terça-feira, 8 de novembro de 2011

Congo vai reflorestar 1 milhão de hectares em 10 anos

Plano tem como objetivo melhorar as condições das florestas tropicais e recuperar terras não aptas para cultivo, criando 50 mil empregos no campo

Por Globo Rural
 Shutterstock
A República do Congo iniciou um ambicioso plano de reflorestamento de 1 milhão de hectares - dos 22 milhões que ocupam o país - durante dez anos (2011-2020) para combater a mudança climática, informou nesta segunda-feira (8/11) o portal "Congo-site", especializado em informação sobre o país.

O presidente do Congo, Denis Sassou N'Guesso, apresentou o projeto neste domingo na localidade de Yié, a 90 quilômetros ao norte de Brazzaville. O "Plano Nacional de Reflorestamento" (Pronar) começou a se tornar realidade com a plantação de 166 mil árvores em Yié em uma superfície de 110 hectares.

"O Congo, como país florestal, acredita que é preciso participar da luta mundial contra a mudança climática, da economia verde, do desenvolvimento sustentável, da pobreza nas aéreas rurais para gerar, por meio desta atividade, muitos empregos", disse o presidente.

"Este é um programa de luta contra a pobreza e a mudança climática, postura que nosso país defende no mundo", resumiu N'Guesso. O Pronar tem como objetivo diminuir a pressão humana sobre as florestas tropicais por meio da redução do desmatamento, além de recuperar terras não aptas para o cultivo e criar mais de 50 mil empregos no campo.

Segundo Rosalie Matondo, coordenadora do programa, a "economia verde" no Congo está centrada na promoção de novas atividades econômicas nas aéreas rurais, onde a indústria da madeira é um dos objetivos do Pronar. A indústria madeireira foi durante muitos anos a primeira atividade econômica na República do Congo, antes de perder espaço em 1996 para produção de petróleo.

Atualmente, a madeira é o segundo produto de exportação do país, cujos mercados principais são China e Estados Unidos, além da França, Espanha, Alemanha e Itália. As florestas tropicais do país representam 10% das matas da Bacia do Congo, o segundo "pulmão verde" do planeta depois da Amazônia.

O presidente congolês deve falar em nome da África na Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento e o Meio Ambiente (Rio+20), que será realizada em 2012 no Rio de Janeiro.

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