Os casais geralmente permanecem fiéis por toda a vida. A reprodução costuma ocorrer durante a primavera, época em que o alimento é abundante. Os ninhos geralmente são feitos em ocos de árvores, garantindo proteção contra predadores dos ovos e filhotes.
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Normalmente são chocados (principalmente pela fêmea) entre dois e quatro ovos arredondados, brancos e relativamente pequenos. O macho visita a fêmea na “câmara incubadora” (oco da árvore escolhida para fazer o ninho) para levar alimento. Os filhotes nascem com cor desbotada e, com cerca de 8 meses apresentam, a cor dos adultos. Eles ficam no ninho, sendo alimentados pelos pais, até cerca de 2 meses, quando são capazes de voar.
O macho é mais ativo na alimentação dos filhotes. Devido ao comportamento cuidadoso dos adultos, que são sempre muito silenciosos e discretos ao entrar e sair da câmara incubadora, é difícil localizar os ninhos e por isso existem poucas informações sobre os hábitos reprodutivos destes animais em ambiente natural.
O som que eles emitem é produzido através de uma membrana chamada siringe, localizada entre o final da traquéia e o começo dos brônquios. Esta membrana é responsável pela emissão de sons nas aves e pode variar em complexidade entre as diversas espécies. Nos papagaios, a siringe apresenta dois pares de músculos associados que são responsáveis pela mudança de posição da membrana durante a modulação do som. Nas galinhas, por exemplo, a siringe é mais simples e não tem músculos associados. Além dos músculos a forma do bico e da língua também contribuem para aumentar a capacidade dos papagaios de imitar diversos sons, entre eles, a voz humana. É importante ressaltar que a siringe de aves canoras (que cantam) é ainda mais complexa que a dos papagaios (podendo ter entre 7 e 9 pares de músculos); porém, segundo a bióloga Elizabeth Hofling, da Universidade de São Paulo (USP), o cérebro do papagaio tem uma capacidade de aprendizado maior para imitar sons. Além dos papagaios, certas araras e gralhas também conseguem imitar a voz humana. |
A sua cor predominantemente, verde, é um excelente disfarce no ambiente de floresta em que vivem. Além disto, são aves extremamente cautelosas que permanecem imóveis e em silêncio ao menor sinal de perigo. Enquanto se alimentam, andam ou sobem pelos galhos. Também costumam fazer movimentos lentos e silenciosos, dificultando sua localização.
Alimentação
A alimentação dos papagaios muda de acordo com as regiões em que eles vivem. Podem se alimentar de frutas e sementes, flores, pequenas castanhas e folhas, brotos, insetos e larvas. O Papagaio-charão e o Papagaio-de-peito-roxo se alimentam, principalmente, das sementes das araucárias, conhecidas como pinhões. Geralmente as espécies preferem sementes que conseguem abrir com o seu bico característico “desenhado” para este fim. Eles usam uma das patas para segurar a semente e levar em direção ao bico, enquanto se equilibram com a outra pata. Como eles destroem as sementes para se alimentar, não são considerados bons dispersores, como outras aves.
Principais ameaças
A principal ameaça para os papagaios é a captura clandestina de filhotes nos ninhos e adultos, para o tráfico de animais. Além disto, também se coletam os ovos para a incubação. A sua capacidade de imitação, principalmente da voz humana, é o principal estímulo para que as pessoas os queiram manter em cativeiro, como animais de estimação.
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Para ajudar a evitar a extinção destes animais nunca compre um animal vendido ilegalmente, porque não há como saber como e onde ele foi capturado. Lembre-se que, para cada animal que chega vivo no comércio ilegal, outra centena geralmente morre por maus tratos ou falta de cuidados adequados.
Associado a isto, o desmatamento acelerado dos ambientes em que as diferentes espécies ocorrem também contribui para a redução das populações.
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