quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Terra já esgotou ‘cota anual’ de recursos naturais, diz estudo

Homem precisará de duas ‘Terras’ para suprir necessidades.
A cota de recursos naturais que a natureza poderia oferecer em 2013 se esgotou na última terça-feira (20). A data, inclusive, assinalou o Dia da Sobrecarga da Terra, marco anual de quando o consumo humano ultrapassa a capacidade de renovação do planeta. O cálculo foi divulgado pela Global Footprint Network (Rede Global da Pegada Ecológica), organização não governamental (ONG) parceira da rede WWF.
O levantamento compara a demanda sobre os recursos naturais empregados na produção de alimentos e o uso de matérias-primas com a capacidade da natureza de regeneração e de reciclagem dos resíduos, a chamada pegada ecológica (medida que contabiliza o impacto ambiental do homem sobre esses recursos). Em menos de oito meses, o consumo global exauriu tudo o que a natureza consegue repor em um ano e, entre setembro e dezembro, o planeta vai operar no vermelho, o que causa danos ao meio ambiente.


De acordo com o estudo da Global Footprint Network, à medida que se aumenta o consumo, cresce o débito ecológico, traduzido em redução de florestas, perda da biodiversidade, escassez de alimentos, diminuição da produtividade do solo e o acúmulo de gás carbônico na atmosfera. Essa sobrecarga acelera as mudanças climáticas e tem reflexos na economia.
Segundo os cálculos dessa contabilidade ambiental, a Terra está entrando “no vermelho da conta bancária da natureza” cada vez mais cedo. No ano passado, o Dia da Sobrecarga ocorreu em 22 de agosto. Em 2011, em 27 de setembro.
Para o diretor executivo da Conservação Internacional, André Guimarães, a humanidade vai pagar a conta desse consumo excessivo na forma de perda de qualidade de vida, de mais pobreza e doenças, caso não mude esse quadro. “Esse ritmo de consumo a longo prazo vai culminar na exaustão dos recursos naturais. Estamos colocando nossa qualidade de vida e nosso futuro em risco. Se consumirmos em excesso a natureza, em algum momento vamos ter que pagar essa conta na forma de poluição, doenças, água menos disponível para nosso desenvolvimento e nosso uso, pobreza e falta de alimentos”, disse Guimarães.
Para o ambientalista, o desafio para as nações é achar uma maneira de se desenvolver reduzindo a demanda pelo capital natural. “Assim, conseguimos fechar a equação de meio ambiente preservado e economia sustentável”.
Segundo pesquisas da Global Footprint Network, os atuais padrões de consumo médio da humanidade demandam uma área de um planeta e meio para sustentá-los. As projeções indicam que se o estilo de vida continuar no ritmo atual, o homem precisará de duas ‘Terras’ antes de 2050.

Estudos da ONG internacional mostram que, no início da década de 1960, a humanidade empregou somente cerca de dois terços dos recursos ecológicos disponíveis no planeta. Esse panorama começou a mudar na década seguinte, quando o aumento das emissões de gás carbônico e a demanda humana por recursos naturais passaram a exceder a capacidade de produção renovável do planeta.

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

PROGRAMA LIXO ZERO COMEÇOU NO RIO DE JANEIRO

 - Começou ontem, 20 o programa da prefeitura Lixo Zero que autoriza agentes da Companhia de Limpeza Urbana do Rio (Comlurb) a aplicarem multas a quem for flagrado jogando lixo na rua. O infrator flagrado pelos fiscais terá que pagar entre R$ 157 a R$ 3 mil.
De acordo com a Comlurb, nas primeiras quatro horas de fiscalização, foram aplicadas 51 multas na Avenida Rio Branco, no Largo da Carioca. A maioria das multas foi aplicada a fumantes que jogaram guimbas de cigarro no chão.

 
A equipe de fiscalização é composta por um agente da 
Comlurb, um policial militar e um guarda municipal
Foi o caso do auxiliar-administrativo Wellinton Bravo, multado no trecho da Cinelândia. "Acho muito errada essa atitude da prefeitura. Pagar R$ 157 apenas por ter jogado um cigarro no chão não é justo. Isso sem contar que existem poucas lixeiras nas ruas. Essa cultura do dinheiro não resolverá o problema", disse.
Para Reginaldo Maurício, multado em R$ 157, as autoridades estão corretas em punir quem joga lixo no chão, no entanto, ele não gostou da maneira como foi abordado pelo fiscal da Comlurb. Maurício foi autuado ao ser visto jogando um pedaço de plástico no chão.
"Infelizmente eu errei, espero servir de exemplo para que as pessoas não joguem mais lixo na rua. Eu só achei que o fiscal foi muito rigoroso, ele nem me deixou falar direito. Pensei até que seria preso", disse ele, atualmente desempregado.
Quase 200 profissionais, divididos em 56 grupos de trabalho, atuaram nesta terça-feira na região central da cidade. Cada grupo é composto por um agente da Comlurb, um guarda municipal e um policial militar. As multas são aplicadas na hora por meio de um smartphone e uma impressora portátil. Nas ruas do centro, os fiscais também distribuem sacolas de lixo para conscientizar a população.
Ao flagrar uma pessoa cometendo alguma irregularidade, o fiscal poderá emitir, via internet, o auto de infração e o boleto de pagamento. O cidadão que for multado e não pagar poderá ter seu nome protestado e até inscrito em instituições de proteção ao crédito. Caso se negue a apresentar qualquer documento, ele será levado a uma delegacia, para que seja feito o registro de ocorrência. O Programa Lixo Zero tem como base a Lei de Limpeza Urbana (municipal).
Segundo o presidente da Comlurb, Vinícius Roriz, o objetivo do programa é reduzir os gastos com a limpeza das ruas, que somam R$ 90 milhões por mês, 15% do orçamento da empresa. Ele enfatizou que não pretende comprar mais lixeiras ou papeleiras e espera contar com a conscientização da população.
"Queremos transformar o comportamento da população. Tem cidades limpíssimas, como Tóquio, em que você quase não vê lixeiras. Se você leva seu lixo para casa, gera dois efeitos positivos: deixa a rua limpa e otimiza o processo da limpeza", defendeu Roriz.
A Comlurb informou que, inicialmente, serão feitas quatro ações de fiscalização itinerantes, que incluem os bairros do centro e da zona sul. O efetivo terá 638 profissionais, dos quais 223 agentes da Comlurb, 223 guardas municipais e 192 policiais militares.
Fonte Agência Brasil

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Brasileiro inventor de ‘luz engarrafada’ tem ideia espalhada pelo mundo

Alfredo Moser poderia ser considerado um Thomas Edison dos dias de hoje, já que sua invenção também está iluminando o mundo.
Em 2002, o mecânico da cidade mineira de Uberaba, que fica a 475 km da capital Belo Horizonte, teve seu próprio momento de “eureka” quando encontrou a solução para iluminar a própria casa em um dia de corte de energia.
Para isso, ele utilizou nada mais do que garrafas plásticas pet com água e uma pequena quantidade de cloro.
Nos últimos dois anos, sua ideia já alcançou diversas partes do mundo e deve atingir a marca de 1 milhão de casas usando a “luz engarrafada”.
Mas, afinal, como a invenção funciona? A reposta é simples: pela refração da luz do sol em uma garrafa de dois litros cheia d’água.

 

“Adicione duas tampas de cloro à água da garrafa para evitar que ela se torne verde (por causa da proliferação de algas). Quanto mais limpa a garrafa, melhor”, explica Moser.
Ele protege o nariz e a boca com um pedaço de pano antes de fazer o buraco na telha com uma furadeira. De cima para baixo, ele então encaixa a garrafa cheia d’água.
“Você deve prender as garrafas com cola de resina para evitar vazamentos. Mesmo se chover, o telhado nunca vaza, nem uma gota”, diz o inventor.
Outro detalhe é que a lâmpada funciona melhor se a tampa for encapada com fita preta.
“Um engenheiro veio e mediu a luz. Isso depende de quão forte é o sol, mas é entre 40 e 60 watts”, afirma Moser.
Apagões – A inspiração para a “lâmpada de Moser” veio durante um período de frequentes apagões de energia que o país enfrentou em 2002. “O único lugar que tinha energia eram as fábricas, não as casas das pessoas”, relembra.
Moser e seus amigos começaram a imaginar como fariam um sinal de alarme, no caso de uma emergência, caso não tivessem fósforos.
O chefe do inventor sugeriu na época utilizar uma garrafa de plástico cheia de água como lente, para refletir a luz do sol em um monte de mato seco e, assim, provocar fogo.
A ideia ficou na mente de Moser que, então, começou a experimentar encher garrafas para fazer pequenos círculos de luz refletida. Não demorou muito para que ele tivesse a ideia da lâmpada.
“Eu nunca fiz desenho algum da ideia. Essa é uma luz divina. Deus deu o sol para todos e luz para todos. Qualquer pessoa que usar essa luz economiza dinheiro. Você não leva choque e essa luz não lhe custa nem um centavo”, ressalta.
Pelo mundo – O inventor já instalou as garrafas de luz na casa de vizinhos e até no supermercado do bairro. Ainda que ele ganhe apenas alguns reais instalando as lâmpadas, é possível ver pela casa simples e pelo carro modelo 1974 que a invenção não o deixou rico. Apesar disso, Moser aparenta ter orgulho da própria ideia.
“Uma pessoa que eu conheço instalou as lâmpadas em casa e dentro de um mês economizou dinheiro suficiente para comprar itens essenciais para o filho que tinha acabado de nascer. Você pode imaginar?”, comemora Moser.
Carmelinda, mulher de Moser há 35 anos, diz que o marido sempre foi muito bom para fazer coisas em casa, até mesmo para construir camas e mesas com madeira de qualidade.
Mas parece que ela não é a única que admira o inventor. Illac Angelo Diaz, diretor executivo da fundação de caridade MyShelter, nas Filipinas, parece ser outro fã.
A instituição MyShelter se especializou em construção alternativa, criando casas sustentáveis feitas de material reciclado, como bambu, pneus e papel.
Para levar à frente um dos projetos do MyShelter, com casas feitas totalmente com material reciclado, Diaz disse ter recebido “quantidades enormes de garrafas”.
“Enchemos as garrafas com barro para criar as paredes. Depois enchemos garrafas com água para fazer as janelas”, conta.
“Quando estávamos pensando em mais coisas para o projeto, alguém disse: ‘Olha, alguém fez isso no Brasil. Alfredo Moser está colocando garrafas nos telhados”’, relembra Diaz.
Seguindo o método de Moser, a entidade MyShelter começou a fazer lâmpadas em junho de 2011. A entidade agora treina pessoas para fazer e instalar as garrafas e assim ganhar uma pequena renda.
Nas Filipinas, onde um quarto da população vive abaixo da linha da pobreza (de acordo com a ONU, com menos de US$ 1 por dia) e a eletricidade é muito cara, a ideia deu tão certo, que as lâmpadas de Moser foram instaladas em 140 mil casas.
As luzes “engarrafadas” também chegaram a outros 15 países, entre eles Índia, Bangladesh, Tanzânia, Argentina e Fiji.
Diaz disse que atualmente podem-se encontrar as lâmadas de Moser em comunidades que vivem em ilhas remotas. “Eles afirmam que viram isso (a lâmpada) na casa do vizinho e gostaram da ideia”.
Pessoas em áreas pobres também são capazes de produzir alimentos em pequenas hortas hidropônicas, usando a luz das garrafas para favorecer o crescimento das plantas. Diaz estima que pelo menos 1 milhão de pessoas vão se beneficiar da ideia até o começo de 2014.
“Alfredo Moser mudou a vida de um enorme número de pessoas, acredito que para sempre”, enfatiza o representante do MyShelter.
“Ganhando ou não o Prêmio Nobel, queremos que ele saiba que um grande número de pessoas admira o que ele está fazendo.”
Mas será que Moser imagina que sua invenção ganharia tamanho impacto? “Nunca imaginei isso, não”, diz, emocionado. “Me dá um calafrio no estômago só de pensar nisso.” (Fonte: G1)

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Homens têm mais empatia por cães maltratados que por outros homens

As pessoas têm mais empatia pelos cães maltratados do que pelos humanos adultos, segundo um estudo divulgado no último sábado (10) na 108ª Reunião Anual da Associação Sociológica Americana.
“Ao contrário do que se imagina, não é que necessariamente o sofrimento animal nos comova mais que o humano”, disse Jack Levin, professor de sociologia e criminologia da Universidade Northeastern e autor do estudo.
“Nossos resultados indicam uma situação muito mais complexa a respeito da idade e da espécie das vítimas, sendo a idade o componente mais importante”, acrescentou.

 
“O fato é que as vítimas de crimes que são humanos adultos recebem menos empatia do que as crianças, os filhotes e os cães adultos que são vítimas de abuso ou crimes. Isso indica que os cachorros adultos são vistos como dependentes e vulneráveis, tais como seus filhotes e como as crianças”, explicou Levin.
Em seu estudo, Levin e o coautor Arnold Arluke, outro professor da Universidade de Northeastern, consideraram as opiniões de 240 homens e mulheres, com idades entre 18 e 25 anos.
Na elaboração da pesquisa, os participantes receberam, ao acaso, quatro reportagens fictícias sobre abusos contra uma criança de um ano de idade, um adulto de 30 anos, um filhote e um cachorro de seis anos de idade.
As histórias eram idênticas, exceto pela identificação da vítima. Depois que os participantes leram a reportagem, os pesquisadores pediram que os mesmos qualificassem seu grau de empatia em relação à vítima.
“Nos surpreendeu a interação de idade e espécie”, indicou Levin em sua apresentação. “A idade parece ser mais relevante que a espécie quando se trata de obter empatia. Aparentemente, se considera que os humanos adultos são capazes de se proteger, enquanto os cachorros adultos são vistos como filhotes maiores.”
A diferença entre a empatia despertada pelas crianças e pelos filhotes de cachorro foi insignificante estatisticamente.
Apesar de o estudo ter se baseado na relação entre humanos e cachorros, Levin acredita que as conclusões seriam similares no caso de gatos.
“Cachorros e gatos são animais de estimação e costumam fazem parte da família. São animais aos quais muitas pessoas atribuem características humanas”, concluiu. (Fonte: G1)

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Pais têm entrada grátis domingo no Museu Oscar Niemeyer

O Museu Oscar Niemeyer (MON) promove neste domingo (11) ação especial para o Dia dos Pais. O homem que vier acompanhado do filho ou filhos tem entrada gratuita. Os acompanhantes maiores de 12 anos pagam para entrar R$ 6 e R$ 3 (meia-entrada). Menores de 12 anos e pessoas com mais de 60 anos são isentos todos os dias. Além disso, itens selecionados especialmente para este público estão com desconto de 10% Loja MON entre de sexta-feira (9) até o domingo (11). 







Quem visitar o museu poderá conferir duas mostras inéditas no Brasil: “ZERO” e “Anders Als Immer - algo diferente. Design Contemporâneo e o Poder das Convenções” – esta última só pode ser vista pelo público brasileiro no MON. Junto da mostra “PR/BR”, “Anders Als Immer” fica em cartaz até o domingo (11/08). 

“A Magia de Escher”, “Acervo MON - Aquisições 2011/ 2013”, “Gravuras de Jacek Sroka – Observador Diurno, Observador Noturno”, “Violeta Franco – A Garaginha e a arte moderna no Paraná”, “Museu em Construção” e “Cones” completam a lista de exposições em cartaz no Museu Oscar Niemeyer. 

Serviço: 

Dia dos Pais no Museu Oscar Niemeyer 

Dia 11 de agosto, domingo 

Horário: 10h às 18 horas 

Entrada gratuita para os pais acompanhados de seu(s) filho(s) 

Menores de 12 anos e maiores de 60 não pagam entrada 

R$ 6 e R$ 3 (meia-entrada) 

Horário especial da exposição “A Magia de Escher” 

Terças e quartas: das 10h às 18 horas 

Quinta a domingo: das 10h às 20 horas 

Rua Marechal Hermes, 999 – Centro Cívico – Curitiba - PR 

Informações: (41) 3350-4400 

www.museuoscarniemeyer.org.br


www.facebook.com/monmuseu 

www.twitter.com/monmuseu 

+ MON 

Primeiro domingo do mês: entrada gratuita das 10h às 18h 

Primeira quinta-feira do mês: horário estendido das 10h às 20h. Entre 18h e 20h a entrada é gratuita