sexta-feira, 1 de julho de 2011

No verão, 25 cidades do Brasil terão sistema de alerta contra enchentes

Vinte e cinco cidades brasileiras vão ter, a partir deste verão, alertas contra enchentes e deslizamentos com até seis horas de antecedência.

A promessa é do governo federal. Um decreto da presidente Dilma Rousseff editado hoje cria o Cemaden (Centro de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais), em Cachoeira Paulista (SP).
O centro, a ser inaugurado em novembro, terá R$ 21 milhões para começar a funcionar e 75 pesquisadores contratados em regime emergencial, por quatro anos.
Segundo o Ministério da Ciência e Tecnologia, o objetivo é expandir a rede de alertas contra fenômenos climáticos extremos para mil municípios e ter 15 mil áreas de risco mapeadas em 2015.

"Os alertas vão começar para as cidades que já têm mapeamento de áreas de risco", disse à Folha o secretário de Políticas e Programas de Pesquisa do ministério e principal mentor do Cemaden, Carlos Nobre.
Segundo Nobre, o padrão internacional de antecedência para alertas desse tipo vai de duas a seis horas, no caso de deslizamentos, e de até 12 horas para inundações.

"Hoje você tem previsões do tempo com 24 horas de antecedência, mas elas não são específicas. Não dá para saber, em 15 áreas de risco na mesma região, qual será a mais afetada pela chuva e onde haverá deslizamentos."

O Cemaden vai combinar previsões do tempo de alta resolução com mapeamentos de solo e instrumentos como radares meteorológicos. Mas produzir os mapas e montar a rede de equipamentos vai custar caro: R$ 250 milhões em quatro anos.

É um bom investimento, diz o ministro da Ciência, Aloizio Mercadante: um sistema na ativa desde o começo do ano no Rio salvou vidas em abril, quando sirenes dispararam após tempestades.

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