O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, acompanhado dos governadores de Rondônia, Confúcio Moura, do Pará, Simão Jatene, e do Amazonas, Omar Aziz, durante coletiva sobre ação conjunta dos governos contra as mortes nos estados
Em reunião no último dia 3 de junho, no Palácio do Planalto, Dilma ouviu os governadores do Pará, Simão Jatene, do Amazonas, Aziz Elias, e de Rondônia, Confúcio Moura.
Na reunião, Jatene disse que é necessário identificar e punir de forma rigorosa os envolvidos em assassinatos no campo. Segundo ele, só dessa maneira será possível evitar o ambiente de impunidade que domina a região. “Não vamos reproduzir o passado e o ponto de partida deve ser a união de todos no enfrentamento à violência”, afirmou o governador.
Políticas públicas
Nesta segunda-feira (06/06), o secretário de Segurança Pública do Pará, Luiz Fernandes, disse que as áreas mais críticas do estado são o sul e o sudeste. Em 2010, houve 13 assassinatos sem apuração em Pacajás. Ele informou ainda que as investigações sobre o assassinato do casal de ambientalistas – José Cláudio Ribeiro e Maria do Espírito Santo - estão “em curso”. Para o secretário, as mortes refletem a “situação de intolerância dentro do assentamento" e foram estimuladas pela ganância de alguns madeireiros. “Faltam políticas públicas, não a polícia, mas o governo que educa, que cuida da saúde, que ajuda a preservar a natureza e o homem, que dá ao colono a condição de trabalhar e criar sua renda”, disse Fernandes.
No fim de maio, quatro ambientalistas foram assassinados no Brasil – três no Pará e um em Rondônia. Para a Comissão Pastoral da Terra, ligada à Igreja Católica, a lista dos que estão ameaçados chega a mil pessoas, sendo que 125 correm mais riscos.
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