que acontece. Na realidade, é exatamente o oposto, e as usinas geradoras de eletricidade e calor a partir do lixo operam com tecnologia de ponta em diversos países. Uma das experiências mais interessantes nesse ramo, a qual tem muito a nos ensinar aqui no Brasil, vem da Dinamarca. Lá, assim como na maioria dos países europeus, os invernos rigorosos demandam uma quantidade enorme de gás para calefação, o qual, via de regra, é importado da Rússia. Custa caro e é um combustível fóssil. Uma equação que não é vantajosa para a Dinamarca, tanto por conta do custo quanto do compromisso firmado pelo país em reduzir a emissão de gases do efeito estufa. A partir de 2050 não se usará mais combustível fóssil para geração de energia naquele país.
Atualmente, na Dinamarca, 76% de todos os resíduos sólidos urbanos não passíveis de serem reciclados são incinerados em modernas plantas que fazem a conversão desses resíduos em eletricidade e calor. A pouco mais de 30 minutos do centro de Copenhague, está localizada a maior central de transformação de lixo em energia do país, Vestforbraending, que queima 35 toneladas de resíduos por hora para produzir energia e aquecimento para 865 mil habitantes da capital dinamarquesa, sem descuidar da eficiência energética nem poluir a bacia aérea. A prova de que se trata de uma tecnologia limpa é que já existe uma usina em construção, com previsão de início das atividades em 2016 e que funcionará perto do Palácio Real, em plena capital dinamarquesa. O curioso é que, com essa usina em funcionamento, a Dinamarca vai passar a importar lixo de países vizinhos, como Polônia e Alemanha. Ou seja, o que é um problema para a população desses países vai virar solução para os dinamarqueses.
No Brasil, a incineração do lixo ainda não é utilizada para produção de energia. A recém-aprovada e sancionada Política Nacional de Resíduos Sólidos, em fase de regulamentação, abre caminhos para que esse cenário mude. Já existem inclusive notícias de que veremos a instalação de usinas incineradoras que geram energia em território nacional. Enquanto isso, o que vemos no Brasil é o aumento, ainda tímido, mas já com presença na matriz energética de algumas cidades, de aterros sanitários que geram energia a partir de gases produzidos pela decomposição de resíduos orgânicos. É o caso do Aterro Bandeirantes, em São Paulo, um projeto pioneiro que abastece aproximadamente 300 mil moradores da capital paulista com energia gerada a partir do lixo.
Segundo alguns pesquisadores, essa modalidade de geração de energia a partir de biogás pode não ser tão vantajosa quanto a incineração. Apesar de ser mais barata, ela ainda tem um alto custo com a logística, precisa de uma área grande para a instalação dos aterros, polui mais e tem uma menor capacidade geradora. Mesmo assim, é uma ótima iniciativa para resolver dois desafios de uma só vez: produzir energia limpa e remanejar o lixo produzido em volume cada vez maior no planeta.
Lavoisier nos ensinou há mais de duzentos anos que nada se perde, nada se cria, tudo se transforma. Isso vale para o mundo da matéria, mas pode muito bem ser aplicado ao universo da economia. Já que a sustentabilidade ambiental só existe acompanhada do equilíbrio social e econômico, as palavras dele servem também para pensarmos que a sociedade deve esgotar toda sua bagagem e conhecimento científico na busca por ideias que transformem problemas em soluções. E despesas em receitas e oportunidades.

Índice de um mundo mais verde

Foto: Fábio Soldá Barbosa Araujo
O debate sobre o uso consciente dos recursos naturais e uma relação harmônica entre progresso e meio ambiente vem ocupando cada vez mais espaço nas agendas dos líderes mundiais. Com o intuito de avaliar as ações efetivas que vêm sendo implantadas nas principais cidades do mundo, a Siemens patrocinou um estudo realizado pela Economist Intelligence Unit (EIU). O Índice de Cidades Verdes compara as performances em políticas ambientais e proteção climática, avaliando as cidades em oito categorias: energia e CO2, prédios, transporte, lixo, água, saneamento, qualidade do ar e governança ambiental.
Esse estudo engloba Estados Unidos e Canadá, América Latina, Europa, Alemanha e Ásia. Através de uma ferramenta online é possível consultar o desempenho de diversas cidades do mundo. Para isso, basta acessar o site e clicar no continente onde está localizada a cidade que se deseja pesquisar. O resultado geral é apresentado em um ranking dividido em cinco classificações: “bem abaixo da média”, “abaixo da média”, “na média”, “acima da média” e “bem acima da média”.
A análise da América Latina envolveu 17 cidades de oito países, incluindo o Brasil, e pode ser lida em detalhes neste PDF. Belo Horizonte, Bogotá, Brasília, Buenos Aires, Cidade do México, Curitiba, Guadalajara, Lima, Medellín, Monterrey, Montevidéu, Porto Alegre, Puebla, Quito, Rio de Janeiro, Santiago e São Paulo foram analisadas nas oito categorias previstas pelo estudo. Curitiba, no Paraná, foi a cidade com o melhor resultado geral. Entre as cidades brasileiras, apenas Porto Alegre obteve um desempenho “na média”. Belo Horizonte, Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo ficaram “acima da média” e Curitiba foi a única “bem acima da média” entre todas as cidades analisadas na América Latina.
Rio de Janeiro. Foto: Denise Mayumi
Em relação às oito categorias de análise, a pior avaliação de Curitiba foi em uso do solo e prédios, na qual foi considerada “na média”. Destaque para qualidade do ar e resíduos considerados como “bem acima da média”. Rio de Janeiro se destacou em governança ambiental. São Paulo, por sua vez, em energia e CO2. Belo Horizonte, Brasília e Porto Alegre não obtiveram nenhuma nota máxima. Brasília, no entanto, foi a única cidade brasileira com avaliações “bem abaixo da média”, em resíduos e transportes. Um dado curioso é que apesar dos conhecidos problemas de trânsito e poluição atmosférica, tanto Rio de Janeiro quanto São Paulo ficaram “na média” em qualidade do ar.
Os resultados da pesquisa são de grande valor, uma vez que a classificação em cada categoria de análise é feita a partir de uma comparação entre as realidades de cada uma dessas cidades, e não de um ideal abstrato. Nesse sentido, o estudo possibilita não apenas uma melhor compreensão dos desafios dessas cidades em meio ambiente como também promove um intercâmbio de ideias sobre como reduzir o impacto ambiental. O vídeo abaixo, por exemplo, mostra o funcionamento da rede de transportes de Curitiba, um projeto de tráfego bem articulado e funcional que poderia facilmente servir de inspiração para outras cidades brasileiras.

Artigo escrito por Christiane Dias

Cientistas debatem impacto dos incêndios florestais no meio ambiente
























As comissões de Agricultura e Reforma Agrária (CRA), de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT), e de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização (CMA) realizaram audiência conjunta na próxima terça-feira (25), a partir das 14h, para discutir os impactos dos incêndios florestais no meio ambiente e na produção agrícola.
A reunião foi requerida por sugestão dos senadores Jorge Viana (PT-AC), Rodrigo Rollemberg (PDT-DF), Acir Gurgacz (PDT-RO) e Eduardo Braga (PMDB-AM) devido ao grande número de incêndios e queimadas registrados nos últimos meses em todo o país.
Os especialistas debaterão formas de prevenção e políticas públicas sobre o assunto. Uma das preocupações dos senadores é o aumento da emissão de carbono provocado pelas queimadas. No Brasil, os incêndios florestais são os principais responsáveis pela liberação na atmosfera dos gases causadores do efeito estufa.
Foram convidados para o debate o pesquisador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia dos Serviços Ambientais da Amazônia (Servamb) Irving Forster Brown; a professora do Departamento de Ecologia da Universidade de São Paulo (USP) Vânia Pivello; o professor do Departamento de Ecologia da USP Leopoldo Coutinho; a professora do Departamento de Ecologia da Universidade de Brasília (UnB) Heloísa Miranda; e o secretário de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente, Bráulio Ferreira de Souza Dias.

sábado, 29 de outubro de 2011

Governo moderniza licenciamento ambiental em obras de infraestrutura


Martim Garcia/MMA
Foto Governo moderniza licenciamento ambiental em obras de infraestrutura
Três portarias interministeriais e quatro do MMA mudam procedimentos para o licenciamento de obras de infraestrutura e logística. Medidas resgatam passivo ambiental e foram motivadas pelo crescimento do país.

Paulenir Constâncio
O Governo Federal anunciou nesta sexta-feira (28/10) um conjunto de medidas que vai resultar na regularização de um dos maiores passivos ambientais nas áreas de infraestrutura e logística do País. Estão previstas a regularização de 55 mil quilômetros de rodovia, 35 portos e 12 mil quilômetros de linhas de transmissão de eletricidade. Foram estabelecidos, também, os procedimentos para licenciamento ambiental da exploração de petróleo no mar.
Os quatro setores são os primeiros a serem atingidos pelo processo de modernização da área de licenciamento federal. As novas regras vão dar mais agilidade aos processos e, como não modificam a legislação ambiental, as exigências legais e o rigor na análise do licenciamento permanecem os mesmos.
"Não há nenhuma mudança nas regras legais sobre licenciamento, o que fizemos foi mudar os procedimentos", salientou a ministra. O crescimento econômico do País e a necessidade de preparar o setor de licenciamento para atender ao aumento de 700% no número de pedidos de licença nos últimos sete anos foram apontados como as motivações para a adoção das medidas.
Os prazos definidos para o Ibama, para os empreendedores e os demais envolvidos nos processos poderão ser em alguns casos menores que os estabelecidos. No caso de novos licenciamentos, a exigência de cumprimento dos prazos e de qualidade dos estudos ambientais será rigorosa. Nos processos, o Ibama fará suas exigências de uma única vez e o empreendedor terá que atendê-las de uma só vez. O descumprimento dos prazos pode levar ao arquivamento dos processos.
"O Ibama está hoje com os processos rigorosamente em dia", disse Izabella. Os novos procedimentos vão permitir com que se identifique, no caso em pedidos de licenciamento parados, onde eles estão e qual das partes envolvidas e responsável por eventuais atrasos. A ministra afirmou que dará publicidade tanto quanto ao motivo do atraso quanto à qualidade dos estudos ambientais realizados, para orientar os empreendedores e dar satisfação à sociedade.
A regularização das rodovias federais vai começar pelas que têm maior tráfego de veículos e oferecem grandes riscos de acidente. Depois de obterem sua licença de operação, a manutenção, as reformas para a segurança e até pequenas ampliações, dentro da faixa de domínio que é de 15 metros, poderão ser feitas sem licenciamentos, mediante autorização do Ibama. Com isso, dá para construir, por exemplo, uma terceira faixa. Para as rodovias que já têm licença ambiental as novas regras vigoram a partir de hoje.
As medidas modernizam o setor portuário brasileiro. Dos 40 portos submetidos ao licenciamento federal, apenas cinco têm licença de operação. Esses, já podem realizar obras de dragagem para manutenção e aprofundamento mediante rito simplificado. O prazo para aderir é de 120 dias, depois o porto tem outros 720 para concluir os estudos necessários e submeter pedido de licenciamento ao Ibama.
Para as linhas de transmissão, o licenciamento segue os mesmos critérios das rodovias. Será considerado o potencial de impacto ambiental, com procedimentos diferenciados para pequenos projetos.
Outra medida que vai facilitar o andamento dos processos é a fixação de prazo de 90 dias, por portaria interministerial, para que os órgãos envolvidos nos processos, como o Iphan, a Funai ou o Ministério da Saúde, se manifestem. Os critérios para essa manifestação também foram definidos. Eles não poderão propor condicionantes que não digam respeito aos projetos.
Ouça o áudio da entrevista coletiva na íntegra e confira a apresentação feita pela ministra.
ASCOM

Imazon: Legislação para proteger florestas não é exclusividade brasileira

Pesquisadores do Imazon e do ProForest, ligado à Universidade de Oxford, concluíram que o Código Florestal não é uma jabuticaba, como afirmou a senadora Kátia Abreu (PSB-TO) em referência a fruta nativa da Mata Atlântica, exclusivamente brasileira.  Essa afirmação tem sido usada para apoiar as mudanças que flexibilizam o Código Florestal.
Foram selecionados 11 países para análise, e com exceção da Indonésia, onde até o ano passado as florestas públicas eram designadas como áreas de conversão para a agricultura, todos os países da lista registram manutenção ou aumento da cobertura vegetal entre 1950 e 2010, o que significa que houve esforços e investimentos para frear as derrubadas e recompor as áreas desmatadas.
O estudo traz informações sobre o percentual de cobertura florestal na Alemanha, China, nos Estados Unidos, na França, Holanda, Índia, Indonésia, no Japão, na Polônia, no Reino Unido e na Suécia.  Quase todos os países passam por um processo de desmatamento, muitas vezes seguido por reflorestamento, à medida que eles se desenvolvem.
Reino Unido, Holanda e China já tinham perdido uma proporção muito elevada de suas florestas no início do século XX e tiveram que embarcar em amplos programas de reflorestamento.  França, Alemanha e Japão foram muito mais bem-sucedidos na manutenção de suas coberturas florestais.  Esses países têm, normalmente, uma cobertura florestal total superior, equivalente a um a dois terços da área de floresta original, e também uma maior proporção de florestas naturais ou seminaturais.
Na análise do quadro legislativo sobre conversão de floresta, o estudo conclui que "há uma abordagem geral contra o desmatamento em terras privadas.  Isso significa que qualquer conversão em terras particulares tem de ser justificada e aprovada, e isso normalmente só ocorre para áreas muito reduzidas (por exemplo, até 4 hectares na França) ou em circunstâncias excepcionais de grande interesse público."
De forma geral há uma suposição geral "na maioria dos países analisados, incluindo tanto países desenvolvidos quanto economias emergentes, de que as áreas florestais devem ser mantidas e o quadro legal e de governança foi concebido para apoiar essa manutenção".
O Brasil, que tem 56% do território com florestas - nativas ou plantadas - caminha na contramão, na medida em que propõe medidas para reduzir a proteção de suas florestas.  Os pesquisadores escrevem que "além de desmistificar a exclusividade do "protecionismo" nacional no tema florestal, o estudo também cumpre o relevante serviço de demonstrar que, desde o século passado, é o fim do desmatamento - e não a terra arrasada - que virou sinal de desenvolvimento".

Arte: Agência Brasil

Código Florestal
Em discussão no Senado, o texto que altera o Código Florestal pode colocar flexibilizar as normas ambientais e colocar em risco compromissos internacionais assumidos pelo país, como a redução de emissões de gases de efeito estufa em até 38,9% até 2020.
O relator do projeto de reforma do Código Florestal nas comissões de Ciência e Tecnologia (CCT) e de Agricultura e Reforma Agrária (CRA), senador Luiz Henrique da Silveira (PMDB-SC), espera que o texto esteja pronto para votação em Plenário até meados de novembro.
Além das comissões de Ciência e Tecnologia e Agricultura, a matéria, antes de ir a Plenário, também será votada na Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA), onde é relatada pelo senador Jorge Viana (PT-AC).
Leia o estudo na íntegra
*Com informações da Agência Brasil

Interligar regiões Norte e Sul custará R$ 20 bilhões


Local: São Paulo - SP
Fonte: Valor Econômico
Link: http://www.valoronline.com.br/



Iniciada nos anos 1980, construída aos pedaços e emendada a vários outros ramais ao longo do país, a Ferrovia Norte-Sul consumirá R$ 20 bilhões e mais sete anos se mantiver seu propósito de ligar as duas pontas do país.

Rosangela Capozoli
Serão 4.576 km de ferrovia ligando Pará ao Rio Grande do Sul.  Hoje, os vários trechos da ferrovia estão em diferentes estágios.  São 719 km em operação e outros 855 km que estarão prontos no início do próximo ano.  Um terceiro trecho está em fase de Estudos de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA) e outro acabou de sair do papel.
O trecho de 855 km que ligará Palmas, em Tocantins (TO), a Anápolis, em Goiás (GO), deverá entrar em operação em fevereiro de 2012.  As obras para a construção dos 681 km do trajeto que compreende Ouro Verde (GO) e Estrela D"Oeste (SP) já foram iniciadas e o prazo de finalização está marcado para julho de 2014.  Se tudo correr dentro do previsto, em dois anos deverá ter início a obra do trecho que ligará Açailândia (MA) a Belém, no Pará, em uma extensão de 490 km.
Esse último trecho está na fase de EVTEA, cuja finalização está prevista para 2012.  "A obra deverá ser iniciada dentro de dois anos", estima Mauro R. Ramos, superintendente comercial da Valec Engenharia, Construções e Ferrovias S.A., empresa pública vinculada ao Ministério dos Transportes e que detém a concessão para construção e operação da ferrovia.
Os investimentos, até agora orçados em R$ 7,8 bilhões - dos quais R$ 4,95 bilhões já foram absorvidos - resultarão em 2.735 km.  Mas o projeto não para aí.  Ainda em fase embrionária, a Valec já fala em licitação para contratação do EVTEA para a construção de mais 1.620 km que ligarão o trecho de Panorama (SP) ao Rio Grande do Sul.
Se o governo mantiver o ritmo atual de investimento, as duas regiões do país estarão interligadas em cinco a sete anos, com toda malha ferroviária Norte-Sul pronta.  "Seriam 4.576 km de ferrovia com investimentos que podem chegar a R$ 20 bilhões.  Sua conclusão diminuirá o Custo Brasil", diz Ramos.  Pelas suas contas, o transporte de uma tonelada de soja em caminhão, do Mato Grosso até o Porto de Paranaguá, implica um gasto de US$ 67,00.  A mesma carga via ferrovia custaria a metade.
"A capacidade de carga da Norte Sul é de 110 milhões de toneladas/ano, o suficiente para atender a demanda", afirma.  Hoje, afirma Ramos, no trecho entre Belém e Brasília trafegam cerca de 4,5 mil caminhões diariamente.
Outros pontos positivos citados por Ramos referem-se aos altos investimentos feitos pelas indústrias no entorno da ferrovia gerando novos postos de trabalho.  "A Suzano Celulose investiu R$ 3,5 bilhões em uma nova planta em Imperatriz (MA), gerando mais de 10 mil empregos diretos e indiretos.  Em Guaraí (TO), a Bunge investiu R$ 1,5 bilhão em uma usina de álcool.  São investimentos por causa da ferrovia", reforça.  Segundo ele, a tendência é de que os empreendimentos prosperem região.  "Os investimentos estão crescendo porque há um modal para escoar a produção, o que não tinha antes", conclui Ramos.

Belo Monte terá alojamento para abrigar Força Nacional


Local: São Paulo - SP
Fonte: Valor Econômico
Link: http://www.valoronline.com.br/



Josette Goulart
A preocupação com a segurança do canteiro de obras da hidrelétrica de Belo Monte fez com que os empreendedores da usina incluíssem, no plano para a instalação dos alojamentos da obra, quartos para abrigar homens da Força Nacional em situações críticas.  A necessidade da medida seria em função das constantes ameaças de confrontos com indígenas e também por causa do quebra-quebra ocorrido na hidrelétrica de Jirau, no início do ano.  O uso da Força Nacional se justificaria por se tratar de obra considerada estratégica para o país.  Segundo fontes próximas ao consórcio, a medida não foi ainda efetivada pois a obra está somente no início e os acampamentos ainda são pioneiros.
A invasão de ontem realizada por centenas de índios, pescadores e ribeirinhos, entretanto, só reforçou aos empreendedores a necessidade de se ter um plano de segurança para a usina.  Os organizadores da manifestação dizem que eram cerca de 600 as pessoas que estavam na região, mas a empresa Norte Energia, dona da usina, informou que eram cerca de 250.
O sítio Belo Monte, uma das quatro frente de obras da usina, foi tomado durante a madrugada de ontem mas sem qualquer resistência dos funcionários do consórcio construtor Belo Monte, que é liderado pela Andrade Gutierrez.  No fim da tarde o juiz de Altamira já tinha determinado, por meio de decisão judicial, a desocupação.  Em toda a construção, já estão trabalhando 3,6 mil operários.  No sítio Belo Monte, são 1.200 e cerca de 190 estão alojados no local.
Os funcionários saíram do canteiro na noite anterior porque o consórcio já tinha informações de que a invasão aconteceria.  A decisão da manifestação se deu durante seminário realizado na cidade de Altamira por várias entidades que são contra a construção da usina de Belo Monte.
O Ministério Público Federal também tem sido atuante na questão e entrou com uma série de processos judiciais contra a usina.  Uma das principais ações alega que os índios não foram ouvidos, como determina a Constituição, e ainda questiona o licenciamento ambiental.  O caso corre no Tribunal Regional Federal da 1ª Região e os desembargadores começaram a se manifestar sobre o assunto nesta semana.  Dois deles já votaram, e o processo está empatado.
As manifestações contra a usina têm ganhado força no cenário internacional e chegaram a mobilizar a Organização dos Estados Americanos (OEA).  Mas o governo brasileiro está disposto a reagir alegando a soberania nacional em empreendimentos estratégicos para o país.  A questão da imagem do empreendimento na imprensa internacional tem sido trabalhada pelo Norte Energia.
Outras frentes estão sendo observadas.  Ontem, o Conselho Nacional do Ministério Público anunciou que vai avaliar o limite da atuação dos membros do MP na fixação de compensações ambientais e na expedição de "Notificações Recomendatórias" para identificar eventuais excessos.
De acordo com representantes do Conselho Indigenista Missionário, que fazem parte da manifestação, a tomada foi pacífica.  Além de ocupar o canteiro, bloquearam a rodovia Transamazônica no trecho que liga a capital paraense à Altamira.  Os manifestantes querem que o governo federal defina alguém do alto escalão para negociar.  Mas com a decisão judicial para a desocupação será difícil que se entre em negociação.
Os manifestantes entendem que a terra indígena será diretamente afetada porque em alguns casos a mudança do volume de água que circula no Rio Xingu poderia alterar a forma de vida desses povos.  Executivos da Norte Energia alegam, entretanto, que nenhuma terra indígena será inundada e que as aldeias que forem atingidas serão recompensadas.
O projeto de Belo Monte prevê o desembolso de R$ 3,7 bilhões em compensações sócio-ambientais.  No total, o investimento é da ordem de R$ 28 bilhões.  A usina terá capacidade de gerar 11.233 MW, dividida em duas casas de força.  Os principais sócios do empreendimento são a Eletrobras, com suas subsidiárias Eletronorte e Chesf, Neoenergia, Vale, Funcef, Petros, Cemig e Light.

Feira no RN divulga produção local de flores e plantas

Programação do evento inclui oficinas técnicas para troca de experiências de cultivo

Por Globo Rural
Moraes Neto/Sebrae
A partir desta sexta-feira (28/10), o Norte Shopping, no Rio Grande do Norte, promove a Feira de Flores e Plantas Ornamentais.
O evento reúne produtores, floriculturas e paisagistas a fim de divulgar a produção de mais de 200 espécies de plantas no estado e, principalmente, incentivar o consumo. "Percebemos em eventos anteriores uma demanda por parte do público, então, resolvemos abrir espaço para a comercialização das plantas", afirmou Maria Emília Cabral, gestora do projeto.

Os visitantes e consumidores terão acesso a variedades de cactus, bonsai, tilâncias, flores do deserto, orquídeas, flores tropicais e plantas envasadas. Cada item custa entre R$ 2 e R$ 2 mil, dependendo da espécie desejada pel

Companhia área chinesa testa biocombustível em avião de passageiros

Boeing da Air China pousa com segurança em Pequim, após voar com produto feito de pinhão manso

Por Globo Rural 
 Shutterstock
De acordo com a refinaria UOP, subsidiária da Honeywell, a companhia aérea chinesa Air China realizou nesta sexta-feira (28/10) o primeiro teste com um avião de passageiros utilizando mistura com 50% de biocombustível e 50% de combustível tradicional.

Produzido pela UOP, em parceria com a PetroChina, o biocombustível usado no teste foi produzido com semente de tungue, um tipo de pinhão manso. Após queimar mais de dez toneladas do biocombustível, o Boeing 747-400 pousou com segurança no aeroporto de Pequim, na China.

Em comunicado, a UOP afirmou que “o voo foi resultado de um esforço mais amplo iniciado em 2010 pela Administração Nacional de Energia da China e pela Agência de Comércio e Desenvolvimento dos Estados Unidos, para atender aos fatores técnicos, econômicos e institucionais exigidos para o desenvolvimento de uma nova indústria de biocombustíveis na China”.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Policiais civis vão auxiliar fiscalização durante período de piracema


Fonte: Só Notícias com assessoria

Quatro policiais civis do Centro Integrado de Segurança e Cidadania (Cisc), de Rondonópolis, atuarão em conjunto com a Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), em disponibilidade integral, durante o período de defeso da piracema dos rios que cortam o município. O convite feito pelo diretor da Unidade descentralizada de Rondonópolis, Silvestre José de Arruda, foi aceito pelo delegado e coordenador do Centro Integrado de Segurança e Cidadania (Cisc), Henrique Meneguelo.

O coordenador pontuou a importância da parceria que inicia no próximo dia 1º de novembro de 2011 e encerrará em 28 de fevereiro de 2012, abrangendo todos os rios da bacia hidrográfica do Rio Araguaia. "É necessário uma fiscalização mais efetiva na região Sul do Estado e agora com os investigadores fazendo parte da equipe, com certeza a atuação será mais eficiente no combate aos infratores, inclusive, com a grande possibilidade da prisão em flagrante no cometimento de crimes ambientais", ressaltou Meneguelo.

Os investigadores de polícia, Sebastião Pedro de Lima, Aparecido Flores de Souza, Leosonio Bezerra Araujo e João Pascoal Bolonhez, vão trabalhar em conjunto com os fiscais da Sema, durante o período da piracema, especificamente na defesa e proteção ao meio ambiente.

Para o delegado Regional de Rondonópolis, Percival Eleutério de Paula, é de suma importância a atuando da Polícia Civil em conjunto com a Sema. "A Polícia Civil auxiliará sobremaneira as tarefas, além de proporcionar maior segurança aos agentes da Secretária do Meio Ambiente. Os nossos investigadores darão todo o suporte às ações dos fiscais, principalmente no horário noturno, onde a caça e a pesca ilegal ocorrem com maior frequência em nossa região".

O negócio do meio ambiente


O destaque é a tecnologia do Canadá. De 1º a 3 de novembro, em Fortaleza, será realizado o seminário “Sistema de Controle de Emissões e Qualidade do Ar de Poluentes de Complexo Industrial”. Naturalmente, foco no Complexo Industrial e Portuário do Pecém, nosso gigante ainda quase adormecido. O evento, promovido pela Secretaria da Infraestrutura, no Quality Hotel, vai servir de palco para que a canadense Lakes Environmental Software apresente a intenção de oferecer ao Governo do Ceará a implantação de protótipo.
A empresa pretende fazer demonstração e capacitação dos usuários do Sistema de Gestão de Emissões Industriais (FETS View). A apresentação será feita por Jesse L. Thé, PhD, criador do software FETS View e presidente da companhia. No Brasil, a parceira é a Sistema Estudos Climáticos e Ambientais (Seca), de São Paulo. Jesse Thé vai vender o peixe do programa para solução de problemas na gestão e do controle de poluição do ar pelas indústrias e órgãos oficiais de meio ambiente. Atua no gerenciamento e controle de emissões industriais.

O Complexo do Pecém ocupa área de 13.300 hectares nos municípios de São Gonçalo do Amarante e Caucaia, na Região Metropolitana de Fortaleza. Está se preparando para receber siderúrgica, refinaria da Petrobras e a Zona de Processamento de Exportações (ZPE). No plano do desejo, espera polo petroquímico e polo eletrometalmecânico. O Porto do Pecém, em São Gonçalo do Amarante, completa 10 anos em 2012. Opera com cargas gerais e de contêineres de navios de grande porte, que podem atracar graças ao calado natural de 16 metros.

CONSELHO MUDA REGRAS NO CRÉDITO RURAL

O Conselho Monetário Nacional (CMN) fez alterações importantes em linhas de crédito rural. As mudanças dizem respeito às linhas de crédito e financiamentos operados pelo Ministério da Agricultura. Ficaram diferentes as regras do Programa de Desenvolvimento Cooperativo para Agregação de Valor à Produção Agropecuária (Prodecoop) e do Programa de Capitalização de Cooperativas Agropecuárias (Procap-Agro). O CMN autorizou o remanejamento de R$ 1 bilhão do Prodecoop para o Procap-Agro. A taxa de juros do Procap-Agro para capital de giro subiu de 6,75% ano para 9,5%. Vale para os financiamentos contratados a partir da próxima terça-feira, 1º de novembro.

O Conselho definiu também que os índices exigidos nos financiamentos de máquinas e equipamentos novos e usados, no âmbito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) seguem como referência para as operações do Pronaf Mais Alimentos. Para as demais linhas de investimento amparadas pelo Pronaf, a medida começa a valer no dia 1º de novembro de 2012. O Governo pretende com isso dar tempo para as adaptações.

COM A COPA NO PORTFÓLIO

Serão as primeiras incursões do Estado no mercado internacional desde que Fortaleza despontou como sede importante da Copa 2014. O Ceará estará na Feira Internacional de Turismo da América Latina (FIT), em Buenos Aires, e na 32ª World Trade Market (WTM), em Londres.

Na Argentina o evento acontece de amanhã a terça-feira, no La Rural Trade Center. Lá, o Governo cearense comprou estande próprio de 36m². Em Londres, em espaço coletivo da Embratur. Começa em 6 de novembro e prossegue até o dia 10, no Excel London.

TRAUMÁTICO

Certamente o Colégio Christus tem o máximo interesse em ver esclarecido o episódio do Enem, no qual 639 alunos terão de fazer novas provas. Há um trauma para os alunos que terão de fazer novo teste. Quem mais sofre são aqueles que não precisavam de qualquer artifício para lograr aprovação.
Jocélio Leal
leal@opovo.com.br

Rotary Club representa Cata Óleo no II Encontro Nacional de Recicladores de resíduos

Neste mês de outubro, o presidente do Rotary Club de Fernandópolis, André Campos, com o intuito de representar o Projeto Ambiental Cata Óleo de Fernandópolis participou do II Encontro Nacional de Coletadores, Beneficiadores e Recicladores de Resíduos de Óleo Comestível, realizado na Câmara Municipal de São Paulo.
O evento, que teve a iniciativa do vereador, Aurélio Nomura, em parceria com a ONG Ecóleo, discutiu a valorização de coletadores bem como iniciativas para agregar valor ao óleo comestível reciclado.
Participaram do encontro o representante do Ministério de Minas e Energia, Joaquim Antonio de Oliveira, que na oportunidade relatou a importância do Decreto Lei 7.404 de 23 de dezembro de 2010 e da Lei 12.305 de 02 de agosto de 2010, que visa garantir uma política no que tangue as coletas seletivas de resíduos sólidos, buscando-se a médio e longo prazo, erradicar os lixões. O representante do Movimento Nacional dos Catadores, Eduardo Ferreira de Paula, que enfatizou a luta dos catadores contra a implantação das Usinas de Incineração, além da presença de Eduardo Caetano, representante da Secretaria de Meio Ambiente do Rio de Janeiro. No encerramento, o engenheiro químico e diretor da ONG Ecóleo, Joel Calhau, discursou sobre a importância de se agregar valor na cadeia do óleo.
De acordo com André Campos, presidente do Rotary Club de Fernandópolis, as metas alcançadas no Cata Óleo tem sido de grande valia, visto através dos representantes de outras cidades presentes no evento, não possuírem uma logística de coleta como a que encontra no projeto em Fernandópolis. “Nosso objetivo com o Cata Óleo é além de retirar o óleo do meio ambiente e o transformar em biodisel em parceria com a empresa Fertibom de Catanduva, é destinarmos toda a renda arrecadada com a venda do óleo coletado, para a manutenção do CAEFA (Centro de Apoio Formação e Educação de Adolescentes). É muito importante eventos como este para adquirir experiência e buscar uma solução benéfica ao meio ambiente, e claro, ter a oportunidade de levar o nome da cidade de Fernandópolis para o cenário nacional, através deste projeto ambiental”, ressaltou André Campos.

Cata Óleo em Fernandópolis

Na última coleta, o projeto Cata Óleo retirou 2.000 mil litros de óleo usado de residências e estabelecimentos comerciais. Cada 1 litro de óleo é capaz de contaminar 1 milhão de litro de água limpa, ou seja, Fernandópolis deixou de poluir mais de 2.000.000.000 (dois bilhões) de litros de água através do Projeto Cata-Óleo.

Fonte:Assessoria de Imprensa

360 Graus Aeronáutica inova na construção de um hangar sustentável desde a concepção do projeto arquitetônico; espaço funcionará como base para inovações tecnológicas na aviação


Imagens do projeto em alta resolução em:
http://www.egom.com.br/foto.asp?foto=168/hangar360_1.jpg
http://www.egom.com.br/foto.asp?foto=168/hangar360_3b.jpg

O Hangar 360, com inauguração prevista para o primeiro trimestre de 2012 no Aeroporto dos Amarais, em Campinas (SP), investiu R$ 5 milhões para conseguir um prédio com auto-suficiência energética, reaproveitamento da água das chuvas, reciclagem de lixo, entre outros sistemas ecologicamente eficientes. Contudo, a concepção de um prédio realmente sustentável se inicia com um bom projeto de arquitetura, devido aos cuidados especiais para a implantação do edifício.

Pensar antecipadamente que a estrutura do prédio precisa estar apta para receber sistemas de economia de água e energia elétrica é fundamental, de acordo com Evandro Ziggiatti Monteiro, coordenador do curso de arquitetura da UNICAMP e arquiteto responsável pelo projeto do Hangar 360. “O prédio precisa estar bem-orientado para receber os sistemas de economia de água e energia” diz Ziggiatti. “Tudo isso nós estudamos para realizar o projeto do Hangar 360, de forma que os sistemas passivos de sustentabilidade já foram considerados na arquitetura.”

Os sistemas passivos de sustentabilidade são os elementos relacionados diretamente à construção do edifício. No caso do Hangar 360, que possui uma bela vista de sudoeste, foi utilizada uma fachada de vidro especial inclinada para o chão e complementada com brises (estruturas especiais) para amenizar a insolação. As telhas do Hangar também foram produzidas com material térmico e acústico, diminuindo assim a necessidade de aparelhos de ar condicionado, além de contribuir para tornar a temperatura do ambiente mais agradável, com ventilação, conforto térmico e acústico. Já os três pavimentos do Hangar foram estruturados para receber sempre iluminação natural, evitando gastos com luz artificial.

O prédio já foi pensando para ser sustentável nas decisões iniciais de implantação, otimização de áreas, iluminação e proteção solar. Além disso, o Hangar 360 é construído inteiramente em estrutura metálica tubular, com tubos fornecidos pela Vallourec & Mannesman, parceira do projeto. As vantagens da estrutura tubular são a versatilidade, a durabilidade e o potencial de reciclagem destes tubos, fabricados com carvão vegetal de florestas plantadas exclusivamente para a usina.

Para completar o conceito de sustentabilidade do Hangar 360, será instalado um sistema de captação da água da chuva para reaproveitamento na limpeza do prédio e na irrigação dos jardins. Será implantado também um sistema para geração de energia on-site, por meio da instalação de painéis fotovoltaicos, e iluminação artificial por LEDs. “Os modernos sistemas instalados depois de o prédio pronto complementam e garantem as características sustentáveis do próprio projeto arquitetônico”, afirmar Evandro Ziggiatti.

O Hangar 360 está sendo erguido em um terreno de 5,8 mil metros quadrados e vai contar com 6.646 metros quadrados de área construída, divididos em três pisos. O vão livre maior no prédio principal do hangar terá 35 metros de largura por 8 metros de altura, permitindo receber aeronaves com a capacidade total do aeroporto. A área operacional anexa também inclui oficina de mecânica e pintura, ferramentaria, laboratórios e uma escola de aviação. Na área comum, o projeto inclui estacionamento, recepção, bar temático, sala de reuniões, alojamentos (suítes), business center e vista panorâmica para a pista e para a mata ciliar, onde já foi feito o plantio de 200 árvores.

Mais informações www.hangar360.com.br

Mais notícias e fotos em alta resolução em www.egom.com.br

ONU: falta de água é o maior entrave para alimentar a população


A necessidade de aumentar a produção agrícola para alimentar a crescente população mundial pressionará os recursos naturais, principalmente a água, segundo José Graziano, que em 2012 assumirá a direção geral da FAO (agência da ONU para agricultura e segurança alimentar). "A água se tornou o maior entrave à expansão da produção (de comida), especialmente em algumas áreas como a região andina, na América do Sul, e os países da África Subsaariana", disse à BBC Brasil Graziano, atualmente diretor da FAO para a América Latina e ex-ministro de Segurança Alimentar e Combate à Fome no governo Luiz Inácio Lula da Silva, quando foi o responsável pela implementação do Programa Fome Zero.
Segundo previsão da FAO, até 2050, a produção mundial de alimentos terá de crescer 70% para dar conta do aumento populacional. Graziano diz que, apesar da pressão sobre os recursos naturais, é possível dar um fim à fome no mundo por meio de quatro ações principais: a aplicação de tecnologias modernas na lavoura (muitas já disponíveis), a criação de uma rede de proteção social para populações mais vulneráveis, a recuperação de produtos locais e mudanças nos padrões de consumo em países ricos.
"Se pudéssemos mudar o padrão de consumo em países desenvolvidos, haveria comida para todos. Nós desperdiçamos muita comida hoje, não só na produção, mas também no transporte e no consumo", disse ele. Segundo Graziano, enquanto a comida é mal aproveitada em nações ricas, cerca de 1 bilhão de pessoas passam fome em países emergentes. "Precisamos assegurar que esse bilhão de pessoas sejam alimentados, que tenham bons empregos, bons salários e, se não pudermos dar-lhes empregos, encontrar uma forma de proteção social para eles", salientou.
Bolsa Família
Graziano afirma que programas de transferência de renda, como o Bolsa Família no Brasil, hoje atendem cerca de 120 milhões de pessoas na América Latina, ajudando a combater os índices de fome na região. Ele defende ampliar essas ações para outros países afetados pela falta de alimentos, especialmente na África.
Outra ação que Graziano advoga é recuperar produtos agrícolas típicos de cada região. Segundo ele, por não serem commodities, esses produtos não são afetados por variações bruscas de preços, o que favorece consumidores e produtores. Além disso, geram um ciclo de produção e consumo local, barateando a comida.
"O que é caro nos alimentos é o transporte, a produção é muito barata. Se conseguirmos diversificar, fazer uma regionalização e melhor distribuição de alimentos e consumo, os preços serão muito mais baixos", defendeu Graziano, que disse ainda que o estímulo à produção de produtos tradicionais ajudaria a diversificar a fonte de alimentos. "Hoje caminhamos para ter poucos produtos responsáveis pela alimentação de quase 7 bilhões de pessoas. Precisamos diversificar essa fonte, criar maior variabilidade".
Ele afirmou que a prioridade dada a alimentos cotados em mercados internacionais tem feito com que a América Latina, por exemplo, venha perdendo a capacidade de produzir feijão - um alimento tradicional altamente nutritivo, produzido a um custo baixo.
Obesidade
A diversificação da produção agrícola, segundo Graziano, também ajudaria a combater outro problema global relacionado à alimentação: os crescentes índices de obesidade, inclusive em países emergentes. Ele afirma que o número de pessoas com problemas de má alimentação ou obesidade já alcança 2 bilhões, duas vezes mais que o total de pessoas afetadas pela fome.
Ele atribui o índice à "comodidade da vida moderna", que amplia o acesso a produtos industrializados, com alta concentração de açúcares, ao mesmo tempo em que desestimula atividades físicas. Para Graziano, o combate desse mal também deve incluir ações educativas. "Achamos que nossas mães sabem o que devemos comer. Isso valia para nossas avós, que colhiam produtos na horta, mas hoje nossas mães buscam comidas prontas, fast food, já que elas também trabalham e têm longas jornadas fora de casa".
Graziano também cobra que as grandes empresas de fast food se sensibilizem quanto ao problema e ampliem a oferta de comidas frescas em seus cardápios.
Biocombustíveis
Na entrevista à BBC Brasil, Graziano também aborda outros dois temas que têm permeado discussões recentes sobre a produção de alimentos: a suposta competição entre a produção de comida e a de bicombustíveis e os riscos que o aumento da produção agrícola impõem à preservação ambiental. Ele afirma que, em duas das três maiores regiões produtoras de biocombustíveis do globo (Estados Unidos e Europa), houve incremento em alguns preços de alimentos por causa da competição com biocombustíveis.
No Brasil, porém, ele afirma que a produção de etanol a partir da cana de açúcar não teve qualquer impacto nos alimentos, já que a produção cresceu principalmente em terras improdutivas e por meio da modernização de técnicas agrícolas. Graziano também diz não ver conflitos em conciliar a preservação ambiental à necessidade de ampliar a produção agrícola. "A intensificação da produção com modernas tecnologias, menor uso de fertilizantes e defensivos pode beneficiar muito o meio ambiente", diz. "O avanço da tecnologia nessa direção permiria terminar com essa falsa dicotonomia entre ecologistas e agricultores".