sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Zoneamento do Mato Grosso é analisado no DF

Representantes de organizações defensoras do meio ambiente, de povos indígenas, da agricultura familiar e de movimentos sociais chegam nesta sexta-feira a Brasília para uma reunião com a Comissão Nacional de Zoneamento, do Ministério do Meio Ambiente. Participam ainda representantes do Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente). A reunião visa a analisar o projeto de zoneamento socioeconômico e ecológico de Mato Grosso.

As falhas do projeto, aprovado pela Assembleia Legislativa e pelo governo do estado, e os impactos socioambientais que podem ser gerados por conta do zoneamento foram discutidos pela sociedade mato-grossense em maio, durante seminário que contou com a participação de indígenas, movimentos sociais, pesquisadores e parlamentares. O resultado dessa discussão foi uma carta contendo os pontos levantados e que será entregue aos representantes dos órgãos federais.

Entre os problemas destacados, estão a eliminação de terras indígenas, a redução de áreas voltadas à conservação e à proteção de recursos hídricos, a falta de reconhecimento das áreas de agricultura familiar e a expansão de zonas destinadas à agricultura e à pecuária de alto impacto.

Os problemas com o zoneamento levaram representantes do Ministério Público no estado a entrar com ação pública, com pedido de liminar. A ação diz que "o zoneamento revela-se um instrumento com enorme potencial de ser propulsor de graves prejuízos ambientais e econômicos ao estado de Mato Grosso, merecendo assim a pronta intervenção do Poder Judiciário para anulá-la, em nome da higidez do ambiente, da sustentabilidade econômica, da qualidade de vida e do bem-estar da sociedade mato-grossense".

Participam da reunião, às 9h no Ministério da Agricultura, organizações como o ICV (Instituto Centro de Vida), ISA (Instituto Socioambiental), Ipam (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amâzonia), a Opan (Operação Amzônia Nativa), o Formad (Fórum Mato-Grossense de Meio Ambiente e Desenvolvimento) e o GTMS (Grupo de Trabalho e Mobilização Social), integrado por mais de 130 instituições e movimentos sociais.

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