Existem cerca de 300 espécies diferentes de lula. As duas principais subordens da lula são myopsida e oegopsida. Os membros da subordem myopsida vivem em águas relativamente rasas. Seus olhos são cobertos por uma membrana transparente, e os tentáculos possuem ventosas, em vez de ganchos. Vamos ver alguns membros comuns da subordem myopsida.
  • Lula da Califórnia (Loligo opalescens) - as lulas da Califórnia vivem em águas rasas, próximo do contorno da costa no leste do Oceano Pacífico, do norte do México ao Alasca. São abundantes nas águas da Baía de Monterey, Califórnia, onde foram encontradas por pescadores pela primeira vez em 1800.
  • Lula comum (Loligo vulgaris) - a lula comum pode ser encontrada no Mar Mediterrâneo e no leste do Oceano Atlântico. Elas vivem em profundidades de 20 a 250 metros e normalmente são pequenas, pesando cerca de 1,5 quilogramas e medindo 42 centímetros de comprimento.
  • Lula de recifes do Caribe (Sepioteuthis sepioidea) - como o próprio nome sugere, essa lula vive no Mar do Caribe. A lula em forma de torpedo assemelha-se mais ao choco do que à lula - é mais larga e possui barbatanas maiores do que a maioria das outras variedades de lula.

Lula européia
Imagem cedida por Hans Hillewaert, usada sob a Creative Commons Attribution ShareAlike License 2.5
Lula européia

Os membros da subordem oegopsida vivem no oceano e no mar profundo. Não possuem córnea sobre os olhos e seus tentáculos são alinhados com as ventosas e/ou os ganchos. Abaixo seguem algumas variedades comuns da subordem oegopsida.
  • Lula de barbatana curta (Illex illecebrosus) - vive no Oceano Atlântico, da Flórida à Terra Nova, Canadá. Essas lulas possuem um período migratório mais longo que o normal. Elas viajam para o sul para botarem seus ovos em águas mais quentes.
  • Lula luminescente de mar profundo (Taningia danae) - essa lula vive em profundidades de mais de 900 metros no Atlântico Norte, e longe das costas das Bermudas, Havaí, Japão, Austrália e Nova Zelândia. Para sobreviver em um ambiente tão escuro, esse tipo de lula cria sua própria luz (bioluminescência), criada pelos órgãos chamados de fotóforos. A Taningia danae ganhou esse nome do navio de pesquisa dinamarquês, Dana, que, em 1931, capturou uma dessas lulas ao lado da costa das Ilhas de Cape Verde.
    A lula bioluminescente, mostrada aqui com peixe, água-viva e camarão bioluminescentes, vive no oceano, há 500 metros de profundidade.
    Imagem cedida por E.Widder/HBOI/NOAA Ocean Explorer
    A lula bioluminescente, mostrada aqui com peixe, água-viva e camarão bioluminescentes, mora no oceano, a 500 metros de profundidade
  • Lula de Humboldt (Dosidicus gigas) - ela vive no leste do Pacífico. Essas criaturas enormes ganharam o apelido de "demônio vermelho" devido a sua pele vermelha e a seus ataques cruéis. São impiedosas com a presa e são conhecidas por estarem atrás dos tubarões. A lula de Humboldt cresce a uma proporção surpreendente - quando adulta, pode atingir de 2 a 4,5 centímetros de comprimento e pesar até 50 quilogramas.

Lula vampira
Imagem cedida por NOAA Encyclopedia of the National Marine Sanctuaries
Lula vampira

Nas profundezas dos Oceanos Atlântico e Pacífico, pares de olhos vermelhos incandescentes cortam a escuridão. Pertencem à lula vampira do inferno (Vampyroteuthis infernalis), parte de sua própria ordem de lulas - Vampyromorpha. O nome sinistro das lulas vampiras deve-se a sua aparência - olhos vermelhos, corpo preto e tentáculos palmados que se assemelham à capa do Drácula. Entretanto, apesar de sua aparência assustadora, a lula vampira é, na verdade, bastante dócil. Ela fica imóvel na água até que sua presa se aproxime, e, então, captura o alimento com os tentáculos palmados.
A seguir, veremos as lulas gigantes e colossais para conhecer a verdade que está por trás das lendas.