segunda-feira, 28 de março de 2011

Acidente de barco mata dois turistas nas Cataratas do Iguaçu

A morte de dois turistas americanos em um acidente de barco nas Cataratas do Iguaçu, na última semana, alerta para a necessidade de checar itens de segurança que costumam ser negligenciados em passeios e esportes de aventura.

As vítimas estavam em um barco de uma empresa argentina --o acidente ocorreu no país vizinho.

Lalo de Almeida - 15.mar.07/Folhapress
Turistas caminham por passarelas sobre as cataratas no Parque Nacional do Iguaçu, em Foz do Iguaçu, no Paraná
Turistas caminham por passarelas sobre as cataratas no Parque Nacional do Iguaçu, em Foz do Iguaçu, no Paraná

No Brasil, só uma empresa tem permissão para levar turistas em passeios de barco pelas cataratas. A fiscalização é feita pela Capitania Fluvial do Rio Paraná.
Segundo o parque, os barcos brasileiros vão apenas até as quedas d'água menores e não circulam no local do acidente com os americanos.
Mesmo assim, é importante usar coletes salva-vidas e verificar se a lotação do bote está dentro do limite permitido pela legislação.
A mesma recomendação serve para outro esporte um pouco mais radical, feito nas águas com correnteza.
No rafting, o mais popular entre os praticados em Brotas, no interior de São Paulo, também são equipamentos obrigatórios o remo e o capacete de proteção.

NO AR
No paraquedismo, é raro que os clientes se informem sobre a segurança, diz o diretor técnico da Federação Paulista de Paraquedismo, José Roberto Schleiffera.
"As pessoas são muito interessadas no número de parcelas e na resolução das fotos, mas quase nunca na quantidade de saltos que o instrutor já fez", afirma.
O garçom Thiago Christofoletti, 23, fez seu primeiro salto na sexta-feira em Boituva, mas não buscou informações sobre segurança.
"Se procurasse saber demais, ia acabar desistindo", afirma Christofoletti.
Ele só checou o dispositivo de disparo automático (que abre o paraquedas automaticamente se algo acontece com o instrutor) após ser informado pela reportagem.

Editoria de Arte/Folhapress

No balonismo, segundo a confederação do esporte, é preciso observar o registro do piloto e do balão. "O balão sem prefixo não poderia estar voando", diz o vice-presidente da confederação, Leonel Brites.
Em outubro do ano passado, três pessoas morreram em Boituva. Um laudo técnico atribuiu o acidente a "anomalias meteorológicas".
Por terra --ou, neste caso, areia--, os passeios de buggy no Rio Grande do Norte, muito comum nas dunas da praia de Genipabu, perto de Natal, seguem regras estaduais.

EMOÇÃO
Todos os carros que têm autorização para circular são adesivados. E mesmo nos passeios "com emoção" --em que o turista escolhe manobras rápidas nas dunas-- a velocidade máxima não deve passar de 60 km/h, prevê a regulamentação.

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