Enchente no Rio de Janeiro. Zonas rurais ainda sofrem com os efeitos.
“A devastação foi imensa”, disse o presidente da Aciat, Henrique Carregal. A agricultura de Teresópolis e dos municípios do entorno respondia por 87% do fornecimento de hortaliças para o estado do Rio de Janeiro. Hoje, a produção é apenas 30% do que era antes.
De acordo com informações da Agência Brasil, as propriedades sofreram com o acúmulo de areia sobre as terras férteis e com as pontes que caíram e isolaram muitos produtores, o que dificultou o escoamento da produção. Carregal afirmou que levará muito tempo para que a terra volte a ser produtiva. “Hoje, o nosso gargalo é a questão da agricultura”.
A maior parte da produção vem da agricultura familiar. Logo após a tragédia, muitos desses pequenos produtores rurais, que tiveram suas terras devastadas pela enchente, se tornaram meeiros (produtores que arrendam terras pagando o aluguel com metade da produção) de quem não teve as terras atingidas pelas chuvas. “Arranjaram uma forma de aumentar a produção das áreas que sobraram. Isso dá uma força na estrutura financeira da cidade”, disse Carregal.
O presidente da Aciat também destacou que uma grande ajuda recebida pelo comércio foi a disponibilização das verbas do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Lamentou, contudo, que nem todos os proprietários puderam acessar as linhas de crédito. “A maioria dos agricultores não está legalizada, e não tem como pegar emprestada uma verba do BNDES ou de outros programas”.
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