quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Zoológico britânico constrói pontes para orangotangos em Bornéu


 

Foto: CHESTER ZOO
 
Orangotangos não sabem nadar e pontes vão permitir movimentação dos animais em área de floresta que ficou fragmentada
Uma equipe de um zoológico britânico vai se juntar a ambientalistas na ilha de Bornéu, na Malásia, para ajudar a construir pontes especiais para orangotangos.
As estruturas visam permitir a movimentação dos orangotangos em uma área de floresta que ficou fragmentada devido a devastação.
A equipe do Zoológico de Chester vai incorporar nestas pontes materiais que já usam nas áreas do zoológico destinadas aos orangotangos.
Nick Davis, do Zoológico de Chester, explicou que os materiais que podem ser usados nestas pontes são limitados, pois os orangotangos "destroem tudo".
O material de poliéster que o zoológico britânico usa para fazer balanços e redes parece ser "à prova de orangotangos".
"É um material muito forte (...) não rasga", disse Davis, que vai participar da expedição até a ilha de Bornéu.

Pontes
Marc Ancrenaz é veterinário e um dos fundadores do Projeto de Conservação de Orangotangos Kinabatangan. Ele lidera o projeto em um vilarejo chamado Sukau.
Ancrenaz e seus colegas constroem pontes na floresta há cinco anos.
"Quando Marc veio ao zoológico, ele notou que tínhamos este material de rede que usamos para nossa área (de orangotangos)", disse Nick Davis à BBC.
O grupo iniciou o projeto depois que estudos mostraram que a população local de orangotangos tinha se fragmentado em 20 grupos isolados por grandes plantações, estradas, vilarejos e rios.
Diferente do que ocorre com outras espécies de primatas, os orangotangos não conseguem nadar. Então, além de o rio ser uma barreira intransponível, a derrubada de árvores também cortou os galhos que permitiam aos orangotangos passar por cima dos afluentes menores dos rios.

"(O objetivo das pontes) É cobrir os canais de drenagem e afluentes que vem das plantações de óleo de palma", disse Davis.
A equipe do zoológico britânico irá para a ilha de Bornéu em outubro.
"Esta é apenas uma primeira fase, vamos tentar projetos diferentes", disse Davis.
"A preocupação é que a floresta lá esteja tão fragmentada que os orangotangos não consigam se mover de jeito nenhum", acrescentou.

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