quinta-feira, 31 de março de 2011

Órgãos sensitivos da morsa e alimentação

As morsas fazem um excelente trabalho de localização de sua caça, mas não apenas por causa de sua boa visão. Os dois olhos, na frente (e não nos lados) da cabeça, não oferecem uma visão muito boa. Na verdade, os outros sentidos fazem a maior parte do trabalho. Os ouvidos de uma morsa - dois pequenos orifícios com abas protetoras - podem detectar ruídos a 1,6 km de distância. O nariz é sensível o suficiente para detectar a aproximação de predadores e para identificar os jovens. Além disso, uma morsa tem de 400 a 700 pêlos do bigode em 13 a 15 fileiras em volta do nariz. Os bigodes, também conhecidos como vibrissas, estão presos aos músculos e são dotados de sangue e nervos, o que os deixa altamente sensíveis.
bigode da morsa
Istock
As morsas usam seus bigodes sensíveis para detectar
as presas no fundo do oceano
Elas utilizam esses bigodes para localizar seu alimento. Com o nariz no fundo do mar, esguicham a água das narinas para atiçar o animal que querem capturar. As morsas geralmente saem em busca de alimento em grupos, em profundidades que variam de 10 a 50 m, e parecem preferir os mariscos como fonte de alimento. Porém, elas não são exigentes: comem muito mais os animais que ficam enterrados no solo, como minhocas, lesmas, caranguejos e holotúrias.

Quando uma morsa localiza um animal que vive em conchas, ela geralmente utiliza a boca como um aspirador de pó para sugar o animal. A sucção é tão forte que as morsas em cativeiro sugam orifícios em madeira compensada e descascam a pintura das paredes [fonte: Vlessides]. As morsas não mastigam seus alimentos, simplesmente os engolem. Uma morsa adulta pode consumir de 3 a 6 mil moluscos de uma única vez. Elas consomem aproximadamente de 4,2 a 6,2% do peso do seu corpo diariamente [fonte: Burns].

Muito quente para suportar

Uma pesquisa mostra que as morsas podem sofrer um impacto negativo com o aquecimento global. Com o aumento da temperatura média da Terra, uma quantidade cada vez maior de gelo derrete na região polar. Isso poderia ser devastador para as morsas, já que elas dependem das camadas de gelo para descansar entre seus mergulhos. As águas rasas, onde as morsas gostam de se alimentar, agora têm pouco ou nenhum gelo para as mães e os filhotes descansarem enquanto se alimentam. Como conseqüência, as mães precisam viajar para longe para encontrar um outro lugar. Isso significa que podem ficar separadas de seus filhotes. As áreas que têm camadas de gelo são mais profundas e as morsas não estão acostumadas a nadar tão fundo em busca de alimento. Somente o tempo dirá se as morsas poderão se adaptar a percursos mais longos e mergulhos mais profundos devido ao degelo [fonte: Butler (em inglês)].

Então, como as morsas se alimentam debaixo d'água ficando tanto tempo sem ar? E como elas agüentam as temperaturas geladas da água? Continue lendo para saber como as morsas se adaptaram para suportar o clima cruel.

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