sexta-feira, 10 de junho de 2011

Justiça diz que hidrelétrica de Belo Monte não atinge terras indígenas

por Agência Brasil
Editora Globo
Índios cruzam trecho do rio Xingu de barco 
A Advocacia-Geral da União (AGU) informou nesta quinta-feira (09/06) que a 9ª Vara Federal do Pará acolheu os argumentos da Procuradoria-Geral Federal e da Procuradoria-Geral da União (órgãos da AGU) sobre a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu (PA). Em resposta a uma ação civil pública, os dois órgãos sustentaram que a usina não será construída em área indígena e não se pode confundir a localização do empreendimento com os impactos ambientais do projeto que poderiam afetar os índios da região.

A ação, apresentada pelo Conselho Indigenista Missionário (Cimi), pedia a suspensão de atos e processos administrativos relacionados à construção da usina. A entidade alegava que a usina não poderia ser instalada no local previsto porque invadiria terras indígenas. Para a utilização da área, seria necessária a aprovação de lei específica, conforme prevê a Constituição.

Segundo a AGU, o Termo de Referência do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para a elaboração de estudos ambientais do empreendimento não incluiu as terras indígenas como áreas diretamente afetadas, já que não haverá perda territorial. A 9ª Vara Federal do Pará acolheu os argumentos da União e destacou, na decisão, que o pedido do Cimi não tem fundamento.

Um comentário:

  1. Esta aí ratificado o óbvio. O projeto original foi totalmente reformulado justamente para não atingir Terras Indígenas, com a solução do reservatório fora do leito do rio, interligao por um canal artificial.

    Isto implicou em reduzir o volume de armazenamento de água e redução do Fator de capacidade, ou sek
    Já, a potência assegurada será de cerca de 40% dos 11.400 instalados. Custo para minimizar áreas inundadas e não impactar diretamente Terras Indígenas.

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