por Globo Rural On-line O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento anunciou nesta quarta-feira (29/06) a reabertura do mercado da África do Sul para a carne suína brasileira. Para o presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), Pedro de Camargo Neto, a medida “corrige irregularidade, totalmente em desacordo com as regras de comércio internacional amparadas pelo Acordo sobre as Medidas Sanitárias e Fitossanitárias da Organização Mundial do Comércio (OMC), que causou sérios prejuízos à suinocultura desde outubro de 2005”.
Em virtude do foco de febre aftosa em bovinos no estado de Mato Grosso do Sul, em 2005, a África do Sul passou a barrar as importações de carne bovina e suína de todo o país. “A medida exacerbada poderia ser tolerada por algumas poucas semanas. Nunca por quase seis anos”, segundo o presidente da Abipecs.
Barreiras colocadas pelo ministério, após a ocorrência de aftosa, imediatamente restringiram o trânsito de animais, impedindo que a doença se alastrasse pelo país. No caso de suínos, explica Camargo Neto, existe ainda o agravante de que o estado de Santa Catarina é livre de febre aftosa sem vacinação. Portanto, nunca poderia ter suas exportações limitadas.
A África do Sul liberou as importações de carne bovina do Brasil em 2009, mas manteve o embargo à carne suína.
Para a Abipecs, é essencial a conclusão de todos os trâmites burocráticos necessários para a retomada imediata dos embarques de carne suína para a África do Sul. “A crise que o setor enfrenta exige isto”, afirma Camargo Neto.
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