Os dinossauros foram extintos na fronteira K-T - a linha divisória entre os períodos Cretáceo e Terciário. O fim do período Cretáceo marca o fim dos dinossauros, enquanto o começo do período Terciário marca a ascensão da vida dos mamíferos na Terra.

asteróide
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Uma teoria convincente sobre a extinção dos dinossauros é uma colisão em massa de asteróides

Os dinossauros não foram os únicos a desaparecerem na fronteira K-T. Cerca de 50% das espécies na Terra foram extintas. Isso incluiu muitos outros répteis grandes, como os pterossauros e os plesiossauros, assim como um grande número de espécies de plantas e de animais marinhos. Outras formas de vida, como as samambaias, floresceram tirando vantagem da repentina abundância de recursos naturais.
Cientistas apresentaram várias teorias sobre o que exatamente aconteceu na fronteira K-T. Não existe muita evidência física para algumas delas. Por exemplo, uma teoria é que os dinossauros eram alérgicos ao pólen das flores - as plantas com flores e as abelhas evoluíram juntas durante o fim do período Cretáceo. Entretanto, as plantas com flores existiram por milhões de anos antes de os dinossauros desaparecerem. Uma outra teoria é que os mamíferos, que começaram a se proliferar no fim do período Cretáceo, comiam os ovos dos dinossauros. Mas, considerando-se o número de todos os espécimes de ovos fossilizados, isso parece um tanto improvável.
Existe também a hipótese de Alvarez. Em 1980, Luis e Walter Alvarez sugeriram que cometas ou asteróides atingiram a Terra, provocando poderosas ondas de choque, nuvens de detritos e outras devastações. Existem muitas evidências que apóiam essa hipótese. Uma delas é uma camada de um mineral chamado irídio, que existe em muitos lugares no planeta a uma profundidade que se equipara ao fim do período Cretáceo. O irídio é mais comum em detritos do espaço do que na Terra, dessa maneira, o tremendo impacto de um objeto vindo do espaço poderia ter causado esse efeito.

imagem de satélite do local de impacto de Chicxulub
NASA
Imagem de satélite do local de impacto de Chicxulub

Talvez o que sustente, em grande parte, essa hipótese seja a cratera de Chicxulub. Essa é a cratera de um enorme asteróide na costa da península de Yucatan. Com base nas medidas dos sedimentos e na análise das rochas ao redor, os cientistas estimam que o asteróide que causou a cratera tinha entre 145 e 180 km de diâmetro. Isso poderia ter causado exatamente o tipo de devastação descrito na hipótese de Alvarez. Uma equipe de três pesquisadores até acredita ter descoberto a identidade do próprio asteróide. Utilizando modelos matemáticos, o grupo chegou até o aglomerado Baptistina, um grupo de asteróides formado por um grande impacto além da órbita de Marte [fonte: Sky & Telescope].
De acordo com a teoria de Alvarez, a extinção dos dinossauros foi extrínseca - ocorreu de fora da Terra - e catastrófica. Contudo, outras teorias sugerem que a extinção em massa foi intrínseca e gradual. Uma idéia é que ocorreram grandes erupções de vulcões, onde é hoje a Índia, pouco antes do período Cretáceo. Essas erupções impregnaram o ar com dióxido de carbono e de enxofre, mudando o clima e prejudicando a vida animal e vegetal.
A mudança da face do planeta também pode ter tido seu papel. Como os continentes se moveram, correntes oceânicas teriam mudado os padrões do clima nas diferentes partes do mundo. Várias formas de vida não foram capazes de sobreviver a essas mudanças.
A melhor explicação para o que aconteceu aos dinossauros pode ser uma combinação de teorias intrínsecas e extrínsecas - como o impacto de um asteróide com mudanças geológicas e erupções vulcânicas. Há também indicações de que os dinossauros estavam se tornando menos diversos antes do fim do período Cretáceo. Mas, independentemente da causa, nem tudo na Terra morreu na fronteira K-T. Rãs, moluscos e crocodilos sobreviveram, bem como as aves. Agora, vamos analisar as ligações entre dinossauros e aves.