segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Anatomia da abelha

 

Os cientistas suspeitam de que as abelhas e as plantas com flores tenham se desenvolvido há cerca de 100 milhões de anos, no meio do período Cretáceo. Antes desse período, muitas plantas se reproduziam do mesmo jeito que as atuais coníferas fazem. Elas liberavam sementes e pólen usando cones. O vento carregava os cones e, com o tempo, o pólen entrava em contato com as sementes e as fertilizava. Durante o período Cretáceo, algumas plantas começaram a se reproduzir usando flores. Ao contrário das coníferas, essas plantas, chamadas angiospermas, precisavam da ajuda de insetos e de outros animais para se reproduzirem. Os insetos tinham de, fisicamente, passar os grãos de pólen das anteras das plantas, ou estruturas masculinas, para os estigmas, ou estruturas femininas.
Quase na mesma época, as abelhas se diferenciaram de suas ancestrais parecidas com vespas. As vespas pré-históricas eram carnívoras que depositavam seus ovos nos corpos de suas presas. As abelhas se tornaram herbívoras, comendo pólen e néctar das plantas recém-desenvolvidas e polinizando as flores enquanto faziam isso. Evidências fósseis apóiam essa teoria: o fóssil mais velho de abelha de que se tem conhecimento tem 100 milhões de anos de idade, e a abelha preservada possui várias características parecidas com as das vespas. Isso não significa necessariamente que as abelhas evoluíram delas. É mais provável que as abelhas e as vespas tenham evoluído de um ancestral comum parecido com uma vespa.
Hoje em dia, as abelhas ainda têm várias características físicas em comum com suas primas vespas. Elas também têm algumas características das formigas. Juntas, abelhas, vespas e formigas formam a ordem de insetos Hymenoptera, que significa "asas membranosas".


Flowering plants need the help of pollinators, like bees, to reproduce.
Imagem cedida por MorgueFile
As plantas com flores precisam da ajuda de polinizadores, como as abelhas, para se reproduzirem


O corpo de uma abelha tem muito em comum com os de outros insetos. A maior parte dele é coberto por um exoesqueleto formado por pequenas placas removíveis de quitina. O corpo de uma abelha também é coberto por muitos pêlos macios e ramificados, que coletam o pólen e ajudam a regular sua temperatura. O corpo também possui três partes: a cabeça, o tórax e o abdômen.


A bee's anatomy
 


Close-up illustration of a bee's mouth


A cabeça acomoda o cérebro, um conjunto com cerca de 950 mil neurônios. Eles são especiais e se comunicam com neurônios vizinhos específicos. Essa divisão de tarefas faz parte da razão pela qual o cérebro da abelha, que tem uma fração do tamanho de sua cabeça, consegue realizar tarefas complexas que geralmente poderiam exigir um cérebro maior. Um sistema de nervos permite que o cérebro se comunique com o resto do corpo.
Em sua cabeça, uma abelha possui duas antenas sensoriais. Ela também tem cinco olhos: três simples ou ocelos e dois compostos. Os olhos compostos são formados por pequenas estruturas chamadas omatídeos. Em cada olho composto, cerca de 150 omatídeos são especializados em padrões visuais. Isso permite que as abelhas detectem a luz polarizada, coisa que os seres humanos não conseguem fazer.
Como a maioria dos insetos, as abelhas possuem aparelhos bucais complexos que são usados para comer e beber. O tamanho e o formato dessas partes podem variar de uma espécie para a outra, mas em geral a maioria tem:

  • 2 mandíbulas ou maxilares;
  • 1 glossa, ou língua;
  • 1 labro e duas maxilas.
O labro e as maxilas são como lábios. Elas apóiam um probóscide ou tubo para coletar o néctar.


bee wings connect to one another using hooks caled hamuli


Os dois pares de asas e os três pares de pernas de uma abelha são conectados ao tórax. As asas são partes extremamente finas do esqueleto das abelhas. Em muitas espécies, as asas da frente são maiores do que as traseiras. Duas fileiras de ganchos chamados hamuli conectam as asas da frente e as de trás para que elas se movam juntas quando a abelha estiver voando.
Na próxima seção, vamos dar uma olhada nas pernas das abelhas e em uma parte que ninguém esquece: o ferrão.

Nenhum comentário:

Postar um comentário