quinta-feira, 31 de março de 2011

Reprodução e comportamento das morsas

As morsas têm poucos predadores (normalmente baleias ou ursos polares), por isso, elas tendem a ter vidas relativamente longas - cerca de 30 anos. Durante sua vida, machos e fêmeas vivem em bandos separados. As fêmeas ficam no mesmo bando durante toda a vida e os machos saem do bando onde nasceram depois de dois ou três anos para se juntar ao bando masculino.
As fêmeas do Pacífico migram anualmente em bandos. No verão, quando o gelo derrete, as fêmeas vão para o norte, em direção ao Mar de Chuckchi. Elas voltam para o sul, no Mar de Bering, antes que o gelo congele no inverno. Os pesquisadores não sabem ao certo por que os machos não migram da mesma maneira que as fêmeas, mas alguns cientistas especulam que isso pode estar relacionado à produção de esperma. Pouco se sabe sobre as condições migratórias das morsas do Atlântico; elas aparentemente ficam na mesma área durante todo o ano.
As morsas macho geralmente atingem a maturidade sexual por volta dos 8 a 10 anos e as fêmeas, com 5 ou 6 anos. Mesmo sendo sexualmente maduros, os machos geralmente não acasalam antes dos 15 anos, e as fêmeas, antes dos 10.
briga entre morsas
Tersina Shieh/Istock
Duas morsas brigam por domínio
As morsas do Pacífico acasalam entre dezembro e março. As fêmeas encontram os machos e o acasalamento ocorre quando voltam da migração para o norte. Devido ao longo período de gestação de 15 meses, as fêmeas acasalam a cada dois anos ou mais. Assim, as fêmeas que ainda estão grávidas da temporada anterior se separam das outras quando o ritual de acasalamento começa.
As fêmeas remanescentes se juntam em uma pedra de gelo e se preparam para ser entretidas pelos machos na água. Geralmente, um ou dois machos se apresentam para cada grupo de aproximadamente 23 fêmeas - fazendo várias vocalizações dentro e fora da água. Nesse momento, os músculos da faringe (próximos à garganta) surgem como equipamentos de flutuação e amplificadores. Os machos inflam o peito para ficarem fora da água e começam a "serenata". Junto com esses ruídos, eles estalam os dentes, assobiam e fazem um som parecido com uma campainha até que a fêmea fique impressionada e entre na água para acasalar. Os machos geralmente ficam distantes uns dos outros entre 7 e 10 m, caso contrário, pode começar uma batalha. O domínio nos bandos de machos é estabelecido pelo tamanho do corpo, dos dentes e pela agressividade.
Durante os quatro ou cinco primeiros meses de gestação, os ovos fertilizados flutuam em volta do útero da fêmea antes de serem implantados na parede uterina e começarem a se desenvolver. Esse atraso na implantação é determinado pelas condições metabólicas, além de garantir que as crias nasçam em um ambiente excelente. As fêmeas dão à luz entre a metade de abril e de junho, quando migram para o norte. Elas ficam com seus filhotes até o mês de abril seguinte, pouco antes do próximo nascimento. Se não ficam grávidas na próxima estação, podem ficar com seus filhotes por até dois anos e meio.
filhote de morsa nas costas da mãe
Paul Nicklen, National Geographic/Getty Images
Uma fêmea carrega seu filhote

As fêmeas são muito protetoras com seus filhotes. Separam-se de outras morsas para formar uma colônia 'berçário' com outras mães. Elas cuidam de seus filhotes até os dois anos, o que pode variar se engravidarem ou não novamente no ano seguinte. As fêmeas geralmente passeiam com seus filhotes nas costas mesmo que eles possam nadar com apenas um mês.
Os filhotes pesam entre 45 e 75 kg quando nascem, crescem de 10 a 15 cm em um mês e ganham de 700 a 900 g por dia. Costumam ter os pêlos mais escuros do que os dos adultos e que vão clareando com a idade.
As morsas parecem inofensivas. Então, por que os caçadores mataram tantas morsas a ponto de sua quantidade ter diminuído tanto? Saiba mais na próxima página.

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