Histórias sobre dinossauros existem desde que as pessoas tiveram conhecimento da existência de suas pegadas e fósseis. Alguns pesquisadores sugerem que lendas de animais gigantes e dragões têm origem na descoberta de ossos e pegadas de dinossauros [fonte: Sanz]. Existem também pinturas em cavernas que parecem retratar dinossauros bípedes. Uma equipe de antropólogos acredita que os !Kung, ou San, da África do Norte criaram essas imagens com base em um esqueleto fossilizado e um conjunto de pegadas [fonte: Ellenberger].

multidão para assistir ao filme Fantasia
Time & Life Pictures/Getty Images
Vista da multidão para assistir ao filme Fantasia, da Disney,
no Rio de Janeiro, em 1941

A primeira aparição de dinossauro no cinema foi feita logo após o desenvolvimento dos filmes. Os primeiros filmes de dinossauros apareceram entre 1910 e 1930. Um deles foi “O Mundo Perdido”, baseado em um livro de Sir Arthur Conan Doyle. Os desenhos animados de dinossauros apareceram por volta da mesma época. Em 1940, a Disney lançou seu filme “Fantasia”, que utilizou “O ritual da primavera”, de Igor Stravinsky, como fundo musical para a vida e extinção dos dinossauros.
Com exceção de “Fantasia”, a maioria desses filmes mostrava encontros de humanos com dinossauros. As personagens faziam viagem no tempo para chegarem à idade dos dinossauros, ou descobriam lugares desconhecidos nos quais os dinossauros sobreviveram. Nas histórias de hoje sobre dinossauros, como “Jurassic Park", o DNA tem o papel fundamental para se colocar pessoas e dinossauros frente a frente. Mas existem diversos problemas com essa idéia.
  • quando um dinossauro é fossilizado, a maioria dos seus tecidos moles se degenera. O único depósito de DNA que fica é seus ossos - e eles são fisicamente alterados durante o processo de fossilização;
  • o DNA é destruído muito rapidamente. Encontrar um espécime com sua seqüência de DNA completa intacta após milhões de anos é improvável;
  • embora alguns pesquisadores tenham relatado que encontrado DNA de inseto no âmbar, outros cientistas não foram capazes de reproduzir o achado;
  • a possibilidade de recuperação do DNA do sangue que um inseto sugou seria ainda mais difícil. Mesmo que o estômago de um mosquito realmente contivesse o sangue de um dinossauro, a possibilidade de recuperação desse sangue sem contaminá-lo com o DNA do próprio mosquito seria quase impossível.
Por mais convincente que o argumento do DNA preservado possa parecer, clonar dinossauros é altamente improvável.
Na próxima seção, você encontrará muitas referências sobre dinossauros, paleontologia e tópicos relacionados.

Brontossauro e Apatossauro
No fim de 1800, dois paleontólogos, Othniel Charles Marsh e Edward Drinker Cope, tinham uma enorme rivalidade, que ficou conhecida como as "Grandes Guerras dos Ossos". Ambos publicaram relatórios de novas espécies com base em esqueletos parciais, em parte para superarem um ao outro. Em 1877, Marsh descobriu parte de uma espinha e de uma pelve. Ele deu o nome de Apatosaurus ajax à sua descoberta. Dois anos depois, ele deu nome a outro esqueleto incompleto, Brontosaurus excelsius.
Em 1903, Elmer Riggs concluiu que ambos os conjuntos de ossos eram da mesma espécie. De acordo com o Código Internacional de Nomenclatura Zoológica, o primeiro nome legitimado que uma nova espécie recebe é o que permanece (você pode ler o código no site do ICZN).
Notícias da mudança de nome demoraram um pouco para se difundir por diversas razões. Uma foi que Marsh cometeu outro engano. Ele havia colocado o crânio de um Camarassauro, a inspiração para Pleo, no corpo do seu Brontossauro, um engano provado na década de 70.