por Globo Rural Online Esta semana, a Conab vai colocar à venda, por meio de leilão, mais de 14 mil toneladas de produtos, entre sisal, milho e café. As operações começam na quarta-feira (1/06), com o leilão de Prêmio para o Escoamento de Produto (PEP) de 3.170 toneladas de sisal bruto, da safra 2010/11, produzido nos estados da Bahia, Paraíba e Rio Grande do Norte.
Na quinta-feira (2/06), serão vendidos, por meio de leilão, cerca de 8.119 toneladas de milho em grãos. No mesmo dia, a estatal também vai comercializar 7.408 contratos de opção (de 27 toneladas/cada) de venda de arroz em casca, a granel, da safra 2010/11, dos quais 6.667 são do Rio Grande do Sul e 741 de Santa Catarina.
O último leilão ocorre na sexta-feira (3/06), quando serão comercializadas quase 3.047 t de café em grãos ensacados, dos estoques governamentais, sob a gestão do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé).
Além dos leilões públicos, a Companhia também agendou dois leilões de terceiros: no dia 1º de junho serão colocadas á venda 350 mil latas de pêssego em calda, referente a estoques adquiridos por meio de programa da Agricultura Familiar. Já na quinta-feira (2/06) por meio de edital de venda de direitos para importação serão negociadas 1.442 toneladas de coco seco.
Saiba mais
Prêmio para Escoamento de Produto (PEP) – É o valor concedido pelo governo à agroindústria ou cooperativa que adquire o produto pelo preço mínimo diretamente do produtor rural e o transporta para região com necessidade de abastecimento. Este instrumento desonera o governo da obrigatoriedade de comprar e estocar o produto.
Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) – fundo administrado pelo Ministério da Agricultura com recursos destinados ao financiamento do custeio, colheita, estocagem e comercialização de café. Os recursos do fundo também são direcionados a linhas especiais, promoção do café brasileiro nos mercados interno e externo e apoio a eventos do setor.
segunda-feira, 30 de maio de 2011
Reino Unido terá banco verde
por Janice Kiss O primeiro banco do mundo dedicado exclusivamente aos “negócios verdes” será inaugurado no Reino Unido, em abril de 2012. A função da instituição é promover financiamentos em projetos que proporcionem ao país a transição para uma economia de baixa emissão de gás carbônico. Segundo Nick Clegg, vice-primeiro-ministro, os investimentos iniciais serão concentrados nas áreas de energia eólica, tratamento de lixo e eficiência energética em empresas.
Espera-se que até 2016 sejam aplicados 15 bilhões de libras no programa. Parte do valor (3 bilhões de libras esterlinas) será bancada pelo próprio Tesouro britânico. Porém, o futuro banco terá independência do órgão para captar recursos no mercado de capitais e no setor privado. O próprio governo reconhece que sem esta autonomia, a instituição não poderia oferecer investimentos necessários em tecnologias de baixas emissões que são bastante sofisticadas e caras, por sinal. “A instituição precisa ter condições de acessar os mercados por conta própria”, declarou John Cridland, diretor-geral da Confederação da Indústria Britânica.
Para ele, o “banco verde” terá a necessidade de captar investimentos de 450 bilhões de libras até 2025, a fim de que sejam criadas oportunidades de empregos na área ambiental no país. Outro desafio se refere à segurança dos investidores para gerar escala nos negócios e transformar o Reino Unido em uma economia de baixo carbono.
O mercado mundial para este setor foi avaliado em 3,2 trilhões de libras. Na opinião do vice-primeiro-ministro, Nick Clegg, a instituição financeira representa um importante compromisso político com a economia do futuro. Muitos países possuem bancos que financiam projetos ambientais, mas o Reino Unido será o primeiro a ter uma instituição nacional dedicada à economia verde.
A função da instituição é promover financiamentos em projetos que proporcionem ao país a transição para uma economia de baixa emissão de gás carbônico
Espera-se que até 2016 sejam aplicados 15 bilhões de libras no programa. Parte do valor (3 bilhões de libras esterlinas) será bancada pelo próprio Tesouro britânico. Porém, o futuro banco terá independência do órgão para captar recursos no mercado de capitais e no setor privado. O próprio governo reconhece que sem esta autonomia, a instituição não poderia oferecer investimentos necessários em tecnologias de baixas emissões que são bastante sofisticadas e caras, por sinal. “A instituição precisa ter condições de acessar os mercados por conta própria”, declarou John Cridland, diretor-geral da Confederação da Indústria Britânica.
Para ele, o “banco verde” terá a necessidade de captar investimentos de 450 bilhões de libras até 2025, a fim de que sejam criadas oportunidades de empregos na área ambiental no país. Outro desafio se refere à segurança dos investidores para gerar escala nos negócios e transformar o Reino Unido em uma economia de baixo carbono.
O mercado mundial para este setor foi avaliado em 3,2 trilhões de libras. Na opinião do vice-primeiro-ministro, Nick Clegg, a instituição financeira representa um importante compromisso político com a economia do futuro. Muitos países possuem bancos que financiam projetos ambientais, mas o Reino Unido será o primeiro a ter uma instituição nacional dedicada à economia verde.
Marfrig e ONG firmam parceria para produção de carne sustentável no RS
por Globo Rural Online O grupo Marfrig Alimentos e a ONG Alianza del Pastizal, composta por representantes do Brasil, Paraguai, Uruguai e Argentina, firmaram um pacto para incentivar a preservação ambiental da pecuária dos Pampas. O acordo ocorreu durante o II Encontro Técnico da Apropampa, nesta sexta-feira (27/05) e sábado (28/5), em Bagé (RS). O encontro teve como tema “O papel das indicações geográficas na produção de carne diferenciada”.
A parceria visa a conservação dos campos nativos do pampa gaúcho, com iniciativas de preservação da vegetação nativa e cuidado com os animais que vivem naquele ecossistema. “Além disso, estamos trabalhando para que as propriedades integrantes do Programa Marfrig Club também sejam certificadas pela Alianza Del Pastizal, o que proporcionará mais credibilidade internacional”, ressalta Mathias de Almeida, gerente de sustentabilidade da Divisão Bovinos Brasil do Marfrig.
O trabalho conjunto entre Marfrig e a ONG também disseminará os conceitos da pecuária rentável e sustentável, incluindo monitoramento de desmate e valorização da conservação do meio ambiente, temas abordados por Mathias Almeida durante palestra realizada no evento. Em sua apresentação, ele destacou a importância da sustentabilidade na produção de carne bovina, focando, na área industrial, os sistemas de gestão integrados e a gestão da água.
O II Encontro Técnico da Agropampa foi promovido pela Associação dos Produtores de Carne do Pampa Gaúcho da Campanha Meridional (Apropampa), Embrapa Pecuária Sul e Alianza del Pastizal e pretende divulgar a indicação de procedência da carne da região entre os produtores e fomentar o conceito da sustentabilidade na pecuária em outras regiões do Rio Grande do Sul.
Carne originária dos Pampas Gaúchos possui Indicação Geográfica e terá incentivo à preservação dos campos
A parceria visa a conservação dos campos nativos do pampa gaúcho, com iniciativas de preservação da vegetação nativa e cuidado com os animais que vivem naquele ecossistema. “Além disso, estamos trabalhando para que as propriedades integrantes do Programa Marfrig Club também sejam certificadas pela Alianza Del Pastizal, o que proporcionará mais credibilidade internacional”, ressalta Mathias de Almeida, gerente de sustentabilidade da Divisão Bovinos Brasil do Marfrig.
O trabalho conjunto entre Marfrig e a ONG também disseminará os conceitos da pecuária rentável e sustentável, incluindo monitoramento de desmate e valorização da conservação do meio ambiente, temas abordados por Mathias Almeida durante palestra realizada no evento. Em sua apresentação, ele destacou a importância da sustentabilidade na produção de carne bovina, focando, na área industrial, os sistemas de gestão integrados e a gestão da água.
O II Encontro Técnico da Agropampa foi promovido pela Associação dos Produtores de Carne do Pampa Gaúcho da Campanha Meridional (Apropampa), Embrapa Pecuária Sul e Alianza del Pastizal e pretende divulgar a indicação de procedência da carne da região entre os produtores e fomentar o conceito da sustentabilidade na pecuária em outras regiões do Rio Grande do Sul.
sábado, 28 de maio de 2011
Uma semana triste para o Meio-Ambiente: mais araucárias destruídas
Como podemos aceitar acontecer ainda o desmatamento de uma espécie de árvore, no caso a araucária angustifolia, da qual restam menos de 1% de sua cobertura original no Paraná? E o pior de tudo, esta destruição que continua a acontecer têm a complacência de políticos da região sul do Paraná, todos envolvidos com o esquema criminoso de madeira. Ainda por cima, os mesmos políticos utilizam-se de discursos populistas para incentivar a população a continuar a destruição, dizendo que a única fonte de renda de cidades como General Carneiro é a extração criminosa de madeira! Agora eu pergunto: se estes municípios não ficaram ricos até hoje, será que ficarão acabando com os 1% de florestas que deveriam guardar como patrimônio da humanidade??? Sim, porque os serviços ambientais que as florestas nos prestam são incalculáveis. Será que estes políticos esperarão o Rio Iguaçú secar (e já teve ano em que as cataratas desapareceram) por falta das matas ciliares, e ainda colocarão a culpa no clima (como se nenhum destes fatores estivesse interligado)? Por sinal estamos no DIA MUNDIAL DA ÀGUA, há o que comemorar??
Não seria o caso destas pessoas serem denunciadas por crime de lesa-pátria? Elas estão privando as próximas gerações de usufruírem de um meio-ambiente equilibrado, estão privando estas mesmas gerações até de experimentarem o pinhão, fruto desta linda árvore que conheceu os dinossauros e já alimentou milhares de espécies animais e gerações de seres humanos!
O que mostra outra reportagem que postarei abaixo é que toda a força política desta região montanhosa, localizada na divisa com Santa Catarina, trabalha pela destruição. O pensamento é que, se eles sempre destruíram, por quê não continuar destruindo? Eles ainda tem o cinismo de dizer que a cobertura vegetal da região aumentou, com o plantio de pinus! Não tem o menor discernimento de que o pinus, espécie nativa da América do Norte, não traz quase nenhum dos benefícios ambientais que as araucárias nos trazem! O pinus seca o solo e não deixa outras espécies vegetais se desenvolverem, não atrai pássaros nativos do Brasil, não dá frutos comestíveis, como o pinhão, etc. É claro que o pinus é importante se for utilizado para EVITAR o desmatamento de florestas nativas (que além das araucárias, abriga muitas outras espécies igualmente importantes). Agora meramente substituir a rica mata-atlântica brasileira por "desertos verdes" de pinus é um contra-senso. Se houvesse um planejamento há mais de 50 anos atrás, teríamos florestas de araucárias até hoje, com plantio e corte seletivo. Mas a "colonização" do Paraná se deu na forma de terra arrasada: foi-se derrubando e queimando tudo o que se via pela frente como se fosse "mato sem valor" e com isso as boas matrizes das araucárias se foram para sempre. O que existe hoje é uma pequena amostra, da pior qualidade, o que aumenta o perigo de extinção, pois não tem-se mais variabilidade genética. Por isso a necessidade de preservar cada araucária ainda viva. Ela é uma árvore de desenvolvimento lento, por isso estas matas demorarão séculos para se recuperarem, isso se os produtores rurais e os políticos paranaenses as deixarem em paz, o que está difícil de acontecer...
O que deveria ocorrer urgentemente é uma grande mobilização popular contra estes prefeitos. Mas o que parece é que a população é conivente com estes crimes. A população destas pequenas cidades com medo de perderem o emprego (só que quem fica com a maior parte da renda dos crimes são os poderosos políticos e donos de terra da região). Ao mesmo tempo, a população das grandes cidades, como Curitiba, deveria parar de comprar "madeira de pinheiro", como é chamada (e já presenciei vários casos aqui na capital). Se não existir o comprador, não existirá o traficante, assim como ocorrem com as drogas! A impressão que dá é que O Instituto Ambiental do Paraná, o IBAMA e algumas ONGs sérias, como a SPVS e o SOS Mata Atlântica, trabalham sozinhos, sem apoio da maioria da população. Não seria a hora de uma grande mobilização de todas as esferas da sociedade e do governo, apresentando, inclusive, alternativas econômicas à região e também PAGANDO A QUEM PRESERVA AS FLORESTAS? Afinal estas florestas prestam os serviços de manterem nossa água e nosso ar puros, além de controlarem pragas agropecuárias e fertilizarem a terra. Isso tudo tem, e muito, valor!
Segue a reportagem de sábado (21/03/2009), sobre a influência das forças políticas em prol do desmatamento no Paraná:
quarta-feira, 25 de maio de 2011
Mudanças climáticas triplicaram número de desastres naturais desde 1980
Estudo desenvolvido pela organização humanitária britânica Oxfam, uma ONG, mostram que os desastres climáticos saltaram de 133 há três décadas para 350 nos últimos anos. As informações foram coletadas em 140 países. |
A análise concluiu que enquanto a ocorrência de desastres relacionados a eventos geofísicos – como terremotos, furacões e erupções vulcânicas – permaneceu praticamente constante, as catástrofes provocadas por enchentes e tempestades cresceram significativamente. O resultado se deve principalmente ao aumento dramático do número de enchentes em todas as regiões do planeta e, em menor grau, à ocorrência de mais tempestades na África e nas Américas do Sul e Central. Steve Jennings, autor do estudo, acredita que uma das razões desse crescimento seja o impacto das mudanças climáticas. “Desastres ligados ao clima estão se tornando cada vez mais comuns e a situação deve se agravar no futuro, à medida que as mudanças climáticas intensificam ainda mais as catástrofes naturais”, afirmou. “Mas é preciso deixar claro que não há nada de natural no fato de as pessoas pobres estarem na linha de frente das mudanças climáticas. Pobreza, má administração, investimentos precários em prevenção de desastres – tudo isso as deixa mais vulneráveis.” |
Experiência compartilhada em turismo é colocada em prática no Brasil
A partir de uma viagem para a bucólica e medieval Toscana, a empresária Ana Lucia Bovi, proprietária de SPA, em Minas Gerais, viu seu conceito sobre turismo de saúde e bem-estar ser influenciado pelas ações desenvolvidas na região italiana. Bovi está entre os participantes do programa Benchmarking em Turismo do Ministério do Turismo (MTur). Em 2010, o programa do MTur, desenvolvido pela Associação Brasileira de Agências de Viagem (Abav), em parceria com o Sebrae e o Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur), teve 100% de aprovação. |
Os 113 empresários participantes do programa responderam positivamente, quando questionados sobre a aplicabilidade do aprendizado em suas empresas. Das 524 boas práticas observadas durante as viagens técnicas nacionais e internacionais, 337 já foram implementadas pelas empresas participantes. “A partir das visitas feitas à Toscana e, principalmente, nas reuniões e discussões sobre como agregar valor à oferta do turismo e saúde, criamos uma série de novas terapêuticas. Em um deles, trabalhamos os cinco sentidos e elaboramos ainda tratamentos específicos para casais”, explica Bovi. A empresária garante que as terapias são um sucesso em datas especiais como aniversário de casamento e lua-de-mel. José Antônio Saud Júnior, empresário de hotel, em Taubaté (SP), transformou um estacionamento em espaço para eventos. Saud participou de viagem técnica para São Paulo (SP) para observação de boas práticas de turismo de negócios. Hoje, o hotel tem dois salões de convenções com capacidade para 80 e 120 pessoas. “O Benchmarking trouxe uma carga de comparações entre empresas com características diferentes e com os mesmos objetivos de melhorar a qualidade dos serviços, aumentar os lucros, sem deixar de ter como foco principal a satisfação de clientes”, destaca Saud. Por meio do programa Benchmarking em Turismo, são promovidas viagens técnicas para destinos nacionais e internacionais, nas quais empresários brasileiros aprendem com as melhores práticas desenvolvidas no Brasil e no mundo. Conheça as boas práticas observadas em 2010, no endereço www.abav.com.br/benchmark.aspx . |
Gestão da água no Brasil é péssima, diz cientista
Referência mundial na pesquisa científica sobre recursos hídricos, Carlos Eduardo Morelli Tucci, professor do Instituto de Pesquisas Hidráulicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e engenheiro civil por formação, anda às voltas na identificação dos principais problemas de recursos hídricos no Brasil. Para isso, tem entrevistado gestores e especialistas e já pode esboçar algumas estatísticas: do que se usa de água no país, só 15% têm tratamento, eliminação de impurezas. |
E mais: o tratamento de esgoto deve chegar a 40% da água usada para esse fim. A falta de tratamento é o que mais afeta a disponibilidade hídrica, segundo Tucci, porque o esgoto contamina os próprios mananciais de abastecimento de água. Ele enfatiza: esse é um problema de governo. Afinal, água sem tratamento que volta para os rios traduz-se em doenças, principalmente quando ocorrem enchentes. Além disso, Tucci lembra: o mundo caminha para uma urbanização perto dos 70%. “A gestão urbana é a grande questão brasileira. Oitenta e oito por cento da população brasileira é urbana”, destaca o pesquisador. Em julho, ele receberá o International Hydrology Prize 2011, por sua contribuição à ciência e à prática de hidrologia. O prêmio é outorgado anualmente pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), a Organização Meteorológica Mundial (WMO) e a Associação Internacional de Ciências Hidrológicas (IAHS). A premiação será entregue em Melbourne, na Austrália. O pesquisador tem quase 500 artigos científicos publicados e é consultor do Centro de Gestão de Estudos Estratégicos (CGEE), do Ministério da Ciência e Tecnologia. |
Pantanal terá aquário do tamanho da sua biodiversidade
Um local de 18,6 mil m², com 24 tanques de aquários, somando 6,6 milhões de litros de água. Capacidade para sete mil animais, entre mais de 200 espécies, como peixes, jacarés e sucuris. Este será o maior aquário de água doce do mundo, o Aquário do Pantanal – Centro de Estudos da Ictiofauna Pantaneira, cuja ordem de serviço para início das obras foi assinada ontem (23), em Campo Grande (MS). |
Estavam presentes na solenidade o ministro do Turismo, Pedro Novais, o governador de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli, e a ministra da Pesca e Aquicultura, Ideli Salvatti. O investimento do governo do estado no projeto é de R$ 84,7 milhões. Além de um empreendimento que vai atrair turistas de todo o país e do mundo, com capacidade para 20 mil visitantes por dia, o aquário servirá como um centro de estudos, abrindo oportunidade para que estudantes, cientistas e pesquisadores se aprofundem sobre questões ambientais e a biodiversidade brasileira. “Este é um empreendimento ousado”, disse o ministro Pedro Novais. “Vai beneficiar a educação, a cultura, a pesca, o meio ambiente e os estudos na área de ciência e tecnologia. Mas os principais beneficiados com a obra serão o setor de turismo e a população sul-matogrossense”, complementou. O espaço também vai abrigar um centro de conferências, laboratórios e biblioteca para livros e teses sobre o Pantanal. No local também haverá aulas de educação ambiental e pesquisas voltadas à conservação dos ecossistemas aquáticos. O projeto do aquário foi desenhado pelo arquiteto Ruy Othake. |
terça-feira, 24 de maio de 2011
Paraná poderá ser o primeiro estado sustentável do mundo
por Redação EcoD*
Um programa piloto de sustentabilidade apresentado pelo Programa de Cidades doPacto Global da ONU pode fazer do estado do Paraná o primeiro a ser totalmente sustentável.
Um programa piloto de sustentabilidade apresentado pelo Programa de Cidades doPacto Global da ONU pode fazer do estado do Paraná o primeiro a ser totalmente sustentável.
Em reunião na segunda-feira, 16 de maio, o governador Beto Richa recebeu da diretora do Pacto Global, Elizabeth Ryan, e do secretário de Estado de Desenvolvimento Urbano, Cezar Silvestri, o programa que prevê a criação de uma rede multisetorial para o desenvolvimento sustentável no Paraná.
Para a diretora Elisabeth, o programa que pretende reunir todas as instâncias públicas e privadas, entidades civis e órgão nacionais e internacionais de financiamento, pode tornar o estado referência mundial em sustentabilidade.
“Apresentamos ao governador o Programa de Cidades Sustentáveis, que está sendo desenvolvido em cidades de alguns países, juntamente com a proposta de fazermos do Paraná o primeiro estado sustentável do mundo. Esse projeto foi muito bem recebido pelo governador”, afirmou o secretário de estado, Cezar Silvestri.
O Programa de Cidades Sustentáveis busca, entre outros objetivos, integrar e mobilizar a sociedade em prol da participação nas discussões da agenda pública e qualificar as informações para ajudar nas decisões e na procura por recursos que contribuam para as necessidades sustentáveis da cidade/estado.
Início dos trabalhos
Na discussão com o governador, os especialistas em gestão estratégica para sustentabilidade da Companhia Paranaense de Energia (Copel) Eduardo Manoel Araújo e Rosane de Souza estiveram presentes e concluíram como deve ser feito o processo no estado. Duas cidades do Paraná, segundo Silvestri, já estão sendo modificadas pelo programa.
“A intenção é de estender o programa a todas as demais cidades paranaenses. Contamos também com a participação de uma técnica da ONU, pois a instituição tem maior interesse que tenhamos um estado inteiro desenvolvendo o Cidades Sustentáveis”, explicou o secretário.
*Publicado originalmente no EcoD.
Chinelo é feito com palito reciclado e fio-dental
por Globo Rural Online Um par de chinelos feito de hashi (típicos palitinhos utilizados na culinária japonesa) e materiais facilmente encontrados em casa ganhou destaque na Feira Internacional de Móveis Contemporâneos (ICFF, na sigla em inglês), famosa exposição de design realizada nesta semana, em Nova York, EUA.
O chop-flops, como é chamado o chinelo ecologicamente correto, foi criado pelo estudante de desenho industrial Joseph Palmer. Em seu invento, ele reciclou hashis, tiras de couro de uma bolsa velha, cortiça e fio-dental.
Segundo o estudante, a ideia veio depois de um almoço com um colega de faculdade em um restaurante japonês. Ele reparou que seu amigo utilizava chinelos para ir para a aula. Ao ver hashis descartados no lixo do restaurante, fez a associação entre o que observava e resolveu criar um chinelo com o material reciclado.
A matéria-prima básica dos chop-flops são hashis que Palmer resgata de restaurantes de comida japonesa. Para fazer a sola do chinelo, ele utilizou a cortiça de um quadro de avisos que estava acumulando poeira em seu quarto. Na produção das sandálias, o artesão amarra os palitos com fio-dental, fazendo a forma da palmilha. A técnica utilizada é semelhante à empregada em cortinas de bambu e persianas. Para fazer as alças, Palmer usa tiras de couro de uma bolsa velha.
O estudante chegou a colocar um par das sandálias à venda no e-Bay. Agora, está chamando atenção do mundo com seu chop-flops no ICFF.
Agricultores protestam contra mudanças no Código Florestal
por Agência Câmara Cerca de 500 agricultores familiares estão no gramado do Congresso para pedir a rejeição da proposta de alteração no Código Florestal, elaborada pelo deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP).
Eles estavam concentrados no Parque da Cidade e vieram em passeata, ocupando duas faixas do Eixo Monumental.
Eles são contrários à proposta por considerar que as novas regras vão abrir caminho para mais desmatamento por anistiar “latifundiários” que já desmataram no passado.
O ato é organizado pela Federação dos Trabalhadores da Agricultura Familiar (Fetraf), com o apoio da Central Única dos Trabalhadores (CUT).
Os manifestantes vão negociar com a segurança o acesso às galerias do Plenário da Câmara, que é restrito nos dias de votação do Código.
Também em Brasília, manifestantes protestam contra a aprovação do novo Código Florestal colocando placas em árvores
Eles estavam concentrados no Parque da Cidade e vieram em passeata, ocupando duas faixas do Eixo Monumental.
Eles são contrários à proposta por considerar que as novas regras vão abrir caminho para mais desmatamento por anistiar “latifundiários” que já desmataram no passado.
O ato é organizado pela Federação dos Trabalhadores da Agricultura Familiar (Fetraf), com o apoio da Central Única dos Trabalhadores (CUT).
Os manifestantes vão negociar com a segurança o acesso às galerias do Plenário da Câmara, que é restrito nos dias de votação do Código.
Votenaweb
O Votenaweb é um site de engajamento cívico que apresenta de forma resumida e simplificada diversos Projetos de Lei que estão em tramitação na Câmara e Senado.
Qualquer pessoa pode votar, simbolicamente, a favor ou contra projetos de lei. O objetivo é aproximar o cidadão da vida política e oferecer uma maneira simples das pessoas acompanharem o trabalho dos parlamentares.
No Votenaweb estão em votação inúmeros Projetos de Lei das mais diversas áreas, inclusive projetos sobre Meio Ambiente como, por exemplo, o PLC 1876 / 1999 que reduzirá de 80% para 50% a Reserva Legal da Amazônia.
Gostaríamos de convidá-la a conhecer o Votenaweb e pedir que nos ajude a atrair mais pessoas para participarem das votações de projetos de lei de temas que influenciam diretamente nossa vida.
Você pode levar a votação deste projeto para seu site utilizando a ferramenta de widget. Basta clicar no botão "leve esta votação para seu site" e incorporar o código.
Caso seja de seu interesse escrever uma reportagem sobre o Votenaweb, favor responder este e-mail.
OBS: Não somos vinculados a nenhum partido. Não fazemos campanha política.
Qualquer dúvida entre em contato conosco.
Obrigada
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sábado, 21 de maio de 2011
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Um portal repleto de informações ambientais. Estamos melhorando a cada dia para suprir a necessidade da informação nesse segmento. Com atualizações diárias de notícias, fotos e videos, voces terão acesso a informações e conteúdos de qualidade.
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sexta-feira, 20 de maio de 2011
Grandes represas em nome do desenvolvimento
por Marcela Valente, da IPS
Buenos Aires, Argentina, 20/5/2011 – O complexo hidrelétrico Yacyretá, compartilhado por Argentina e Paraguai, já opera plenamente, fornecendo a energia prevista quando foi planejado há 40 anos. Contudo, seu impacto socioambiental continua dando o que falar, com denúncias de graves danos. A gigantesca represa no Rio Paraná, que separa os dois países, deixou baixas as águas de áreas de mangues ricos em biodiversidade, afetou a riqueza ictiológica e tirou de suas casas cerca de cem mil pessoas nos dois países.
Embora a ideia original fosse fornecer energia para os dois países, o principal beneficiário dos três mil megawatts de potência instalada é a Argentina. Para isso foram desembolsados US$ 15 bilhões, dez vezes mais do que o estipulado inicialmente. O fornecimento de Yacyretá à Argentina, que retém cerca de 90% da energia gerada, representa aproximadamente 20% de seu consumo energético total, segundo o Ministério do Planejamento Federal.
Só para sua construção tiveram que ser reassentadas 15 mil famílias em casas levantadas nos arredores da cidade paraguaia de Encarnación e em Posadas, na Argentina, as duas cidades mais afetadas, e a maioria dessas pessoas perdeu seus empregos. Cerca de 160 mil hectares foram inundados para formar a represa e os moradores do lugar tiveram que escolher entre receber uma compensação em dinheiro por deixaram o lugar onde viviam e trabalhavam, ou aceitar serem levadas para novos assentamentos.
Agora, muitos dos realocados não têm como ganhar a vida. “Yacyretá é a represa do mundo ocidental que mais pessoas deslocou, muitas das quais viviam de atividades ligadas ao rio e foram as que não recuperaram seus trabalhos”, disse à IPS Jorge Urusoff, morador da região e líder da Associação Ambientalista Tajy, de Encarnación. “Não foi criada uma única empresa para dar trabalho genuíno às pessoas, nem do lado argentino nem do nosso”, afirmou.
A Entidade Binacional Yacyretá (EBY), que administra o plano de obras e o complexo hidrelétrico, não respondeu aos pedidos de entrevista da IPS, mas informa em seu site que os deslocados “eram, em geral, ocupantes precários, que agora têm uma casa como propriedade”, com todos os serviços sanitários.
Jorge Cappato, da Fundação Proteger, da Argentina, insiste no enorme impacto social e ambiental de Yacyretá, junto com a outra grande hidrelétrica no mesmo rio, Itaipu, brasileira-paraguaia. “A ideia do desenvolvimento está tão tergiversada que trazem ganhos apenas para a grande indústria e para os políticos para os quais é bom negócio mostrá-las”, afirmou à IPS o dirigente da Proteger, que trabalha em temas de pesca no Paraná.
“Existe uma equação perversa pela qual mais energia traz mais desenvolvimento e maior bem-estar, e, no entanto, há tempos vemos crescer a produção e a oferta de energia e continuamos perguntando onde está o bem-estar?”, ressaltou Cappato. Para ele, Yacyretá “é um monumento a um dos grandes mitos do desenvolvimento e os bairros criados em consequência são novos, mas não garantem opções de trabalho nem qualidade de vida”.
Tanto Urusoff como Cappato lembram que os deslocados viviam de pesca, cerâmica, fabricação de tijolo ou produção de arroz, todas atividades que exigem umidade e não podem ser realizadas em áreas urbanas. A decisão de construir a represa foi assinada pelos governos dos dois países em 1973, mediante um tratado binacional. A obra tinha em seu projeto custo de US$ 1,7 bilhão e forneceria eletricidade a seis milhões de lares.
A história do projeto esteve repleta de denúncias de corrupção, fracassos e descumprimento de promessas. Em 1998, o governo do presidente argentino Carlos Menem (1989-1999) tentou, sem sucesso, privatizá-la com o argumento de que era “um monumento à corrupção”. Desde a assinatura do tratado, se passaram 20 anos até começar a funcionar a primeira turbina, com altura provisória na represa de 76 metros acima do nível do mar. Mas a cota do projeto era de 83 metros, portanto, a central não funcionava em plena capacidade.
Em 2003, os governos argentino e paraguaio acordaram o Plano de Finalização de Yacyretá, que se comprometeu a acelerar as obras para reassentar as famílias e mitigar os danos, e em fevereiro deste ano chegou-se ao nível previsto originalmente. No ato de inauguração, a presidente argentina, Cristina Fernández, admitiu que “o progresso traz problemas” e que os afetados devem ser devidamente ressarcidos. Porém, insistiu que “sem energia não poderemos continuar crescendo”.
Por outro lado, nas áreas afetadas a visão é outra. “Este projeto sempre foi totalmente insustentável, e continua sendo. Foi realizado em uma área plana que não é o mais adequado para uma represa”, disse Urusoff.
O Paraguai, que cede à Argentina a energia que não consome, recebe um preço inferior ao custo, afirmou Urusoff. Algo semelhante ocorre com o Brasil, que paga a Assunção a tarifa correspondente pelo uso da energia gerada por Itaipu, recordou. “O discurso é sempre o mesmo: as grandes represas trazem desenvolvimento e modernização, mas nenhum dos resultados prometidos. As crianças deslocadas tinham uma única fonte de proteína que era o pescado, e agora não a têm”, acrescentou.
Urusoff ressaltou que a energia produzida por estas duas represas alimenta uma sociedade de alto consumo e não serve para o desenvolvimento das comunidades. Os moradores “são convidados de pedra, nunca são consultados nem informados”, disse. Quanto ao impacto ambiental, Cappato explicou que Itaipu e Yacyretá são “como pinças colocadas em uma artéria. A alteração dos pulsos hídricos, que são a base da riqueza biológica do Rio Paraná, foi enorme”, afirmou.
Em épocas de baixa do Rio, as represas acumulam água e o caudal diminui com forte impacto nas migrações de peixes entre o braço principal e os secundários e também nas migrações longitudinais. Espécies importantes do ponto de vista comercial, turístico e esportivo, como o surubi ou o dourado, encontram uma parede intransponível na represa e apenas 2% conseguem ultrapassá-la e, de todo modo, ali tampouco encontram as condições de alimentação que precisam.
Cappato também alertou que os mangues inundados apodrecem e emitem metano, que é um gás-estufa que contribui para o aquecimento global. “Mas só se ouve o canto da sereia dos defensores do desenvolvimento”, lamentou.
Os portos comerciais também sofrem com as baixas do Rio. Os barcos não podem atracar, fato que tem repercussão muito negativa, sobretudo no Paraguai, país mediterrâneo muito dependente da navegabilidade de seus rios. Entretanto, a EBY prossegue com a ampliação de Yacyretá, com obras no braço Aña Cuá, que aumentarão a capacidade da central. Além disso, está planejado retomar o projeto de construção da represa argentino-paraguaia de Corpus, no mesmo Rio. Envolverde/IPS
(IPS)
Buenos Aires, Argentina, 20/5/2011 – O complexo hidrelétrico Yacyretá, compartilhado por Argentina e Paraguai, já opera plenamente, fornecendo a energia prevista quando foi planejado há 40 anos. Contudo, seu impacto socioambiental continua dando o que falar, com denúncias de graves danos. A gigantesca represa no Rio Paraná, que separa os dois países, deixou baixas as águas de áreas de mangues ricos em biodiversidade, afetou a riqueza ictiológica e tirou de suas casas cerca de cem mil pessoas nos dois países.
Embora a ideia original fosse fornecer energia para os dois países, o principal beneficiário dos três mil megawatts de potência instalada é a Argentina. Para isso foram desembolsados US$ 15 bilhões, dez vezes mais do que o estipulado inicialmente. O fornecimento de Yacyretá à Argentina, que retém cerca de 90% da energia gerada, representa aproximadamente 20% de seu consumo energético total, segundo o Ministério do Planejamento Federal.
Só para sua construção tiveram que ser reassentadas 15 mil famílias em casas levantadas nos arredores da cidade paraguaia de Encarnación e em Posadas, na Argentina, as duas cidades mais afetadas, e a maioria dessas pessoas perdeu seus empregos. Cerca de 160 mil hectares foram inundados para formar a represa e os moradores do lugar tiveram que escolher entre receber uma compensação em dinheiro por deixaram o lugar onde viviam e trabalhavam, ou aceitar serem levadas para novos assentamentos.
Agora, muitos dos realocados não têm como ganhar a vida. “Yacyretá é a represa do mundo ocidental que mais pessoas deslocou, muitas das quais viviam de atividades ligadas ao rio e foram as que não recuperaram seus trabalhos”, disse à IPS Jorge Urusoff, morador da região e líder da Associação Ambientalista Tajy, de Encarnación. “Não foi criada uma única empresa para dar trabalho genuíno às pessoas, nem do lado argentino nem do nosso”, afirmou.
A Entidade Binacional Yacyretá (EBY), que administra o plano de obras e o complexo hidrelétrico, não respondeu aos pedidos de entrevista da IPS, mas informa em seu site que os deslocados “eram, em geral, ocupantes precários, que agora têm uma casa como propriedade”, com todos os serviços sanitários.
Jorge Cappato, da Fundação Proteger, da Argentina, insiste no enorme impacto social e ambiental de Yacyretá, junto com a outra grande hidrelétrica no mesmo rio, Itaipu, brasileira-paraguaia. “A ideia do desenvolvimento está tão tergiversada que trazem ganhos apenas para a grande indústria e para os políticos para os quais é bom negócio mostrá-las”, afirmou à IPS o dirigente da Proteger, que trabalha em temas de pesca no Paraná.
“Existe uma equação perversa pela qual mais energia traz mais desenvolvimento e maior bem-estar, e, no entanto, há tempos vemos crescer a produção e a oferta de energia e continuamos perguntando onde está o bem-estar?”, ressaltou Cappato. Para ele, Yacyretá “é um monumento a um dos grandes mitos do desenvolvimento e os bairros criados em consequência são novos, mas não garantem opções de trabalho nem qualidade de vida”.
Tanto Urusoff como Cappato lembram que os deslocados viviam de pesca, cerâmica, fabricação de tijolo ou produção de arroz, todas atividades que exigem umidade e não podem ser realizadas em áreas urbanas. A decisão de construir a represa foi assinada pelos governos dos dois países em 1973, mediante um tratado binacional. A obra tinha em seu projeto custo de US$ 1,7 bilhão e forneceria eletricidade a seis milhões de lares.
A história do projeto esteve repleta de denúncias de corrupção, fracassos e descumprimento de promessas. Em 1998, o governo do presidente argentino Carlos Menem (1989-1999) tentou, sem sucesso, privatizá-la com o argumento de que era “um monumento à corrupção”. Desde a assinatura do tratado, se passaram 20 anos até começar a funcionar a primeira turbina, com altura provisória na represa de 76 metros acima do nível do mar. Mas a cota do projeto era de 83 metros, portanto, a central não funcionava em plena capacidade.
Em 2003, os governos argentino e paraguaio acordaram o Plano de Finalização de Yacyretá, que se comprometeu a acelerar as obras para reassentar as famílias e mitigar os danos, e em fevereiro deste ano chegou-se ao nível previsto originalmente. No ato de inauguração, a presidente argentina, Cristina Fernández, admitiu que “o progresso traz problemas” e que os afetados devem ser devidamente ressarcidos. Porém, insistiu que “sem energia não poderemos continuar crescendo”.
Por outro lado, nas áreas afetadas a visão é outra. “Este projeto sempre foi totalmente insustentável, e continua sendo. Foi realizado em uma área plana que não é o mais adequado para uma represa”, disse Urusoff.
O Paraguai, que cede à Argentina a energia que não consome, recebe um preço inferior ao custo, afirmou Urusoff. Algo semelhante ocorre com o Brasil, que paga a Assunção a tarifa correspondente pelo uso da energia gerada por Itaipu, recordou. “O discurso é sempre o mesmo: as grandes represas trazem desenvolvimento e modernização, mas nenhum dos resultados prometidos. As crianças deslocadas tinham uma única fonte de proteína que era o pescado, e agora não a têm”, acrescentou.
Urusoff ressaltou que a energia produzida por estas duas represas alimenta uma sociedade de alto consumo e não serve para o desenvolvimento das comunidades. Os moradores “são convidados de pedra, nunca são consultados nem informados”, disse. Quanto ao impacto ambiental, Cappato explicou que Itaipu e Yacyretá são “como pinças colocadas em uma artéria. A alteração dos pulsos hídricos, que são a base da riqueza biológica do Rio Paraná, foi enorme”, afirmou.
Em épocas de baixa do Rio, as represas acumulam água e o caudal diminui com forte impacto nas migrações de peixes entre o braço principal e os secundários e também nas migrações longitudinais. Espécies importantes do ponto de vista comercial, turístico e esportivo, como o surubi ou o dourado, encontram uma parede intransponível na represa e apenas 2% conseguem ultrapassá-la e, de todo modo, ali tampouco encontram as condições de alimentação que precisam.
Cappato também alertou que os mangues inundados apodrecem e emitem metano, que é um gás-estufa que contribui para o aquecimento global. “Mas só se ouve o canto da sereia dos defensores do desenvolvimento”, lamentou.
Os portos comerciais também sofrem com as baixas do Rio. Os barcos não podem atracar, fato que tem repercussão muito negativa, sobretudo no Paraguai, país mediterrâneo muito dependente da navegabilidade de seus rios. Entretanto, a EBY prossegue com a ampliação de Yacyretá, com obras no braço Aña Cuá, que aumentarão a capacidade da central. Além disso, está planejado retomar o projeto de construção da represa argentino-paraguaia de Corpus, no mesmo Rio. Envolverde/IPS
(IPS)
Acordo sobre Código Florestal fere democracia, mancha reputações e alimenta impunidade geral
por Sérgio Abranches, do Ecopolítica
Acordo entre partidos para aprovar mudança no Código Florestal e livrar o ministro Palocci de depor no Congresso, ameaça patrimônio natural, cria risco de desmatamento e desastres e destrói mecanismo fundamental da democracia. Todos perdem, inclusive Palocci. Só os maus produtores que nada têm a perder ganham.
O acordo, do qual tive notícia por fontes de muita credibilidade do ambiente político-parlamentar brasileiro, foi hoje noticiado em detalhes apenas em matéria de Mauro Zanatta e Caio Junqueira para o Valor. Ele trocaria a aprovação das mudanças no Código Florestal pela blindagem do ministro-chefe do Gabinete Civil, que não seria convocado ao Congresso para prestar contas do aumento rápido de seu patrimônio, suspeitas de tráfico de influência e conflito de interesses. Seria aprovado o relatório negociado e uma emenda apresentada pela liderança do PMDB afrouxando as regras para as APPs (áreas de preservação permanente), liberando a recomposição da reserva legal e anistiando todos os que praticaram atos ilegais, com pleno conhecimento da lei, até 2008, entre outras liberalidades daninhas.
Essa troca de questões de princípios democráticos e ética política por legislação de interesses de alguns grupos influentes é um desses arranjos que está se tornando comum na política brasileira e deixando disfuncional a democracia brasileira. Como na terra degradada, essas áreas inoperantes inutilizam mecanismos essenciais para impedir a erosão integral da democracia representativa no Brasil. Qualquer democracia, seja presidencialista, seja parlamentarista, precisa ter como princípios pétreos, intocáveis, aqueles elementos que permitem o funcionamento de pesos e contrapesos. Um dos mais importantes é a obrigatória convocação de autoridades do Poder Executivo para prestarem contas de suas políticas e sua conduta ao Congresso ou Parlamento. É prática comum no presidencialista EUA e no parlamentarista Reino Unido, só para nomear os dois exemplos mais conhecidos e noticiados.
No Brasil, o Executivo há muito decidiu que ministros não prestam contas e raramente comparecem para discutir suas políticas com os congressistas. Uma nefasta cultura da “blindagem” passou a manter fora dos mecanismos da transparência democrática funcionários graduados e ministros. Comissões parlamentares de inquérito, então, nem pensar.
O que os parlamentares governistas dizem da convocação do ministro Palocci é típico: “ato de guerra”, “se é assim, vamos retaliar e convocar todos os ministros de outros governos”. Deveriam ter convocado mesmo, quando eram oposição e eles governo. Aliás, justiça seja feita, no governo de Fernando Henrique houve muito mais CPI e convocação, com duros questionamentos do PT, então na oposição, do que no período do PT no governo. Uma combinação entre oposição vacilante e a “cultura da blindagem”, eliminou as convocações e a fiscalização parlamentar.
Mas a oposição anda mais que vacilante, é conivente. Todas as informações que tenho são de que o PSDB teria participado desse acordo espúrio pela realização do desejo dos ruralistas, ferindo fundo a democracia e a ética política. Aliás, esta é a tragédia política de nossos dias. No passado, tínhamos alguns grandes partidos clientelistas dispostos a qualquer barganha e duas referências concorrentes de comportamento ético na política brasileira: PT e PSDB. Algumas siglas menores, também se mostravam íntegras. Hoje, setores numerosos do PT e do PSDB igualaram seu comportamento ao que meu saudoso amigo Márcio Moreira Alves dizia ser a “moral homogênea” da política brasileira, da qual aqueles partidos clientelistas seriam o padrão. Diminuiu muito o número de siglas pequenas íntegras.
Esse acordo fere fundo a democracia. Degrada a política brasileira. Faz mal à reputação da presidente Dilma Rousseff e, principalmente, de seu Chefe do Gabinete Civil, Antonio Palocci. Se Palocci, como diz, tem uma empresa regular, que presta serviços regulares, baseados em qualificações por ele adquiridas, a clientes regulares, deveria ir ao Congresso e por um ponto final nas suspeitas que mancham, mais uma vez, sua reputação e esvaziam sua credibilidade. É questão de dez minutos: explicação dos serviços, nomeação dos clientes e o que lhes foi servido, apresentação das correspondentes notas fiscais. Por não admitir a transparência, Palocci terá sua reputação novamente marcada pela sombra de uma manobra espúria e situações mal explicadas. Falta de transparência não protege. Apenas encapa as personalidades com o manto irremovível da dúvida. A suspeita se torna irremissível, embora os acertos dêem a essas pessoas a discutível possibilidade de não se explicarem à sociedade. Por vezes terminam tendo que se explicar à Justiça porque essas atitudes perenizam as suspeitas e atiçam as mentes investigadoras, comprometidas com a busca da verdade e da justiça.
O acordo é ruim para o agronegócio brasileiro. Ele aumenta o risco para as culturas pelo efeito de médio prazo do desmatamento e pelo impacto dessas práticas danosas nos cursos de água e mananciais. Enodoa a reputação de nossas commodities nos mercados de primeira linha, que exigem uma cadeia de suprimento limpa de danos à natureza, emissões de gases estufa, agressões aos direitos dos trabalhadores. Iguala bons e maus produtores; quem tem terra legal e grileiro; produtor de qualidade, agregador de valor e gerador de riqueza e predadores de fronteira, que abrem áreas a correntão, superexploram a terra e os trabalhadores e depois se vão, deixando um legado de pó e pobreza.
O acordo cria risco ambiental sério, de desastres, como deslizamentos; de desertificação e savanização; de aumento das emissões de gases; de erosão do solo e dos rios; de destruição de fontes de água.
Um acordo dessa natureza só atende aos interesses desses que devem e temem. Desmatadores que agiram de forma consciente, sabendo que feriam a lei e apostavam na impunidade e na anistia. Como estão fazendo agora em Mato Grosso. Lá o desmatamento detectado pelo Imazon e pelo INPE, com suas distintas metodologias, em período de chuva ainda, com correntão, mostra o reavivamento da expectativa de anistia e impunidade. Até a senadora Kátia Abreu admitiu esse efeito das expectativas, embora subestimando sua ordem de grandeza, dizendo “à Folha que ‘meia dúzia’ de produtores pode ter desmatado esperando serem anistiados pelo futuro novo Código Florestal. ‘Mas isso é isolado. O Brasil desmata cada vez menos. Não vamos permitir que isso atrase ainda mais a votação’(…).”
A contradição entre o acordo que se confabula no Congresso e o que disseram os ministros Izabella Teixeira e Aloízio Mercadante é assombrosa. Ao anunciar os dados do INPE sobre o aumento do desmatamento, principalmente no Mato Grosso, prometeram aumentar o monitoramento e a fiscalização e punir os infratores. A ministra disse que bois em áreas desmatadas serão apreendidos e doados. O ministro Mercadante alertou que não dá para esconder o que fazem do monitoramento dos satélites e da fiscalização. Criaram um “gabinete de emergência”, que garantirá a reversão desse quadro de retomada do desmate ilegal.
Os desmatadores, informados da anistia vindoura para os seus desmandos até 2008 apostarão nos ministros ou no poder anistiador dos ruralistas, acostumados a tirar na pressão perdão de dívidas e vista grossa para o desrespeito à legislação ambiental e trabalhista?
Se os ministros não sabem ainda o que leva ao aumento do desmatamento, não precisam gastar com logística para enviar investigadores ao campo. As causas dessa vez não estão na Amazônia, nem na dinâmica das commodities exportadas, ou na demanda doméstica por carne. Estão vizinha de seus gabinetes, no Congresso Nacional e em alguns dos vários corredores do poder ali na Praça dos Três Poderes.
Não abandonaremos a esperança de que este acordo caia, que as lideranças íntegras que restam no PSDB e no PT exorcizem essa tentação de atender a uma fração da sociedade, com demandas ilegítimas, fazendo uso de manobras também ilegítimas, passando o correntão político na democracia, na ética e nas florestas.
* Para ouvir o comentário do autor na rádio CBN clique aqui.
** Publicado originalmente no site Ecopolítica.
(Ecopolítica)
Acordo entre partidos para aprovar mudança no Código Florestal e livrar o ministro Palocci de depor no Congresso, ameaça patrimônio natural, cria risco de desmatamento e desastres e destrói mecanismo fundamental da democracia. Todos perdem, inclusive Palocci. Só os maus produtores que nada têm a perder ganham.
O acordo, do qual tive notícia por fontes de muita credibilidade do ambiente político-parlamentar brasileiro, foi hoje noticiado em detalhes apenas em matéria de Mauro Zanatta e Caio Junqueira para o Valor. Ele trocaria a aprovação das mudanças no Código Florestal pela blindagem do ministro-chefe do Gabinete Civil, que não seria convocado ao Congresso para prestar contas do aumento rápido de seu patrimônio, suspeitas de tráfico de influência e conflito de interesses. Seria aprovado o relatório negociado e uma emenda apresentada pela liderança do PMDB afrouxando as regras para as APPs (áreas de preservação permanente), liberando a recomposição da reserva legal e anistiando todos os que praticaram atos ilegais, com pleno conhecimento da lei, até 2008, entre outras liberalidades daninhas.
Essa troca de questões de princípios democráticos e ética política por legislação de interesses de alguns grupos influentes é um desses arranjos que está se tornando comum na política brasileira e deixando disfuncional a democracia brasileira. Como na terra degradada, essas áreas inoperantes inutilizam mecanismos essenciais para impedir a erosão integral da democracia representativa no Brasil. Qualquer democracia, seja presidencialista, seja parlamentarista, precisa ter como princípios pétreos, intocáveis, aqueles elementos que permitem o funcionamento de pesos e contrapesos. Um dos mais importantes é a obrigatória convocação de autoridades do Poder Executivo para prestarem contas de suas políticas e sua conduta ao Congresso ou Parlamento. É prática comum no presidencialista EUA e no parlamentarista Reino Unido, só para nomear os dois exemplos mais conhecidos e noticiados.
No Brasil, o Executivo há muito decidiu que ministros não prestam contas e raramente comparecem para discutir suas políticas com os congressistas. Uma nefasta cultura da “blindagem” passou a manter fora dos mecanismos da transparência democrática funcionários graduados e ministros. Comissões parlamentares de inquérito, então, nem pensar.
O que os parlamentares governistas dizem da convocação do ministro Palocci é típico: “ato de guerra”, “se é assim, vamos retaliar e convocar todos os ministros de outros governos”. Deveriam ter convocado mesmo, quando eram oposição e eles governo. Aliás, justiça seja feita, no governo de Fernando Henrique houve muito mais CPI e convocação, com duros questionamentos do PT, então na oposição, do que no período do PT no governo. Uma combinação entre oposição vacilante e a “cultura da blindagem”, eliminou as convocações e a fiscalização parlamentar.
Mas a oposição anda mais que vacilante, é conivente. Todas as informações que tenho são de que o PSDB teria participado desse acordo espúrio pela realização do desejo dos ruralistas, ferindo fundo a democracia e a ética política. Aliás, esta é a tragédia política de nossos dias. No passado, tínhamos alguns grandes partidos clientelistas dispostos a qualquer barganha e duas referências concorrentes de comportamento ético na política brasileira: PT e PSDB. Algumas siglas menores, também se mostravam íntegras. Hoje, setores numerosos do PT e do PSDB igualaram seu comportamento ao que meu saudoso amigo Márcio Moreira Alves dizia ser a “moral homogênea” da política brasileira, da qual aqueles partidos clientelistas seriam o padrão. Diminuiu muito o número de siglas pequenas íntegras.
Esse acordo fere fundo a democracia. Degrada a política brasileira. Faz mal à reputação da presidente Dilma Rousseff e, principalmente, de seu Chefe do Gabinete Civil, Antonio Palocci. Se Palocci, como diz, tem uma empresa regular, que presta serviços regulares, baseados em qualificações por ele adquiridas, a clientes regulares, deveria ir ao Congresso e por um ponto final nas suspeitas que mancham, mais uma vez, sua reputação e esvaziam sua credibilidade. É questão de dez minutos: explicação dos serviços, nomeação dos clientes e o que lhes foi servido, apresentação das correspondentes notas fiscais. Por não admitir a transparência, Palocci terá sua reputação novamente marcada pela sombra de uma manobra espúria e situações mal explicadas. Falta de transparência não protege. Apenas encapa as personalidades com o manto irremovível da dúvida. A suspeita se torna irremissível, embora os acertos dêem a essas pessoas a discutível possibilidade de não se explicarem à sociedade. Por vezes terminam tendo que se explicar à Justiça porque essas atitudes perenizam as suspeitas e atiçam as mentes investigadoras, comprometidas com a busca da verdade e da justiça.
O acordo é ruim para o agronegócio brasileiro. Ele aumenta o risco para as culturas pelo efeito de médio prazo do desmatamento e pelo impacto dessas práticas danosas nos cursos de água e mananciais. Enodoa a reputação de nossas commodities nos mercados de primeira linha, que exigem uma cadeia de suprimento limpa de danos à natureza, emissões de gases estufa, agressões aos direitos dos trabalhadores. Iguala bons e maus produtores; quem tem terra legal e grileiro; produtor de qualidade, agregador de valor e gerador de riqueza e predadores de fronteira, que abrem áreas a correntão, superexploram a terra e os trabalhadores e depois se vão, deixando um legado de pó e pobreza.
O acordo cria risco ambiental sério, de desastres, como deslizamentos; de desertificação e savanização; de aumento das emissões de gases; de erosão do solo e dos rios; de destruição de fontes de água.
Um acordo dessa natureza só atende aos interesses desses que devem e temem. Desmatadores que agiram de forma consciente, sabendo que feriam a lei e apostavam na impunidade e na anistia. Como estão fazendo agora em Mato Grosso. Lá o desmatamento detectado pelo Imazon e pelo INPE, com suas distintas metodologias, em período de chuva ainda, com correntão, mostra o reavivamento da expectativa de anistia e impunidade. Até a senadora Kátia Abreu admitiu esse efeito das expectativas, embora subestimando sua ordem de grandeza, dizendo “à Folha que ‘meia dúzia’ de produtores pode ter desmatado esperando serem anistiados pelo futuro novo Código Florestal. ‘Mas isso é isolado. O Brasil desmata cada vez menos. Não vamos permitir que isso atrase ainda mais a votação’(…).”
A contradição entre o acordo que se confabula no Congresso e o que disseram os ministros Izabella Teixeira e Aloízio Mercadante é assombrosa. Ao anunciar os dados do INPE sobre o aumento do desmatamento, principalmente no Mato Grosso, prometeram aumentar o monitoramento e a fiscalização e punir os infratores. A ministra disse que bois em áreas desmatadas serão apreendidos e doados. O ministro Mercadante alertou que não dá para esconder o que fazem do monitoramento dos satélites e da fiscalização. Criaram um “gabinete de emergência”, que garantirá a reversão desse quadro de retomada do desmate ilegal.
Os desmatadores, informados da anistia vindoura para os seus desmandos até 2008 apostarão nos ministros ou no poder anistiador dos ruralistas, acostumados a tirar na pressão perdão de dívidas e vista grossa para o desrespeito à legislação ambiental e trabalhista?
Se os ministros não sabem ainda o que leva ao aumento do desmatamento, não precisam gastar com logística para enviar investigadores ao campo. As causas dessa vez não estão na Amazônia, nem na dinâmica das commodities exportadas, ou na demanda doméstica por carne. Estão vizinha de seus gabinetes, no Congresso Nacional e em alguns dos vários corredores do poder ali na Praça dos Três Poderes.
Não abandonaremos a esperança de que este acordo caia, que as lideranças íntegras que restam no PSDB e no PT exorcizem essa tentação de atender a uma fração da sociedade, com demandas ilegítimas, fazendo uso de manobras também ilegítimas, passando o correntão político na democracia, na ética e nas florestas.
* Para ouvir o comentário do autor na rádio CBN clique aqui.
** Publicado originalmente no site Ecopolítica.
(Ecopolítica)
Europa pede maior controle das emissões dos setores aéreo e marítimo
Ministros das finanças da UE propõem sistema de corte de emissões, que ajudaria bloco a arrecadar investimentos para Fundo Climático Verde.
Na última terça-feira, a União Europeia intensificou a pressão para estabelecer mais uma medida para mitigar as emissões de CO2. Após um encontro em Bruxelas, os ministros das finanças do bloco declararam de que a Organização Marítima Internacional (OMI) e a Organização da Aviação Civil Internacional (OACI) devem “desenvolver sem demora uma estrutura política global que evite as distorções competitivas e a emissão de carbono”.
O pedido não é recente. Tanto que Connie Hedegaard, comissária da UE para o Clima, expôs sua frustração com a demora das negociações para diminuir as emissões de dióxido de carbono dos setores aéreo e marítimo. “Desde 1997, a OMI teve essa missão [de chegar a um acordo], sem apresentar nada, e é por isso que estamos indicando claramente que estamos perdendo a paciência”.
De acordo com um porta-voz da OMI, a questão da precificação do carbono está “em análise há muito e o trabalho já está bem avançado. Todo o trabalho da organização sobre as emissões dos gases de efeito estufa (GEEs) terá progresso, incluindo ações para criar medidas de eficiência energética para navios”. O assunto deve ser debatido na próxima reunião do Comitê Marítimo de Proteção Ambiental, que acontece entre 4 e 15 de julho.
A UE planeja incluir esses setores em seu esquema de comércio de emissões (EU ETS em inglês) após 2012, embora os EUA e a China tenham se manifestado contra os projetos da EU de incluir companhias aéreas estrangeiras além das empresas do bloco, gerando uma série de disputas jurídicas.
Além da mitigação das emissões, o sistema de precificação de carbono para aviões e navios poderia ajudar a arrecadar investimentos para o Fundo Climático Verde, que deve capitalizar US$ 100 bilhões para ajudar os países emergentes a lidarem com as mudanças climática . Até agora, foram angariados cerca de US$ 3,33 bilhões dos US$ 10,25 bilhões estabelecidos para o período de 2010 a 2012.
Na declaração dada pelos ministros na terça-feira, eles sugerem que “a precificação do carbono para a aviação e o transporte marítimo é uma fonte potencial de receitas que poderia também gerar o sinal de preço necessário para atingir eficientemente as reduções de emissão desses setores”.
Segundo um documento da Comissão Europeia, intitulado ‘Intensificando as finanças climáticas internacionais após 2012’, “se aplicados globalmente, os rendimentos de esquemas [para precificação do carbono] para a aviação e o transporte marítimo podem – sob certas hipóteses – gerar cerca de US$ 24 bilhões, presumindo que o preço do carbono seja de aproximadamente US$ 50 por tonelada de CO2”.
Lies Craeynest, assessora de mudanças climáticas da Oxfam, acredita que a decisão de criar um mecanismo para diminuir as emissões de carbono da aviação e da navegação é uma “vitória dupla” que pode redistribuir o auxilio climático para comunidades vulneráveis. “É uma oportunidade única de controlar a emissão da maior e crescente fonte das alterações climáticas e ao mesmo tempo gerar um dinheiro desesperadamente necessário”, opinou.
* Publicado originalmente no site CarbonoBrasil.
(CarbonoBrasil)
Na última terça-feira, a União Europeia intensificou a pressão para estabelecer mais uma medida para mitigar as emissões de CO2. Após um encontro em Bruxelas, os ministros das finanças do bloco declararam de que a Organização Marítima Internacional (OMI) e a Organização da Aviação Civil Internacional (OACI) devem “desenvolver sem demora uma estrutura política global que evite as distorções competitivas e a emissão de carbono”.
O pedido não é recente. Tanto que Connie Hedegaard, comissária da UE para o Clima, expôs sua frustração com a demora das negociações para diminuir as emissões de dióxido de carbono dos setores aéreo e marítimo. “Desde 1997, a OMI teve essa missão [de chegar a um acordo], sem apresentar nada, e é por isso que estamos indicando claramente que estamos perdendo a paciência”.
De acordo com um porta-voz da OMI, a questão da precificação do carbono está “em análise há muito e o trabalho já está bem avançado. Todo o trabalho da organização sobre as emissões dos gases de efeito estufa (GEEs) terá progresso, incluindo ações para criar medidas de eficiência energética para navios”. O assunto deve ser debatido na próxima reunião do Comitê Marítimo de Proteção Ambiental, que acontece entre 4 e 15 de julho.
A UE planeja incluir esses setores em seu esquema de comércio de emissões (EU ETS em inglês) após 2012, embora os EUA e a China tenham se manifestado contra os projetos da EU de incluir companhias aéreas estrangeiras além das empresas do bloco, gerando uma série de disputas jurídicas.
Além da mitigação das emissões, o sistema de precificação de carbono para aviões e navios poderia ajudar a arrecadar investimentos para o Fundo Climático Verde, que deve capitalizar US$ 100 bilhões para ajudar os países emergentes a lidarem com as mudanças climática . Até agora, foram angariados cerca de US$ 3,33 bilhões dos US$ 10,25 bilhões estabelecidos para o período de 2010 a 2012.
Na declaração dada pelos ministros na terça-feira, eles sugerem que “a precificação do carbono para a aviação e o transporte marítimo é uma fonte potencial de receitas que poderia também gerar o sinal de preço necessário para atingir eficientemente as reduções de emissão desses setores”.
Segundo um documento da Comissão Europeia, intitulado ‘Intensificando as finanças climáticas internacionais após 2012’, “se aplicados globalmente, os rendimentos de esquemas [para precificação do carbono] para a aviação e o transporte marítimo podem – sob certas hipóteses – gerar cerca de US$ 24 bilhões, presumindo que o preço do carbono seja de aproximadamente US$ 50 por tonelada de CO2”.
Lies Craeynest, assessora de mudanças climáticas da Oxfam, acredita que a decisão de criar um mecanismo para diminuir as emissões de carbono da aviação e da navegação é uma “vitória dupla” que pode redistribuir o auxilio climático para comunidades vulneráveis. “É uma oportunidade única de controlar a emissão da maior e crescente fonte das alterações climáticas e ao mesmo tempo gerar um dinheiro desesperadamente necessário”, opinou.
* Publicado originalmente no site CarbonoBrasil.
(CarbonoBrasil)
As dez aves mais coloridas
As dez aves mais coloridas
Pato-mandarim
Natural da Ásia, eles medem de 41 a 49 cm de comprimento. Os machos, normalmente, são mais coloridos do que as fêmeas. Foto: Wikipédia
Rainbow Lorikeet
Esta espécie de papagaio pode ser encontrada em diversos lugares. Sua coloração pode conter quase todas as cores do arco-íris. Foto: Brumoso
Saíra-sete-cores
Uma ave considerada agressiva que mede 13,5 cm de comprimento. Pode ser encontrada na floresta atlântica e nas matas baixas do litoral. Foto: Haroldo Jr
Pavão
Sua cauda colorida pode chegar a dois metros de comprimento e é utilizada, quando aberta, como um ritual de acasalamento.
Faisão dourado
São nativos das florestas nas áreas montanhosas do oeste da China. Mais facilmente encontrados em zoológicos. Foto: Cosmas Robless
Arara-vermelha
É uma ave nativa das florestas do Panamá, Santa Catarina, Paraguai e Argentina. Medem até 90 centímetros de comprimento e pesam até 1,5 quilos. Foto: Ralph Daily
Tucano de bico colorido
É um animal latino-americano, nacional de Belize. Chama atenção pela diversidade de cores que existem no seu bico. Foto: Adalberto Hernandez Veja
Flamingo
É uma ave nacional de Trinidad e Tobago. Suas pernas são longas e o seu bico encurvado, medindo entre 90 e 150 cm. Foto: Aaron Logan
Painted Bunting
É considerado o pássaro mais bonito da América do Norte. Apesar das cores, eles são difíceis de serem identificados, pois se escondem no meio das folhagens. Foto: Dan Pancamo
Martim pescador
São encontrados praticamente em todos os continentes, exceto nas regiões polares e na maioria das ilhas oceânica. Ao contrário da grande maioria, machos e fêmeas pouco diferem nas cores. Foto: Haroldo Jr
quarta-feira, 18 de maio de 2011
Inflação, sustentabilidade e segurança são gargalhos para redução de custos na mineração
Os reflexos da inflação não estão sendo sentidos apenas pelo consumidor final. O problema também chegou aos principais fornecedores das empresas mineradoras. “Sem dúvidas, acredito que todas as mineradoras já tenham percebido o impacto da inflação nos insumos”, confirmou o gerente-geral da Jacobina Mineração e Comércio, Luis Antônio Abadi e Silva, durante o III Workshop sobre Redução de Custos na Mina e na Planta.
O evento, que aconteceu em Belo Horizonte, reuniu empresários, executivos e funcionários de mineradoras para discutir propostas de diminuição de gastos com aumento de produtividade no setor da mineração. Durante as 34 palestras, foram ressaltadas algumas questões que desafiam as companhias a atingir essa meta, entre elas, a inflação, a necessidade de implantação de projetos sustentáveis e a segurança no trabalho. Para ilustrar esse cenário de desafios econômicos, o executivo da Jacobina Mineração apresentou a metodologia para redução dos custos adotada pela unidade da empresa na Bahia, através de trabalhos aprofundados sobre variação de preços de insumos e gastos com crescimento da produção.
Os projetos sustentáveis também são uma preocupação do setor, que precisa cumprir exigências ambientais rígidas sem comprometer a produção. A aplicação prática de medidas que aliem esses dois fatores já não constitui uma meta dada como quase impossível. A muitas vezes custam caro às mineradoras. Algumas companhias já começam a adotar medidas para trabalhar os resíduos e aproveitá-los ao máximo, através da extração de restos de metais e produção de tijolos com a lama. A Votorantim Morro Agudo é um exemplo, com o projeto “Rejeito Zero”, apresentado pela engenheira sênior de Minas, Haline Cristina dos Santos, mostrando que todo rejeito da produção de zinco tornou-se cal agrícola comercializável. Já o engenheiro de Minas e de Segurança do Trabalho da JVL Consultoria Mineração e Meio Ambiente, Jorge Luiz Oliveira da Silva, alerta que essa consciência precisa ser expandida e traduzida em projetos em todas as mineradoras. Ele explicou que tratar o rejeito antes de ser depositado nas barragens é mais barato do que criar projetos depois que um volume grande de material está acumulado. É preciso que o aproveitamento do rejeito seja feito simultaneamente à extração de minerais.
Lourival Caporali Pena, responsável de disciplina da SNC Lavalin Minerconsult, ressaltou a importância da implantação de pequenas iniciativas que, em um conjunto de ações, trazem resultados significativos. O exemplo apresentado por ele foi de um projeto piloto de edificações verdes introduzido no prédio da administração do Centro Institucional de Omã, localizado na Usina de Pelotização da Vale no Oriente Médio. O projeto foi capaz de reduzir o consumo de energia, carga do sistema de ar condicionado e temperatura no entorno da edificação. “Imagina se essa proposta fosse implantada em todas as unidades, em todas as companhias?”, refletiu.
Outros pontos comentados pelos palestrantes e pela platéia foram os programas de saúde e segurança do trabalho. O assunto gerou grande interesse por envolver não apenas os funcionários das empresas, mas também as famílias. Para Vanêssa Valério Silva, psicóloga do Trabalho da Fagundes Construção e Mineração, a melhoria da qualidade de vida dos funcionários vai desde ações realizadas na empresa até chegar ao ambiente familiar. “O importante é o envolvimento de todos para que possamos incentivar o uso correto dos EPI’s e evitar os riscos de acidentes”, ressalta. Se o risco for zero, a empresa ganha com a condição de trabalho oferecida e os empregados com a qualidade de vida, lembra Vanêssa.
O evento contou também com a contribuição de palestrantes da Metso, Mobil, Haver Serviços, Runge, Kinross e Companhia Siderúrgica Nacional (CSN). Neste 3º Workshop, as inscrições se esgotaram, o que comprova o interesse das empresas em discutir problemas do setor e propor soluções. “Isso mostra também que o Workshop sobre Redução de Custos na Mina e na Planta vem se firmando como um importante espaço para debate sobre o crescimento do setor, suas tendências e seus impactos no meio ambiente e na sociedade”, afirma o coordenador do evento, Joseph Young. O III Workshop sobre Redução de Custos na Mina e na Planta é uma realização da revista Minérios e Minerales em conjunto com o Sindiextra e a Fiemg.
Dia da Sustentabilidade sensibiliza comunidade sobre destinação adequada dos resíduos
Misto de ações educativas, esportivas e de recreação voltadas à comunidade evento leva 1ª Corrida Lixo Zero do país e Feira da Sustentabilidade para a Grande Florianópolis
Ações educativas, esportivas e de recreação irão marcar o primeiro Dia da Sustentabilidade Pedra Branca, domingo, 22 de maio, em Palhoça, na Grande Florianópolis (SC). O evento será embasado no conceito Lixo Zero, que visa a promoção dos 3Rs: reduzir, reutilizar e reciclar. Tudo que for produzido de resíduos – diferente de lixo, pois são recolhidos e separados de forma limpa e organizada – será encaminhado no final do dia para reuso ou reciclagem. As ações são realizadas pela Cidade Pedra Branca, em parceria com as empresas Sports Do e Novociclo Ambiental.
Os participantes de todas as atividades receberão orientações sobre separação de resíduos, reciclagem e sustentabilidade. Além disso, residuários para coleta de materiais recicláveis serão instalados em espaços estratégicos com maior circulação de pessoas. “As estações Lixo Zero são residuários produzidos especificamente para receber materiais recicláveis. Diferentes das lixeiras comuns, onde os materiais são jogados sem organização, estes nichos possuem um espaço exclusivo para cada tipo de resíduo, como plástico, vidro, entre outros. Se for alimento será destinado à compostagem”, explica Rodrigo Sabatini, presidente da Novociclo Ambiental.
Outra ação pela preservação do meio ambiente e conscientização da comunidade será a utilização de camisetas de garrafa pet pelo pessoal do estafe. A intenção é estender a iniciativa para os próximos eventos: “o material de produção de futuras camisetas serão as próprias PETs arrecadadas em eventos anteriores”, planeja Marcelo Gomes, diretor da Pedra Branca.
O evento, que acontecerá na Cidade Pedra Branca, em Palhoça, conta ainda com o apoio da Associação de Moradores do bairro, do Colégio Visão Pedra Branca, Cicles Hoffmann, Associação Catarinense de Escalada e Montanhismo e Padaria Pão&Prosa.
Corrida Lixo Zero – Pela manhã, a partir das 09h, será realizada a 1ª Corrida Lixo Zero do Brasil, direcionada a atletas e funcionários de empresas localizadas no entorno do bairro Pedra Branca e região. Além de mostrar na prática como destinar de forma adequada os resíduos, a corrida terá como objetivo estimular o espírito de equipe no meio empresarial – os gestores serão convidados para apoiar os seus colaboradores. Ao longo de todo o trajeto, os participantes poderão colocar os copos de água vazios em ‘Estações Lixo Zero’. A competição terá percursos de 12 km (individual), 6 km (revezamento com duas pessoas) e 3 Km (revezamento com quatro pessoas). Mais informações em http://www.corridapedrabranca.com.br/.
Feira da Sustentabilidade – Oficinas gratuitas, passeio ciclístico e exposição de produtos à base de materiais recicláveis serão algumas das atrações da Feira da Sustentabilidade, que acontecerá das 14h às 18h nas imediações do Showroom da Sustentabilidade Pedra Branca, em frente à Unisul.
Abertas à comunidade, as oficinas serão coordenadas por especialistas em gestão de resíduos e meio ambiente. Para participar, é necessário inscrever-se pelo e-mail contato@novociclo.com.br. Os adultos poderão aprender sobre compostagem caseira, a partir das 14h30, e como fazer produtos de limpeza ecológicos na oficina das 16h30. Já para as crianças será realizada, às 15h30, oficina de artes com utilização de materiais reaproveitáveis. As atividades encerram com um passeio ciclístico, às 17h, seguido de uma apresentação do Colégio Visão, marcada para as 18h.
No Dia da Sustentabilidade Pedra Branca, os moradores do bairro (num raio de até 3 km do local do evento) ainda poderão desfazer-se de forma adequada de utensílios e objetos maiores, como sofás, fogões, mesas etc. Durante todo o dia, um caminhão fará este recolhimento, que deve ser solicitado antecipadamente à Novociclo. Roupas quentes também estarão sendo recolhidas para a campanha do agasalho.
Informações gerais:
Dia da Sustentabilidade / Cidade Pedra Branca - Palhoça
22 de maio (domingo)
09 às 18h
Corrida Pedra Branca para Empresas
Modalidades: individual 12km ou revezamento 6km (2 atletas) ou 3 km (4 atletas)
Informações: http://www.corridapedrabranca.com.br/
Feira da Sustentabilidade
14h30 – Oficina de compostagem caseiraa
14h30 – Inauguração da composteira e horta comunitária
15h30 – Oficina de artes para crianças com utilização de materiais reaproveitáveis
16h30 – Oficina de produtos de limpeza ecológicos
Informações e inscrições: contato@novociclo.com.br
17h – Passeio Ciclístico
18h – Teatro Colégio Visão
09h às 17h – Parede de escalada
Imprensa – janara@dialetto.com.br (2107-2716) e anacarolina@palavracom.com.br (3025-6595).
Ações educativas, esportivas e de recreação irão marcar o primeiro Dia da Sustentabilidade Pedra Branca, domingo, 22 de maio, em Palhoça, na Grande Florianópolis (SC). O evento será embasado no conceito Lixo Zero, que visa a promoção dos 3Rs: reduzir, reutilizar e reciclar. Tudo que for produzido de resíduos – diferente de lixo, pois são recolhidos e separados de forma limpa e organizada – será encaminhado no final do dia para reuso ou reciclagem. As ações são realizadas pela Cidade Pedra Branca, em parceria com as empresas Sports Do e Novociclo Ambiental.
Os participantes de todas as atividades receberão orientações sobre separação de resíduos, reciclagem e sustentabilidade. Além disso, residuários para coleta de materiais recicláveis serão instalados em espaços estratégicos com maior circulação de pessoas. “As estações Lixo Zero são residuários produzidos especificamente para receber materiais recicláveis. Diferentes das lixeiras comuns, onde os materiais são jogados sem organização, estes nichos possuem um espaço exclusivo para cada tipo de resíduo, como plástico, vidro, entre outros. Se for alimento será destinado à compostagem”, explica Rodrigo Sabatini, presidente da Novociclo Ambiental.
Outra ação pela preservação do meio ambiente e conscientização da comunidade será a utilização de camisetas de garrafa pet pelo pessoal do estafe. A intenção é estender a iniciativa para os próximos eventos: “o material de produção de futuras camisetas serão as próprias PETs arrecadadas em eventos anteriores”, planeja Marcelo Gomes, diretor da Pedra Branca.
O evento, que acontecerá na Cidade Pedra Branca, em Palhoça, conta ainda com o apoio da Associação de Moradores do bairro, do Colégio Visão Pedra Branca, Cicles Hoffmann, Associação Catarinense de Escalada e Montanhismo e Padaria Pão&Prosa.
Corrida Lixo Zero – Pela manhã, a partir das 09h, será realizada a 1ª Corrida Lixo Zero do Brasil, direcionada a atletas e funcionários de empresas localizadas no entorno do bairro Pedra Branca e região. Além de mostrar na prática como destinar de forma adequada os resíduos, a corrida terá como objetivo estimular o espírito de equipe no meio empresarial – os gestores serão convidados para apoiar os seus colaboradores. Ao longo de todo o trajeto, os participantes poderão colocar os copos de água vazios em ‘Estações Lixo Zero’. A competição terá percursos de 12 km (individual), 6 km (revezamento com duas pessoas) e 3 Km (revezamento com quatro pessoas). Mais informações em http://www.corridapedrabranca.com.br/.
Feira da Sustentabilidade – Oficinas gratuitas, passeio ciclístico e exposição de produtos à base de materiais recicláveis serão algumas das atrações da Feira da Sustentabilidade, que acontecerá das 14h às 18h nas imediações do Showroom da Sustentabilidade Pedra Branca, em frente à Unisul.
Abertas à comunidade, as oficinas serão coordenadas por especialistas em gestão de resíduos e meio ambiente. Para participar, é necessário inscrever-se pelo e-mail contato@novociclo.com.br. Os adultos poderão aprender sobre compostagem caseira, a partir das 14h30, e como fazer produtos de limpeza ecológicos na oficina das 16h30. Já para as crianças será realizada, às 15h30, oficina de artes com utilização de materiais reaproveitáveis. As atividades encerram com um passeio ciclístico, às 17h, seguido de uma apresentação do Colégio Visão, marcada para as 18h.
No Dia da Sustentabilidade Pedra Branca, os moradores do bairro (num raio de até 3 km do local do evento) ainda poderão desfazer-se de forma adequada de utensílios e objetos maiores, como sofás, fogões, mesas etc. Durante todo o dia, um caminhão fará este recolhimento, que deve ser solicitado antecipadamente à Novociclo. Roupas quentes também estarão sendo recolhidas para a campanha do agasalho.
Informações gerais:
Dia da Sustentabilidade / Cidade Pedra Branca - Palhoça
22 de maio (domingo)
09 às 18h
Corrida Pedra Branca para Empresas
Modalidades: individual 12km ou revezamento 6km (2 atletas) ou 3 km (4 atletas)
Informações: http://www.corridapedrabranca.com.br/
Feira da Sustentabilidade
14h30 – Oficina de compostagem caseiraa
14h30 – Inauguração da composteira e horta comunitária
15h30 – Oficina de artes para crianças com utilização de materiais reaproveitáveis
16h30 – Oficina de produtos de limpeza ecológicos
Informações e inscrições: contato@novociclo.com.br
17h – Passeio Ciclístico
18h – Teatro Colégio Visão
09h às 17h – Parede de escalada
Imprensa – janara@dialetto.com.br (2107-2716) e anacarolina@palavracom.com.br (3025-6595).
segunda-feira, 16 de maio de 2011
Ministério do Meio Ambiente criará plano nacional de educação agroecológica
Por Fernanda Silva, Fetraf-Brasil Fetraf-Brasil - EcoAgência
O meio rural enfrenta hoje três principais desafios que consistem em garantir mecanismos para permanência dos agricultores familiares nas propriedades com renda e desenvolvimento de práticas agroecológicas, a sucessão da juventude rural e, o estabelecimento de programa nacional de agroecologia que disponha de tecnologia pensada para preservação ambiental contribuindo para o desenvolvimento sustentável. Izabella Teixeira, ministra do Meio Ambiente (MMA) considerou que a participação dos movimentos sociais no ministério aumenta a intenção de criar programa uma vez que a atual gestão aposta em novas frentes de consolidação e parceria e “a agricultura familiar tem sido tratada como elemento estrutural para a política ambiental”.
Para elaboração do Programa Nacional de Agroecologia, a FETRAF-BRASIL entregará relatórios sobre as experiências que estados diferentes tem realizado nesse tipo de produção. A entidade, por meio da Articulação Nacional de Agroecologia já tinha buscado parceria junto ao Ministério do Desenvolvimento Agrária (MDA) para realização do Programa. Objetivo é que os ministérios atuem juntos.
Para Elisângela Araújo, coordenadora Geral da FETRAF-BRASIL “o Brasil precisar criar práticas de produção alternativa como a agroecologia para prover alimentação saudável. Nós queremos preservar e produzir com qualidade”, explicou.
Na explanação de Marcos Rochinski, secretário Geral da entidade, o MMA tem que ser carro chefe no processo de produção agroecológica, com geração de renda para a agricultura familiar e produção de alimentos saudáveis com desenvolvimento tecnológico voltado para a sustentabilidade. “O Programa Nacional de Agroecologia também deve estar alinhado ao Programa Mais Ambiente para efetivação da educação ambiental ao levar ao agricultor familiar esclarecimentos sobre a legislação ambiental e processo de regularização fundiária, observou.
Maria da Graça Amorim, coordenadora de Meio Ambiente frisou a educação voltada também para aqueles que já saíram da fase escolar, “estabelecendo um processo de aproximação e conhecimento da nossa legislação para orientar os agricultores familiares”.
Na compreensão da entidade, o Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) deve estar vinculado ao Programa Nacional de Agroecologia. “Ele é o reconhecimento do modo de vida que é ser agricultor familiar e não apenas da profissão. É o reconhecimento do papel histórico da agricultura familiar”, declarou Rochinski.
Pensando nas mulheres, que hoje detém o poder de decisão nessa nova classe média, o ministério do Meio Ambiente quer a participação da entidade na elaboração de uma proposta sobre como trabalhar o meio ambiente com as mulheres do campo.
Código Florestal
Mais uma vez adiada a votação do novo Código, a ministra se diz otimista e acredita que a sociedade brasileira terá um código florestal convergente, coerente, “do jeito que queremos”. Izabella agradeceu a mobilização da FETRAF-BRASIL caracterizando-a como excepcional. “Se o ministério entra hoje de cabeça erguida nos espaços é pelo esforço, dedicação e compromisso de vocês.
O meio rural enfrenta hoje três principais desafios que consistem em garantir mecanismos para permanência dos agricultores familiares nas propriedades com renda e desenvolvimento de práticas agroecológicas, a sucessão da juventude rural e, o estabelecimento de programa nacional de agroecologia que disponha de tecnologia pensada para preservação ambiental contribuindo para o desenvolvimento sustentável. Izabella Teixeira, ministra do Meio Ambiente (MMA) considerou que a participação dos movimentos sociais no ministério aumenta a intenção de criar programa uma vez que a atual gestão aposta em novas frentes de consolidação e parceria e “a agricultura familiar tem sido tratada como elemento estrutural para a política ambiental”.
Para elaboração do Programa Nacional de Agroecologia, a FETRAF-BRASIL entregará relatórios sobre as experiências que estados diferentes tem realizado nesse tipo de produção. A entidade, por meio da Articulação Nacional de Agroecologia já tinha buscado parceria junto ao Ministério do Desenvolvimento Agrária (MDA) para realização do Programa. Objetivo é que os ministérios atuem juntos.
Para Elisângela Araújo, coordenadora Geral da FETRAF-BRASIL “o Brasil precisar criar práticas de produção alternativa como a agroecologia para prover alimentação saudável. Nós queremos preservar e produzir com qualidade”, explicou.
Na explanação de Marcos Rochinski, secretário Geral da entidade, o MMA tem que ser carro chefe no processo de produção agroecológica, com geração de renda para a agricultura familiar e produção de alimentos saudáveis com desenvolvimento tecnológico voltado para a sustentabilidade. “O Programa Nacional de Agroecologia também deve estar alinhado ao Programa Mais Ambiente para efetivação da educação ambiental ao levar ao agricultor familiar esclarecimentos sobre a legislação ambiental e processo de regularização fundiária, observou.
Maria da Graça Amorim, coordenadora de Meio Ambiente frisou a educação voltada também para aqueles que já saíram da fase escolar, “estabelecendo um processo de aproximação e conhecimento da nossa legislação para orientar os agricultores familiares”.
Na compreensão da entidade, o Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) deve estar vinculado ao Programa Nacional de Agroecologia. “Ele é o reconhecimento do modo de vida que é ser agricultor familiar e não apenas da profissão. É o reconhecimento do papel histórico da agricultura familiar”, declarou Rochinski.
Pensando nas mulheres, que hoje detém o poder de decisão nessa nova classe média, o ministério do Meio Ambiente quer a participação da entidade na elaboração de uma proposta sobre como trabalhar o meio ambiente com as mulheres do campo.
Código Florestal
Mais uma vez adiada a votação do novo Código, a ministra se diz otimista e acredita que a sociedade brasileira terá um código florestal convergente, coerente, “do jeito que queremos”. Izabella agradeceu a mobilização da FETRAF-BRASIL caracterizando-a como excepcional. “Se o ministério entra hoje de cabeça erguida nos espaços é pelo esforço, dedicação e compromisso de vocês.
Meio ambiente é tema de oficina para professoras dos CEMUS de Salto
Uma palestra de capacitação sobre educação ambiental e reciclagem foi realizada no dia 6 de maio, no Centro de Educação e Cultura Anselmo Duarte (CEC). Professoras de diversos Centros de Educação Municipal de Salto (CEMUS) participaram da atividade, ministrada pelas formadoras Rafaella Zuliani Lopes Soares e Cristina de Souza Correa.
A atividade faz parte do Projeto Tecnokits, o qual foi desenvolvido por uma empresa de Sorocaba e está sendo implantado nas escolas municipais.
O principal objetivo desse projeto, que possui indicação do Ministério da Educação (MEC), é transmitir às professoras de diversas disciplinas, e elas aos seus alunos, teorias aliadas a práticas que ensinem e, ao mesmo tempo, colaborem com a preservação do meio ambiente, sensibilizando para o hábito de atitudes responsáveis.
Durante a oficina, as formadoras apresentaram e utilizaram um kit tecnológico de reciclagem de papel, capaz de reduzir significativamente o desperdício, como o de água, por exemplo.
Por sua vez, as professoras produziram papéis recicláveis, além de presentes, aproveitando a proximidade da data com a comemoração do Dia das Mães.
“Nosso objetivo é fazer com que os estudantes, do Infantil ao Ensino Médio, sejam críticos, de forma consciente, apontando os problemas relacionados ao meio ambiente, que encontram na escola, no bairro e em outros locais, e demonstrando possíveis soluções para os mesmos”, disse a formadora Rafaella.
Para a arquiteta e professora Célia Spinardi Milioni, uma das participantes, o projeto será muito importante na escola onde trabalha, que já desenvolve ações nessa área. “O projeto de reciclagem já existe em nossa escola. Através dele as crianças trazem os materiais e nós os entregamos para uma cooperativa. Agora vamos trabalhar também com o papel reciclado e então, faremos com eles atividades como essa que fizemos hoje”.
A atividade faz parte do Projeto Tecnokits, o qual foi desenvolvido por uma empresa de Sorocaba e está sendo implantado nas escolas municipais.
O principal objetivo desse projeto, que possui indicação do Ministério da Educação (MEC), é transmitir às professoras de diversas disciplinas, e elas aos seus alunos, teorias aliadas a práticas que ensinem e, ao mesmo tempo, colaborem com a preservação do meio ambiente, sensibilizando para o hábito de atitudes responsáveis.
Durante a oficina, as formadoras apresentaram e utilizaram um kit tecnológico de reciclagem de papel, capaz de reduzir significativamente o desperdício, como o de água, por exemplo.
Por sua vez, as professoras produziram papéis recicláveis, além de presentes, aproveitando a proximidade da data com a comemoração do Dia das Mães.
“Nosso objetivo é fazer com que os estudantes, do Infantil ao Ensino Médio, sejam críticos, de forma consciente, apontando os problemas relacionados ao meio ambiente, que encontram na escola, no bairro e em outros locais, e demonstrando possíveis soluções para os mesmos”, disse a formadora Rafaella.
Para a arquiteta e professora Célia Spinardi Milioni, uma das participantes, o projeto será muito importante na escola onde trabalha, que já desenvolve ações nessa área. “O projeto de reciclagem já existe em nossa escola. Através dele as crianças trazem os materiais e nós os entregamos para uma cooperativa. Agora vamos trabalhar também com o papel reciclado e então, faremos com eles atividades como essa que fizemos hoje”.
sexta-feira, 13 de maio de 2011
Código Florestal deve ir à votação no fim de maio, diz líder
A votação do novo Código Florestal Brasileiro só deverá ocorrer na última semana de maio. Essa é a previsão do líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP). Segundo ele, na próxima semana o governo vai se dedicar a medidas provisórias que estão trancando a pauta da Casa.
De acordo com Vaccarezza, o adiamento da votação para o final de maio se justifica para permitir maior amadurecimento do texto do relator, deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), e possibilitar mais diálogo sobre a proposta.
Ele também disse que a ausência do presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), na semana que vem, que estará em viagem oficial ao exterior, contribuiu para a transferência da votação. "Não é adequado fazermos uma votação cercada de tanta paixão como parece essa na ausência do presidente da Câmara. Essa é uma votação muito nervosa".
O líder governista elogiou o relatório do deputado Aldo Rebelo, fruto do acordo feito com o governo, ao dizer que ele é "equilibrado" ao "garantir a defesa do ambiente e as necessidades da produção".
Segundo ele, o texto apresentado por Rebelo no plenário da Câmara na noite de quinta-feira foi o texto do acordo, sem qualquer modificação. "O texto definitivo estava na liderança do governo à disposição de todos os líderes."
O adiamento da votação do Código Florestal foi justificado pelo líder governista para evitar que o texto fosse desfigurado com uma emenda que estava sendo articulada pelos partidos de oposição. "Ela começou a ganhar adeptos da oposição e também da base do governo. Então achamos melhor adiar a votação."
De acordo com Vaccarezza, o adiamento da votação para o final de maio se justifica para permitir maior amadurecimento do texto do relator, deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), e possibilitar mais diálogo sobre a proposta.
Ele também disse que a ausência do presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), na semana que vem, que estará em viagem oficial ao exterior, contribuiu para a transferência da votação. "Não é adequado fazermos uma votação cercada de tanta paixão como parece essa na ausência do presidente da Câmara. Essa é uma votação muito nervosa".
O líder governista elogiou o relatório do deputado Aldo Rebelo, fruto do acordo feito com o governo, ao dizer que ele é "equilibrado" ao "garantir a defesa do ambiente e as necessidades da produção".
Segundo ele, o texto apresentado por Rebelo no plenário da Câmara na noite de quinta-feira foi o texto do acordo, sem qualquer modificação. "O texto definitivo estava na liderança do governo à disposição de todos os líderes."
O adiamento da votação do Código Florestal foi justificado pelo líder governista para evitar que o texto fosse desfigurado com uma emenda que estava sendo articulada pelos partidos de oposição. "Ela começou a ganhar adeptos da oposição e também da base do governo. Então achamos melhor adiar a votação."
Cinco Municípios da Grande São Paulo não terão onde pôr o lixo
Cinco cidades da região metropolitana de São Paulo correm o risco de ficar sem ter onde depositar o seu lixo a partir de junho. A informação é da reportagem de Eduardo Geraque e Raphael Marchiori publicada nesta sexta-feira na Folha.
As cidades afetadas serão Biritiba Mirim, Itaquaquecetuba, Poá, Salesópolis e Suzano, que tiveram que usar provisoriamente aterro Anaconda após a explosão do aterro Pajoan, em Itaquaquecetuba. A licença da Cetesb, entretanto, termina no fim deste mês.
As cidades afetadas serão Biritiba Mirim, Itaquaquecetuba, Poá, Salesópolis e Suzano, que tiveram que usar provisoriamente aterro Anaconda após a explosão do aterro Pajoan, em Itaquaquecetuba. A licença da Cetesb, entretanto, termina no fim deste mês.
Juca Varella/Folhapress | ||
Movimentação no aterro Anaconda, que está recebendo lixo de oito cidades da Grande SP depois que o aterro Pajoan explodiu |
Resíduos Orgânicos – Uma solução sustentável!
A partir de 2012 entra em vigor a lei número 12.305/10 que trata sobre a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Esta lei exige que os governos municipais e estaduais tracem planos para que seja atendido o conteúdo mínimo da referida lei. Além disso, esta lei aborda a responsabilidade compartilhada sobre os resíduos sólidos. Isto inclui também nós, consumidores, que passamos a ser responsáveis por acondicionar adequadamente e de forma diferenciada os resíduos sólidos gerados e a disponibilizar adequadamente os resíduos sólidos reutilizáveis e recicláveis para coleta ou devolução.
Segundo a Secretaria Estadual do Meio Ambiente do Paraná, 52,5% dos resíduos domiciliares no Brasil são orgânicos. Nós sabemos que praticamente a totalidade destes resíduos é descartada em aterros sanitários, quando estes existem. O que nem todos sabem é que cerca de 60% dos municípios brasileiros não tem aterros sanitários e descartam esses resíduos nos famosos “lixões”. As quantias gastas pelos municípios para transportar e dar o devido fim a todo este resíduo orgânico são milionárias.
Pensando nesta grande quantidade de resíduos orgânicos gerados, nos custos milionários que nós, contribuintes, pagamos para o descarte e em todos os impactos ambientais que este descarte pode causar, a JORABrasil buscou uma solução em um dos países mais desenvolvidos nesta área. Na Suécia a compostagem local é uma das soluções mais interessantes para este problema. Aliando o processo natural de decomposição dos resíduos orgânicos e tecnologia para acelerá-lo e facilitar sua utilização, a compostagem local pode ser realizada facilmente no local onde os resíduos orgânicos são gerados.
Com a compostagem os resíduos orgânicos transformam-se em um adubo, rico em nutrientes para as plantas e podem retornar a natureza de uma forma sustentável, evitando a contaminação do solo e das águas. Além disso, os custos de transporte e descarte de resíduos orgânicos em aterros podem ser eliminados. A quantidade de caminhões de coleta nas ruas pode ser reduzida, com isso tem-se uma menor queima de combustíveis, os aterros passam a ter uma maior vida útil e, com os resíduos orgânicos separados dos demais, fica muito mais fácil a reciclagem dos outros materiais.
A partir de 2012 temos a responsabilidade perante a lei sobre os resíduos sólidos, mas podemos, desde já, tratarmos nossos resíduos orgânicos de forma sustentável. Você está fazendo a sua parte?
Eduardo C. Schreiber é Engenheiro Mecânico, com MBA em gestão comercial. É diretor comercial da JORABrasil, que oferece soluções para os resíduos orgânicos por meio da compostagem local. Website: www.jorabrasil.com.br. E-mail: vendas@jorabrasil.com.br
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