O novo ônibus emite 80% menos material particulado e 20% menos dióxido de carbono, atendendo os parâmetros exigidos pelo Comitê Olímpico Internacional para um transporte limpo, um dos compromissos assumidos pelo Rio ao ser escolhido como sede da Olimpíada.
O novo veículo foi desenvolvido em parceria pela Man Latin America, que fabrica ônibus Volkswagen, e a Bosch, responsável pela confecção do motor. O abastecimento será possibilitado pela instalação de postos de gás natural pela CEG Gas Natural Fenosa.
A ideia é que esse primeiro veículo e mais alguns outros circulem até o fim do próximo ano numa fase de testes, e que a partir de 2013 os modelos híbridos passem a operar comercialmente.
Salvador Scofano/Divulgação | ||
Modelo do ônibus com tecnologia flex GNV (gás natural veicular) + diesel, lançado nesta terça-feira no Rio |
O secretário estadual de Desenvolvimento, Julio Bueno, disse na cerimônia de lançamento do novo veículo que ele cumpre um duplo objetivo: reduz danos ambientais e fomenta a indústria de GNV do Rio de Janeiro, que já é atualmente a maior do Brasil, com cerca de 750 mil veículos leves abastecidos com esse tipo de combustível.
Julio Lopes, secretário estadual dos Transportes, salientou que a escolha por um modelo flex, em vez de um veículo que funcione só a gás natural, possibilitará que esses ônibus sejam vendidos também para cidades onde a indústria de GNV não é tão forte quanto a do Rio. "É um kit que pode ser acoplado ao motor e que não trará impacto mercadológico. Tínhamos que fazer algo inovador, mas atraente para o frotista", explicou Lopes.
Como o novo veículo ainda está em fase de testes, as autoridades e empresários presentes ao lançamento não falaram nos custos do ônibus. O presidente da Man Latin America, Roberto Cortes, admitiu que o preço inicial será mais caro que o de um ônibus comum, mas disse que esse valor será recuperado em no máximo um ano e meio de circulação. "O custo da aquisição será um pouco mais caro. Mas o custo da operação será muito mais barato", afirmou.
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