segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Vale desenvolve pesquisas para reduzir tempo de recuperação de áreas mineradas


A Vale está desenvolvendo em laboratório experimentos inéditos com fungos retirados do solo para reduzir o tempo de recuperação de áreas mineradas, que hoje podem levar até mais de 30 anos para serem completamente revegetadas. A técnica, baseada em estudos realizados pela Universidade Federal de Pernambuco, também dispensa, em alguns casos, o uso de adubos químicos, reduzindo custos. Os experimentos estão sendo feitos no Viveiro Florestal de Onça Puma, projeto de níquel da Vale em Ourilândia do Norte, no sudeste do Pará.

"A reabilitação de áreas degradadas é complexa e lenta, portanto, queremos reduzir esse tempo a partir do desenvolvimento dessa tecnologia. Nosso objetivo é realizar a recuperação das áreas em menos tempo e com mudas mais resistentes", explica André Luiz, gerente de meio ambiente da Vale.   

O uso do fungos, associados a raízes de espécies da Amazônia, possibilitam desenvolver plantas mais resistentes e com crescimento acelerado. Para se ter uma ideia, as mudas que antes levavam 90 dias para atingir o tamanho ideal (50 cm de altura) agora gastam apenas a metade do tempo. Com isso, o processo de recuperação de áreas mineradas, em projetos da Vale, poderá ser feito com mais rapidez.

As espécies nativas paricá, cajá, pau de viola e pata de vaca foram escolhidas nesta primeira fase por apresentarem, naturalmente, rápido crescimento. Além de se desenvolverem rapidamente, as plantas têm maior resistência em relação às produzidas pelo método convencional. "Os fungos atuam como agentes biotecnológicos importantes na conservação da capacidade produtiva do solo. Eles promovem o aumento de tolerância às doenças, pragas e à seca, além de otimizar a reciclagem de nutrientes e possibilitar a redução de insumos e energia", explica Thiago Morais, analista de meio ambiente da Vale.

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