segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Amanhã em nosso blog

Tudo sobre  água-viva.

Blairo Maggi coloca-se à disposição da Comissão de Meio Ambiente

De Brasília - Vinícius Tavares

 
 
Ao parabenizar a eleição do senador Rodrigo Rollemberg (PSB/DF) para a presidência da Comissão de Meio Ambiente do Senado, o senador Blairo Maggi (PR/MT) disse que pretende colocar a sua experiência como ex-governador e produtor rural a serviço dos trabalhos da comissão. Blairo lembrou das imensas que enfrentou no início de seu primeiro mandato como governador.

“Saí da roça e me tornei governador. Tive pouco tempo para me preparar. Cheguei a receber do Greenpeace o troféu Moto Serra de Ouro por ser um dos maiores desmatadores. Percebi que era necessário fazer mudanças na política ambiental e ao final de meu mandato fui reconhecido pelo próprio Greenpeace com Bombons de Cupuaçu por ter buscado o entendimento na questão ambiental”, destacou.

O senador disse que sempre incentivou os setores produtivos de Mato Grosso a nunca deixaram o diálogo com as ONGs e entidades ligadas ao meio ambiente. Segundo ele, essa interlocução com segmentos ambientais foi fundamental para a governabilidade e precisa ser colocada em prática no Senado para que o Brasil prossiga crescendo com sustentabilidade.

“Nós temos muito a colaborar com todos que estão por aqui e acho que a nossa responsabilidade é construir um país melhor e para isso precisamos de alimento para a nossa população, roupa para a nossa população, infraestrutura e, claro, preservar o meio ambiente pra nós mesmos e para os nossos descendente”, concluiu.

SLU tem 90 dias para implantar a coleta seletiva no DF

A Vara de Meio Ambiente, Desenvolvimento Urbano e Fundiário do DF, em ação de execução movida pela 3ª Promotoria de Justiça de Defesa do Meio Ambiente e Patrimônio Cultural, determinou ao Serviço de Limpeza Urbana - SLU que cumpra a obrigação de implantar o programa de coleta seletiva no Distrito Federal, no prazo de 90 dias. Em caso de descumprimento, será aplicada multa processual no valor de R$ 1.000,00 por dia de atraso, por cada item descumprido das obrigações assumidas no Termo de Ajustamento de Conduta nº 13/2005, assinado pelo SLU (à época denominado Serviço de Ajardinamento e Limpeza Urbana de Brasília - Belacap), Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, Ministério Público Federal, Ibama/DF e Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos - Semarh.

A Ação de Execução da 3ª Prodema recai sobre obrigações de fazer assumidas no TAC 13/2005 (na verdade, assinado em 2006), relativas à implantação da Coleta Seletiva de Resíduos Sólidos no Distrito Federal e à elaboração e execução de Plano de Recuperação de Área Degradada (PRAD) para as usinas de lixo de Ceilândia: Usina Central de Tratamento de Lixo (UCTL) e Usina de Incineração de Lixo Especial (UILE) .

O Termo de Ajustamento de Conduta se constitui em uma solução extrajudicial de conflitos que envolvam direitos transindividuais. É um compromisso que pode ser tomado da parte que incorreu em alguma irregularidade pelos órgãos públicos legitimados para a Ação Civil Pública e que tem força de título executivo. Não pode o signatário do termo deixar de cumprir tarefa a ele imposta, pois quando assina o TAC concorda com as obrigações e com o tempo estipulado para seu cumprimento.

Meio ambiente do Nordeste na visão de Gilberto Freyre

Recentemente, li um livro de Gilberto Freyre, publicado pela primeira vez em 1937, que me deu a dimensão do seu pensamento sobre o meio ambiente do Nordeste brasileiro e de sua percepção da ecologia. Um termo, aliás, que, embora tenha sido cunhado em 1869, só começou a ser usado no Brasil mais de 50 anos depois, ocasião em que em Pernambuco estavam em plena atividade intelectual e formuladora de cientistas como Dárdano de Andrade Lima e Vasconcelos Sobrinho.

Do livro Nordeste – aspectos da influência da cana sobre a vida e a paisagem, é possível fazer uma leitura sociológica, antropológica e ecológica da região, mesmo que a sua abordagem seja somente do Litoral e da Zona da Mata. De um Nordeste agrário e do açúcar, em detrimento de uma visão também do Sertão, considerado o “outro Nordeste” por Manuel Correia de Andrade, o do pastoreio pelo gado.

Gilberto Freyre viu no canavial um caráter civilizador, mas reconheceu ao mesmo tempo a sua dimensão devastadora do meio ambiente.


Mesmo não sendo um especialista na temática ambiental e considerando a época em que o livro foi escrito, ele contextualizou a mata, os bichos nativos e a água como personagens vitimados pelo modo de apropriação da terra e dos homens.

É certo que Gilberto Freyre viu no canavial um caráter civilizador, mas reconheceu ao mesmo tempo a sua dimensão devastadora do meio ambiente, desvirginando a floresta do modo mais cruel, com as queimadas, substituindo a diversidade pela monocultura absoluta, só restando “os ossos da mata”.

Nesse livro, denuncia que a cultura da cana aristocratizou o branco, degradou índios e negros e tornou desprezível a floresta. Diferente do que poderia se esperar de uma sociedade tipicamente rural, dessas que ainda se vê em alguns rincões na Europa, onde culturalmente ocorre uma relação de reciprocidade entre o homem e a natureza, aqui o homem e a mata sempre estiveram em estado de guerra.

Em sua visão, por isso os animais da mata eram encarados como inimigos do canavial civilizador, “espécie de última defesa da vegetação bruta contra a planta invasora”. Era tanta a aversão e até medo deles, que nem se tentou domesticá-los, sendo tangidos e mortos pelas queimadas e pela caça. Exceção só se fez a alguns, como o “papagaio falador”.

Uma evidência de que os bichos nativos pouco ocupavam o imaginário popular é que o jogo do bicho, tão popular no Nordeste, reflete sonhos com animais europeus.

Melhor destino não receberam as águas, apesar de que, de início, os rios tenham sido vistos como amigos a serem visitados e reconhecidos, onde os banhos, como no Capibaribe, curavam doenças e atraiam tanto moleques quanto sinhazinhas, num movimento de interação ao que chamou de “poetização da água pela gente dos canaviais e das várzeas”. Mas depois, salienta, vieram as usinas “com suas caldas, os transformando em mictório”. Por fim, as casas já não davam a frente para a água, “ficando de costas para o rio, com nojo”.

Quase cem anos depois, essa percepção parece ainda atual, embora os matizes da devastação e do uso insustentável dos recursos naturais já não se façam tanto pela cultura açucareira, mas por agentes muito mais diversificados.

Desaparecimento de abelhas: Distúrbio do Colapso das Colônias (DCC)

 

Na primavera de 2007, agências de notícias começaram a fazer reportagens sobre um fenômeno preocupante na população das abelhas. De acordo com as reportagens, os apicultores visitaram suas colméias e descobriram que as abelhas haviam desaparecido. Às vezes, a rainha e algumas abelhas que tinham acabado de sair dos ovos eram as únicas que restavam. Os apicultores não encontraram evidências de predadores que se alimentam de abelhas, como vespas e mamíferos que gostam de mel. Eles também não viram muitas abelhas mortas ou evidências de doenças, como a cria giz ou a cria ensacada, que atacam as larvas em desenvolvimento, ou de nenhuma espécie de ácaro, que ataca abelhas adultas ou em desenvolvimento. Com base nessas informações, pareceu improvável que as abelhas tivessem ficado doentes e morrido. Por outro lado, muitos apicultores relataram que mariposas, animais e outras abelhas evitaram os ninhos que tinham acabado de ficar vazios, pelo menos por alguns dias. Isso geralmente acontece quando as abelhas morrem por causa de doenças ou de contaminação química.
Muitas dessas notícias eram alarmantes. Elas descreviam que os apicultores estavam perdendo mais da metade de suas abelhas e explicavam a importância das abelhas domésticas na polinização das plantações de alimentos. Alguns artigos indicavam que o desaparecimento das abelhas iria resultar em fome alastrada por várias regiões. Outras citavam Albert Einstein, dizendo que os seres humanos morreriam em quatro anos se as abelhas entrassem em extinção.


CCD appears to affect large-scale, commercial beekeeping operations. Its affects on feral bee colonies are unclear.
Foto cedida por MorgueFile
O DCC parece afetar em grande escala as atividades comerciais de criação de abelhas. Seus efeitos em colônias de abelhas selvagens são incertos.


É bastante improvável que Einstein tenha feito essa afirmação sobre abelhas, que agora é famosa, mas o Distúrbio do Colapso das Colônias (DCC) é um fenômeno real. Ele tem o potencial de afetar drasticamente a produção de comida e de mel, mas é mais complexo do que algumas notícias o fazem parecer. Primeiro, o DCC afetou abelhas domésticas e comerciais, aquelas que são criadas exclusivamente para produzirem mel e polinizar plantações. Ele parece afetar abelhas de colméias que são movidas de um lugar para o outro com o intuito de polinizar plantações. As abelhas comerciais compõem uma pequena porção da população geral de abelhas. Outros tipos delas, inclusive as abelhas africanizadas, não parecem ser afetadas.

Essa também não foi a primeira vez que a população de abelhas domésticas diminuiu de maneira repentina e inesperada. As populações de colônias individuais podem diminuir bastante durante o inverno, época em que as abelhas morrem naturalmente. Além disso, os apicultores relataram grandes diminuições nas populações de suas colméias várias vezes nos últimos 100 anos. Em 1915, apicultores de vários estados informaram grandes perdas de abelhas. Esse distúrbio ficou conhecido como Doença do Desaparecimento, não porque as abelhas desapareciam, mas porque o distúrbio era temporário e não voltou a ocorrer.

Os pesquisadores nunca determinaram a causa da Doença do Desaparecimento ou das diminuições subseqüentes na população de abelhas. As causas da DCC ainda são incertas e várias possibilidades foram descartadas porque não estão presentes em todas as colônias afetadas. Por exemplo, os apicultores que tiveram as colônias afetadas têm métodos diferentes para alimentar suas abelhas e para controlar os ácaros e outras pestes. As abelhas nas colônias afetadas não parecem ter vindo do mesmo fornecedor. O Grupo de Trabalho do Distúrbio do Colapso das Colônias, que está investigando o fenômeno, também não suspeita que as plantações geneticamente modificadas sejam culpadas.
Existem, no entanto, algumas teorias predominantes sobre as causas do DCC:
  • o processo de transportar abelhas por longas distâncias para polinizar plantações pode causar estresse, debilitar o sistema imunológico das abelhas, deixá-las expostas a outros patógenos ou afetar suas habilidades de vôo;
  • ácaros que geralmente se alimentam de abelhas, como o varroa e o traqueal, podem estar expondo as abelhas a um vírus desconhecido. Esses ácaros podem ter causado colapsos de colônias no passado, mas também deixaram evidências para os apicultores, o que não é o caso da DCC;
  • algum patógeno desconhecido ou outro fator pode estar afetando a habilidade de vôo das abelhas;
  • as abelhas domésticas podem ter pouca diversidade genética, fazendo que a espécie inteira seja suscetível a um surto de doença.
Uma teoria conhecida, de que os celulares podem estar causando a DCC, foi completamente descartada. Essa teoria virou notícia em abril de 2007, depois que o jornal britânico "The Independent" apresentou um artigo com uma conexão entre os celulares e o desaparecimento das abelhas. O estudo que o "The Independent" citou não era, no entanto, relacionado com os celulares. Em vez disso, os pesquisadores estavam estudando a energia eletromagnética emitida pelas bases dos telefones sem fio, por meio da implantação delas diretamente nas colméias. Um telefone sem fio usa um comprimento de onda de energia eletromagnética diferente da que o celular usa.
Aproximadamente 15% da comida que os norte-americanos consomem vem diretamente da polinização das abelhas domésticas. Outros 15% vêm de animais que consomem alimentos que as abelhas polinizam. Em outras palavras, quase um terço da comida que os norte-americanos consomem atualmente precisa da polinização. Alguns artigos afirmam que os norte-americanos também irão perder todo o fornecimento de carne sem as abelhas domésticas para polinizar os alimentos. Isso não é necessariamente verdade. Algumas plantas, como o trevo vermelho e a alfafa, são uma grande fonte de alimento para vacas e outros animais de pasto. As abelhas grandes geralmente polinizam os trevos vermelhos e as solitárias abelhas cortadoras-de-folhas costumam polinizar a alfafa. Em outras palavras, a diminuição das abelhas domésticas não significa necessariamente que essas plantas irão perder seus polinizadores.
Não é incomum as abelhas selvagens serem grandes polinizadoras de plantas selvagens e de plantações. Na verdade, até o século XVI não havia abelhas domésticas nas Américas. As abelhas solitárias, selvagens e outros animais faziam toda a polinização necessária para o desenvolvimento das plantas. Os colonizadores espanhóis trouxeram as abelhas domésticas para as Américas com o intuito de aumentar a produção de mel. Embora muitas pessoas achem que as abelhas domésticas são benéficas, elas tecnicamente são uma espécie invasora.
Infelizmente, se as abelhas domésticas entrarem em extinção, seria difícil para as abelhas selvagens assumirem as funções delas na polinização de plantações de alimentos. Existem algumas razões para isso:
  • as fazendas de hoje geralmente são de monocultura -- elas usam bastante terra para cultivar um único tipo de plantação. Grandes colônias de abelhas domésticas são boas para polinizar esses tipos de plantações. As abelhas solitárias são melhores para polinizar plantas mais variadas e em áreas menores;
  • o uso de pesticidas e a perda do hábitat causou um grande declínio na população e na diversidade de abelhas solitárias e selvagens.
Neste momento, não se sabe exatamente para onde foram as espécies de abelhas domésticas e como essa queda da população irá afetar o fornecimento de comida mundial. Embora essa diminuição possa não resultar na extinção repentina da raça humana, é provável que tenha, se continuar, um grande efeito sobre o que comemos.
Para aprender mais sobre abelhas, mel e assuntos relacionados, confira os links na próxima página.

Criação de abelhas

 

Por centenas de anos, as pessoas desenvolveram muitos tipos de colméias artificiais que oferecem abrigo e espaço para as abelhas e ao mesmo tempo facilitam a colheita de mel. O modelo mais usado hoje em dia é a colméia Langstroth, desenvolvida por Lorenzo Lorraine Langstroth na década de 1850. Antes das invenções de Langstroth, as pessoas basicamente mantinham as abelhas em colméias feitas de cestas, caixas ou pedaços de lenha. Algumas delas tinham suportes inclinados e removíveis, em que as abelhas penduravam os favos de mel. Outras não tinham uma maneira conveniente de conseguir acesso ou remover o mel. Colméias com suportes inclinados ainda são usadas em algumas partes do mundo, e os apicultores maias que criam abelhas sem ferrão ainda usam lenhas como colméias.


Bee boles, or stone alcoves made to hold traditional beehives called skeps, in Wales.
Foto cedida por Herman Hooyschuur/ Stock.xchng
Estruturas de argila ou alcovas de pedra feitas para armazenar as colméias tradicionais são chamadas de cortiço, no País de Gales


Langstroth descobriu que as pessoas podiam influenciar a maneira como as abelhas desenvolvem seus favos de mel ajustando a quantidade de espaço em sua área de desenvolvimento. Essa área, conhecida com espaço-abelha, permite que as abelhas se movimentem, cuidem das mais jovens, desenvolvam novos favos de mel e produzam mel. De acordo com as teorias de Langstroth, a quantidade ideal de espaço entre as camadas de favo de mel é de 64 a 79 milímetros.


Langstroth bee hives
Foto cedida por Morguefile
Colméias de Langstroth


A colméia de Langstroth usa uma estrutura com várias camadas e quadros removíveis para incentivar as abelhas a construírem suas colméias de forma organizada e para facilitar a colheita do mel pelos apicultores. A partir da base, as camadas são:
  • fundo, onde fica a base da colméia;
  • ninho, que é feito com uma caixa chamada melgueira e é onde a rainha deposita seus ovos e as operárias criam as larvas;
  • tela excluidora, uma chapa perfurada pela qual a rainha não pode passar, impedindo que ela deposite ovos nos alvéolos;
  • melgueiras rasas, que possuem em torno da metade da profundidade do ninho, onde as abelhas armazenam o mel.
  • tampa.
 Os apicultores geralmente usam melgueiras rasas em vez das normais para armazenar o mel porque ele é relativamente pesado. Uma melgueira rasa pesa cerca de 15,9 Kg quando está cheia, ao passo que uma funda pesa quase 36,3 Kg. Isso facilita a remoção e a substituição das melgueiras pelos apicultores. As abelhas irão continuar a produzir e armazenar mel enquanto tiverem espaço suficiente; então, remover os favos de mel completos e substituí-los por melgueiras vazias é importante para a criação de abelhas. Também é importante se certificar de que as abelhas tenham comida suficiente para o inverno. Por isso, muitos apicultores fazem a última colheita de mel no fim do verão, para que elas possam coletar néctar e transformá-lo em mel durante o outono.
 Para fazer a colheita de mel, os apicultores podem remover os favos de mel prontos das melgueiras rasas e colocá-los para girar em um aparelho chamado centrífuga, ou extrator de mel. Ele remove o mel do favo ao mesmo tempo que deixa a estrutura intacta. Como são necessários 9 Kg de mel para formar 45 Kg de cera alveolada para a colméia, a reutilização dos favos geralmente permite que os apicultores colham mais mel.


Langstroth bee hives
Foto cedida por Morguefile
Apicultores fazendo a colheita de mel


Essa estrutura faz com que seja relativamente fácil para o apicultor realizar a colheita do mel sem danificar a colméia ou machucar alguma abelha. O apicultor, no entanto, tem que ser cuidadoso. Muitos apicultores usam uma máscara e luvas para proteger seus rostos e mãos das picadas (em inglês) enquanto estão trabalhando com as colméias. Eles também se movem bem devagar quando estão abrindo a colméia, retirando e substituindo os quadros. Isso é importante porque as abelhas liberam um feromônio de alarme quando são esmagadas ou usam seus ferrões. Esse feromônio incentiva suas irmãs na colméia a picarem qualquer coisa que esteja por perto. Os apicultores podem mascarar esse feromônio com a fumaça de um fumegador, que essencialmente é um conjunto de foles preso a uma lata à prova de fogo com um bocal na ponta. A fumaça também incentiva as abelhas a pararem de trabalhar e começarem a comer mel no caso de precisarem abandonar a colméia por causa do fogo. Isso diminui a chance de as abelhas se tornarem agitadas ou defensivas enquanto o apicultor trabalha na colméia.


Ocupando a colméia
Os apicultores podem conseguir suas abelhas de várias fontes. Algumas vezes, o apicultor irá capturar um enxame que se formou na propriedade de alguém. Os apicultores também ocupam suas colméias com rainhas e abelhas compradas de um fornecedor.


Uma colônia de abelhas pode ter milhares de operárias. Para produzir bastante mel, essas abelhas precisam de grandes fontes de alimento, como pomares, extensas plantações de vegetais ou outras áreas com uma densa vegetação. Os apicultores, porém, principalmente aqueles que realizam atividades de grande escala, nem sempre vivem perto o suficiente das fontes de alimento certas para alimentar todas as abelhas. Alguns suplementam os alimentos naturais das abelhas com néctares artificiais e pólen comprado. Outros alugam suas abelhas para fazendeiros, que as usam para polinizar as plantações. Sem as abelhas alugadas, as plantações não produziriam os alimentos necessários.
Essa necessidade de abelhas domésticas para a polinização de plantações é a razão pela qual muitas pessoas estão preocupadas com um fenômeno conhecido como Distúrbio do Colapso das Colônias (DCC). A seguir, vamos ver os mitos e as verdades por trás do DCC.

Produção de mel

O mel começa como néctar que as abelhas coletam nas flores. Basicamente, o néctar é uma recompensa que as plantas produzem para atrair insetos e pássaros polinizadores. É um líquido doce que possui os óleos aromáticos responsáveis pelo perfume das plantas, além de outras substâncias características. As abelhas coletam esse néctar sugando-o com seus probóscides e armazenando-o em seus estômagos de mel. Em seguida, as abelhas domésticas levam o néctar de volta para a colméia, carregando 40 miligramas por vez.



honeycomb
Foto cedida por hotblack/Morguefile
Mel e favo de mel


As abelhas campeiras regurgitam o néctar e passam-no para as operárias na colméia. Em seguida, essas abelhas gradualmente transformam o néctar em mel por meio da evaporação da maior parte da água que ele contém. O néctar possui 70% de água, ao passo que o mel tem apenas em torno de 20%. As abelhas se livram da água extra engolindo e regurgitando o néctar várias vezes. Elas também agitam suas asas sobre os alvéolos cheios do favo de mel. Esse processo retém bastante açúcar e os óleos aromáticos da planta enquanto as enzimas dos aparelhos bucais das abelhas são adicionadas.
O mel final é espesso, grudento e bem doce. Ele contém vários tipos de açúcares (em inglês), inclusive sucrose, frutose e glicose. O sabor e a cor dependem das flores em que as abelhas colheram o néctar. O mel de flor de laranjeira, por exemplo, tem sabor e aroma que lembram o da laranja (em inglês).



Jars of different types of honey
Esses tipos de mel vêm de diferentes plantas com flores que crescem no sudeste dos Estados Unidos. As variações na cor se devem aos diferentes tipos de néctar que as abelhas colhem para produzir o mel.


As abelhas se alimentam de mel e armazenam a quantidade suficiente para sobreviverem durante o inverno. À primeira vista, as abelhas não parecem ser muito ativas ou precisar de muita comida durante o inverno. Elas só deixam suas colméias para se aliviarem, já que as abelhas não defecam no lugar onde vivem. Enquanto estão dentro das colméias, porém, as abelhas trabalham muito. Elas cuidam da rainha e aquecem a colméia tremendo os músculos de suas asas, de forma muito parecida com os humanos, que tentam se aquecer estremecendo o corpo. Elas também controlam a temperatura da colméia durante o verão, fazendo o ar circular pela colméia com suas asas e respingando água no favo de mel.
O mel é uma boa fonte de alimento para as abelhas por duas razões. Primeiro, a grande quantidade de açúcar que ele contém fornece muitas calorias, que são queimadas por elas quando aquecem o ninho e cuidam da rainha. Segundo, suas propriedades físicas o tornam extremamente resistente às bactérias:
  • uma das enzimas adicionadas ao mel durante o processamento do néctar é a glucose oxidase; quando as abelhas diluem o mel para alimentar as mais jovens, a glucose oxidase quebra a glicose em peróxido de hidrogênio, que ajuda a matar os germes;
  • o pH do mel fica entre 3,5 e 4; em outras palavras, ele é levemente ácido -- tão ácido quanto um suco de laranja --, o que desencoraja o desenvolvimento de bactérias (em inglês);
  • o mel é higroscópico, o que significa que pode absorver a umidade do ambiente, e possui uma alta pressão osmótica. As bactérias que entram em contato com o mel sofrem plasmólise. Elas perdem sua umidade, que passa para o mel, e morrem.


Mel e botulismo
O mel geralmente é muito bom para matar bactérias, mas existe uma exceção notável: as bactérias em forma de esporos, como a Clostridium botulinum, que causa o botulismo (em inglês). A C. botulinum pode formar esporos protetores, que a isolam das propriedades antibacterianas do mel. Como eles podem viver no solo e se sedimentar na natureza, é relativamente fácil para alguns esporos pegarem carona nos corpos das abelhas e chegarem ao mel. A quantidade de esporos do botulismo no mel geralmente não é perigosa para adultos, mas pode ser mortal para crianças com menos de um ano de idade. Por esse motivo, nunca é uma boa idéia dar mel para um bebê.


A grande quantidade de açúcares, o sabor e as propriedades antimicrobiais do mel também o tornam útil para as pessoas. Hoje em dia, ele é usado na culinária caseira e comercial, e uma pesquisa médica indica que pode ser eficaz no tratamento de organismos resistentes a antibióticos, principalmente em feridas abertas. Nada disso é novidade. As pessoas vêm colhendo e usando mel por mais de 6 mil anos. Historicamente, as pessoas o usaram para adoçar alimentos e fazer bebidas fermentadas, como o hidromel. Além disso, cobrir uma ferida com mel ou com ataduras embebidas em mel era uma prática comum antes do desenvolvimento de antibióticos.
Por essas razões, as pessoas encontraram maneiras para facilitar e tornar mais cômoda a colheita de mel das abelhas. A seguir, vamos ver como os apicultores acomodam as abelhas e colhem o mel.


Apiterapia
O uso de produtos produzidos por abelhas, inclusive mel, pólen colhido, geléia real e cera alveolada, para tratar doenças ou machucados é conhecido como apiterapia. Os apiterapeutas defendem desde o uso de ferrões de abelhas para combater a dor de artrite (em inglês) até o uso de mel para tratar cortes e arranhões. A medicina ainda não confirmou muitas das capacidades de cura atribuídas a essas substâncias. O mel possui, no entanto, propriedades antibacterianas evidentes e documentadas pela medicina.

Conta Social: Praia consciente

POR LEILA SOUZA LIMA


Rio - Desde sexta-feira, banhistas cariocas podem dar grande contribuição ao meio ambiente. Postos de salvamento das praias do Flamengo ao Pontal começaram a recolher óleo de cozinha usado, que será encaminhado à reciclagem. A iniciativa é da concessionária Orla Rio, em parceria com as empresas MBR Materiais Reciclados e Neutral. A ideia é chamar a atenção para a importância da reciclagem do óleo vegetal saturado, um dos piores agentes contaminadores da água.
Um litro de óleo pode contaminar até 1 milhão de litros de água — o equivalente ao consumo de uma pessoa por 14 anos. Despejado em ralos, o material entope as tubulações e contribui para proliferação de vetores de doenças no esgoto. Em contato com o mar, o resíduo passa por reações químicas e resulta na emissão de gás metano, vilão do efeito estufa.

Cada unidade poderá recolher 50 litros de óleo por dia e, a cada dois litros, o banhista ganha um produto de limpeza feito do óleo reciclado. “É importante que as pessoas passem a fazer da coleta uma rotina, como muitas empresas já fazem”, disse o vice-presidente da Orla Rio, João Marcello Barreto.

Alimentação e dança: o vôo da abelha

 


A drinking bee
Foto cedida por alexwell/Stock.xchng
Uma abelha colhendo néctar
As abelhas encontram comida da mesma forma que outros animais, por meio de informações sensoriais e de uma percepção das características dos ambientes. As abelhas têm um olfato apurado elas conseguem recordar e reconhecer padrões, como as cores-padrão que provavelmente estão perto de bons alimentos. Elas também podem reconhecer a simetria, uma característica que os cientistas costumam associar com formas de vida mais inteligentes. Todas essas habilidades ajudam a abelha a encontrar e reconhecer as flores, que produzem o pólen usado pelas abelhas como proteína e o néctar, usado como energia.
A vida de uma abelha solitária e de suas crias depende da habilidade que ela tem para encontrar comida, colhê-la e levá-la para o ninho. Para uma abelha exploradora social, a sobrevivência de sua colônia depende das mesmas coisas, além da habilidade de informar para as companheiras de colméia como encontrar a comida. Algumas abelhas sociais fazem isso deixando um rastro com óleos de flores aromáticas ou guiando as companheiras de colméia até parte do caminho. As abelhas domésticas informam para suas irmãs como encontrar comida, água, resina e novos lugares para a construção de ninhos usando uma das linguagens animais mais estudadas: a dança.
Quando uma abelha doméstica campeira encontra comida, ela utiliza duas ferramentas conhecidas para perceber onde está essa comida. Uma delas é sua bússola solar, que permite que ela se lembre onde as coisas estão em relação ao sol. A habilidade da abelha de ver a luz polarizada permite que ela determine onde o sol está, mesmo que ele esteja encoberto por nuvens. A outra ferramenta é seu relógio interno, que permite controlar a distância que já voou. O relógio interno também permite que ela determine quantas vezes o sol se movimenta durante sua jornada. Em outras palavras, quando a abelha volta para a colméia, ela pode informar para suas irmãs exatamente onde está a comida em relação à posição atual do sol, e não na posição em que ele estava quando ela encontrou a comida. À medida em que uma abelha se desenvolve, ela também aprende que a trajetória do sol muda no céu durante as estações do ano e em latitudes diferentes, se sua colméia mudar de lugar. Ela pode incorporar essas mudanças a seus cálculos.
Quando ela volta para a colméia, a abelha campeira recruta suas irmãs para carregarem a comida até o ninho. Elas, como a campeira, são as abelhas mais velhas da colméia. A campeira distribui amostras de comida, que ajudarão suas irmãs a encontrarem o alimento quando chegarem ao destino. Em seguida, ela realiza uma dança na superfície vertical dos favos na colméia. A área onde ela realiza a dança é normalmente conhecida como pista de dança, e as operárias que observam a dança são as seguidoras.
Se a comida estiver próxima, a abelha realiza a dança em círculo, voando em círculos para direções diferentes. Essa dança não passa muitas informações sobre o local exato onde está a comida. A comida, no entanto, geralmente está próxima o suficiente para as operárias sentirem seu cheiro rapidamente.
Quando a comida está longe, a campeira realiza a dança do requebrado. Durante esssa dança ela voa em linha reta enquanto movimenta seu abdômen e, em seguida, volta para o ponto de partida, formando uma curva para a esquerda ou direita da linha. A linha reta indica a direção da comida em relação ao sol. Se a abelha voa em linha reta e para cima da parede da colméia, as campeiras podem encontrar comida voando em direção ao sol. Se ela voa em linha reta e para baixo da parede da colméia, as campeiras podem encontrar comida voando para longe do sol. Enquanto a dança continua, a abelha dançarina ajusta o ângulo do vôo do requebrado para que ele fique de acordo com o movimento do sol.


A bee's waggle dance


A velocidade dos círculos de volta permite que as outras abelhas saibam sobre a qualidade da fonte de comida, elas sabem para onde ir seguindo o vôo do requebrado. Com a vibração de suas asas e o movimento de seu abdômen, a abelha dançarina movimenta bastante ar. Fazendo com que as que estão ao seu redor sentirem esse movimento. As abelhas que estão diretamente atrás dela, onde o movimento de ar é maior, recebem informações claras sobre a distância e o lugar para onde devem voar. Quando elas chegam à posição descrita, começam a voar em um padrão de busca até encontrarem a fonte de comida. Depois disso, elas fazem até doze viagens de ida e volta entre a colméia e a comida, lembrando-se da posição todas as vezes. Durante cada viagem, uma abelha pode transportar metade de seu peso em pólen ou néctar. Se necessário, elas realizam uma dança da vibração, em que voam em várias direções enquanto vibram, para encorajar as outras abelhas a começarem a descarregar o néctar.
As abelhas na colméia descarregam o pólen e o néctar e os armazenam nos alvéolos da colméia. Essas abelhas são mais novas do que as campeiras, e mais velhas do que as nutrizes. Cabe a essas operárias determinar quando a colméia tem a quantidade suficiente de um tipo de comida ou material de construção e informar as abelhas campeiras. Elas fazem isso mudando a maneira como aceitam o material. Se elas aceitam com entusiasmo, as campeiras sabem que a colméia precisa de mais. Se as operárias, porém, não estiverem animadas para descarregar o material, as campeiras sabem que a colméia já tem o suficiente .
Para conservar espaço e preservar a comida, as abelhas transformam o néctar em mel. O processo oferece ao mel algumas propriedades únicas. Vamos ver essas propriedades na próxima seção.

O favo de mel e a reprodução das abelhas

 


Independentemente de viverem sozinhas ou em grupos, a maioria das abelhas tem uma conduta parecida para se acasalar. Em quase todas as espécies, o único trabalho de um zangão é acasalar com a fêmea. A maioria dos zangões nem ao menos tem as estruturas necessárias para produzir cera ou carregar pólen; assim, os machos nas espécies sociais não ajudam no trabalho diário que acontece na colméia. Na verdade, as abelhas farejadoras fêmeas geralmente expulsam os zangões sobreviventes do ninho antes do inverno ou quando a comida fica escassa.
Geralmente, uma abelha fêmea se acasala com vários zangões enquanto está suspensa no ar, reunindo todo o esperma de que irá precisar durante sua vida, que dura alguns meses para uma abelha solitária ou até cinco anos para uma abelha doméstica. O acasalamento costuma acontecer em uma área coletiva, embora os cientistas ainda não tenham descoberto como os zangões escolhem o lugar. Em algumas espécies, inclusive das abelhas domésticas, os zangões morrem um pouco depois de acasalarem porque deixam seus endófalos no corpo da fêmea, se ferindo fatalmente durante o processo. Em outras espécies, os zangões podem se acasalar com várias fêmeas. Elas usam o esperma de vários zangões para fertilizarem seus ovos, isso oferece aos zangões uma chance mais alta de serem pais de abelhas jovens.


The life cycle of a honeybee


Depois que a fêmea se acasala, ela se isola em um abrigo durante o inverno ou volta para seu ninho para depositar os ovos, dependendo de sua espécie. Quando deposita os ovos, eles passam pelas mesmas fases dos ovos das lagartas e das borboletas. Primeiro, as abelhas saem dos ovos e se transformam em larvas. As larvas se alimentam antes de trocarem de casulo e se transformarem em pupas. Então, elas saem dos casulos como adultas.
Mesmo que os passos sejam os mesmos, o ambiente em que a abelha em desenvolvimento cresce pode variar consideravelmente. No caso das abelhas solitárias, a fêmea constrói um ninho, coloca comida dentro dele e deposita um ovo. A comida pode incluir uma mistura de pólen e néctar chamada pão de abelha. Também pode incluir um tipo de mel. A maneira exata como as abelhas posicionam seu ovo e a comida, assim como a construção do próprio ninho, depende de cada espécie. Algumas espécies depositam um ovo em cada ninho, ao passo que outras os dividem em múltiplas câmaras de criação. Em ninhos com câmaras múltiplas, os ovos dos machos geralmente ficam na frente, permitindo que os jovens zangões voem até a área de acasalamento antes que as abelhas fêmeas tenham saído dos ovos. Muitas abelhas solitárias fecham seus ninhos depois de depositarem os ovos e nunca vêem suas crias. Muitas vezes, essas espécies depositam os ovos durante o outono. Os ovos abrem durante a primavera, mas as abelhas-mães não sobrevivem ao inverno.

Each cell in the comb of a bee hive can hold honey or a single developing bee.
Foto cedida por Stock.xchng
Cada alvéolo no favo de uma colméia de abelha pode armazenar mel ou uma única abelha em desenvolvimento

As abelhas sociais, por outro lado, têm uma conduta diferente para criar as jovens. A abelha solitária fêmea deposita apenas alguns ovos durante sua vida, ao passo que uma abelha rainha doméstica deposita milhares. Ela deposita um ovo em cada alvéolo na área de criação da colméia. A abelha rainha controla se ela deposita ovos de machos ou de fêmeas, e deposita os dos machos em alvéolos um pouco maiores. Se ela usa o esperma para fertilizar o ovo primeiro, a larva que sairá será fêmea. Se ela não fertilizar o ovo, a larva que sairá dele será macho. Isso significa que as abelhas fêmeas herdam os genes das mães e dos pais, ao passo que os machos herdam apenas os genes das mães.
Quando os ovos abrem, as abelhas operárias mais jovens na colméia cuidam deles. Durante os dois primeiros dias de vida das larvas, as operárias as alimentam com geléia real. Depois disso, elas comem pólen ou pão de abelha. A única exceção é a abelha rainha. Quando as operárias criam uma nova rainha, elas a alimentam com geléia real até que ela troque de casulo. As larvas das abelhas sofrem metamorfose várias vezes antes de trocarem de casulo, e nesse ponto as operárias tapam os alvéolos com pequenas placas de cera alveolada para proteger as crias em desenvolvimento.
O tempo de vida de uma abelha doméstica fêmea depende da época em que ela sai de seu casulo. Se ela sai no início da primavera, deve viver apenas por algumas semanas, enquanto prepara a colméia para várias abelhas novas. As operárias que saem mais tarde podem sobreviver durante o inverno. Independentemente da época em que ela nasça, porém, uma abelha doméstica fêmea começa a sua vida como uma nutriz, cuidando das outras abelhas. Quando fica mais velha, começa a realizar outras tarefas importantes na colméia, como fazer a limpeza de alvéolos vazios. Ela também aprende a produzir mel e a ir em busca de comida. Vamos ver, na próxima seção, as ferramentas que as abelhas usam para encontrar e armazenar comida.

Tipos de abelhas

 

Em termos científicos, as abelhas pertencem à superfamília de insetos Apoidea. Essa superfamília inclui várias famílias, subfamílias, tribos e aproximadamente 20 mil espécies de abelhas. Em cada família as abelhas possuem características em comum, como os métodos de construção dos ninhos. Espécies diferentes geralmente têm características físicas distintas, como o formato da asa ou o tamanho da língua.



A honeybee colony in the wild
Foto cedida por MadMaven/T.S.Heisele/ Stock.xchng
Uma colônia de abelhas na floresta

 
Muitas pessoas estão mais familiarizadas com as abelhas farejadoras e com as abelhas grandes. As duas são abelhas sociais, ou seja, elas vivem em grupos grandes. As abelhas sociais usam secreções de cera que saem de seus corpos para construir ninhos e locais grandes para armazenar comida e criar as abelhas jovens. Um terceiro tipo de abelha social é a sem ferrão. As abelhas sem ferrão são nativas de áreas tropicais, onde algumas sociedades as usam para a produção de mel. Até recentemente, a criação de abelhas sem ferrão era comum nas regiões dos maias da América do Sul (em inglês), mas a prática quase desapareceu nos últimos 20 anos.





 
Embora as abelhas grandes e as domésticas sejam sociais, suas sociedades se diferenciam consideravelmente. As colônias de abelhas domésticas, ou colméias, são permanentes. A rainha e suas filhas usam cera das glândulas cerígenas em seus abdômens para construir um ninho que dura por gerações. Se a colméia ficar superlotada, as operárias, que são todas fêmeas, irão criar uma nova rainha, alimentando-a durante todo seu desenvolvimento com geléia real, produzida por uma glândula em suas cabeças. A antiga rainha irá deixar a colméia com cerca de metade das operárias para construir um novo ninho, e a nova rainha ficará para trás. As abelhas sabem que precisam criar uma nova rainha quando param de receber a quantidade suficiente de feromônio da rainha, que é produzido em suas glândulas mandibulares.


When honeybees leave a hive to start a new nest, they form a swarm.
Foto cedida por MorgueFile
Quando as abelhas domésticas deixam a colméia para construir um novo ninho, elas formam um enxame



 

As abelhas grandes, por outro lado, possuem ninhos anuais. A cada ano, a rainha se acasala no outono e passa o inverno abrigada. Na primavera, ela sai e constrói um ninho no qual deposita os ovos. Quando suas filhas saem dos ovos, elas se tornam operárias e ajudam a rainha a aumentar o ninho. No fim do verão, a rainha deposita os ovos, que se transformam em novas rainhas e em zangões. Os zangões se reúnem na área de acasalamento para se acasalar com as rainhas de várias colônias, e assim o ciclo continua.
Muitas pessoas estão mais familiarizadas com as abelhas sociais porque elas podem ser mais visíveis do que as solitárias. Muitas espécies sociais produzem substâncias usadas pelas pessoas, como o mel e a cera alveolada, e as pessoas podem ver grandes enxames se alimentando em pomares e jardins. A maioria das abelhas, porém, não são sociais. Menos de 15% das abelhas vivem em colônias. As outras são solitárias. Elas podem apresentar algumas tendências sociais, mas não constroem grandes colméias ou armazenam bastante mel extra. Em vez disso, elas constroem ninhos pequenos que têm o tamanho suficiente para armazenar alguns ou apenas um ovo. Algumas vezes, várias abelhas solitárias constroem seus ninhos próximos uns dos outros; com exceção do acasalamento e da ocasional defesa em grupo da área do ninho, porém, essas abelhas não costumam interagir umas com as outras.




Some bee species use snail shells to make their nests.
Foto cedida por Museu de História Natural da Eslovênia
Algumas espécies de abelhas usam conchas de caracóis para construir seus ninhos


Muitas abelhas solitárias são conhecidas pela maneira como constroem seus ninhos. Elas podem usar cerume, um tipo de cera secretada por seus corpos, ou própolis, uma cola que as abelhas produzem com a resina de árvores. Muitas abelhas adicionam outros materiais a essas substâncias, por exemplo:


 

  • carpinteiras fazem buracos em madeira sem pintura e sem acabamento. Algumas pessoas confundem as carpinteiras com as abelhas grandes;
  • rebocadoras fazem buracos e túneis com uma secreção glandular parecida com cimento;
  • cortadoras-de-folhas usam seus aparelhos bucais para cortar pedaços de folhas, usados para revestir seus ninhos;
  • construtoras, que estão na mesma família das cortadoras-de-folhas, usam a saliva e as secreções das glândulas mandibulares para colar areia e pedregulhos;
  • cardeadoras reúnem partes de plantas com pêlos ou lãs para revestir seus ninhos.
Outras abelhas se aproveitam de materiais existentes quando constroem seus ninhos. Algumas usam cupinzeiros ou ninhos de vespas. Outras espécies depositam seus ovos em conchas vazias de caracóis, dividindo-as em duas câmaras usando secreções glandulares ou depositando um ovo em cada concha. As conhecidas como parasitas, depositam seus ovos nos ninhos de outras abelhas. Elas não têm estruturas para coletar pólen, e dependem do pólen de outras abelhas para alimentar suas crias.




The orchid bee, Apinae euglossini, has an extremely long proboscis.
Foto cedida por Ralph Holzenthal/2003 Membros do conselho da Universidade de Minnesota
A abelha das orquídeas, Apinae euglossini, tem um probóscide extremamente longo usado para alcançar o néctar dentro das flores das orquídeas.


Outras abelhas solitárias são conhecidas pelo tipo de flores que freqüentam ou por outras características diferenciadas. Pequenas abelhas do suor, por exemplo, são atraídas pelo suor humano. As abelhas das orquídeas são bem coloridas e costumam ter uma aparência metálica. Os cientistas acreditam que as orquídeas e as abelhas das orquídeas se desenvolveram juntas de um modo tal que agora uma se tornou dependente da outra. Essas abelhas possuem um probóscide bem longo, e as orquídeas armazenam seu néctar no fundo de suas flores. A espécie das abelhas das orquídeas é uma das poucas em que os machos realizam atividades produtivas que não a de acasalamento. Em algumas espécies, os zangões das abelhas das orquídeas coletam óleos aromáticos de flores usando partes de suas pernas que se parecem com uma pá. Como as fêmeas não coletam esses óleos, os cientistas acreditam que os zangões podem usá-los para atrair uma parceira.
Embora as abelhas sociais e as solitárias apresentem diferenças consideráveis na maneira como vivem e constroem seus ninhos, elas têm muito em comum quando se trata de reprodução. Vamos ver o ciclo de vida da abelha na próxima seção.

Foto cedida por Ralph Holzenthal/2003 Membros do conselho da Universidade de Minnesota




Abelhas africanizadas
Em 1957, as pessoas importaram abelhas africanas para o Brasil (em inglês) e, inadvertidamente, as soltaram na floresta. Elas se acasalaram com as abelhas européias, criando as abelhas africanizadas. Essas abelhas são praticamente idênticas às européias, mas tendem a ser bem mais agressivas quando estão defendendo seus ninhos. Por essa razão, a mídia as trata como "abelhas assassinas". As abelhas africanizadas se espalharam do Brasil para outras partes da América do Sul e Central e para a parte sul dos Estados Unidos, inclusive para Flórida, Califórnia e Arizona. Essas abelhas são mais perigosas quando pessoas ou animais ficam muito próximos de seus ninhos, mas elas produzem mel e polinizam plantas como qualquer outra abelha doméstica. Você pode aprender mais sobre as abelhas africanizadas e como evitá-las no site da Universidade Texas A&M (em inglês).

Regularização de terra na Amazônia cumpre 1% da meta

Maior programa de regularização fundiária da Amazônia desde a ditadura militar, o Terra Legal não decolou.
Lançado há um ano e oito meses, a partir da medida provisória 458 --apelidada por críticos de "MP da Grilagem"--, o programa deu até agora 554 títulos de terras a posseiros nos sete Estados amazônicos, ou apenas 1,1% da meta para o fim de 2010, de 50 mil títulos.
Em dados atualizados, o programa deverá avaliar quase 6% (51 milhões de hectares) do território nacional, nos quais estão 180 mil ocupações. Junto às dificuldades típicas da região, o maior entrave são as contestações judiciais da concorrência pública de R$ 93 milhões, que contratou 28 empresas para fazer o georreferenciamento, (a medição dos imóveis).
Depois de conseguir contornar recursos interpostos por duas concorrentes da licitação, que atrasaram em quase três meses o cronograma de trabalho, as equipes que iam a campo para as medições encontraram a "Amazônia como ela é".
Segundo o coordenador-geral do programa, Carlos Guedes, oarte das empresas, sem experiência na Amazônia, começou a trabalhar a como se estivessem entrando no cerrado ou na caatinga. "Quando deram de cara com a mata, identificaram que teriam muita dificuldade em cumprir os prazos", disse Guedes.
Moradores não foram encontrados durante as visitas, documentos de terras continham informações imprecisas e datadas e o deslocamento na floresta muitas vezes era impossível.
Algumas dessas empresas foram obrigadas a trocar seus funcionários para tentar se adaptar à precariedade logística e documental.
O georreferenciamento é parte essencial do processo de titulação, que começa com o cadastro autodeclaratório dos posseiros. É ela quem desenha com exatidão os limites das propriedades requeridas.
Para o Ministério Público Federal, que acompanha o Terra Legal, o governo subestimou as dificuldades de um projeto dessa magnitude.
Ainda assim, o procurador da República Marco Antonio Delfino considera positiva a demora em fazer a titulação, pois ela tende a evitar atropelos e ilegalidades.
Desde a votação da medida provisória que o originou, o Terra Legal é criticado por ambientalistas por supostamente possibilitar a legalização de grandes grileiros --pessoas que se apropriaram ilegalmente de largas porções de terras públicas.
Até agora, foram detectadas diversas tentativas de fraudar o programa para obter terras acima do limite de 1.500 hectares. Houve casos de uso de "laranjas" e de fracionamento de grandes propriedades entre pessoas da mesma família.
Para detectar e evitar as irregularidades, foi criada uma rede de inteligência fundiária, da qual fazem parte Abin (Agência Brasileira de Inteligência), Polícia Federal e Sipam (Sistema de Proteção da Amazônia), dentre outras.
Guedes vê no programa a porta de entrada da regularização ambiental. Com os títulos, será possível identificar quem comete os crimes ambientais.
E diz que, como as empresas já começaram a entregar os dados sobre as medições, "2011 será o ano do Terra Legal". Ele espera terminar a avaliação das 180 mil ocupações até 2012.

As pernas e os ferrões das abelhas

As pernas das abelhas têm as mesmas partes básicas das de outros insetos. Começando com a parte mais próxima do corpo da abelha, elas são coxa, trocânter, fêmur, tíbia e tarso. Essas partes funcionam basicamente como o quadril, a coxa, a canela e o pé das abelhas, e pequenas juntas separam cada segmento. As pernas das abelhas também podem ter várias estruturas especiais, como:


  • pêlos parecidos com escovas, pentes e cestas para coletar o pólen;
  • uma pata e uma garra para segurar e manipular objetos;
  • um pequeno esporão para remover o pólen da antena;
  • uma corbícula para armazenar o pólen.
O abdômen não tem quase nenhuma apêndice, mas armazena praticamente todos os órgãos internos da abelha. Passagens chamadas espiráculos permitem que a abelha respire e uma rede de tubos e traquéias leva o oxigênio para dentro do corpo da abelha. Uma aorta no tórax bombeia o sangue, ou a hemolinfa, diretamente para os órgãos em vez de passar por um grupo de vasos sangüíneos. O oxigênio passa pela hemolinfa sem o uso de glóbulos vermelhos; então, o fluido é transparente em vez de ser vermelho. O abdômen também armazena um sistema digestivo que parece com um tubo e inclui um papo, ou um estômago de mel, onde a abelha guarda o néctar.


The baskets on this bee's hind legs, made from hair, are full of pollen.
Foto cedida por MorgueFile
As cestas nas pernas traseiras da abelha, feitas de pêlos, estão cheias de pólen





O abdômen de uma abelha tem um apêndice notável, o ferrão, que é um ovipositor, ou um depositador de ovo modificado. O ferrão possui uma bolsa de veneno com lancetas afiadas, que injetam o veneno (em inglês) que a abelha produz usando sua glândula de veneno. Muitos cientistas acreditam que as abelhas herdaram o veneno de suas ancestrais parecidas com vespas, que usavam seus ovipositores para depositar ovos nos corpos de outros insetos. Por fim, as substâncias que revestiam o ovipositor se tornaram venenosas, o que facilitou o domínio das presas pelas vespas pré-históricas.
As abelhas não depositam ovos na carne, mas mantiveram a habilidade de picar para se defender. Algumas abelhas, no entanto, não possuem ferrões. Os ovipositores são os órgãos reprodutivos das fêmeas; assim, os zangões geralmente não podem picar. Também existem várias espécies de abelhas sem ferrão.
 Várias espécies de abelhas domésticas têm ferrões farpados, que grudam nos corpos de mamíferos e puxam parte de seu abdômen quando voa para longe. Como resultado, a abelha morre. As abelhas com ferrões farpados muitas vezes podem picar outros insetos sem se machucar. As abelhas rainhas domésticas e as abelhas de muitas outras espécies, inclusive as grandes e muitas das solitárias, têm ferrões lisos e podem picar mamíferos várias vezes.
Além do veneno, as abelhas produzem uma série de substâncias úteis em suas glândulas localizadas por todo o corpo. Os tipos de glândulas variam consideravelmente, dependendo da espécie da abelha e da maneira como ela vive. Vamos dar uma olhada, na próxima seção, nos diferentes tipos de abelhas e no modo como elas usam as substâncias que seus corpos produzem.


O veneno da abelha
O veneno da abelha contém várias substâncias que destroem as células. Isso inclui peptídeos e enzimas que invadem e destroem a camada de gordura que reveste cada célula. O veneno também destrói os mastócitos da pele, que fazem parte do sistema imunológico do corpo. Isso libera histamina, que estimula a dilatação dos vasos sangüíneos e permite que as células imunológicos cheguem ao local da picada mais rapidamente e neutralizem o veneno. Em pessoas com alergia à picada de abelha, no entanto, esse processo libera muita histamina. A resposta de dilatação dos vasos sangüíneos é extrema, e eles não conseguem mais realizar suas funções de regular a pressão sangüínea. Como resultado, a pressão sangüínea baixa rapidamente e as células param de receber oxigênio. Esse tipo de choque anafilático (em inglês) também causa inchaço e espasmos e pode levar à morte. O tratamento típico é uma injeção de epinefrina, que contrai os vasos sangüíneos, ajudando a restabelecer a pressão sangüínea e a distribuição de oxigênio.

Anatomia da abelha

 

Os cientistas suspeitam de que as abelhas e as plantas com flores tenham se desenvolvido há cerca de 100 milhões de anos, no meio do período Cretáceo. Antes desse período, muitas plantas se reproduziam do mesmo jeito que as atuais coníferas fazem. Elas liberavam sementes e pólen usando cones. O vento carregava os cones e, com o tempo, o pólen entrava em contato com as sementes e as fertilizava. Durante o período Cretáceo, algumas plantas começaram a se reproduzir usando flores. Ao contrário das coníferas, essas plantas, chamadas angiospermas, precisavam da ajuda de insetos e de outros animais para se reproduzirem. Os insetos tinham de, fisicamente, passar os grãos de pólen das anteras das plantas, ou estruturas masculinas, para os estigmas, ou estruturas femininas.
Quase na mesma época, as abelhas se diferenciaram de suas ancestrais parecidas com vespas. As vespas pré-históricas eram carnívoras que depositavam seus ovos nos corpos de suas presas. As abelhas se tornaram herbívoras, comendo pólen e néctar das plantas recém-desenvolvidas e polinizando as flores enquanto faziam isso. Evidências fósseis apóiam essa teoria: o fóssil mais velho de abelha de que se tem conhecimento tem 100 milhões de anos de idade, e a abelha preservada possui várias características parecidas com as das vespas. Isso não significa necessariamente que as abelhas evoluíram delas. É mais provável que as abelhas e as vespas tenham evoluído de um ancestral comum parecido com uma vespa.
Hoje em dia, as abelhas ainda têm várias características físicas em comum com suas primas vespas. Elas também têm algumas características das formigas. Juntas, abelhas, vespas e formigas formam a ordem de insetos Hymenoptera, que significa "asas membranosas".


Flowering plants need the help of pollinators, like bees, to reproduce.
Imagem cedida por MorgueFile
As plantas com flores precisam da ajuda de polinizadores, como as abelhas, para se reproduzirem


O corpo de uma abelha tem muito em comum com os de outros insetos. A maior parte dele é coberto por um exoesqueleto formado por pequenas placas removíveis de quitina. O corpo de uma abelha também é coberto por muitos pêlos macios e ramificados, que coletam o pólen e ajudam a regular sua temperatura. O corpo também possui três partes: a cabeça, o tórax e o abdômen.


A bee's anatomy
 


Close-up illustration of a bee's mouth


A cabeça acomoda o cérebro, um conjunto com cerca de 950 mil neurônios. Eles são especiais e se comunicam com neurônios vizinhos específicos. Essa divisão de tarefas faz parte da razão pela qual o cérebro da abelha, que tem uma fração do tamanho de sua cabeça, consegue realizar tarefas complexas que geralmente poderiam exigir um cérebro maior. Um sistema de nervos permite que o cérebro se comunique com o resto do corpo.
Em sua cabeça, uma abelha possui duas antenas sensoriais. Ela também tem cinco olhos: três simples ou ocelos e dois compostos. Os olhos compostos são formados por pequenas estruturas chamadas omatídeos. Em cada olho composto, cerca de 150 omatídeos são especializados em padrões visuais. Isso permite que as abelhas detectem a luz polarizada, coisa que os seres humanos não conseguem fazer.
Como a maioria dos insetos, as abelhas possuem aparelhos bucais complexos que são usados para comer e beber. O tamanho e o formato dessas partes podem variar de uma espécie para a outra, mas em geral a maioria tem:

  • 2 mandíbulas ou maxilares;
  • 1 glossa, ou língua;
  • 1 labro e duas maxilas.
O labro e as maxilas são como lábios. Elas apóiam um probóscide ou tubo para coletar o néctar.


bee wings connect to one another using hooks caled hamuli


Os dois pares de asas e os três pares de pernas de uma abelha são conectados ao tórax. As asas são partes extremamente finas do esqueleto das abelhas. Em muitas espécies, as asas da frente são maiores do que as traseiras. Duas fileiras de ganchos chamados hamuli conectam as asas da frente e as de trás para que elas se movam juntas quando a abelha estiver voando.
Na próxima seção, vamos dar uma olhada nas pernas das abelhas e em uma parte que ninguém esquece: o ferrão.

Abelhas Introdução


Na história da criação do povo San do deserto do Kalahari, uma abelha carrega um louva-a-deus por um rio. O rio é extenso e a abelha exausta acaba deixando o louva-a-deus em uma flor que estava boiando na água. A abelha planta uma semente no corpo do louva-a-deus antes de morrer e a semente se transforma no primeiro ser humano.
O San não é o único povo que inclui abelhas em seus mitos e histórias. De acordo com a mitologia egípcia, as abelhas foram criadas quando as lágrimas do deus sol Rá caíram na areia do deserto. Kamadeva, o deus hindu do amor, carrega um arco feito de abelhas domésticas. As abelhas e suas colméias aparecem em imagens religiosas e em insígnias reais de várias culturas. Além disso, pessoas ao redor do mundo usam mel e pólen em remédios caseiros e em práticas religiosas.



The sheer number of bees in colonies and swarms led some to believe that bees reproduced spontaneously.
Foto cedida por MorgueFile
O grande número de abelhas em colônias e em enxames fez que algumas pessoas acreditassem que elas se reproduzem espontaneamente


A idéia de que exista algo divino ou místico sobre as abelhas não se limita à religião e à mitologia. Até o século 17, muitas pessoas, inclusive os apicultores, pensavam que as abelhas se reproduziam espontaneamente, sem a ajuda da reprodução sexual. Na década de 1660, entretanto, Jam Swammerdam examinou uma abelha rainha através de um microscópio e descobriu órgãos reprodutores femininos. Mais ou menos na mesma época, Francesco Redi provou que as larvas se formavam na carne somente quando as moscas haviam pousado no lugar. Ficou claro que as abelhas e outros insetos se reproduziam por meio do depósito de ovos e não por um passe de mágica.
Apesar de não se reproduzirem por meio da autogênese, ou geração espontânea, as abelhas apresentam muitas outras características encontradas em histórias e mitos, características que levaram várias culturas a observá-las com reverência ou admiração. Isso é particularmente verdade para as abelhas sociais, ou espécies que vivem em colônias. As abelhas sociais são organizadas, habilidosas e inteligentes. Elas trabalham solicitamente durante o verão inteiro para produzir comida o suficiente para sobreviver durante o inverno. As abelhas sociais são limpas e meticulosas, e organizam suas vidas em torno de um membro central na colméia, a rainha.
A maioria das abelhas, porém, não são sociais. Elas não vivem em colméias ou trabalham juntas para sustentar uma rainha. Neste artigo, vamos ver quais são as diferenças entre as abelhas sociais e as solitárias. Também vamos explorar como as abelhas produzem o mel e examinar as causas e os efeitos em potencial do Distúrbio do Colapso das Colônias.

A partir de hoje enciclopédia dos bichos no Jornal Meio Ambiente

Abelha
Água-viva
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Tubarão-baleia
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Tubarão-martelo
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