terça-feira, 23 de agosto de 2011

Assistência técnica garante manejo florestal como fonte de renda

Projeto deve capacitar 300 famílias de agricultores de quatro assentamentos do Piauí, incentivando a preservação da caatinga

Por Globo Rural 
Editora Globo
O manejo florestal constitui uma das principais alternativas para ajudar a conservação da Caatinga, bioma característico da região
Quatro assentamentos da Instituição Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), no Piauí, serão beneficiados por uma ação pioneira no país: a assistência técnica diferenciada para o manejo florestal como fonte de renda e preservação da caatinga, bioma da região.

A ação é fruto de um contrato assinado nesta segunda-feira (22/8) pelo Serviço Florestal Brasileiro (SFB), vinculado ao Ministério do Meio Ambiente (MMA), com a Fundação Apolônio Salles de Desenvolvimento Educacional (Fadurpe). A entidade venceu um processo licitatório e vai elaborar planos de manejo florestal nos assentamentos e prestar assistência técnica em atividades florestais.

Na primeira fase, a Fadurpe vai atender 70 famílias em três assentamentos no município de Lagoa do Sítio e Serra do Batista, no município de Valença. A expectativa do projeto é beneficiar 300 famílias de agricultores do Território Rural do Vale do Sambito.

"Este contrato é fruto de uma articulação feita com o SFB na perspectiva da sustentabilidade nos assentamentos. É uma ação inovadora no Piauí, e é também a primeira nesta modalidade no país", ressalta o superintendente do Incra/PI, Evandro Cardoso. "Nossa meta é expandir esta ação para outros assentamentos, tendo como fundamento a produção de maneira sustentável, de forma que a ação seja incorporada à rotina das famílias assentadas", completa.

Em 60 dias, a Fadurpe entrega a caracterização geral da situação ambiental e socioeconômica de cada assentamento selecionado. O contrato tem duração de dois anos. No primeiro ano, a Fadurpe vai elaborar o Plano de Manejo para no ano seguinte, implantá-lo por meio da assistência técnica das famílias. A ideia é capacitar as famílias para o manejo.

O engenheiro florestal do Incra/PI, Jankiel Moreira, diz que os assentamentos atendidos têm em comum o interesse em exercer a atividade florestal e o potencial para manejo. "Esperamos que as famílias possam ter uma melhora significativa na renda utilizando os recursos florestais de maneira racional", afirma.

De acordo com dados divulgados este ano pelo MMA, a Caatinga, único bioma exclusivamente brasileiro, já perdeu cerca de 45 % de sua cobertura original. O manejo florestal constitui uma das principais alternativas para ajudar a conservação do bioma.

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