terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Ainda falta energia elétrica no século XXI

Em apenas cinco dias, estudo inédito da MITI Inteligência capturou quase nove mil interações nas redes sociais sobre falta de luz ou apagão.

A MITI Inteligência realizou um estudo inédito sobre a situação energética do Brasil, monitorando as redes sociais em busca de menções sobre “falta luz”, “faltou luz”, “sem luz” e “apagão”. Em apenas cinco dias, foram encontradas 8.855 interações com esse tema nas mídias sociais – Twitter, Facebook, Youtube, blogs, fóruns e sites de reclamação.

O monitoramento – que aconteceu entre 27 e 31 de janeiro – detectou um pico de menções no dia 28, quando um problema em uma subestação da Light deixou muitos bairros sem energia no Rio de Janeiro. Além dos usuários descreverem sua situação pelas redes, os perfis de Twitter @LeiSecaRJ e @RadarBlitz foram responsáveis pelo repasse de informações sobre a falta de luz na  cidade.

Belo Monte

Em meio às reclamações sobre falta de energia, a discussão sobre a construção da usina de Belo Monte também movimentou as redes, já que a previsão é de que ela seja a segunda maior hidrelétrica do Brasil, atrás apenas da Itaipu.

A licença provisória concedida pelo Ibama para o início da instalação do canteiro de obras foi o principal motivo da repercussão nas mídias sociais, gerando uma média de 1.500 interações diárias. Dessas, 85% foram manifestações contrárias à instalação da usina e apenas 2,6%, menções positivas sobre o assunto.

“A velocidade com que as informações se espalham na rede é surpreendente e assim também é a capacidade de mobilização da população perante algumas causas. Utilizando as redes sociais, o site Avaaz.org já conseguiu 400 mil assinaturas contra o projeto Belo Monte”, comenta Elizangela Grigoletti, gerente de inteligência e marketing da MITI Inteligência.

Na imprensa online a repercussão sobre o assunto também foi grande. Foram capturadas 2.657 notícias sobre tipos de produção de energia e o termo “Belo Monte” esteve presente em 19% delas. “Quando avaliamos as duas realidades – instabilidade energética e mobilização da opinião pública contra a usina de Belo Monte –, percebemos que há uma necessidade urgente de encontrar fontes sustentáveis de energia e a população está, online e offline, cobrando respostas para essas questões”, observa Elizangela.

Nenhum comentário:

Postar um comentário