sábado, 30 de abril de 2011

Produtor tem três novas cultivares de batata-doce

por Globo Rural Online
Embrapa/Divulgação
O trio de novas cultivares tem a intenção de atender necessidades da ponta final do processo, os consumidores
A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) lançou três novas cultivares de batata-doce, que apresentam uma produtividade superior a 32 toneladas por hectare – quatro vezes maior do que à média brasileira de oito toneladas – e atendem a demandas específicas dos consumidores, como coloração e maior ou menor grau de suculência.

Segundo o órgão, o trio de novas cultivares tem a intenção de atender necessidades da ponta final do processo, os consumidores. Itens como sabor, cor e suculência estão presentes. A BRS Amélia, de coloração rosa clara e rica em pró-vitamina A, conta com um alto teor de suculência, tendo um grande destaque na questão culinária. “A BRS Amélia salienta-se pela grande aceitação devido ao sabor e à cor da polpa, um alaranjado intenso. Quando cozida, a textura é úmida e melada, macia e extremamente doce”, comenta o pesquisador Luís Antônio Suíta de Castro, responsável pela seleção das variedades.

A cultivar também está relacionada com a questão da saúde. A pró-vitamina é um componente nutricional essencial para a população, principalmente a infantil. Na questão da produtividade, ensaios da Embrapa e testes com agricultores chegaram a 32 toneladas por hectare.

A BRS Rubissol, com casca avermelhada, destaca-se pela uniformidade das batatas-doce. Possui excelentes características para consumo de mesa, mas também pode ser utilizada no processamento industrial. A produtividade é outro atrativo. A média é de 40 toneladas por hectares.

Já a BRS Cuia tem coloração creme e pode chegar a até 60 toneladas por hectare. Ganha destaque na questão culinária devido ao tamanho relativamente grande das batatas. Também apresenta boa adequação ao processo industrial.

Seleção
Os produtos foram desenvolvidos pela Embrapa Clima Temperado (Pelotas, RS) por meio de um processo de seleção genética por competição. O primeiro passo, de acordo com os pesquisadores, foi reunir 70 acessos genéticos de batata-doce existentes no Rio Grande do Sul. Durante dez anos, foi feita a seleção desse material para identificar as de maior potencial. As cultivares selecionadas ainda passaram por um processo de eliminação de doenças, gerando plantas de batata-doce livres de qualquer vírus e com maior produção.

“A grande produtividade vem justamente do fato de ter havido uma seleção de material genético de maior qualidade e de ter ocorrido a eliminação de doenças”, explica Castro.

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