segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Lâmpada fluorescente no lixo comum

O que fazer quando uma lâmpada fluorescente queima? Muitas pessoas ainda teimam em jogar esse resíduo poluente no lixo doméstico ou simplesmente abandonar em ruas, terrenos vazios e canteiros de avenidas. O consumidor, pessoa comum ou empresa, é responsável pelo seu lixo e deve realizar a destinação correta. Por isso, empresas de materiais elétricos de Umuarama estão recebendo esse tipo de produto, que é encaminhado para Cooperativa Ambiental e de Resíduos da Construção Civil (Coopercon).

De acordo com o diretor da Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente, Cláudio Marconi, muitas lâmpadas chegam ao aterro sanitário através da coleta de lixo, pois as pessoas continuam jogando o passivo poluente no lixo doméstico. Para isso foi firmado um contrato com a Coopercon, cooperativa que vai realizar a destinação correta desse produto. “Algumas pessoas continuam jogando as lâmpadas em locais inadequados, poluindo o meio ambiente. Em um galpão no aterro sanitário temos de 10 a 15 mil lâmpadas que chegaram até nós. Com o acordo firmado essas lâmpadas terão destino correto. Umuarama produz aproximadamente 10 mil lâmpadas fluorescente queimadas por mês e grande parte desse produto pode contaminar nosso solo e rios”, informou. 

A Coopercon através da sua assessora, Felomena Sandri, informou que as empresas Instalcom, Hagap, Comtel, Destro Materiais para Construção, MS Engenharia e a Associação dos Engenheiros e Arquitetos do Noroeste do Paraná (Aenopar) estão recebendo as lâmpadas queimadas. Felomena também ressaltou que em dezembro do ano passado, só nas empresas Instalcom e Contel foram entregues cinco mil lâmpadas queimadas, num período de seis meses de coleta. “Esse número pode ser mais expressivo, comparando o volume de casas e apartamentos da nossa cidade”, diz. O material enviado para a cooperativa passa por um processo que retira os poluentes. Esses resíduos são encaminhados para uma empresa de Curitiba, onde são destinados corretamente. 

Outro problema que o município enfrente com a falta de cuidado na hora de efetuar o descarte, além de prejuízo ao meio ambiente, é o risco à saúde dos coletores, que trabalham todo o dia e precisam de muita agilidade para dar conta do serviço. 

Poluentes - As lâmpadas fluorescentes compactas ou tubulares contêm mercúrio, substância tóxica nociva ao ser humano e ao meio ambiente. Se rompidas liberam vapor de mercúrio, que será aspirado por quem as manuseia. Ao manusea-las nunca segurar pelo vidro. É recomendável que sejam descartadas em caixas de papelão ou protegidas com jornal, plástico bolha, entre outros para evitar sua ruptura. A vedação serve para conter o vapor de mercúrio e proteger a saúde, bem como proteção do meio ambiente. O metal pesado contamina o solo promovendo um efeito dominó, contaminando rios, peixes e todo o sistema, sendo transmitido através da a cadeia alimentar.

Cuidados ao consumidor

O consumidor precisa ter cuidados no manuseio e uso das lâmpadas fluorescentes, especialmente se houver quebra de uma delas, o que libera o mercúrio no ar. Confira a seguir os procedimento recomendados pela ABilumi:

• Não usar equipamento de aspiração para a limpeza;
• Logo após o acidente, abrir todas as portas e janelas do ambiente, aumentando a ventilação; 
• Ausentar-se do local por, no mínimo, 15 minutos; 
• Após 15 minutos, colete os cacos de vidro e coloque-os em saco plástico. Procure utilizar luvas e avental para evitar contato do material recolhido com a pele; 
• Com a ajuda de um papel umedecido, colete os pequenos resíduos que ainda restarem; 
• Coloque o papel dentro de um saco plástico e feche-o; 
• Coloque todo o material dentro de um segundo saco plástico. Assim que possível, lacre o saco plástico evitando a contínua evaporação do mercúrio liberado; 
• Logo após o procedimento, lave as mãos com água corrente e sabão

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