sábado, 3 de setembro de 2011

Frango é o vilão da inflação em agosto, informa Fipe

Produto lidera ranking dos que mais contribuíram para alta de 5,5 %

Por Agência Estado
Editora Globo
"O frango foi o vilão do mês"
A exemplo do que tem sido visto nos recentes índices de inflação, os preços de alimentação foram o destaque do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) na capital paulista, durante agosto. Foi registrada uma alta de 0,92% em comparação com 0,21% do mês de julho. O IPC geral fechou agosto em 0,39%, com contribuição de 0,2 ponto porcentual do Grupo Alimentação, ou 53,28% do índice.

De acordo com o coordenador do IPC-Fipe, Antonio Evaldo Comune, as maiores pressões de alimentação vieram do subgrupo semielaborados (2,17%), sobretudo do item frango, que liderou o ranking dos que mais contribuíram, com alta de 5,50%. "O frango foi o vilão do mês", disse Comune.

O comportamento dos cortes bovinos também chamou a atenção no levantamento do mês. "Parece que chegou a entressafra de carnes. Vemos que os cortes estão com alta clara", comentou o especialista. As carnes bovinas subiram 1,90% em agosto, lideradas pelo filé mignon (3,97%) e o patinho (3,93%). O arroz avançou 3,38%, ajudando na inflação de 2,48% de cereais.

O coordenador do IPC-Fipe também ressaltou o aumento de 50,71% dos preços de limão entre as altas individuais do grupo. "Está entre as cinco maiores elevações", afirmou. Comune explicou que esse movimento, no entanto, tem impacto pequeno no IPC total em função da participação pequena deste item no índice.

"Outro destaque foi açúcar (4,55%), que sobe em razão do mercado internacional". Segundo ele, o produtor prefere exportar o produto a vendê-lo no mercado interno, atraído pelas elevadas cotações.

Alimentação vem, lentamente, registrando avanço nas últimas quadrissemanas. Após subir 0,21% em julho, avançou 0,25%, 0,57% e 0,81% nas quadrissemanas de agosto para fechar o mês em 0,92%. Na previsão da Fipe, o grupo deve continuar subindo, batendo o pico de 1,02% na primeira quadrissemana de setembro, retomar o nível de 0,92% na segunda leitura e desacelerar a 0,83% na quadrissemana seguinte. No fechamento do mês, a alta prevista é de 0,85%.

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