sábado, 30 de abril de 2011

Hidrelétricas podem ser vetores de desenvolvimento sustentável, diz especialista

por Agência Brasil
Divulgação/Itaipu Binacional
"Qualquer país do mundo gostaria de estar na situação do Brasil e ter potencial hidroelétrico", disse Mauricio Tolmasquim.
As usinas hidrelétricas podem ser um vetor importante para auxiliar o país na preservação ambiental. A avaliação é do presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Mauricio Tolmasquim, que participou nesta sexta-feira (29/04) de um debate sobre uma nova arquitetura energética para a América Latina durante o Fórum Mundial Econômico para a América Latina.

“Isso é possível a partir do momento em que você obriga as hidrelétricas a recuperar as matas ciliares, a criar parques de preservação ambiental, condicionantes para trazer benefícios para a população local”, disse o presidente da estatal, ligada ao Ministério de Minas e Energia.

Segundo ele, hidrelétricas deixaram de ser apenas uma fonte de energia para também contribuir para a melhoria do país. “É interesse para o Brasil preservar o seu ecossistema e aproveitar seu potencial hidrelétrico, que é uma energia renovável, que praticamente não emite carbono e que permite abastecer o país. É possível conciliar os dois. Basta usar a criatividade, construindo usinas com reservatórios menores, com obrigações ambientais e contribuindo para o desenvolvimento social regional."

Para o presidente da EPE, qualquer país do mundo gostaria de estar na situação do Brasil e ter esse potencial hidroelétrico. “A maioria dos países desenvolvidos já usaram 100% de sua energia hidroelétrica. Nós somos um dos poucos países que ainda não usou [todo] esse potencial”, disse.

Segundo ele, o Brasil é líder mundial na questão do combate ao aquecimento. "Temos 46% de matriz renovável, enquanto o restante do mundo tem apenas 14% de energia renovável e nos países ricos, apenas 7% são renováveis. O grande desafio do Brasil é conseguir crescer mantendo essa liderança mundial."

Para Tolmasquim, isso é possível já que o país utilizou apenas um terço da energia hidroelétrica e ainda tem grande fonte de energia eólica e da cana-de-açúcar.

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