segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Recifes de corais vivos do Caribe estão desaparecendo

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Os corais vivos do Caribe reduziram de 50% em 1970 para 8% em 2012. Foto: Sxc.hu
Conhecido pelas belezas naturais o Caribe atrai milhares de turistas ano após ano. Mas o sonho de consumo de muitas pessoas mostrou números nada agradáveis em relação a sua biodiversidade. Segundo relatório divulgado esse mês pela IUCN, a cobertura de coral vivo que era de mais de 50% em 1970, caiu para 8% esse ano. Além disso, as taxas de declínio na maioria dos recifes não mostraram sinais de desaceleração.
Os corais existem há aproximadamente 250 milhões de anos. Já resistiram a vários abalos ambientais, como maremotos e atividades vulcânicas. Atualmente, tentam sobreviver à interferência do homem na natureza, que representa uma grande ameaça.
De acordo com diretor da Global Marine da IUCN e do Programa Polar, Carl Gustaf Lundin, as principais causas da redução dos corais estão na pesca excessiva, na poluição e nas doenças causadas pelo aumento das temperaturas resultantes da queima de combustíveis fósseis. “Olhando para frente, há uma necessidade urgente de se reduzir imediatamente e drasticamente todos os impactos humanos, já que os recifes de corais são vitalmente importantes e dependemos deles para sobreviver nas próximas décadas”, alertou o pesquisador.
Para a IUCN é preciso aplicar ações locais no intuito de melhorar a saúde dos corais, incluindo limites para a pesca por meio de cotas de captura, uma extensão de áreas marinhas protegidas (AMPs) e de estudos e redução na dependência global de combustíveis fósseis.
Os corais no Brasil
Uma das mais extraordinárias formações da natureza, os recifes de coral são privilégio dos mares tropicais e patrimônio de apenas 100 países do mundo, dentre os quais, no Atlântico Sul, somente o Brasil.
Os corais recifais são encontrados em dois mil e quatrocentos quilômetros de extensão da costa brasileira. A fauna de corais do Brasil, apesar de pouco diversa, se comparada a outras regiões do mundo, apresenta espécies raras que só existem aqui, segundo o site da Faperj.
De acordo com os pesquisadores, a escassez de informação sobre a vida dos corais, aliada a atividades na costa brasileira, como o turismo, a exploração de petróleo e a contaminação da água por substâncias tóxicas, contribuem para a degeneração desses animais marinhos.
* Publicado originalmente no site EcoD.

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