sábado, 10 de dezembro de 2011

Marinha autoriza retirada de óleo de supercargueiro da Vale

Um terço do conteúdo dos tanques de combustível do Vale Beijing será drenado

SÃO LUÍS - A retirada das primeiras 2,5 mil toneladas de óleo diesel e óleo bruto dos tanques de combustível do supercargueiro Vale Beijing foi autorizada pela Capitania dos Portos do Maranhão. Mas ainda não há um plano para retirar a embarcação da Baía de São Marcos, onde está ancorada, a 11 quilômetros da capital maranhense.
O Ibama ordenou o armador da embarcação, a STX Pan Ocean, a lançar uma barreira de boias para evitar alastramento de óleo na região, em caso de vazamento.
Segundo o capitão dos Portos do Maranhão, Nelson Calmon Bahia, uma empresa holandesa especializada em salvamento marítimo foi contratada pelo armador do navio.
“Como primeira ação, eles apresentaram um plano para retirar cerca de 33% das 7,5 mil toneladas de combustível que estão no navio. Esse plano foi autorizado e deve começar amanhã (neste sábado)”, disse o militar.
Um outro navio deve ser acoplado ao Vale Beijing e parte do combustível estocado nos tanques será drenado. “A retirada não pode ser total, porque, se retirar tudo de uma vez só, coloca em risco a estrutura do navio. A operação de bombeamento do combustível será parecida com outra que já é feita com segurança pela Petrobrás na Baía de São Marcos para abastecer navios”, explicou Bahia.
Ele afirmou que, ao contrário do que informava nota oficial da STX Pan Ocean, nenhum plano para levar o navio para Fortaleza foi apresentado oficialmente à Capitania dos Portos.
“Não posso dizer se essa linha de ação está sendo discutida pelos engenheiros da empresa e só posso comentar a possibilidade depois de ver um plano de ação. O navio só deixa a Baía de São Marcos com a autorização da capitania”, completou.
Ameaça. Em nota, o Ibama considerou a presença do supercargueiro “uma ameaça ao meio ambiente, pois o seu casco apresenta danificações, podendo provocar vazamentos”.
O superintendente substituto do órgão no Maranhão, Ricardo Arruda, disse, na nota, que a decisão de exigir a barreira de boias foi tomada para tentar “preservar a área”.
“O Ibama pediu o cercamento e o isolamento do navio com essas boias para resguardar a região e também como medida preventiva de segurança”, disse. A STX Pan Ocean tem até domingo pela manhã para cumprir a ordem contida na notificação.
Até o início da noite de sexta-feira, nenhum indício de vazamento das 7,5 mil toneladas de óleo diesel e óleo bruto ou das 263,4 mil toneladas de minério de ferro que estão a bordo do Vale Beijing havia sido detectado.

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