Se você já viu corais ramificados abrindo seus ramos como se fossem galhos de árvores, saberá por que cientistas achavam que os corais eram plantas. Mas essas criaturas minúsculas e frágeis são carnívoras, apesar de serem
sésseis, ou presas a um ponto. Como seus parentes, a
água-viva e a anêmona do mar no filo Cnidaria, cada coral individual, ou
pólipo, possui células pontudas e cortantes chamadas de
nematocistos que podem ser estendidos e usados para capturar presas - como zooplânctons ou peixes pequenos.
Foto cedida pela NOAA
Esses pólipos de coral carnívoros estendem seus tentáculos à procura de comida Embora os antigos cientistas tenham errado, é fácil entender o porquê. O coral quase podia ser considerado meia planta devido às algas
zooxantelas que vivem dentro das paredes celulares de cada pólipo. O pólipo recebe das zooxantelas os subprodutos da fotossíntese e os transforma em proteínas, gorduras e carboidratos. Na verdade, o pólipo abriga as zooxantelas e fornece o carbono, os nitratos e os fosfatos que as algas precisam para a fotossíntese. Até 90% da energia produzida pela fotossíntese das zooxantelas são transferidos para o coral hospedeiro [fonte:
NOAA (em inglês)]. Essa estrutura mutuamente vantajosa é chamada de
simbiose.
Os pólipos de coral também utilizam a energia fornecida por suas algas simbióticas para produzir
carbonato de cálcio, ou calcário. Eles secretam o calcário de sua base, criando um esqueleto protetor e uma cavidade chamada de
taça. Os pólipos se escondem dentro da taça quando os predadores saem à sua procura.
Jeff Foott/Imagens do Discovery Channel/Getty Images
Milhares de pólipos individuais se agrupam para formar esse único coral ramificado Os pólipos raramente existem sozinhos. Geralmente, unem-se a outros pólipos para formar uma
colônia maior que age como um único organismo. Embora os minúsculos pólipos individuais cresçam em média de 1 a 3 mm, as colônias podem pesar toneladas. Mesmo um único coral ramificado compreende milhares de pólipos individuais. Essas colônias podem se juntar, durante centenas ou milhares de anos, para formar um
recife.
Os recifes crescem de duas maneiras. Uma é para complementar periodicamente sua base de calcário. Eles simplesmente secretam mais carbonato de cálcio embaixo e ao redor de sua taça, criando a estrutura do recife e fazendo-o crescer. Eles também crescem se reproduzindo. Os corais podem se reproduzir de forma
assexuada, dividindo-se e produzindo clones idênticos, ou
sexuada, através de óvulos ou espermatozóides.
De qualquer maneira, novos pólipos de coral se estabelecem no fundo do oceano até encontrarem uma base firme para se alojar, associando-se a uma colônia de corais pré-existente ou começando uma nova. Além de estarem presos pelas bases, os pólipos de coral se unem uns aos outros lateralmente por um tecido fino chamado de
cenossarco. Os cenossarcos e os pólipos formam a parte viva visível do recife, enquanto a base de calcário forma a parte sem vida.
Na próxima página, você aprenderá mais sobre a estrutura de um recife de coral e saberá que condições são necessárias para eles sobreviverem. Você também conhecerá os diferentes tipos de recifes.
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