quinta-feira, 22 de setembro de 2011

O excesso de consumo e o meio ambiente

meio ambienteA recente pesquisa amostral acadêmica feita por alunos do terceiro ano do curso de Administração da Faculdade de Educação Superior do Paraná (FESP) aponta os impactos do consumo excessivo no meio ambiente. O levantamento foi feito com funcionários da iniciativa privada, em Curitiba (PR), todos com nível superior. “Um dos principais objetivos foi informar como está o excesso de consumo de produtos e embalagens que agridem o meio ambiente.
Diagnosticamos que o mercado tem necessidade de que sejam criados produtos e embalagens mais seguros e menos agressivos”, explica a aluna Cleuza Maria de Souza que fez parte da equipe que desenvolveu o projeto.

De acordo com o estudo, na hora do consumidor comprar um produto a qualidade está em primeiro plano. Para 16,7%, a prioridade é a qualidade, enquanto 6,68% dizem que o preço é mais importante e apenas 3,3% apontam que preferem produtos que podem ser reciclados.

A pesquisa revelou que 76% dos entrevistados conhecem programas para preservação do meio ambiente, mas apenas 36,67% têm o hábito de separar as embalagens dos produtos para reciclagem, enquanto 50% dos entrevistados às vezes separam.

O último relatório publicado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) revelou que o Brasil perde R$ 8 bilhões por ano quando deixa de reciclar. De acordo com o relatório, só a reciclagem de plástico geraria sozinha quase R$ 6 bilhões por ano. No caso da celulose, o valor gira em torno de R$ 1,6 bilhão, aponta o IPEA.

“Infelizmente observamos que as pessoas estão consumindo cada vez mais e a atenção destes consumidores com o meio ambiente acaba ficando em segundo plano”, comenta Cleuza Souza.

Consumo excessivo

Mas o peso da inflação, aliado aos gastos excessivos e ao acesso ao crédito, vem deixando o brasileiro cada vez mais endividado. Em paralelo à pesquisa realizada pelos alunos da FESP, o estudo intitulado “Closer” foi publicado pela empresa Kantar Worldpanel. O estudo consultou cerca de 8200 domicílios do País, em cidades com população acima de 10 mil habitantes, a fim de desenhar um perfil do novo consumidor e auxiliar empresas a alcançarem seus clientes.

Segundo a pesquisa, no último ano, 53% das famílias tiveram despesas acima da renda obtida, ante a 50% do ano passado. Em 2009, a renda média foi de R$ 1.889 e o gasto médio de R$ 1.863, enquanto em 2010 os valores foram R$ 2.146 e R$ 2.171, respectivamente.

Os gastos domiciliares são voltados a quatro itens: alimentos, transporte, bebidas e higiene pessoal – sendo que, quanto mais inovadores, práticos, saudáveis e personalizados forem os produtos encontrados nos supermercados, maiores as chances de conquistarem o consumidor.

A pesquisa amostral acadêmica sobre os impactos do consumo excessivo no meio ambiente foi realizada por Clarice Miranda, Cleuza Santos, Cleuza Souza e Marco Andrade, alunos FESP, sob orientação do professor Edison Luiz.

FACULDADE DE EDUCAÇÃO SUPERIOR DO PARANÁ – FESP

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