quarta-feira, 7 de março de 2012

Novo recorde é esperado para a compensação de créditos de carbono no EU ETS



Todos os anos, no dia 30 de abril, as empresas que participam do Esquema de Comércio de Emissões da União Europeia (EU ETS) precisam entregar créditos para cobrir as suas emissões. A consultoria Thomson Reuters Point Carbon estima que neste ano o número de Reduções Certificadas de Emissão (RCEs) e de Unidades de Redução de Emissão (ERUs) entregues será de 252 milhões, 84% a mais do que as utilizadas no ano passado.
“É um aumento significante dos 137 milhões registrados em 2010 e dos 82 milhões em 2009 e 2008”, afirmou Marcus Ferdinand, analista sênior da Point Carbon.
Ferdinand acredita que diversos fatores contribuíram para o maior uso de créditos este ano. “As razões pelas quais esperamos este aumento significativo são: as grandes emissões de Reduções Certificadas de Emissão (RCEs) e Unidades de Redução de Emissão (ERUs) no ano passado, o atrativo valor de troca das permissões de emissão da União Europeia (EUAs) por RCEs/ERUs, e a necessidade do uso dos créditos de projetos de gases industriais antes do fim da fase 2.”
Os participantes do mercado utilizaram apenas 35% de seu limite médio de créditos permitidos para os primeiros três anos (2008-2010) da fase 2 do EU ETS. Teoricamente, isto representa que 830 milhões de créditos estão disponíveis para a compensação em 2011. “Entretanto, acreditamos que os participantes não utilizarão toda a quantidade disponível, devido ao risco das estratégias de diversificação e com as empresas querendo manter os limites de créditos não usados para a fase 3”, disse Ferdinand.
O fim da elegibilidade dos créditos de gases industriais a partir de 2013 é mesmo um dos principais fatores para a expectativa de recorde neste ano. “Isto significa que qualquer crédito deste tipo de projeto deverá ser entregue neste ano sob o risco de não valerem mais nada no EU ETS posteriormente”, explicou o analista.
De acordo com as estimativas, o total de créditos utilizados na fase 2 será de 800 a 900 milhões, deixando entre 850 e 950 milhões para a próxima fase.

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