sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Vote cataratas

  7 Motivos para votar.


1) Um espetáculo das águas
Em sua magnitude, a natureza encontra caminhos fantásticos para seguir seu curso. Na região onde hoje se encontra o Parque Nacional do Iguaçu, fronteira entre Brasil e Argentina, há um registro vivo dessa imponência. Cerca de 120 milhões de anos atrás, quando a Terra ainda se acomodava e derramava erupções vulcânicas, um grande desnível rochoso formou-se naquela região. Com o tempo, no meio das elevadas escarpas de basalto que ali se firmaram, a vegetação começou a brotar. A vida ali foi nascendo e assim a água chegou, caudalosa e turbulenta, para esculpir por entre fendas e falhas um dos mais deslumbrantes espetáculos do nosso planeta: as Cataratas do Iguaçu.
O Rio Iguaçu chega ao alto das Cataratas com uma largura de 1.200 metros. De lá, despenca majestosamente por entre 275 quedas, dispostas em um cânion que se estende por quase três quilômetros. Dependendo do volume de água e da vazão do rio, o número de saltos e a altura das quedas podem variar. O maior dos saltos, com quase 80 metros de altura, forma a Garganta do Diabo, uma enorme fenda em formato de ferradura.
A força do turbilhão que cai é tamanha que o som da água batendo nas pedras pode ser ouvido a quilômetros de distância. As partículas de água que se desprendem na queda formam nuvens e arco-íris, para delírio dos milhares de turistas que assistem de perto a esse espetáculo. Lá embaixo, toda essa água se espreme em um canal de apenas 65 metros de largura. E assim, como um artista que atinge o auge do seu show e alcança o êxtase do seu público, o rio descansa e segue seu rumo. É a maravilha da natureza!


2) A incrível biodiversidade ao seu redor

A maior virtude das Cataratas do Iguaçu é que ela não está só. Ao seu redor pulsa a vida da maior reserva de mata pluvial subtropical do mundo. As quedas estão inseridas no Parque Nacional de Iguaçu, uma área com 252 mil hectares que se distribui em terras brasileiras e argentinas, um Patrimônio Natural da Humanidade tombado pela Unesco desde 1986.
Essa floresta imponente e densa abriga um frágil ecossistema, com a presença de diversos animais ameaçados de extinção. Nas trilhas que levam ao espetáculo das águas, é possível sentir de perto a energia dessa exuberante reserva. Pássaros e quatis cruzam os caminhos, no meio da vegetação coberta de orquídeas e bromélias, dando aos turistas apenas uma mostra da incrível biodiversidade que se encontra floresta adentro. Duas mil espécies de plantas convivem com espécies raras de animais como a onça-pintada, o papagaio-de-peito-roxo e o jacaré-de-papo-amarelo.
Ao final da trilha, misturadas às nuvens que se formam junto às águas que caem das enormes quedas, milhares de borboletas colorem o cenário. Uma riqueza natural inigualável reunida em um só lugar. Sem dúvida, uma das maravilhas da natureza do nosso planeta.


3) Um legado da cultura indígena
Por muitos séculos, antes da chegada dos navegadores ao novo continente, povos indígenas foram os habitantes da região das Cataratas do Iguaçu. Povos como os Cainguangues e Tupis Guaranis, que se revezavam na vida ao redor das imponentes quedas do Iguaçu, incorporando essa maravilha da natureza à sua cultura e crença.
Na lenda indígena, as Cataratas foram formadas pela ira do deus em forma de serpente M´Boy. A jovem e bela Naipi, filha do cacique, havia sido prometida à divindade indígena. Porém, levada pela paixão, Naipi tentou fugir com o guerreiro Tarobá pelas águas do Rio Iguaçu. Ao saber da traição, o furioso M´Boy penetrou as entranhas da terra e, retorcendo o seu corpo, produziu a enorme fenda onde se formou a gigantesca catarata.
Envoltos pelas águas, os fugitivos caíram de uma grande altura. Naipi foi transformada em uma das rochas centrais das Cataratas e Torabá, em uma palmeira situada à beira de um abismo. Na gruta sob a Garganta do Diabo, um monstro vigia o destino eterno do jovem casal. Assim, no imaginário da lenda indígena, perpetua-se o legado cultural e histórico daqueles que foram os primeiros a apreciar essa maravilha da natureza.



4) Um patrimônio natural para as futuras gerações
Foi na procura por uma rota rumo à colônia ligando o Atlântico a Assunção que o explorador espanhol Alvãr Nuñes Cabeza de Vaca deparou com as gigantescas Cataratas do Iguaçu. O ano era 1542 e até então nenhum homem branco tinha visto essa beleza natural. No seu diário escreveu: “O rio dá uns saltos por uns penhascos enormes e a água golpeia a terra com tanta força que de muito longe se ouve o ruído”. Mas Cabeza de Vaca não teve muito tempo para admirar a descoberta, pois os índios que ali habitavam não eram nada receptivos.
Escondidas no meio da densa floresta, as Cataratas ficaram desconhecidas por muitos e muitos anos. A exploração turística começaria somente em 1901, quando dois viajantes argentinos, Victoria Aguirre e Gibaia y Nuñez, doaram dinheiro para a abertura de um caminho que permitisse acesso às quedas. À época, na margem brasileira, as Cataratas pertenciam à propriedade de um fazendeiro uruguaio.
Mas isso mudou quando visitantes descobriram o local e constataram que uma maravilha daquelas precisava ser preservada para as futuras gerações. Uma dessas figuras foi o inventor do avião, Alberto Santos Dumont. Em 1916, em visita à então Vila Iguaçu, Dumont ficou revoltado com o fato de aquele patrimônio natural estar nas mãos de um dono. O aviador prometeu providências. Foi assim que, naquele mesmo ano, as terras que abrigam as Cataratas do Iguaçu tornaram-se públicas e, alguns anos mais tarde, foram transformadas em parque nacional. Uma maravilha da natureza que ganha os olhos do mundo para que seja preservada como patrimônio do nosso planeta.


5) Exemplo de turismo sustentável
A beleza das Cataratas do Iguaçu atrai mais de 1 milhão de visitantes a cada ano. Turistas do mundo inteiro querem ver de perto o espetáculo das águas promovido pelas mais de 270 quedas. A atração já foi eleita o melhor ponto turístico internacional por britânicos e um dos 14 destinos mais românticos do mundo por norte-americanos.
No meio a tantos visitantes, pássaros, pequenos animais, borboletas e uma bela vegetação misturam-se ao cenário turístico. Isso porque a preservação ecológica é a diretriz do turismo local. Um turismo que é exemplo de sustentabilidade, com geração de empregos e renda para milhares de pessoas. Se por um lado a presença de tantos visitantes representa desenvolvimento para a região e movimenta a economia local, de outro, a experiência e o contato com a natureza em sua magnitude favorecem a existência de um ciclo virtuoso que assegura a preservação daquele ecossistema. 

6) Uma atração binacional que une culturas
Vizinhos na geografia e rivais no futebol, brasileiros e argentinos são unânimes quando o assunto é a beleza e a grandiosidade das Cataratas do Iguaçu. Os dois países compartilham do orgulho de abrigar esse patrimônio natural inigualável. Mas a verdade é que não apenas esses dois povos guardam essa maravilha no coração. Todo ano, visitantes dos cinco continentes vêm à região da fronteira para admirar o espetáculo das águas. São alemães, norte-americanos, japoneses, entre outras nacionalidades, num caldeirão de culturas que se mistura ao cenário local.
Próxima às Cataratas, onde se encontram os rios Paraná e Iguaçu, está localizada ainda a fronteira que divide Brasil, Paraguai e Argentina. Tão perto um do outro, os três países repartem a potência hídrica e as maravilhas naturais do Aquífero Guarani. Além das Cataratas, é também nessa região que está abrigada a gigante Itaipu, maior usina hidrelétrica do mundo em geração de energia. Maravilha da engenharia humana, partilhada por Brasil e Paraguai, esta é também uma atração binacional que reúne as culturas locais e atrai visitantes de todo o mundo.
Juntas, Cataratas do Iguaçu e Itaipu Binacional simbolizam a união de países na busca pelo desenvolvimento e na preservação das belezas naturais. Assim, num só ponto da América do Sul, o mundo se volta para admirar maravilhas que ultrapassam fronteiras.

7) Afinal, água é vida
As águas que encantam nas quedas das Cataratas do Iguaçu surgem a cerca de 900 quilômetros dali. A nascente do Rio Iguaçu está localizada na cidade de Curitiba, no Brasil, e de lá se espalha pelo interior do continente até chegar à região de fronteira com a Argentina. A essa altura, o rio possui 1.200 metros de largura. Não à toa, os indígenas que primeiro habitaram a região o chamaram de Iguaçu, que na etimologia tupi-guarani quer dizer “água grande”.
Diante do obstáculo das enormes quedas, o rio despenca, formando um dos mais belos espetáculos das águas do planeta. A partir daí, o rio segue para desaguar no Rio Paraná, até encontrar o mar no estuário do Rio do Prata, a milhares de quilômetros de distância.
Nessa longa estrada, o rio leva vida por onde passa. Suas águas fecundam campos, abastecem cidades, geram energia, sustentam famílias e trazem equilíbrio ao meio ambiente. Como bem aponta o jornalista Marcos Sá Corrêa, citando o naturalista escôces John Muir, se é verdade que a maior virtude das cachoeiras é abrir os olhos para a beleza dos rios, as Cataratas cumprem majestosamente seu serviço.
      Vote aqui      http://www.votecataratas.com/

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