quarta-feira, 3 de julho de 2013

Mais de 700 espécies entram para rol de ameaçadas e extintas

Status de vários grupos foi reavaliado, como o dos camarões; agora, 20.934 animais e plantas integram Lista Vermelha.
 O número de espécies extintas e ameaçadas de extinção no planeta Terra continua a crescer por conta das atividades humanas, segundo a nova versão da Lista Vermelha da União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN), divulgada hoje. Mais de 700 espécies de plantas e animais foram adicionadas à lista nas suas três categorias de ameaça, elevando o total para 20.934.
Entre elas estão várias espécies de coníferas (árvores com flores em forma de cones ou pinhas, como os pinheiros), que são os maiores e mais antigos seres vivos do planeta. O status de todo o grupo foi reavaliado, e concluiu-se que 34% das espécies de coníferas estão ameaçadas de extinção.
Uma das que correm mais risco é a araucária, ou pinheiro-do-paraná, classificada desde 2006 como criticamente ameaçada. Espécie típica das regiões mais frias e de maior altitude da Mata Atlântica brasileira, ela teve sua área de ocorrência reduzida drasticamente nas últimas décadas, por causa da conversão de matas nativas em áreas de agricultura e silvicultura.
 E agora, com o aquecimento global, pode ser que a coisa piore mais ainda para essa árvore, que prefere temperaturas mais amenas. "A modelagem do impacto das mudanças climáticas indica que até o final deste século a espécie poderá estar extinta na natureza", disse ao Estado o botânico Carlos Joly, da Universidade Estadual de Campinas.
Ele ressalta que as listas de espécies ameaçadas (dentre as quais, as da IUCN são referência mundial) são uma ferramenta científica indispensável para a conservação da biodiversidade. "A recém-criada Plataforma Intergovernamental sobre Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (IPBES), cuja proposta preliminar do plano de ação 2014-2018 foi colocada em consulta pública na semana passada, utilizará revisões como esta da IUCN, no primeiro diagnóstico global previsto para o final de 2018", afirma Joly.
A IPBES foi criada em 2010 pelas Nações Unidas para fazer pela biodiversidade o que o famoso IPCC faz pelas mudanças climáticas. E Joly é um dos diretores do Painel Multidisciplinar de Especialistas do órgão.
Estatísticas. Dentre as 20.934 espécies consideradas ameaçadas de extinção na nova lista, 4.090 estão na categoria "criticamente em perigo" (137 a mais do que na anterior). Algumas recebem até mesmo uma anotação como "possivelmente extintas", quando já não são vistas na natureza há algum tempo. Como, por exemplo, um camarão de cavernas da Flórida que passou para essa categoria.
O grupo dos camarões de água doce foi avaliado por completo pela primeira vez nesta revisão: 28% estão ameaçados. Fonte: D24M.COM

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