sexta-feira, 11 de março de 2011

Zonas dos recifes de corais

Todos os recifes de coral têm zonas verticais e horizontais distintas criadas por diferenças na profundidade, na ação da onda, no movimento da correnteza, na luz, na temperatura e no sedimento ao longo das diferentes partes do recife. Embora as características exatas de cada zona possam variar levemente, dependendo do local e do tipo de recife, todos os recifes têm uma parte frontal, ou declive para o mar, e uma traseira. A parte traseira do recife fica mais próxima da costa, enquanto a frontal, mais distante.
zonas dos recifes de coral
Foto cedida pela NOAA
Os recifes de coral apresentam várias zonas distintas
Se você estivesse mergulhando com equipamento e nadando longe da margem, primeiro, você encontraria o recife superficial, uma zona relativamente rasa da parte traseira do recife localizada mais próxima da costa. As águas rasas têm grandes variações de temperatura e de salinidade e contribuem para o acúmulo de sedimentos. Esses fatores, além da exposição ocasional durante a maré (em inglês) baixa, tendem a limitar o crescimento do coral nessa parte do recife. Apesar da escassez de coral, essa parte possui a maioria das espécies de todo o ecossistema do recife. Mariscos, ostras, vermes, caranguejos e lagostas dominam. Dependendo do tipo de recife, o recife superficial pode ter de 30 a vários milhares de metros de comprimento.
parede do recife de coral
Jeff Hunter/The Image Bank/Getty Images
Esse coral de cores vibrantes é um dos muitos tipos que crescem nos recifes de coral
O recife superficial tem pouca quantidade de coral, mas suas águas rasas estão cheias de vida. Depois de conhecer a vida marinha no recife superficial, você notaria que o recife começa se inclinando para cima, formando a crista. Por ser o ponto mais alto do recife, essa zona também fica exposta à maré baixa. Entretanto, ao contrário do recife superficial, ela fica na parte externa do recife, recebendo toda a força das ondas. As algas incrustadas predominam, ocupadas na restauração dos danos constantes causados pelas ondas. No local onde as ondas são mais fracas, crescem corais ramificados fortes próximos uns dos outros que suportam melhor a força das águas. Os animais marinhos encontram abrigo nas fendas da crista, que geralmente têm entre 2,7 e 50 m de distância [fonte: NOAA].
Se você passasse por cima da crista e se distanciasse da costa, entraria na zona de contraforte, que desce na parte externa da frente recifal. Se estivesse à procura de tubarões ou de barracudas durante o mergulho, esse seria o local certo para encontrá-los. Ali, o recife de coral se caracteriza por esporões, ou apoios, de coral que se projetam a partir da parede. Entre os esporões estão as profundas reentrâncias, ou canais, que mandam as ondas sem força de volta ao mar, batendo nas ondas que estão se aproximando e diminuindo sua força. As reentrâncias também esgotam os sedimentos do recife.
Finalmente, você se aproximaria da parede do recife, do declive para o mar mais afastado. Embora essa zona receba menos luz devido à grande profundidade, de cerca de 20 a 40 m, você encontraria a maior quantidade de espécies de coral reunidas, já que a atividade das ondas nesse local é menor. Além disso, o acúmulo de sedimentos aumenta e os corais que formam o recife ficam mais dispersos.
Cada zona de um recife de coral é única e, juntas, formam um dos ecossistemas mais diversos e produtivos da terra. Conheça na próxima página os maiores e mais famosos ecossistemas de recifes de coral do planeta.

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