terça-feira, 31 de julho de 2012

Cientista cético admite que homem causou mudanças climáticas

Um conhecido cético sobre as causas humanas das mudanças climáticas, o cientista norte-americano Richard Muller mudou de postura e afirmou ontem (30) que agora acredita que os gases causadores de efeito estufa são responsáveis pelo aquecimento global.
“Não esperava isto, mas como cientista, acho que é meu dever permitir que a evidência mude minha opinião”, declarou Muller, professor de física na Universidade da Califórnia, em Berkeley, nos EUA, em um comunicado.
Muller integra uma equipe de cientistas em Berkeley que estuda como as mudanças de temperatura podem estar ligadas com a atividade humana ou com fenômenos naturais, como a atividade solar e vulcânica.
A temperatura média da superfície terrestre aumentou 1,5 ºC nos últimos 250 anos, e “a explicação mais simples deste aquecimento são as emissões humanas de gases de efeito estufa”, disse a equipe em um relatório publicado na internet nesta segunda.
O estudo vai um século antes do que uma pesquisa previamente realizada e assume uma postura ainda mais forte do que o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas da ONU (IPCC), que em 2007 informou que “a maior parte” do aquecimento dos últimos 50 anos pode ser atribuído à atividade humana. Uma maior atividade solar antes de 1956 poderia ter contribuído em parte para o aquecimento da Terra, afirma também o IPCC.
A análise da equipe da Universidade da Califórnia afirma que “a contribuição da atividade solar ao aquecimento global é insignificante”. Sua conclusão não se baseia em modelos climáticos, que segundo os cientistas podem conter erros. A pesquisa se baseia “simplesmente na concordância entre a forma observada em que subiu a temperatura e o aumento de gases de efeito estufa conhecidos”.
A pesquisa vai levar em conta a temperatura dos oceanos, não incluída no informe recente, destacou o grupo de especialistas.
Em um artigo no jornal New York Times, Muller se definiu como “um cético convertido” e explicou como passou de um cientista que questionava a “própria existência do aquecimento global” a um que apóia a maioria da comunidade científica e acredita que o aquecimento atmosférico é “real”.
“Agora vou um passo além: os seres humanos são quase totalmente a causa”, acrescentou. A equipe da Universidade da Califórnia inclui o prêmio Nobel Saul Perlmutter e a climatologista Judith Curry, do Instituto de Tecnologia da Geórgia, também nos EUA. (Fonte: Globo Natureza)

Cientista cético admite que homem causou mudanças climáticas

Um conhecido cético sobre as causas humanas das mudanças climáticas, o cientista norte-americano Richard Muller mudou de postura e afirmou ontem,  (30) que agora acredita que os gases causadores de efeito estufa são responsáveis pelo aquecimento global.
“Não esperava isto, mas como cientista, acho que é meu dever permitir que a evidência mude minha opinião”, declarou Muller, professor de física na Universidade da Califórnia, em Berkeley, nos EUA, em um comunicado.
Muller integra uma equipe de cientistas em Berkeley que estuda como as mudanças de temperatura podem estar ligadas com a atividade humana ou com fenômenos naturais, como a atividade solar e vulcânica.
A temperatura média da superfície terrestre aumentou 1,5 ºC nos últimos 250 anos, e “a explicação mais simples deste aquecimento são as emissões humanas de gases de efeito estufa”, disse a equipe em um relatório publicado na internet nesta segunda.
O estudo vai um século antes do que uma pesquisa previamente realizada e assume uma postura ainda mais forte do que o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas da ONU (IPCC), que em 2007 informou que “a maior parte” do aquecimento dos últimos 50 anos pode ser atribuído à atividade humana. Uma maior atividade solar antes de 1956 poderia ter contribuído em parte para o aquecimento da Terra, afirma também o IPCC.
A análise da equipe da Universidade da Califórnia afirma que “a contribuição da atividade solar ao aquecimento global é insignificante”. Sua conclusão não se baseia em modelos climáticos, que segundo os cientistas podem conter erros. A pesquisa se baseia “simplesmente na concordância entre a forma observada em que subiu a temperatura e o aumento de gases de efeito estufa conhecidos”.
A pesquisa vai levar em conta a temperatura dos oceanos, não incluída no informe recente, destacou o grupo de especialistas.
Em um artigo no jornal New York Times, Muller se definiu como “um cético convertido” e explicou como passou de um cientista que questionava a “própria existência do aquecimento global” a um que apóia a maioria da comunidade científica e acredita que o aquecimento atmosférico é “real”.
“Agora vou um passo além: os seres humanos são quase totalmente a causa”, acrescentou. A equipe da Universidade da Califórnia inclui o prêmio Nobel Saul Perlmutter e a climatologista Judith Curry, do Instituto de Tecnologia da Geórgia, também nos EUA. (Fonte: Globo Natureza)

Mercados são obrigados a fornecer sacola biodegradável


JMA | Exame
Sacolas Plásticas

 São Paulo - Os principais supermercados de São Paulo prometem oferecer gratuitamentesacolas de plástico biodegradável ou de papel para os consumidores a partir de hoje, em cumprimento a uma ordem judicial. Até ontem, quando a oferta ainda era facultativa, grandes redes como Sondas, Carrefour, Walmart e Grupo Pão de Açúcar ignoravam a recomendação, fornecendo apenas as sacolinhas tradicionais.
No fim de junho, o parecer da juíza Cynthia Torres Cristófaro, da 1º Vara Central, deu prazo de 30 dias para que os supermercados iniciassem "gratuitamente e em quantidade suficiente" o fornecimento de sacolas biodegradáveis e de papel.
Mesmo contrárias à decisão, as empresas dizem que vão cumprir as determinações da Justiça. Mas afirmam, por meio da Associação Paulista de Supermercados (Apas), que vão recorrer.
"Não há um posicionamento final sobre o assunto, pois a questão da distribuição das sacolas está sendo tratada pelo departamento jurídico", afirmou o Grupo Sondas, por meio de nota.
Para o consumidor, é praticamente impossível identificar a diferença entre a sacola biodegradável e a comum, feita de polietileno - derivado do petróleo. Para piorar, especialistas alertam que a falta no País de um certificado que garanta que o material é de fato biodegradável traz incertezas sobre a qualidade dos produtos oferecidos como tal e dificulta a fiscalização.
Além disso, o parecer da Justiça não especifica punições para quem descumprir a determinação nem como deve ser essa sacola biodegradável. "Algumas empresas produtoras de sacolas colocam de forma irresponsável a marca de compostável", diz João Carlos de Godoy Moreira, diretor técnico da Associação Brasileira de Polímeros Biodegradáveis e Compostáveis (Abicom).
A embalagem compostável, que pode ser feita com amido de milho, batata, mandioca e outros orgânicos, se decompõe em até 180 dias nas usinas adequadas (que, ao menos na capital, não existem).
Já o plástico oxibiodegradável tem a característica de se fragmentar mais rapidamente, mas sem perder seus resíduos tóxicos. "Este tipo de decomposição diminuiu apenas o impacto visual, mas não resolve o problema", afirma Moreira.
Faltam também testes em situações de longo tempo de exposição em lixões ou aterros. "Nada pode dizer que é biodegradável se ainda não se provou que é biodegradável", diz Maria Filomena Rodrigues, do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT).

Ela explica que a variedade da espessura e das substâncias que compõem o plástico faz toda a diferença. "Açúcar é biodegradável, mas se está com algo que iniba a ação de bactérias não vai degradar do mesmo jeito. No laboratório ele pode degradar, mas no lixão não sabemos como vai agir."
Hoje, a norma do Ibama, única do tipo no País, determina que algo é facilmente degradável ou não se houver 70% de decomposição ao longo de 28 dias em condições de laboratório. "Mas se não der isso, não quer dizer que o material não degrada. Apenas que é um pouco mais difícil", explica a especialista do IPT.
O instituto elabora uma nova metodologia, com base em normas europeias. No caso dos compostáveis, é preciso checar se o material não será tóxico para plantas. "Antes de obrigar a ter sacolas biodegradáveis, talvez fosse mais fácil conscientizar a população da importância de usar menos plástico e mudar a coleta de lixo para ter mais reciclagem e compostagem", opina. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Rio pode aprender com as Olimpíadas de Londres em legado e sustentabilidade

O presidente do COI, Jacques Rogge


Londres - O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Jacques Rogge, afirmou  que os organizadores dos Jogos do Rio de Janeiro-2016 podem aprender "muitas coisas" com Londres-2012, especialmente em termos de legado e de sustentabilidade.
"O mais importante, acredito, é o fato de que o legado e a sustentabilidade foram organizados desde a criação do comitê organizador", declarou Rogge ao ser questionado sobre as lições que a próxima sede olímpica pode receber do evento que começa nesta sexta-feira.
"Às vezes, no passado uma cidade se preocupava com o legado e a sustentabilidade durante a preparação dos Jogos ou ao final", completou, antes de destacar que no caso de Londres as duas questões foram "muito importantes" desde o princípio.
Os Jogos Olímpicos e os 9,3 bilhões de libras (14,6 bilhões de dólares) investidos recuperaram uma grande área poluída do leste de Londres, que foi transformada no Parque Olímpico, com a ambição de, no futuro, ser transformada em um novo bairro.
Londres-2102 também deveria ser o evento olímpico mais "verde" da história, mas os organizadores tiveram que fazer algumas concessões desde as ambiciosas promessas com as quais a cidade foi eleita, em 2005.
Rogge acompanhou na noite de quinta-feira, ao lado da presidente Dilma Rousseff, a inauguração oficial da Casa Brasil, montada pelo comitê organizador Rio-2016 para promover a próxima Olimpíada.
Fonte: Exame

Guia do consumo consciente para evitar desperdícios de alimentos

Dados da pesquisa realizada em parceria pela UN Food and Agriculture Organization (FAO), Stockholm International Water Institute e a International Water Management Institute (IWMI) revelaram que quase metade de todo o cultivo mundial de alimentos é desperdiçado após a sua produção.
Seja durante a produção, o transporte ou o consumo, muito alimento que poderia ser utilizado acaba no lixo. E o que não falta no mundo é gente precisando deles. Portanto faça a sua parte e não jogue fora o que ainda pode ser aproveitado. Por meio de mudanças simples de hábito é possível desperdiçar menos. Conheça dez dicas listadas pelo EcoD.
Faça uma lista de compras antes de fazer suas compras no supermercado
Nos dias de hoje, somos incentivados a consumir o tempo todo. Por isso, muitas vezes compramos mais do que realmente precisamos. Para evitar esse consumo abusivo, uma boa dica é fazer uma lista de compras antes de ir ao supermercado. Isso evita aqueles impulsos de levar coisas desnecessárias, que vão acabar passando da validade e indo parar no lixo.
Reaproveite as sobras do almoço
Sobrou comida do almoço? Então nada de jogar fora. Aproveite o que restou na janta e evite o desperdício. Sobras do frango podem virar uma canja, o feijão pode se transformar em uma sopa, os legumes podem servir para o recheio de panquecas e o arroz pode acabar como o risoto. Vale a criatividade e o talento na cozinha.
Compre a granel

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Em vez de comprar alimentos em embalagens padronizadas, experimente comprar somente a quantidade que você precisa. Além de evitar as embalagens descartáveis, você reduz o desperdício ao levar para casa apenas o que precisa. Diversas feiras e supermercado dão a opção de compra a granel, alguns são até mais baratos que os tradicionais. É possível inclusive encontrar alimentos orgânicos vendidos em quantidade individual e com preços bem acessíveis. Outra dica é utilizar embalagens retornáveis (como aqueles sacos plásticos vedáveis) e utilizá-los sempre que for comprar determinado produto.
Compre alimentos perecíveis aos poucos
Alimentos que passam da validade em poucos dias, como frutas, laticínios e condimentos, devem ser comprados aos poucos – à medida que forem necessários. Assim você poupa que eles estraguem, evitando o desperdício de alimento e de dinheiro.
Compras de semana são ideais para esse tipo de situação. Feiras de ruas e pequenos mercadinhos podem fornecer esses alimentos de consumo rápido sem que você precise enfrentar longas filas de supermercado.
Cozinhe em quantidade e congele
Separe um dia para preparar várias refeições para todo o mês ou a semana. Depois basta guardar no freezer e reaquecer no dia de consumi-la. Essa prática ajuda a economizar ingredientes e energia.
Os processos de descongelar e esquentar são mais econômicos do que se você fosse preparar todo o alimento de novo. Cada vez que você vai para a cozinha preparar uma refeição você consome uma enorme quantidade de água, eletricidade (geladeira, microondas, liquidificadores, etc), gás e também de alimentos, já que sempre sobra um pedaço de legume ou um punhado de tempero que termina no lixo.
Fazer tudo de uma vez evita esse tipo de desperdício e ainda poupa tempo para os próximos dias.
Use a data de validade como critério
Escolher os itens em um supermercado pode ser uma aventura, e como em todas as atividades que apresentam um pouco de risco, as compras também exigem atenção redobrada. É preciso sempre estar atento aos rótulos, para saber a procedência, composição e mais importante, a data de validade. Assim é possível evitar a compra de produtos que certamente não serão consumidos antes do vencimento e terão como destino o lixo.
Cuidado com a mania dos olhos maiores que o estômago
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foto: Mpellegr












Reaproveite o pão dormido
O que você faz com o pão do dia anterior? Se a sua resposta é “jogo fora”, saiba que existem diversas formas de aproveitar o alimento e evitar o desperdício. O pão dormido pode ser o ingrediente principal de receitas como pudim, rabanada, lasanha, torradas, entre outras. Ele ainda pode ser fatiado ou triturado e guardado no congelador, onde ficará conservado por muito tempo. Depois é só descongelar e utilizá-lo normalmente.
Aproveite todas as partes dos alimentos

Na hora de preparar as refeições, nada de jogar cascas, sementes e bagaços fora. Todas as partes de frutas, verduras e legumes podem ser aproveitadas e são fontes de vitaminas, minerais e outros nutrientes fundamentais para nossa saúde. É fácil encontrar receitas envolvendo essas partes dos alimentos que melhoram nossa alimentação e ainda evitam o desperdício.
Só não deixe de lavar bem os alimentos, especialmente se for usar as cascas – já que essas partes geralmente concentram a maior quantidade de pesticidas. Uma solução é usar alimentos orgânicos que são plantados de forma natural, ou seja, não recebem produtos químicos durante o cultivo.
Não prepare mais comida do que o necessário
Esse mesmo cuidado tido na hora de montar o prato deve ser considerado no momento de preparar a comida. O indicado é preparar alimentar sob medida. As famílias pequenas ou pessoas que moram sozinhas devem levar esse requisito a sério na hora de entrar na cozinha.

sábado, 28 de julho de 2012

Número recorde de baleias-francas é visto no litoral de Santa Catarina

Um número recorde de baleias-francas foi visto nesta quinta (26) e sexta-feira (27) no litoral catarinense. Foram 103, de acordo com os monitoramentos feitos pelo Projeto Baleia Franca divulgados na tarde desta sexta (27).
Na primeira parte do sobrevoo, feito na quinta (26) foram vistos 62 animais entre Imbituba, no sul catarinense, e Torres, no Rio Grande do Sul. Na segunda parte, realizada na sexta (27), entre Imbituba e Lagoinha do Leste, em Florianópolis, foram observadas mais 41 baleias. Do total dos dois dias, 32 eram filhotes, muito deles bem pequenos, podendo ter nascido há poucos dias.
Desde julho de 2002, quando o primeiro monitoramento por voo foi realizado, este é o ano em que mais baleias foram avistadas. O recorde anterior pertecia a 2009, quando foram vistos 61 animais. Alguns desses mamíferos, que estiveram no litoral catarinense há três anos, retornaram para procriar, já que o ciclo reprodutivo da espécie é trianual, segundo o Projeto Baleia Franca.
Também foi localizado um filhote albino, ocorrência rara na espécie devido à baixa probabilidade de combinação genética necessária para essa característica. “O resultado deste sobrevoo pode ser um reflexo do crescimento populacional da espécie e é uma recompensa por nossos esforços de conservação e pesquisa do Projeto Baleia Franca”, comemora Karina Groch, diretora de pesquisa da entidade. (Fonte: G1)

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Polêmica da sacolinha plástica vai parar nas Olimpíadas

Apoiada por personalidades como o magnata Richard Branson, o ator Jeff Bridges e a estilista Vivienne Westwood, campanha pede para a visitantes de Londres rejeitarem embalagens plásticas.

A polêmica das sacolinhas plásticas pegou carona nas Olimpíadas e está dando o que falar em Londres. Depois de não conseguir convencer os organizadores do evento a impôr uma proibição total às embalagens durante os Jogos, ativistas do meio ambiente pediram para que os visitantes recusem as sacolinhas plásticas fornecidas pelo comércio local.
A campanha é liderada pelo grupo Greener Upon Thames e ganhou o apoio de personalidades como o magnata Richard Branson, fundador do Virgin Group, o ator Jeff Bridge, a estilista Vivienne Westwood, além do famoso naturalista e documentarista britânico David Attenborough.
Em uma carta assinada e publicada no The Telegraph, líderes da campanha lembram que as embalagens plásticas têm atraido atenção de autoridades em todo o mundo e destacam que Itália, Irlanda e País de Gales são algumas dos países europeus que já adotaram legislação nessa área.
“Uma única sacola por indivíduo pode parecer irrelevante, mas a Grã Bretanha sozinha usa mais de oito bilhões de sacolas a cada ano e este número está aumentando”, diz um trecho. Para os defensores da causa, “Londres 2012 fornece uma perfeita oportunidade para sensibilizar e deixar um legado duradouro".
“Uma única sacola por indivíduo pode parecer irrelevante, mas a Grã Bretanha sozinha usa mais de oito bilhões de sacolas a cada ano e este número está aumentando”, diz um trecho. Para os defensores da causa, “Londres 2012 fornece uma perfeita oportunidade para sensibilizar e deixar um legado duradouro".

Especialistas alertam para ameaças de mudanças climáticas extremas

De autoestradas no Texas a centrais nucleares em Illinois, o concreto, o aço e a engenharia sofisticada que sustentam a infraestrutura dos Estados Unidos estão em risco por causa da seca, do calor e das tempestades que atingem o País. Em um único dia de julho, um avião da US Airways ficou preso no asfalto – que amoleceu com as temperaturas próximas a 40ºC – e um trem do metrô descarrilou, após os trilhos terem se dobrado com o calor, criando um ângulo agudo em um trecho que deveria ser reto. As informações são do site do jornal New York Times.
No leste do Texas, o calor e a seca tiveram um efeito surpreendente nos solos das rodovias. Segundo o engenheiro Tom Scullion, da Texas A&M University, nos Estados do nordeste e do centro-oeste o calor anormal está fazendo com que grandes trechos rodoviários se expandam além do previsto em seus projetos. “Com as mudanças nos padrões climáticos, nós podemos ter falhas dramáticas nos sistemas de estradas”, afirmou.
Em Chicago, Illinois, uma usina nuclear precisou de permissão especial para continuar operando em julho, pois o lago de onde sai a água utilizada para refrigeração chegou a uma média de 38,8ºC, e a licença para operar permite que se chegue a aproximadamente 37ºC. Segundo o Sistema Operador Independente do Centro-Oeste, outra usina teve que fechar porque o local de onde extraía a água de resfriamento secou.
O clima extremo tem sido uma ameaça frequente nos últimos anos, e as pessoas que lidam com infraestrutura acreditam que isso vai continuar. Modelos climáticos sugerem que as partes das estruturas suscetíveis ao clima vão enfrentar situações semelhantes às citadas anteriormente, causadas pelas mudanças nos padrões climáticos, com temperaturas extremamente elevadas – e mínimas também.
“Nós temos a ‘tempestade do século’ todos os anos”, afirma Bill Gausman, vice-presidente sênior da Companhia de Energia Elétrica Potomac, que levou oito dias para se recuperar da tempestade de 29 de junho, que deixou sem energia 4,3 bilhões de pessoas em 10 Estados.
Afora as tempestades, as ondas de calor também estão mudando o padrão de uso da eletricidade, aumentando o horário de pico da demanda. Isso implica em investimento em usinas geradoras, linhas de transmissão de distribuição que serão usadas na capacidade máxima por apenas algumas centenas de horas por ano.
Diretor do programa climático da Comissão de Serviços Públicos de São Francisco, David Behar afirma que tempestades violentas e incêndios florestais também podem afetar a qualidade e o uso da água. O escoamento de grandes chuvas e de cinzas, por exemplo, podem fechar reservatórios.
Esforços para se adaptar têm sido feitos em todo o País. Alguns chegam a ser multibilionários, como o que busca aumentar a altura dos diques em Nova Orleans, em razão das projeções de aumento do nível do mar e da previsão de fortes tempestades. (Fonte: Portal Terra)

EUA registram os 12 meses mais quentes de sua história

Pela primeira vez, entre julho de 2011 e junho de 2012, os Estados Unidos tiveram os meses mais quentes de sua história, desde que a medição oficial de temperaturas começou, em 1895.
A informação consta num relatório do Centro Nacional de Dados Climáticos, da Administração Nacional para os Oceanos e Atmosfera (NOAA, sigla em inglês). Há ainda um dado mais perturbador: a probabilidade do país viver uma sequência ininterrupta de calor como a verificada nos últimos 12 meses é de apenas uma em 1,69 milhões.
Motivos não faltam para se preocupar. Em 2011, os EUA enfrentaram fortes chuvas, nevascas, enchentes e secas monstruosas, sinais do que os cientistas chamaram de uma “nova normalidade” de eventos naturais extremos causados pelas mudanças climáticas.
Ao que tudo indica, 2012 promete ser pior. Só no mês de junho, considerado o mais quente do período, pelo menos 170 recordes de temperaturas máximas foram igualados ou mesmo ultrapassados. Para se ter uma ideia, os termômetros nos estados da Carolina do Sul e da Georgia chegaram aos 45º C e 44ºC, respectivamente.
A onda de calor matou pelo menos 46 pessoas em todo o país, a maioria idosos, com problemas de saúde. Secas extremas causaram incêndios em alguns condados e cidades do centro-oeste (Arizona, Novo México, Utah, Wyoming, Montana e Colorado.
Diante da situação crítica, o governo americano proibiu o uso de fogos nessas regiões por ocasião da comemoração do feriado de 4 de julho, o Dia da Independência dos Estados Unidos. Uma série de violentas tempestades também castigou alguns estados do leste do país, deixando mais de 2 milhões de usuários sem eletricidade. (Fonte: Exame.com)

Nasa revela descongelamento 'repentino' de vasta área na Groenlândia

A enorme superfície de gelo da Groenlândia, na costa nordeste da América do Norte, sofreu um descongelamento ''sem precedentes'' no mês de julho, segundo a Nasa, a agência espacial americana.
De acordo com os cientistas da Nasa, em apenas quatro dias, medidos a partir do dia 8 de julho, a área da camada de gelo descongelada que era de 40% passou para 97%.
Apesar de cerca de metade da camada de gelo da Groenlândia normalmente derreter nos meses de verão, a velocidade e proporção do derretimento registradas neste mês surpreendeu os cientistas e por ser das mais elevadas desde que o monitoramento satelital da região teve início, há três décadas.
Entre as áreas em que se detectou derretimento estava até o local mais frio e mais alto, a estação Summit.

Nasa
Descongelamento foi classificado por cientistas como 'sem precedentes'
Descongelamento foi classificado por cientistas como 'sem precedentes'

De acordo com os especialistas da Nasa, quase toda a camada de gelo da Groenlândia, desde suas finas extremidades na costa, até o seu centro, que tem três quilômetros de espessura, enfrentaram algum grau de derretimento em sua superfície.
INDAGAÇÕES
''Quando nós vemos derretimento em locais que não havíamos visto antes, ao menos em muito tempo, isso nos leva a perguntar o que está acontecendo'', afirmou o cientista-sênior da Nasa, Waleed Abdalati.
''É um forte sinal, cujo significado nós iremos desvendar dentro de muitos anos."
O cientista afirmou ainda que como um forte derretimento similar já foi registrado na Groenlândia, a Nasa ainda não foi capaz de determinar se esse foi um evento natural ou um fenômeno raro. Também não se pode afirmar ainda se ele foi provocado por mudanças climáticas acarretadas pelo homem.
Segundo registros da camada de gelo da Groenlândia, o trecho da estação Summit já havia derretido em 1989.
 Fonte: BBC Folha.com

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Primeira vacina contra a dengue combate três tipos virais da doença

A primeira vacina do mundo contra a dengue, desenvolvida pelo laboratório francês Sanofi SA, demonstrou a capacidade de proteger contra três das quatro cepas virais causadoras da doença, de acordo com resultados de um aguardado teste clínico na Tailândia.
A Sanofi disse nesta quarta-feira (25) que a prova de eficiência é um marco importante nestas sete décadas de luta para desenvolver uma vacina viável contra a dengue, e que os resultados também confirmam que a fórmula é segura.
Outros laboratórios estão trabalhando em vacinas contra a doença, mas o produto da Sanofi está anos à frente. A dengue, transmitida por mosquito, ameaça quase 3 bilhões de pessoas no mundo, sendo milhões delas no Brasil. A contaminação por uma cepa viral não garante imunidade contra as outras três.
A vacina da Sanofi gerou uma resposta imunológica às quatro cepas, mas só houve comprovação da sua eficácia contra três delas. A Sanofi disse estar realizando análises para entender a resistência do quarto tipo, e que a Fase 3 do teste clínico poderá indicar se isso tem relação com alguma situação específica da Tailândia.
O estudo da Fase 2B, envolvendo 4.002 crianças tailandesas de 4 a 11 anos, foi realizado durante um surto de dengue, o que pode explicar o resultado inesperado.
O analista Mark Clark, do Deutsche Bank, disse que a falta de proteção contra o quarto tipo do vírus significa que o lançamento comercial da vacina é mais provável em 2015 do que em 2014, pois a Sanofi aguardará a Fase 3 antes de protocolar o pedido de registro em alguns países.
“Mais positivamente, como a proteção contra pelo menos três dos quatro tipos virais foi demonstrada, os dados amparam a possibilidade de lançamento dessa enorme necessidade clínica não-atendida”, disse Clark em nota de pesquisa.
A Sanofi Pasteur, unidade de vacinas do laboratório, já investiu 350 milhões de euros (US$ 423 milhões) em uma nova fábrica na França para produzir a vacina, que é administrada em três doses. A empresa prevê um faturamento anual de 1 bilhão de euros com o produto.
Os dados completos do estudo ainda estão sendo revistos por especialistas e autoridades de saúde, e devem ser divulgados ainda neste ano. A Fase 3 do estudo, com 31 mil participantes, está sendo realizada em dez países da Ásia e América Latina.
Nos últimos 50 anos, o número de casos da dengue no mundo se multiplicou por 30. A Organização Mundial da Saúde estima que haja 50 a 100 milhões de novos casos por ano, mas muitos especialistas avaliam que essa cifra, da década de 1990, está subestimada.
A doença mata cerca de 20 mil pessoas por ano, especialmente crianças. (Fonte: G1)

Ibama reavalia uso de quatro tipos de agrotóxico e sua relação com o desaparecimento de abelhas no país

Mesmo na ausência de levantamentos oficiais, alguns registros sobre a redução do número de abelhas em várias partes do país, em decorrência de quatro tipos de agrotóxico, levaram o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) a restringir o uso de importantes inseticidas na agropecuária brasileira, principalmente para as culturas de algodão, soja e trigo.
Além de reduzir as formas de aplicação desses produtos, que não podem ser mais disseminados via aérea, o órgão ambiental iniciou o processo de reavaliação das substâncias imidacloprido, tiametoxam, clotianidina e fipronil. Esses ingredientes ativos foram apontados em estudos e pesquisas realizadas nos últimos dois anos pelo Ibama como nocivos às abelhas.
Segundo o engenheiro Márcio Rodrigues de Freitas, coordenador-geral de Avaliação e Controle de Substâncias Químicas do Ibama, a decisão não foi baseada apenas na preocupação com a prática apícola, mas, principalmente, com os impactos sobre a produção agrícola e o meio ambiente.
Estudo da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), publicado em 2004, mostrou que as abelhas são responsáveis por pelo menos 73% da polinização das culturas e plantas. “Algumas culturas, como a do café, poderiam ter perdas de até 60% na ausência de agentes polinizadores”, explicou o engenheiro.
A primeira substância a passar pelo processo de reavaliação será o imidacloprido, que responde por cerca de 60% do total comercializado dos quatro ingredientes sob monitoramento. A medida afeta, neste primeiro momento, quase 60 empresas que usam a substância em suas fórmulas. Dados divulgados pelo Ibama revelam que, em 2010, praticamente 2 mil toneladas do ingrediente foram comercializadas no país.
A reavaliação é consequência das pesquisas que mostraram a relação entre o uso desses agrotóxicos e a mortandade das abelhas. De acordo com Freitas, nos casos de mortandade identificados, o agente causal era uma das substâncias que estão sendo reavaliadas. Além disso, em 80% das ocorrências, havia sido feita a aplicação aérea.
O engenheiro explicou que a reavaliação deve durar, pelo menos, 120 dias, e vai apontar o nível de nocividade e onde está o problema. “É o processo de reavaliação que vai dizer quais medidas precisaremos adotar para reduzir riscos. Podemos chegar à conclusão de que precisa banir o produto totalmente, para algumas culturas ou apenas as formas de aplicação ou a época em que é aplicado e até a dose usada”, acrescentou.
Mesmo com as restrições de uso, já em vigor, tais como a proibição da aplicação aérea e o uso das substâncias durante a florada, os produtos continuam no mercado. Juntos, os agrotóxicos sob a mira do Ibama respondem por cerca de 10% do mercado de inseticidas no país. Mas existem culturas e pragas que dependem exclusivamente dessas fórmulas, como o caso do trigo, que não tem substituto para a aplicação aérea.
Nesta quarta-feira (25), o órgão ambiental já sentiu as primeiras pressões por parte de fabricantes e produtores que alertaram os técnicos sobre os impactos econômicos que a medida pode causar, tanto do ponto de vista da produção quanto de contratos já firmados com empresas que fazem a aplicação aérea.
Freitas disse que as reações da indústria são naturais e, em tom tranquilizador, explicou que o trabalho de reavaliação é feito em conjunto com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e com o Ministério da Agricultura – órgãos que também são responsáveis pela autorização e registro de agrotóxicos no país. “Por isso vamos levar em consideração todas as variáveis que dizem respeito à saúde pública e ao impacto econômico sobre o agronegócio, sobre substitutos e ver se há resistência de pragas a esses substitutos e seus custos”, explicou o engenheiro.
No Brasil, a relação entre o uso dessas substâncias nas lavouras e o desaparecimento de abelhas começou a ser identificada há pouco mais de quatro anos. O diagnóstico foi feito em outros continentes, mas, até hoje, nenhum país proibiu totalmente o uso dos produtos, mesmo com alguns mantendo restrições rígidas.
Na Europa, de forma geral, não é permitida a aplicação aérea desses produtos. Na Alemanha, esse tipo de aplicação só pode ser feito com autorização especial. Nos Estados Unidos a aplicação é permitida, mas com restrição na época de floração. Os norte-americanos também estão reavaliando os agrotóxicos compostos por uma das quatro substâncias. (Fonte: Carolina Gonçalves/ Agência Brasil)

terça-feira, 24 de julho de 2012

Trepadeiras nas fachadas podem diminuir poluição nas cidades em até 30%

O uso de plantas nas paredes externas de prédios em uma mesma rua, criando “corredores verdes”, poderia funcionar como um filtro para a poluição nas grandes cidades, diminuindo em até 30% a quantidade poluentes no ar de grandes metrópoles, segundo um estudo britânico.
Pesquisas anteriores já previam que o aumento de áreas verdes em cidades poderia reduzir em 5% a quantidade de poluentes, mas o novo estudo conduzido por cientistas das universidades de Birmingham e Lancaster mostra que os “corredores verdes” têm um potencial mais efetivo.
Publicados no periódico Tecnologia e Ciência do Ambiente, os resultados do trabalho mostram que tais medidas poderiam ser mais eficientes do que iniciativas tradicionais.
“Até agora todas as iniciativas para tentar reduzir a poluição têm sido feitas ‘de cima para baixo’, como livrar-se de carros velhos, acrescentar catalisadores e até introduzir taxas de congestionamento – e elas não têm mostrado o efeito desejado. O benefício dos ‘corredores verdes’ é que eles limpam o ar que entra e fica no espaço entre os prédios”, diz Rob MacKenzie, um dos autores da pesquisa.
Os ‘corredores’ nada mais são do que placas cobertas com plantas ‘trepadeiras’, que crescem acopladas a uma estrutura, colocadas sobre as paredes exteriores de construções nas cidades.
“Plantar mais (‘corredores verdes’) de uma forma estratégica poderia ser uma maneira relativamente fácil de controlar nossos problemas locais de poluição”, acrescenta o cientista.
Vantagens e desafios – Especialistas sugerem que a criação deste tipo de “corredor verde” também tem vantagens práticas, além do previsto benefício ambiental.
Similares como as chamadas “paredes verdes”, que funcionam como jardins verticais, geralmente compostas por diferentes tipos de plantas e muitas vezes criados por paisagistas, necessitam de sistemas de irrigação específicos, além de fertilizantes e cuidados mais intensos.
Já os “corredores” consistem em uma parede inteira coberta por um tipo único de planta trepadeira, mais resistente. Mesmo assim há desafios.
Tom Pugh, outro autor do estudo, lista algumas das dificuldades a serem enfrentadas. “Precisamos tomar cuidado quanto às plantas: como e onde plantaremos tais tipos de vegetação, (além de garantir que) não sejam afetadas por seca, não sejam atingidas por calor excessivo e que não sofram ações de vândalos”, diz.
Anne Jaluzot, de um grupo comunitário sobre plantio de árvores em áreas urbanas, diz que a estratégia tradicional, de plantar muitas árvores pequenas, não ajuda em nada para a biodiversidade, e o controle de enchentes e da poluição.
Ela diz que seria preferível se concentrar em regiões menores e nelas plantar árvores muito grandes, mesmo que em número menor. Ela também critica os “jardins verticais”, mais elaborados, como uma “perda de dinheiro”.
“Esses jardins verticais em geral são bonitos, mas são insustentáveis devido ao alto custo de manutenção e a necessidade de adubos. Simplesmente cobrir uma parede com plantas trepadeiras seria em geral uma solução muito melhor para prefeituras e organismos do setor”, avalia. (Fonte: Portal iG)

Reduzir o consumo de sal diminui risco de câncer de estômago, diz ONG

Diminuir o consumo de alimentos salgados como pão, presunto e outros embutidos pode reduzir os riscos de câncer de estômago. O alerta foi feito pela ONG britânica World Cancer Research Fund (Fundo Mundial de Pesquisas sobre o Câncer, WCRF).
A entidade, que oferece aconselhamento sobre a prevenção do câncer, quer que a população consuma menos sal e que a quantidade de sódio nos alimentos industrializados seja indicada mais claramente no rótulo.
Apenas na Grã-Bretanha, um em sete cânceres do estômago poderiam ser prevenidos se as pessoas seguissem as recomendações diárias de consumo de sal, diz a ONG. Sal demais pode provocar pressão alta, doenças cardíacas e acidentes vasculares (derrames), além de câncer.
O consumo diário recomendado pelas autoridades de saúde britânicas é 6 gramas. Mas, segundo o WCRF, os britânicos consomem, em média, 8,6 g por dia. No Brasil, um estudo encomendado pelo Ministério da Saúde ao IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), publicado em 2011, revelou que o brasileiro consome, em média, 8,2 g diárias de sal.
Inimigo oculto – “O câncer de estômago é difícil de ser tratado com sucesso porque a maioria dos casos não é detectada até que a doença já esteja bem estabelecida”, disse a diretora de informação do WCRF, Kate Mendoza. “Isso enfatiza a importância de escolhermos um estilo de vida que previna a ocorrência da doença – como cortar o consumo de sal e comer mais frutas e legumes”.
Comer muito sal, no entanto, não é uma questão de virar o saleiro sobre a batata frita. A maior parte do sal – cerca de 75% – que ingerimos já está no alimento. Por isso, o WCRF está pedindo que um sistema semelhante às luzes de um semáforo seja adotado nos rótulos de alimentos industrializados. Vermelho para índice alto, amarelo para médio e verde para baixo.
Resistência – A proposta da entidade, no entanto, desagrada fabricantes e supermercados, que preferem outras formas de rotular os alimentos. Lucy Boyd, da entidade beneficente Cancer Research Uk, disse que a campanha do WCRF corrobora um relatório recente da Cancer Research UK, vinculando o consumo excessivo de sal ao desenvolvimento de câncer.
Citando o caso específico da Grã-Bretanha, a representante diz que, de maneira geral, os britânicos comem sal demais. “E o consumo é maior entre os homens”, acrescenta.
Ela sugere que uma rotulação melhor, por exemplo, usando o sistema baseado nas cores do semáforo, seria útil para ajudar os consumidores a diminuir a ingestão. (Fonte: G1)

Quase metade dos brasileiros não controla uso de água, aponta pesquisa

Pesquisa encomendada ao Ibope pela organização não governamental WWF-Brasil revela que o brasileiro desperdiça água, mesmo sabendo como economizar o recurso natural.
Os dados divulgados nesta terça-feira (26) informam que 48% da população admite gastar água em suas casas com pouco controle, 30% demoram mais de dez minutos no banho e 29% dos domicílios no Nordeste sofrem com a constante falta do insumo.
Apesar de a indústria ser frequentemente apontada como a vilã do desperdício, a produção agrícola é listada como responsável por 70% do gasto de água no país e pelo maior desperdício desse recurso.
O levantamento faz parte do “Programa Água para a Vida”, parceria entre a WWF e o banco inglês HSBC, e mostra que houve melhora da consciência nacional em relação a importância dos recursos hídricos, em relação aos últimos cinco anos, quando foi feito o primeiro estudo.
Poluição dos rios – A pesquisa foi feita com 2.002 pessoas no fim de 2011 em 26 estados e apontou que, apesar de a indústria ser vista como a maior poluidora por 77% da população, a poluição das águas por uso doméstico muitas vezes supera a poluição industrial nas grandes cidades.
O consumo médio diário de água por habitante no Brasil é de 185 litros, considerado normal e muito próximo do índice da Comunidade Europeia, que consome cerca de 200 litros diários por pessoa.
O gasto médio, porém, passa longe do consumo diário registrado em regiões secas como o semiárido brasileiro – abaixo de 100 litros diários -, e de partes da África subsaariana, abaixo de 50 litros.
A pesquisa mostrou ainda que apenas 1% dos entrevistados reconhece que o desmatamento é uma das causas do agravamento do problema de água no Brasil.
“O tema água doce, seus problemas e oportunidades, ainda precisa ser melhor compreendido pelo cidadão brasileiro. A urbanização crescente do país nas últimas décadas levou mais de 80% da população a morar nos grandes centros. O descompasso entre o reconhecimento do problema e a tomada de atitudes precisa ser compreendido. A visão sobre a água é limitada, assim como a percepção dos seus problemas”, avalia Maria Cecília Wey de Brito, presidente do conselho diretor do WWF-Brasil, ao analisar a pesquisa.
A Agência Nacional de Águas (ANA) é desconhecida de 87% das pessoas ouvidas na pesquisa. (Fonte: G1)

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Las Vegas/EUA ganha o maior prédio feito de garrafas do mundo

 


Las Vegas inaugurou o maior prédio feito
de garrafas do mundo
A cidade de Las Vegas, nos Estados Unidos, acaba de ganhar o maior prédio feito de garrafas recicladas do mundo. Ele foi construído em uma área de 2500 metros quadrados.
Para a construção do Morrow Royal Pavilion foram coletadas e reaproveitadas mais de 500 mil garrafas de cerveja consumidas na região. Mesmo assim, ele não aparenta ter sido fabricado com garrafas em sua estrutura.
Isso acontece porque essas garrafas foram usadas como matéria-prima para a fabricação de um material chamado Greenstone. Ele é capaz de substituir o concreto.
Para isso, todo o vidro é triturado em grãos e misturado com cinzas provenientes das sobras de plantas movidas a carvão. Este pó é misturado com outros elementos. Então, a mistura vai para moldes. Quando eles secam, os blocos podem ser usados em toda a construção.
O resultado não transparece qual é o material usado em sua fabricação. O Greenstone deixa a construção com uma aparência antiga. No caso do Morrow Royal Pavilion, essa é uma ótima combinação. O projeto foi inspirado no Hall Swarkestone Pavilion, na Inglaterra, que inclusive já foi capa de um dos álbuns dos Rolling Stones. (Fonte: Exame.com)

Coleta de lixo tóxico ainda é desafio para o Brasil

O descarte de lixo passível de liberar substâncias tóxicas ainda é um problema para o país, apesar de já haver legislação regulamentando o assunto. De acordo com a Lei n°12.305/2010, que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos, os fabricantes, importadores e revendedores de produtos que podem causar contaminação devem recolhê-los. Mas dois anos após a regra estar em vigor, os cidadãos dispõem de poucos locais adequados para jogar fora pilhas e baterias; pneus; lâmpadas fluorescentes e embalagens de óleo lubrificante e de agrotóxicos.
A lei recomenda que haja acordos setoriais e termos de compromisso entre empresários e o Poder Público para implantar o sistema de devolução ao fabricante no país, prática conhecida como logística reversa. O primeiro passo nesse sentido foi dado apenas no final do ano passado. Em novembro de 2011, o Ministério do Meio Ambiente publicou edital de chamamento para propostas referentes ao descarte de embalagens de óleo. No início deste mês, o órgão lançou mais dois editais: um diz respeito a lâmpadas fluorescentes e o outro a embalagens em geral. No caso das embalagens de óleo, as sugestões continuam sendo debatidas. Quanto aos outros dois editais, segue o prazo de 120 dias para que entidades representativas, fabricantes, importadores, comerciantes e distribuidores enviem propostas à pasta.
Enquanto não há um sistema estruturado para destinação de resíduos perigosos, os consumidores continuam fazendo o descarte junto com o lixo comum ou são obrigados a recorrer a iniciativas pontuais de organizações não governamentais (ONGs) e empresas para fazer a coisa certa.
“Alguns pontos comerciais se preocupam em fazer pequenos ecopontos para receber pilhas e baterias, mas é muito diminuto”, avalia João Zianesi Netto, vice-presidente da Associação Brasileira de Resíduos Sólidos e Limpeza Pública (ABLP). De acordo com Netto, houve um movimento da própria indústria no sentido de fazer o recolhimento antes de haver legislação específica, pois a maior parte dos produtos é reaproveitável e tem valor agregado. Mas, na opinião dele, a informação sobre como realizar a devolução não é satisfatoriamente repassada às pessoas. “Eu não estou vendo que estejam procurando instruir o cidadão”, avalia.
A pesquisadora em meio ambiente Elaine Nolasco, professora da Universidade de Brasília (UnB), diz que as atitudes de logística reversa no Brasil são dispersas. “Está dependendo de algumas localidades. Geralmente são ONGs e cooperativas que têm esse tipo de iniciativa. Em alguns casos há participação do Poder Público, como no Projeto Cata-Treco, em Goiânia”, exemplifica ela, referindo-se a um programa da prefeitura daquela cidade em parceria com catadores de lixo.
O governo do Distrito Federal também instituiu um sistema para recolhimento de lixo com componentes perigosos. O Serviço de Limpeza Urbana (SLU) disponibiliza 13 pontos para entrega de pilhas e baterias, espalhados por várias regiões administrativas do DF. A relação de endereços está disponível na página do órgão na internet.
Elaine Nolasco lembra que o risco trazido pelo descarte inadequado de pilhas, baterias e lâmpadas está relacionado aos metais pesados presentes na composição desses produtos – desde lítio até mercúrio. “Pode haver contaminação do solo e do lençol freático”, diz.
A Lei n° 12.305 estabelece, de forma genérica, que quem infringir as regras da Política Nacional de Resíduos Sólidos pode ser punido nos termos da Lei n° 9.605/1998, também conhecida como Lei de Crimes Ambientais. Assim, elas podem ser denunciadas às delegacias de meio ambiente das cidades ou ao Ministério Público. (Fonte: Mariana Branco/ Agência Brasil)

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Museu Oscar Niemeyer abre duas novas exposições


Museu Oscar Niemeyer


O Museu Oscar Niemeyer (MON) inaugura sábado (21) a exposição “Dorothea Wiedemann, aqui ou em qualquer lugar” e o projeto “Em casa com Chromiec”, desenvolvido pelo setor de Ação Educativa, em parceria com o Departamento de Museologia, Restauro e Conservação do MON. 
A alemã Dorothea Wiedemann construiu uma obra baseada em sua percepção e curiosidade de todos os lugares do mundo que morou e visitou. Usou a xilogravura na maioria dos seus trabalhos e elegeu esta técnica para expressar o seu universo. O catálogo da artista abrange 353 obras que pertencem ao acervo da Casa da Cultura Emília Erichsen, em Castro. A mostra no MON, com curadoria de Simone Landal, Christiani Vieira Strickert, Ilsemarie Hampf, Karina Marques e Ronie Cardoso Filho, reúne 51 obras, que estarão expostas na Galeria Niemeyer. 

Já o brasileiro Osmar Chromiec iniciou seu processo criativo no abstracionismo geométrico e realizou muitas obras utilizando sistematicamente o preto e branco. Na década de 1980, ingressou no figurativo com alusão à natureza e na utilização de cores, sobretudo verde, amarelo e azul. No fim daquela década, predominam as grades e portões, as paisagens, sobretudo, as marinhas. Osmar é considerado um dos artistas mais significativos. “Em casa com Chromiec”, na Sala de Referência do MON, terá além das obras de Chromiec, atividades didáticas e interativas. 

Revolução das bicicletas

por Julio Godoy*
Em cinco anos, 138 milhões de pessoas usaram as 23 mil bicicletas de aluguel de Paris, sistema que conta com 225 mil assinantes em uma população urbana de 2,3 milhões.
ParisBicicleta TERRAMÉRICA   Revolução das bicicletas
A bicicleta já é rotina em Paris. “O automóvel não tem
mais lugar na grande cidade dos dias atuais”, afirma o
prefeito Bertrand Delanoë. Foto: Julio Godoy/IPS

Em julho de 2007, muitos habitantes da capital francesa riram de seu prefeito, Bertrand Delanoë, quando anunciou a criação de um sistema público de aluguel de bicicletas, destinado a reduzir o tráfego de veículos automotores em Paris. Nos primeiros meses do serviço, denominado Vélib’, das palavras “vélo” (bicicleta em francês coloquial) e “liberté” (liberdade), os céticos pareciam ter razão. Enquanto a maioria dos parisienses desdenhava das pesadas bicicletas públicas, de 23 quilos, outros as destruíam ou as roubavam.
Durante o primeiro ano oito mil desapareceram e outras 16 mil sofreram vandalismo, segundo informação oficial. Outros inconvenientes desestimulavam o ciclismo urbano cotidiano: a exigência de assinatura, o preço elevado do serviço, o esforço físico que no verão produz efeitos secundários indesejáveis para uma população famosa pelo esmero com sua aparência pessoal, e o caótico trânsito de Paris, temido por seus altos riscos.
E, apesar de tudo, o Vélib’ completou seus primeiros cinco anos no dia 14, e também comemora um êxito inegável: nesse prazo, 138 milhões de pessoas utilizaram as 23 mil bicicletas de aluguel e o sistema conta com 225 mil assinantes em uma população urbana de 2,3 milhões de pessoas. Além disso, nesse período, apenas seis pessoas morreram em acidentes de trânsito envolvendo uma bicicleta de aluguel. O sistema também ganhou adeptos: 31 comunidades do entorno de Paris se associaram ao Vélib’, que serve de modelo para outras 34 cidades francesas.
A administração de Paris afirma, inclusive, que o Vélib’ se oferece como exemplo para um desenvolvimento semelhante em várias cidades do mundo, desde a australiana Melbourne até a norte-americana São Francisco. Em 2011, o sistema alcançou seu nível de rentabilidade, e seguramente dará lucro em 2012. Para Delanoë – um político sóbrio e extremamente reservado, que em 1998 se declarou homossexual –, o triunfo do Vélib’ também é a confirmação de que sua política de transporte, a princípio controvertida, é correta, uma revolução benigna para uma cidade afligida pelos engarrafamentos e pela contaminação ambiental.
“Há cinco anos, não imaginava que os resultados do Vélib’ seriam tão bons”, disse o prefeito ao Terramérica. “Minha intenção era testar uma política diferente, ajudar os parisienses a reconquistarem sua independência e sua liberdade no trânsito e, ao mesmo tempo, reduzir a poluição do ar”, acrescentou. Esta política se resume no lema “Paris respira”, onipresente no cartaz que defende o uso da bicicleta na cidade.
O sistema “acabou com muitos tabus sobre o transporte urbano”, afirmou ao Terramérica a especialista em urbanismo Isabelle Lesens. “A bicicleta reduz os problemas de estacionamento, e em uma cidade relativamente pequena como Paris, com bom clima médio, constitui um eficiente meio de transporte”, destacou. Apesar do êxito, o Vélib’ tem seus problemas. “O custo do Vélib’ é muito alto. A administração e a manutenção de cada bicicleta custa três mil euros por ano. Seguramente, seria possível obter os mesmos resultados por menos dinheiro”, opinou Lesens.
A empresa JCDecaux, que administra o serviço em cooperação com a prefeitura, admite tais problemas. “O sistema é muito caro em termos de exploração”, declarou ao Terramérica seu presidente, Jean Charles Decaux. “No entanto, desde 2011 alcançamos o equilíbrio orçamentário, depois de termos perdido dinheiro nos três primeiros anos”, acrescentou.
Apesar de tudo, o triunfo do Vélib’ é tamanho que os parisienses redescobriram sua paixão pelo ciclismo, que se expressa na competição mais importante do mundo, a Volta da França (Tour de France). Além disso, segundo dados oficiais, os parisienses realizam diariamente cerca de 200 mil trajetos em bicicleta própria. No total, a quantidade destes meios de transporte em Paris aumentou 41% desde 2007. E, ao mesmo tempo, o tráfego de automóveis apresentou queda de 25%.
As bicicletas são um componente da política de transporte urbano que Delanoë colocou em prática desde que foi eleito prefeito pela primeira vez, em março de 2001. Uma de suas primeiras medidas foi criar vias exclusivas para ônibus em quase toda a cidade, a fim de acelerar sua circulação e reduzir o espaço para carros individuais. O governo municipal também participa, em cooperação com as comunidades à sua volta, da construção de uma linha de bondes não contaminantes que em 2020 formará um anel de ligação em torno de Paris.
Além disso, a prefeitura criou 370 quilômetros de vias reservadas para as bicicletas. Nos finais de semana, o tráfego de veículos automotores está proibido nas ruas mais importantes da capital parisiense. No dia 5 de dezembro, a prefeitura introduziu um sistema de aluguel de carros elétricos, com funcionamento baseado no Vélib’. Batizado, naturalmente, de Autolib’, ainda não tem o grau de popularidade das bicicletas. Porém, Delanoë está seguro de que seu impacto será positivo no transporte.
“Quando o Autolib’ for parte do modo de vida cotidiano dos parisienses, como já é o Vélib’, a política de transporte urbano mudará definitivamente”, disse o prefeito, reeleito em 2008 com 57,7% dos votos, para governar Paris até 2014. “Todas estas medidas (Vélib’, Autolib’, vias exclusivas para ônibus e bonde) têm por objetivo revolucionar o transporte urbano e reduzir os percursos com carros particulares, para diminuir as emissões de dióxido de carbono e purificar o ar”, detalhou Delanoë. “A verdade é que o automóvel não tem mais lugar na grande cidade de nossos dias”, ressaltou.
* O autor é correspondente da IPS.