terça-feira, 8 de maio de 2012

Operação Ágata 4 desativa garimpos ilegais em áreas indígenas de Roraima


 JMA-Jornal Meio Ambiente | Fonte Portal Amazônia por Emmily Melo


BOA VISTA – Em cinco dias de ação, a Operação Ágata 4, deflagrada na última quarta-feira (02), pelo Ministério da Defesa e as Forças Armadas, com apoio de órgãos federais e ambientais, desativou dois garimpos ilegais nas regiões indígenas em Roraima e duas madeireiras no sul do estado.
Foto: 1ª Brigada de Infantaria de Selva

Com patrulhamento de 8 mil militares entre os limites de fronteira do Brasil e a Venezuela, Suriname, Guiana Francesa e Guiana Inglesa, a operação conta com o trabalho de mil homens em Roraima e 100 agentes federais e ambientais.
Na sexta-feira (04), segundo dia de Operação, o Exército desativou um ponto de garimpo ilegal na região de Homoxi, na Reserva Indígena Yanomami. Sete garimpeiros foram detidos e encaminhados para Polícia Federal (PF).
No local, foram encontrados duas balsas e motores para a prática de extração ilegal. Todos os equipamentos foram destruídos. Além da Reserva Yanomami, região de Vila Mutum, na Terra Indígena Raposa Serra do Sol, os  militares também encontraram ponto de garimpo ilegal e prenderam um garimpeiro.
A Operação Ágata 4 em Roraima desarticulou ainda duas madeireiras ilegais na região sul do estado, na Vila Madeira, no município de São Luiz do Anauá. Conforme o general Jaborandy, comandante de 1ª Brigada de Infantaria de Selva Lobo D’ Almada, os procedimentos legais sobre a situação das madeireiras serão tomados pelo Instituto Brasileiro e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Aproximadamente 5.029m³ de madeira foram apreendidos.
Foto: 1ª Brigada de Infantaria de Selva

A Operação segue até o próximo dia 17 de maio, com ações de fiscalização e proteção ambiental. “Estamos atuando em toda a área de fronteira. Cada região tem um foco principal. Na área Yanomami é o garimpo, em Pacaraima é a parte de contrabando e descaminho de combustível, na Raposa Serra do Sol é o contrabando e a entrada na fronteira ilegal e no sudeste do estado é a exploração ilegal de madeira e o desmatamento”, informou o general Jaborandy.
Além das Forças Armadas, entidades como Polícia Federal, Instituto Brasileiro e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Agência Brasileira de Inteligência (Abin) participam da Operação.

Ações sociais
Além da presença militar nas fronteiras, a Operação Ágata 4 prevê ações sociais. Conforme o general Jaborandy, atendimentos médicos e odontológicos estão sendo levados para as comunidades mais afastadas dos municípios de fronteira do estado, tais como, nos municípios de Uiramutã, Pacaraima, Bonfim e São Luiz do Anauá.

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